IstoÉ Gente fecha e celebridades perdem espaço

A revista de celebridades da Editora Três fechou. E os que alimentam a indústria de dar relevância social a alguém perdem mais um canal de comunicação.

A despeito das demissões por conta do fechamento do veículo e do sinal (mais um) de agonia da mídia impressa, o encerramento das atividades da IstoÉ Gente mostra também o que está ocorrendo com o mundo das celebridades.

O fato é que as redes sociais de manifestações próprias, das selfies, da exaltação de si mesmo, põem cada vez mais em segundo plano aqueles que pretendem se glorificar por meio de presença na mídia tradicional.

A celebridade pode buscar seguidores nas redes sociais para manter-se em evidência, mas o problema é que elas estão permanentemente sujeitas às críticas instantâneas, diretas e impiedosas – muito mais do que uma aparição bem produzida em uma revista ou jornal, e também na televisão ou no rádio.

A mídia digital de celebridades pode até substituir de certa forma a mídia impressa, mas a pulverização desse tipo de veículo, comentários em matérias nem sempre agradáveis (aliás, quase 100% de baixaria) e tratamento precário dado à edição, faz o afamado se perguntar se vale ou não a pena botar a cara na internet através de um site voltado para o cidadão de renome.

A revista IstoÉ Gente era deficitária. Dependia das assessorias de imprensa de celebridades e subcelebridades para ter material e, assim, compor sua edição.

Caras (Abril) e Quem (Globo) também dependem desse expediente de envio de fotos de festas e acontecimentos para ir às bancas com diversidade (não necessariamente relevância), mesmo com algumas seções feitas com equipe interna.

Havia um tempo que famosos davam mais importância em aparecer em publicações de fofocas do que conceder entrevista a um veículo mediano sobre seu trabalho. Era por que havia mais chances de familiares e amigos lhe darem tapinhas nas costas dizendo que o viu na Caras.

Com a rápida transição da mídia tradicional para o meio digital, o futuro de muitas celebridades na imprensa será cair no mundo real.

Redação

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