Cinco iniciativas que tornam a infância mais feliz

Por Juliana Sada, do Centro de Referências em Educação Integral

É bom ser criança
Isso às vezes nos convém
Nós temos direitos
Que gente grande não tem
Só brincar, brincar, brincar
Sem pensar no boletim
Bem que isso podia nunca mais ter fim

A música do compositor Toquinho revela bem o que muitos adultos pensam e sentem pela infância. Vista como um período feliz, sem preocupações e simples, a infância é sinônimo de nostalgia e saudades para quem se tornou “gente grande”.

A infância é também momento chave no desenvolvimento de diferentes dimensões individuais e deve ser preservado por todos que estão por perto. Para homenagear aqueles que têm um olhar direcionado e cuidadoso para este período, o Centro de Referências reúne 5 iniciativas que tornam a infância mais feliz.

1) “Quintal das crianças” reconfigura espaços públicos em prol da infância
Sustentabilidade, ocupação do espaço público, aprendizagem e, claro, brincadeiras são os elementos centrais desta experiência de São Gabriel e Boa vista de Tupim (BA). Nela, a comunidade se organiza para revitalizar praças e construir brinquedos a partir de materiais recicláveis. O espaço apoia as escolas a promover a educação fora da sala de aula e ajuda a perpetuar brincadeiras tradicionais e os saberes populares.

2) No Maranhão, campanha Por Ser Menina mobiliza comunidade escolar a discutir questão de gênero
Com um trabalho voltado aos educadores, às famílias e às crianças, o “Por Ser Menina” busca aproximar o debate sobre igualdade de gênero de todos e transformar a realidade. Assim discute estereótipos de que há brinquedos ou jogos de menina ou de menino e de que as tarefas domésticas são responsabilidades das mulheres.

3) CEI Onadyr Marcondes (SP) direciona olhar para as crianças e trabalha a auto estima
A valorização do negro e da diversidade brasileira no projeto político pedagógico da escola contribuiu para o fortalecimento da identidade de muitos alunos. Além disso, a instituição busca cotidianamente romper com os padrões de gênero, valorizar a identidade, memória e autoimagem da criança e, a partir de uma estreita relação com famílias e comunidade, apoiá-la em seu desenvolvimento integral.

4) “Amigos do Zippy” apoia escolas a serem facilitadoras do desenvolvimento emocional das crianças 

Lidar com raiva e a angústia, aprender a escutar, respeitar o próximo e a colaborar são habilidades que o projeto busca desenvolver em crianças. Por meio de atividades lúdicas, o “Amigos do Zippy” propõe aos alunos dos 1º e 2º anos do ensino fundamental debates sobre como responder a situações difíceis e a como conviver harmoniosamente.

5) No Rio Grande do Sul, programa intersetorial apoia aprendizagem das crianças nas férias 
Apesar de esperarem ansiosamente pelas férias, nem sempre as crianças têm possibilidade de aproveitar plenamente o período. Pensando em atender as crianças cujos os pais seguem na rotina de trabalho, a prefeitura de Estrela (RS) criou o programa Colônia de Férias. Ocupando os espaços públicos da cidade, a iniciativa oferece atividades lúdicas e educativas, atrelando diversão a processos significativos de aprendizagem.

Redação

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