Milhares de estudantes nas ruas de Londres contra propinas de 11.000 euros
Cerca de 10.000 estudantes, segundo os organizadores, manifestaram-se quarta-feia em Londres contra as propinas universitárias de até 9.000 libras (11.200 euros) e os cortes orçamentais na educação.
“A educação é um direito, não um luxo” e “Livros não são bombas” foram algumas das palavras de ordem repetidas pelos manifestantes, num protesto convocado por plataformas como a National Campaign Against Fees And Cuts, e que terminou na praça do Parlamento.
No final da manifestação, a polícia antimotim atacou um grupo de manifestantes na frente da sede do Partido Conservador do primeiro-ministro britânico, David Cameron.
Outros estudantes tentaram retirar as barreiras colocadas nas imediações da Parliament Square e acenderam bombas de fumo.
A polícia londrina deu conta de pelo menos 11 detenções. Três polícias sofreram ferimentos ligeiros.
Propinas duplicaram em 2012
Antes da reforma aprovada em 2010, as propinas cifravam-se em 3.300 libras (perto de 4.000 euros). Mas a partir de 2012, esse valor praticamente duplicou em dois terços das universidades britânicas, e atingiu as 9.000 libras num terço delas, sobretudo em Londres.
“Queremos uma educação gratuita para todos. Isso faz economicamente sentido. Isso compensará no futuro”, declarou à agência de notícias francesa, AFP, Nehaal Bajwa, de 26 anos, uma estudante de mestrado em Economia que paga 9.360 libras por ano de propinas.
“Muito do dinheiro vai para os bancos. Nós queremos que vá para as escolas. Não apenas para as universidades mas também para as creches, para os liceus, etc. Isso faz parte dos direitos humanos”, acrescentou, enquanto participava no protesto.
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