Espionagem americana: há alguma novidade?

 

O governo brasileiro cumpre seu papel: pede explicação aos EUA sobre os “grampos” ao sistema de comunicação brasileiro.

Depois do Edward Snowden o mundo tomou conhecimento do óbvio: os USA bisbilhoteiam a maioria dos países dos quais eles tem interesse. Alguma novidade?

E por acaso o Brasil está numa lista de prioridade. Junto com a Rússia, China. Só falta acrescentar Índia e África do Sul. Os BRICS.

Então, pressupõe-se que a espionagem não é contra ações terroristas.  Pois esses países não tem histórico de ações contra os ianques, certo? Principalmente o Brasil e África do Sul. Não há relação alguma com atentados terroristas ou estão inclusos nas nações que abrigam grupos terroristas, certo?

Agora, qual a razão deste “voyeurismo” absurdo?

Deduzo que só pode ser o fator econômico. O pré-sal, por exemplo. O xisto. As pesquisas alternativas de fontes de energias.  A nossa capacidade de produção alimentar. Ou, politicamente, demos as costas as bravatas e quirelas americanas. É isto ou ego dos americano-nortistas.

Quem sabe o Eike Batista não esteja sendo vítima desta safadeza tecnológica? Afinal ele esta batendo de frente com a Chevron, a BP e outras grandes do mando energético.  E informação privilegiada neste nicho torpe é tudo. A Kroll deve estar chorando.

Bem, voltando. Pergunto: por que usar tanto aparato tecnológico para vigiar a nossa amada pátria? Por que será que valemos tantos terabytes de informação? Talvez saudosismos de governos títeres que tivemos. Da palavra amém? Quem sabe.

Na época da guerra fria, houve um “case” de espionagem. Embaixadores da União Soviética dos EUA conversavam, numa festa.  Num certo momento o americano, regado a Bourbon, disse: sabemos dos seus novos tanques de guerra.  E começou a desfilar umas séries de medidas: o diâmetro do cano do canhão, a tonelagem, a mobilidade e etc. O russo perguntou como eles tinha se apossado de tantos detalhes. O americano em riste, falou do aparato satelital que possuíam. Câmeras, zooms, infravermelhos. Bilhões de dólares investidos. O russo então, simplesmente apresentou o projeto completo do novo tanque americano. O embaixador boquiaberto quis saber como tinham conseguido. Disse o colega russo: uma funcionária seduziu o adido americano.

Simples assim. Os americanos estão perdendo tempo, e principalmente dinheiro.

Há vários jornalistas, políticos e articulistas que se dispõem, alguns em troca de medalhas, a um dar informações privilegiadas aos norte-americanos. Os Willian Waack da vida.

Devemos tirar um lição dessa atrocidade americana e europeia: as nações sul-americanas devem se unir. Formar um bloco coeso. Econômico. Político. Cultural.

Dar as costas aos opressores contumazes. Procurar a África como parceira. E países asiáticos desprezados.

Não há alternativa. Pobre daqueles que se unirem aos americanos e europeus. Diferentemente do que esperam, serão sempre capachos.

Redação

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