Saberes em Rede: programa quer fortalecer a atuação dos coordenadores pedagógicos

Por Ana Luiza Basílio, do Centro de Referências em Educação Integral

Em 2010, o Departamento de Orientação Educacional e Pedagógica (DOEP) da Prefeitura de Guarulhos recebeu uma demanda especial vinda do secretário: era preciso ofertar uma formação específica aos coordenadores pedagógicos da rede, para além daquelas já oferecidas às escolas. O pedido partiu de um entendimento que era preciso fortalecer esses agentes, visto o papel estratégico para o apoio ao fortalecimento do currículo e desenvolvimento do projeto político pedagógico nas instituições.

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Para começar a desenhar a proposta, a equipe organizou uma comissão de trabalho interna, para a qual foram selecionados, via concurso, cinco coordenadores já atuantes na rede municipal, constituída de 138 escolas incluindo as modalidades de creche, ensino infantil, fundamental e educação de jovens e adultos. A ideia central era promover um repensar da prática em função das capacidades requeridas, conduta essencial para o desenvolvimento da educação integral.

Processo dialógico

Foram muitas reuniões e planejamento até que se chegasse à proposta metodológica implementada em fevereiro de 2011 como o Programa Saberes em Rede. Para pensar as formações, a equipe da secretaria considerou a construção de um planejamento colaborativo, forma encontrada de pautar as formações a partir das demandas trazidas pelos próprios coordenadores. Desde então, os encontros formativos acontecem uma vez por semana e têm duração de quatro horas. Cada atividade é realizada por turma – são seis delas – nos turnos matutino, vespertino e noturno, este dedicado ao ensino de jovens e adultos.

No início, a temática das formações girou em torno do fortalecimento da identidade dos coordenadores pedagógicos. “Víamos que muitos deles eram novos na profissão e acabavam se perdendo ao tentar reconhecer qual era o papel que desempenhavam na escola”, relembra a diretora do DOEP, Sandra Soria. Passado um tempo, o grupo percebeu que as temáticas nem sempre encontrariam os coordenadores no mesmo momento do percurso e que, portanto, eles deveriam sentir-se livres para escolher os pontos sobre os quais precisavam de apoio.

Em 2013, as formações passaram a se dar a partir de grupos de trabalho que se organizaram nos seguintes eixos: projeto político pedagógico, acesso e permanência dos estudantes, relações interpessoais na escola, valorização profissional, tecnologia na educação, como a criança aprende?, legislação a favor do desenvolvimento pedagógico, planejamento e metodologias. Os coordenadores passaram então a escolher o tema de interesse e sobre ele direcionar suas pesquisas e aprofundamentos, trilhando percursos formativos individuais.

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