…de um triste modo de ser escravo…

…de um triste modo de ser escravo…
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De um jeito ou de outro, saiba disso ou não, toda a pessoa que se abandona aos pré-conceitos, aos paroxismos de seu tempo, e em função disso ALIENA-SE, passando a viver algo que não sabe ser uma farsa, uma histeria, e nunca toma a iniciativa de INTERROMPER esse processo perverso, mais cedo ou mais tarde, essa pessoa terá seu CARÁTER E SUA ÉTICA COMPROMETIDOS, corroídos…..
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O ser humano não foi feito para viver fora da busca à verdade, de modo honesto, sem que isso de algum modo o afete grandemente.
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Ou se tornará de vez num cínico, ou, sem perceber, se entregará de vez ao “narcisismo de classe”, a sensação que os grupos sociais que têm de si mesmos uma imagem de “superioridade natural” trazem em sua “psiquê”, e faz com que passem a acreditar, diante dessa “superioridade”, diante desse narcisismo patológico, que “a verdade lhes pertence, como um bem natural A MAIS de pessoas de seu nível social” – ao se compararem com os grupos desprezados, como “petralhas”, “nordestinos”, “pobres que se vendem pelo bolsa esmola”, “os esquerdopatas” – e toda a sorte de visões doentias, de si mesmos e do outro, num ciclo perverso, maligno, obscurantista, que cria vícios mentais, formas de “ver o mundo”, totalmente fechadas, presas, aos aquários internos e externos onde vivem essas pessoas.
É uma trágica e subliminar forma de ESCRAVIDÃO MENTAL, EMOCIONAL E EXISTENCIAL.
Só a decisão íntima da busca a todas essas verdades, questionamentos que a pessoa jamais imaginou ter que fazer, pode, eventualmente, libertar alguns desses seres…..
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(eduardo ramos)

Redação

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