Dada a ansiedade dos brasileiros com economia e política, alguma solução constitucional irá prevalecer entre hoje e final de 2018:
1) Não há nenhuma interrupção de mandato e o governo se manterá até o final, com baixas taxas de popularidade (como o ano de 1989 para Sarney);
2) Impeachment (mas com base em alguma improbidade administrativa comprovada e lembrando que basta 1/3 em qualquer das duas casas para rejeitá-lo);
3) cassação da chapa eleita com base em alguma grave irregularidade na campanha (caminho preferido por setores da oposição mas ainda improvável);
4) renúncia, referendo, etc (igualmente ainda pouco prováveis)
Nada disso seria “golpe”, no entanto, apenas consequências de investigações para as quais há cobertura (se não obrigatoriedade) constitucional. E não se trata de desrespeito a voto popular, pois o Congresso também é popularmente eleito.
Para o bem ou para o mal, a maioria da população brasileira é centro-direita. Não é conservadora em tudo (difícil imaginar uma rejeição a programas sociais bem sucedidos) mas em algumas coisas, como a cobrança de eficiência do Estado, pode manifestar-se pela reversão de excessos (como recentemente em Venezuela e Argentina.)
Podemos estimar a porção centrista da população em algo como 3/4 por 3 caminhos: a) composição partidária no Congresso e governadores eleitos; b) popularidade de veículos e colunistas (blogueiros) em redes sociais; c) participação numérica nas manifestações recentes.
O que alguns chamam de “hegemonia cultural” pode já ter acontecido: basta pensar em como é o discurso político em amplos segmentos das classes médias dos estados no Centro-Sul.
A condenação da opinião pública em relação à condução do Estado (eficácia em saúde e educação, capacidade de atração de investimentos, controles em relação a patrimonialismo) também já aconteceu, e quanto a isso setores de esquerda também são insatisfeitos.
O que se apresenta é que não temos ainda um modelo objetivo e acertado de desenvolvimento. A maioria dos representantes de Mercado e da Academia em Economia preferiria uma intensificação do capitalismo mais liberal, alguns partidos e movimentos sociais prefeririam dobrar a aposta no neo-desenvolvimentismo.
Há decisões graves a tomar e o prolongamento das incertezas atuais não levarão a muita coisa a não ser a postergação do início de recuperação econômica. Economias são como transatlânticos, é difícil mudar seu curso, mas quando antes acontecer uma inflexão, antes poderá haver a retomada de expectativas positivas.
De qualquer modo, aparentemente, o pior já passou. Não se espera ainda maior deterioração das contas públicas e o Estado conta com reservas e capacidade de endividamento para ainda mais 2 ou 3 anos de déficit público. O que não altera que a Opinião Pública parece estar majoritariamente “cabeça feita”.
O macroprocesso segue: a sociedade brasileira não pensará muito diferente daqui a 2 anos do que pensa hoje, o que já não é tão diferente do que pensou em outubro/2014. Apenas amplas parcelas da oposição não tinham tantos argumentos adicionais que foram dados pela própria chapa eleita nestes 17 meses.
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Só temos que dizer:
Viva
Só temos que dizer:
Viva Cunha!
Viva o conservadorismo!
Bolsomito
e essas coisas linda que estão sendo ditas por nobres brasileiros.
, eu sei, aculpa é do PT mas a rede vai salvar o povo em 2018!