Piso do magistério: os 08 anos de uma conquista extraordinária

PISO NACIONAL DO MAGISTÉRIO COMPLETARÁ OITO ANOS – O piso nacional do magistério passou em 2016 para R$ 2.135,64. 

O valor deve ser pago para docentes com formação de nível médio com atuação em escolas públicas com 40 horas de trabalho semanais.

O piso nacional, reivindicação histórica da categoria, foi aprovado pelo governo Lula em 16 de julho 2008, através da Lei Nº 11.738. O Ministro da Educação era Fernando Haddad, atual prefeito de São Paulo. 

O piso entrou em vigor em 2009 com um valor fixado no montante de R$ 950,00. De 2009 a 2016 o piso teve um aumento nominal de 124,80% (passou de R$ 950,00 para os atuais R$ 2.135,64). 

No mesmo período o salário mínimo aumentou 89,24% (partiu de R$ 465,00 em 2009 para os atuais R$ 880,00).

A inflação oficial acumulada no período (IPCA, índice acumulado entre 2009 e 2015) ficou em 55,31%.

Entre a implementação da legislação (2009) e 2016 o aumento no piso nacional dos professores ficou na média de 12,2% ao ano. 

Mantida a progressão verificada até aqui chegaremos a 2020 com um piso nacional equivalente a R$ 3.384,53. 

Convém lembrar que um aumento anual médio de 12,2% equivale a dobrar um valor determinado no espaço de apenas 06 anos. 

Ou seja, com a progressão dos aumentos no piso do magistério mantida, chegaríamos a 2022 com o valor fixado em R$ 4.260,74 (praticamente o dobro do piso atual, valorado em R$ 2.135,64). 

Todos estes números e progressões que cito servem para que se aprimore, tanto quanto possível, o hábito de acompanhar a evolução das séries históricas e não apenas alguns dados esparsos e soltos no ar. 

É verdade que o piso de R$ 950,00 fixado em 2009 era irrisório. Mas também é verdade que este valor mais do que dobrou desde lá até aqui. 

Também é verdadeiro dizer que mantida a progressão apurada entre 2009 e 2016, chegaremos a 2022 – data que está logo ali – com o dobro no valor atual do piso do magistério, como foi demonstrado logo acima. 

Se ser professor a 10 anos era quase um ato de fé (ou uma penitência), sê-lo hoje já começa a ficar interessante. 

Daqui a pouco tempo voltará a ser, em termos salariais, uma excelente carreira.

Por fim, não esqueçam: o que vale mesmo é o aumento real (aumento nominal menos a inflação do período). 

Temos tido aumentos reais de 2009 para cá e é isto o que de fato importa. Que continue assim.

 

Redação

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador