Memórias: Fritz Lang, por António José André

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Memórias: Fritz Lang

Por António José AndréEsquerda.net

No dia 2 de agosto de 1976, morreu Fritz Lang, realizador, argumentista e produtor; um dos expoentes do Expressionismo, estilo que tentava descrever emoções subjetivas e reações que os objetos e acontecimentos provocam.

Fritz Lang nasceu, em Viena (Áustria), no dia 5 de dezembro de 1890. Filho de um arquiteto, Lang estudou arquitetura na Universidade Técnica de Viena e, depois de ter viajado um pouco por todo o mundo (1910 a 1914), ficou a viver em Paris, sobrevivendo como pintor.

Lang participou na Iª Guerra Mundial (oficial do exército austro-húngaro” e ficou gravemente ferido. Durante a convalescença começou a escrever guiões para filmes de suspense e horror.

Lang foi trabalhar para Berlim com o produtor alemão Erich Pommer. De referir que, parte do guião do filme “Gabinete do Dr. Caligari (1919)”, de Robert Wiene, foi escrito por Fritz Lang.

O seu primeiro filme de sucesso foi “Der müde Tod” (1921), mas a série de filmes que realizou (1919-1920), com o título “Die Spinnen”, tornaram-no um realizador muito conhecido.

O filme seguinte “Dr. Mabuse” (1922), estudava um criminoso de génio. “Os Nibelungos” (1924), baseado no romance medieval alemão celebrizado por Wagner, contava a história duma vingança auto-destrutiva.

“Metrópolis” (1926), possivelmente o mais importante filme de ficção científica, era uma visão expressionista do futuro, baseado no livro da sua mulher Thea von Harbou, com quem casou em 1922.

“M” (1931), o seu filme alemão mais famoso e o seu primeiro filme sonoro, mostrava um assassino de crianças que confessava o seu comportamento criminoso compulsivo.

O filme “O testatmento do Dr. Mabuse” (1932), onde um louco descrevia a filosofia nazi, foi proibido, pelo chefe da propaganda nazi, Joseph Goebbels, em março de 1933.

FritzLang abandonou Berlim, indo viver para Paris, onde realizou um filme com Charles Boyer. Mais tarde foi viver para os Estados Unidos, tornando-se cidadão norte-americano, em 1935.

O seu primeiro filme americano “Fúria” (1936), que estudava uma multidão a fazer um linchamento, foi considerado o melhor filme da fase americana. Seguiram-se: “Só vivemos uma vez” (1937) e “A Verdade e o Medo” (1956).

Em 1956, Lang foi viver para a Alemanha. Em 1959, realizou dois filmes, na Índia. Em 1960, realizou o último filme “Os mil olhos do Dr. Mabuse”. Ainda Atuou no filme “O Desprezo” (1963), de Jean-Luc Godard.

Em 1964, presidiu ao Festival de Cannes. Depois, regressou aos EUA, onde faleceu quase cego. Fritz Lang deixou uma forte marca na história do cinema, influenciando grandes realizadores: Alfred Hitchcock, Luis Buñuel e Orson Welles.

 

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Redação

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