Por que voto Dilma

Há muito o que pensar sobre o que é um bom governo. Pagar as contas bilionárias, promover políticas públicas de desenvolvimento social, controlar a inflação, saúde pública de qualidade, salários ótimos para os trabalhadores, mobilidade urbana, etc., etc., etc. Baseado em que critérios, então, escolhemos e avaliamos um governo como mal ou bem sucedido? O meu voto, há muito tempo, é baseado principalmente em como tal governo age em relação aos mais necessitados, os mais pobres. É o que escolhi como padrão para avaliações, o que selecionei de nossa complexa realidade como “norte”: o fim da desigualdade social.

Ouço muitas vozes em relação ao voto dos mais pobres. São analfabetos funcionais, são ridículos, uns ignorantes que não merecem serem levados em consideração. Com toda certeza, os mais pobres não são levados em consideração no dia-a-dia, só tem um único momento onde podem fazer a diferença e lutar pelos seus interesses: nas eleições. Participo de passeatas, faço compartilhamentos no facebook buscando defender meus interesses e minhas coletividades, mas os mais pobres… ah, eles não. Seus pensamentos e ideias não valem nada.

Por que voto Dilma? “Porque a maioria dos eleitores do PT vota no PT por causa do bolsa-familia”, me diz um leitor imaginário. Eu me arriscaria mais e diria que 70% dos eleitores do PT votam no PT por causa do bolsa-família. O maior programa de transferência de renda no mundo, sendo um marco na ONU sobre o assunto, não é razão apenas para aqueles que recebem o beneficio. Eu voto por causa do bolsa-família, mesmo sem precisá-lo, mas porque outros precisam. Apenas citando alguns exemplos da transformação do bolsa-família no Brasil, ele ressuscitou cidades no interior do nordeste, ajudou a diminuir o trabalho infantil, os índices de analfabetismo, e, por si só, gera algo que seus críticos não entendem: a dignidade da pessoa humana. Comer ao menos três vezes por dia é direito de todos. Como ser contra um programa tão fundamental como o bolsa-família?

Por que voto Dilma? “A maioria dos brasileiros são analfabetos funcionais”. Obrigado pelo elogio, leitor imaginário. Mas uma recente pesquisa mostra que, em 2014, pela primeira vez, o número de eleitores com nível superior é maior que o número de eleitores analfabetos. E dezoito universidades federais foram criadas no governo do PT, sem contar o PROUNI, PRONATEC, etc. Enfim, digamos que todas essas pessoas, milhões delas, sejam analfabetas funcionais. De onde se crê que não o sejamos, então, nós, não-eleitores do PT? Não há o menor sentido nisso: “vota na Dilma, logo, analfabeto funcional”.

Não voto em Aécio porque representa o velho programa de privatizações, arrocho salarial, desemprego, algo que está no DNA do seu partido, o PSDB. E já tivemos uma  Presidência tucana, o que foi um desastre.

Por que não voto em Marina? Porque ela não me convence. Como disse, a desigualdade social é o norte do meu voto. 1) Ora, Marina lança um programa de governo onde deixa claro que pretende reduzir a importância do pré-sal, o que deixará de injetar mais de um trilhão de reais dos royalties na educação; 2) Marina também declara que quer “independência do Banco Central”, o que significa abrir mão da política monetária para “técnicos” que não têm qualquer obrigação com as políticas públicas; 3) Marina Silva me irrita com esse discurso apolitizante de “apenas pessoas boas participam do meu governo”, “sou contra tudo isso que está aí”. Diz tudo e diz nada. Como Marina Silva pensa em governar um país do tamanho do Brasil apenas com ela mesma, eu desconheço.

Por que voto Dilma? PROUNI, PRONATEC, ENEM, Minha casa Minha Vida, Bolsa-família, mais de um trilhão de reais em royalties do pré-sal para a educação, Luz para todos, Ciências sem fronteiras, país de classe média, SUS, redução da miséria, transposição do rio São Francisco, etc., etc., etc., etc. Nenhum governante lutou tanto para diminuir a desigualdade social que há no Brasil como Dilma e Lula, e não quero que isso pare.

 

oidiota5.blogspot.com

Redação

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