Catarina e Jarirí – uma paixão sobre-humana

– Eu vo demorá muito pra sará, mestre? 

– Vai sim, os machucado são profundo, ucê tem di tê paciência. Antis de quarqué cousa, eu tenhu di aliviá as tuas doris. Sem uilsso, nada funciona i eu num vo pudê nem incostá nucê.

Indaí, mestre Bódim falô pra Néja fazê bem rápidu um chá cum erva cidrera, camomila, erva di santa maria, unha di gato, cuento, casca di abacati, raiz di cambucí, raiz i foia di mãejuana, tudo adoçadu cum mel di jataí. Néja, entoncis, correu pá cuzina i lógo vortô cum o chá pronto.

– Toma divagá Tuxo, ãinda tá um poco quenti.

– Ieu num cunsigo sigurá a canéca, Néja. Meus braçu num respondi, eu num cunsigo muvimentá eiles. Istão bobos.

Entoncis, Néja foi pondo divagarinhu na boca dele, inté qui tumô tudo.

– Daqui a méia hóra as doris cumessam a passar i ucê vai durmí pur algum tempo.

– Âinda bem, mestre. Eu to muito cançadu.

Redação

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