Rússia: as dimensões de uma pretensão

http://www.youtube.com/watch?v=e72zQ61ZRRw]

O que os últimos dois anos mostraram ao Mundo é que a Rússia era uma fantasia. É muito menor do que seu discurso de propaganda.

É apenas mais um país em desenvolvimento (um raro caso de país ex-desenvolvido) cujo poder aquisitivo internacional cresceu rápido nos últimos 15 anos graças a commodities.

Mas…

– Não recuperou sua indústria após o desmonte da URSS, tornou-se dependente de exportação de hidrocarbonetos e importa aço;

– Não é uma democracia no sentido que estamos acostumados a viver. Há restrições à crítica nas ruas ou pela mídia;

– A concentração de renda é das piores da Europa;

– A % de pessoas trabalhando para o Estado é dos mais elevados, cerca de 30%, o que, se por si só não pode levar a inferências, pois dependeria de análise, faz pensar sobre eficiência da economia e dependência das pessoas da política;

– A população resultou não ser muito maior que a do Japão, com os mesmos problemas de envelhecimento mas com apenas 40% da renda. E ainda maiores dificuldades para absorver imigrantes.

– Quatro países da Europa Ocidental têm individualmente PIB similar ou maior. A Ucrânia acabará preferindo associar-se à UE, anulando os esforços para recuperar a influência junto aos países da CEI e ex-satélites;

– A economia é pouco maior que a do estado da Califórnia. Enfim, o PIB somado das economias da OTAN é 20 vezes o da Rússia, que no fundo não seria muito mais relevante que o Brasil (ou Turquia, Arábia e Irã somados) se não fosse a herança de armamentos. Grosso modo, o PIB da Rússia é similar ao do Brasil desde o início dos anos 1990;

– Abandonou completamente qualquer tentativa de influenciar o Mundo com soft power cultural, ao tornar-se uma sociedade fechada em si mesma e incapaz de lidar com qualquer diversidade. Um mundo anacrônico de oligarcas bilionários e onde é proibido saber-se que LGBTs são pessoas normais.

O que seria o “moderno” na Rússia? O que seria invejável por outros povos? Que papel a Rússia poderá ainda representar?

[video:http://www.youtube.com/watch?v=LZK93C5WUaQ

Redação

76 Comentários

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  1. Texto medíocre que tenta

    Texto medíocre que tenta diminuir a importância de um país como a Rússia no cenário mundial. Não conheço o autor mas me parece daqueles anti-comunistas do passado que ainda tentam derrotar a Rússia com essa propaganda. As fontes não são citadas de modo que nem é possível comprovar a veracidade das informações aqui apresentadas.

    1. Anti-comunistas

      deveriam promover a Rússia, não? Afinal é um regime neofascista, apesar da presença de estatais.

      De qualquer forma, já que não me conhece, passo a lista do que já escrevi sobre cenários internacionais.

      Você encontrará muitos elementos para comprovar a mediocridade e o ‘anti-comunismo’

      2010 05 04 https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/chavez-e-as-bandeiras-sociais

      2010 11 06 https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/a-participacao-do-estado-no-longo-prazo

      2011 01 10 https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/o-espectro-politico-norte-americano

      2011 01 31 https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/o-caldeirao-do-oriente-medio

      2011 02 04 https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/agora-e-que-o-brasil-segue-o-mundo

      2011 05 27 https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/eleicao-embolada-no-peru

      2012 09 29 https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/as-grandes-chances-de-obama-em-2012-e-democratas-em-2016

      2012 11 04 https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/o-mito-do-declinio-norte-americano

      2012 11 27 https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/estado-palestino-interessa-aos-eua-e-a-israel

      2013 05 23 https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/quem-teme-a-china

      2013 10 06 https://jornalggn.com.br/noticia/a-transicao-republicana-nos-eua-e-a-heranca-de-roosevelt

      2013 10 20 https://jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/obama-venceu-uma-batalha

      2013 12 11 https://jornalggn.com.br/noticia/venezuela-ausencia-de-modelo-viavel-de-desenvolvimento

      2014 02 08 http://www.jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/a-homofobia-de-conveniencia

      2014 02 10 http://www.jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/russia-as-dimensoes-de-uma-pretensao

      1. Senhor, não pedi para ler o

        Senhor, não pedi para ler o que o senhor já escreveu. A questão é citar as fontes das informações que o senhor publica sobre a Rússia.

        1. Senhor/Senhora,

          A fonte é minha memória. Pronto.

          De tanto ler bases de dados (FMI e Banco Mundial) que já usei em vários dos artigos listados.

          Se você acha ruim faça sua própria pesquisa e escreva sobre o assunto.

           

    2. e pura magoa! não é uma analise, e odio disfarçado!

      meu caro, GZ e conhecido por não ter escrupulos na defesa de seu modo de vida,  quem o contrariar vira alvo, já foi o PT, agora e o Putin,  amanhã será quem não seguir o seu desejo!   coisa de criança mimada!

      1. Putin gostou

        Nem ele nem você parecem gostar muito de LGBTs. Isso não é novidade.

        Agora, diga quais são seus argumentos em relação ao apresentado no post. Isto é, sobre a desimportância relativa da Rússia na economia ser um indicador antecedente de que as aspirações geopolíticas poderão se ver frustradas.

        1. Existe nenhuma lei na Russia

          Existe nenhuma lei na Russia proibindo pessoas de serem homosexuais, existe apenas leis contra a propaganda homosexual entre menores e na mídia, nesse caso o que a Russia esta fazendo é proibir paradas gays, beijos gays em em Tvs abertas e uma lei que proibe a adoção de crianças Russas por casais homosexuais etc.. E o que o ‘ocidente’, nesse caso a midia americana esta fazendo é pura propaganda distorcendo os reais fatos..

          Um critico americano no site Counter Punch fez um genial artigo dismitificando isso, e ele aponta com dados estatisticos da Anistia Internacional que o Alabama é mais homofóbico do que Moscou.. Ou seja, se você é gay, meu amigo você estará mais seguro na Russia do que no Estado do Alabama..Haha, a ironia..

          1. Eu não acho isso

            Se eu tivesse que me exilar e só houvesse duas alternativas para escolher, Alabama e Rússia, não teria dúvidas.

            Mas o que conta não é o que nós individualmente achamos.

            É o desenrolar dos fatos pós-Snowden, na Síria, Irã e Ucrânia. E preços de petróleo.

            O que você acha a respeito disso tudo, já que concordamos que Putin deverá se reeleger em 2018?

             

             

  2. Se eh tudo mesmo assim,

    Se eh tudo mesmo assim, porque eh que os Estados Unidos tem que trairar meio mundo pra diminuir a influencia da Russia na Ukrania?

    1. Por que é assim que tem resultados.

      Eu não estou elogiando métodos de obtenção de supremacia dos EUA.

      Estou dizendo que são bem sucedidos.

      E, de qualquer modo, os métodos da Rússia (chantagear com fornecimento de gás e empréstimos) não são melhores.

      Que adianta a Rússia ter alta tecnologia de guerra se a economia lá é do tamanho da do Brasil por 25 anos?

      Aliás, era até maior nos anos 1980.

      Alguém acha que a economia da Rússia vai ‘deslanchar’? Que a esfera de influência geopolítica irá aumentar?

      Há muito folclore na mídia antiamericana a respeito do papel que a Rússia poderá exercer. 

      Eu acho que depois de reatar relações com Irã e trazer a Ucrânia para a área de influência dos EUA, e quando os preços do petróleo baixarem, a influência da Rússia não será maior do que foi nos tempos de Ieltsin.

      Se os colegas acham diferente, poderão expor os porquês disso também.

      Eles contemplarão na análise o fato de que o PIB combinado dos países da OTAN é 20 vezes o da Rússia (o que eu citei no post) ou 15 vezes se juntarmos Cazaquistão e Bielorússia.

      Vai se fazer o que com a realidade objetiva?

      Sobre a Ucrânia a coisa está neste pé:

      http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,manifestacao-em-kiev-reune-70-mil-pessoas,1128449,0.htm

       

      1. “Que adianta a Rússia ter

        “Que adianta a Rússia ter alta tecnologia de guerra se a economia lá é do tamanho da do Brasil por 25 anos?”:

        O que adianta o Brasil ter o PIB do tamanho do da Russia por 25 anos se nao tem 10 por cento da tecnologia?

        1. Eu sei que você não queria pôr os holofotes

          (comentário acima)

          Você estava abordando um fato concreto, que são os esforços atuais dos EUA para tirar a Ucrânia da área de influência russa. Isso é continuidade do patrocínio à “Revolução Laranja” anos atrás.

          Nem precisamos tecer opiniões pessoais a respeito do que gostaríamos (eu acho mais interessante a Ucrânia ficar na esfera da U.E. mesmo), mas tentar imaginar o que irá acontecer.

          Eu acho que essa a Rússia não leva. Mas aguardemos o desenrolar dos acontecimentos.

          Bom, o que adianta a Rússia ter (supostos) 10 vezes mais tecnologia se continua com o PIB do Brasil?

          E será que tem mesmo? O que a Rússia desenvolveu em informática? (Estou perguntando a sério, não sei, não é por eu não ver que não exista.) O que a Rússia agrega de valor a suas empresas?

          A vantagem de domínio de tecnologia é imaginar taxas mais altas de crescimento econômico para o futuro. Se fosse pra isso acontecer, já não teria começado? Teríamos que analisar se parte do crescimento recente da Rússia foi com incorporação de tecnologia. Eu nunca vi artigo sobre isso, quem sabe não aparece link nesta discussão.

          Mas, sinceramente, acho que não. A evolução recente da Rússia e seus indicadores é tão parecida com a do Brasil que os resultados devem ter as mesmas origens: valorização de relações de troca, financiamento de bens de consumo importados, aproveitamento de mão-de-obra ociosa dos anos 1990. Com o acréscimo (lá, não aqui) de contratação de funcionários públicos.

          Será que se a Rússia fosse mesmo muito influente o Irã estaria assinando acordos com o grupo dos 6 (que inclui Rússia)?

           

  3. O MILITANTE UNIDIMENSIONAL E O BLOG DO NASSIF…

    O MILITANTE UNIDIMENSIONAL (E EM CAUSA PRÓPRIA) E O BLOG DO NASSIF…

    … ainda vâo derrubar o Putin, aqui na Rússia.

    Já soube até que o mandatário russo espalhou um monte de espiões para combater esta ameaça letal ao país dos tzares.

    Enquanto isso, lá na Sibéria, o Trensalão do PSDB, Pinheirinhos, e o motorneiro Alckmin seguem prestigiados e inatacáveis nos voluptuosos escritos do Militante Unidimensional (e em causa própria).

    1. Êee mimimi

      Putin se reelegerá em 2018, não se preocupe.

      Se você acha que Alckmin não se reelegerá em 2014, pode redigir a esse respeito, né? Eu não posso fazer isso porque não acredito nisso.

      E não é algo desimportante. Afinal, por medíocre que seja SP, e mantendo as analogias de renda, tem 1/3 do PIB russo e a mesma renda per capita. Sem precisar desenvolver tecnologia de guerra para isso.

       

       

      1. Tomara que o Czar Putin se

        Tomara que o Czar Putin se reelega em 2018.. Hahaha será um terror para a paranóica e belicosa Casa Branca, hahaha irão deixar os falcões neocons como Dick Cheney tendo 200 enfartos por segundo.. Good riddance..

        Go Putin, go!

    1. Jajajaja

      “Nada a ver”

      No que eu acho que coincido com AA é no respeito a fatos, não somos de usar torcida em comentários.

      Mas até que eu gostaria de saber a opinião dele sobre as perspectivas da Rússia.

      Sobre as da Venezuela coincidem muito com o que eu tenho pensado.

  4. A Rússia, a parte maior e

    A Rússia, a parte maior e mais importante da antiga URSS, é sim, um país complexo, e por certos indicadores realmente impressionante. A começar pela vastidão do seu imenso território(cabem dois “brasis” dentro) e a singularidade e a diversidade étnica e linguística, apesar da hegemonia dos eslavos e do russo, respectivamente. 

    Mesmo com todos os seus imensos problemas, a começar pela insurgências políticas-religiosas internas, a Rússia não é uma fantasia. Acho até que ainda está no lucro, tais foram as perdas que sofreu, de caráter político-econômico, após a derrocada da URSS. 

    Para entender a Rússia tem que se retroagir até o momento em que se firmou como uma nação que sempre teve um pé no mundo mais moderno, evoluído, ou seja, europeu, e o outro nas estepes solitárias e selvangens da Ásia. 

    Além disso, continua sendo uma “jogador” com trunfos bem significativos( e temíveis) na geopolítica internacional. Por esse aspecto, sabe quando vão aceitar uma Ucrânia totalmente de mãos dadas com a União Européia? N U N CA !

    Nunquinha mesmo. Querer insistir nisso será sem sombra de dúvidas meter a mão num vespeiro. 

  5. A Rússia sempre teve mesmo

    A Rússia sempre teve mesmo esse aspecto atrasado em relação à Europoa Ocidental, especialmente em algumas camadas populares. O complexo de inferioridade russo é historicamente famoso em relação a isso.

    Mas a aristocracia russa ou a elite intelectual russa sempre de foi de primeiríssimo time. Todo mundo sabe disso.

    De modo que concordo que o texto comete uma injustiça. Dá a entender que a Rússia é só atraso e isso está muito longe de ser verdadeiro, anos-luz de distância. Não se pode falar nesse tom com a cultura russa. Alto lá com o andor. Também não cheguemos ao ridículo de fazer isso. Seria um tanto demais.

    Intelectualmente, culturalmente, os russo são de primeiríssimo time, ultra-sofisticados. Ninguém que conheça razoavelmente bem a História das Ideias ( uma área praticamente inexistente no Brasil em termos acadêmicos) poderia afirmar uma coisa dessa.

    1. Mas é por isso que deixei o final em aberto,

      com perguntas. O que dessa ultra-sofisticação está exportado e/ou aproveitado para o desenvolvimento interno?

      1. Zibell

        Você fala de questões econômicas, dentro de parâmetros capitalistas. Nesse sentido, não é novidade nenhuma que a Rússia sempre esteve atrás da Europa Ocidental.

        Mas é justamente por causa disso que os russos são tão invejados pelos europeus ocidentais. Os alemães, então, tem pela Rússia verdadeira admiração. Os intelectuais ingleses, quando estudam a cultura russa a fundo, ficam perplexos com o nível de sofisticação.

        Eu estou falando aqui de caras aristocratas, realmente arrogantes, esnobes, que vivem de beleza estética, riqueza e cultura todo o tempo. Pessoas que vivem disso. Aí quando vão estudar a cultura russa, os costumes, o padrão escolar, o rigor da educação russa, seus altos padrões morais, sentem-se simplesmente massacrados pela superioridade russa.

        É uma sociedade clássica, de estilo, muito requintada culturalmente, intelectualmente, de grande sensibilidade, de grandes visões humanas, existenciais.

        A Rússia é absoluta categoria. Só é ler os caras que se dedicaram a isso. E.H. Carr, o historiador ingles, Hobsbawm, Edmund Wilson (escritor e crítico literário americano), Isaiah Berlin (filósofo naturalizado inglês, de origem judaica, nascido na Letônia), são alguns dos intelectuais ocidentais que escreveram sobre a cultura russa. Se preferir, pode ir aos originais, tais como Alexander Herzen (em russo, ele é conhecido como Aleksandr Ivanovitch Herzen), que escrevia num estilo clássico renascentista muito admirado, fora os monumentais escritores russos, que ajudaram a formar padrões civilizatórios mundo afora.

        Os intelectuais ocidentais que conhecem de perto a Rússia ficam admirados com o que se deparam. Um intelectual como Edmund Wilson, americano, pertencente à elite cultural e econômica dos EUA (na minha opinião, a que melhor traduziu a realidade do século XX em termos culturais, apontou caminhos novos de análise), é só elogios ao alto padrão cultural da elite russa. Ele reconhecia que era uma coisa diferente. Aliás, os russos sempre foram tratados assim na Europa por quem conhece o país. Eles são europeus, mas nem tanto. Eles estão numa área intermediária. São quase orientais. Eslavos do oriente, como se diz. Eles são muito admirados como algo diferente. Não chegam a ser tratados como exóticos, como os judeus foram durante muito tempo em solo europeiu (aliás, os judeus russos foram os que deram a Israel a identidade cultural judaica que eles possuem, o resto é Ocidente, implementado pelos judeus europeus e americanos), porque os europeus ocidentais já conhecem o suficiente da Rússia para não subestimá-los.

        Eu tenho a mais profunda admiração pela cultura russa.

         

         

          1. Mas aí é que está: essa

            Mas aí é que está: essa decadência, que pode eventualmente ser identificada, se deve ao quê?

            Será que não é pela falta de aproximação com as verdadeiras raízes do país?

            A Rússia, depois do esfacelamento da URSS, quis desesperadamente ser igual ao Ocidente. Hoje, temos uma sociedade onde graceja a violência (a Rússia até pouco tempo atrás ostentava índices de homicídios altos – da última vez que eu consultei, era 22 por 100 mil habitantes por ano -, sendo um dos países onde a mortandade entre os jovens é muito grande, uma das mais altas do mundo), corrupção, um certo discurso nacionalista de índole protofascista etc. O capitalismo desenfreado, predatório, a corrupção praticada pelos escombros de uma borocracia que permaneceu nos labirintos do poder (Putin advém desse cenário, ex-kagebista), sempre prestes a fazer a farra sem o controle de outrora, etc, enfim, tudo isso prejudicou o país.

            No entanto, a Rússia ainda tenta reconstruir o seu futuro de uma forma própria, original. A democracia deles ainda é jovem, incipiente. Eles estão tentando se adaptar aos padrões liberais burgueses da sociedade de massas. Isso nunca foi a Rússia. A Rússia tem outra origem. Camponesa, adepta de revoluções, idealista por natureza, característica esta última que não se perdeu, muito pelo contrário. O cenário político russo continua sendo um dos mais interessantes do mundo, vide a grande quantidade de ideologias que lá coexistem. Eu não tenho a menor dúvida que eles não deixarão de ser parâmetro para o mundo. É questão de tempo, apenas. Eles encontrarão o seu próprio caminho dentro desse parâmetro democrático. Farão uma democracia ao estilo russo. É um país muito importante para perder a sua influência. Nunca deixará de ser um grande player do cenário internacional.

          2. Um grande player sim

            Japão, Brasil, Alemanha, França, Reino Unido, Irã, Canadá também são.

            A Turquia ainda é, mesmo quase um século após o desmonte do Império Otomano.

            Mas eu acho que a Rússia é muito superestimada na mídia alternativa (na que não é “PIG”). Talvez por sua postura anti-americana em algumas situações. O que você acha disso?

             

  6. Rússia é um dos países mais

    Rússia é um dos países mais avançados do mundo tecnologcamente falando.

    CONHECIMENTO=PODER

    O texto… parei de ler logo no início. Besteira pura.

  7. Hitler considerava a Russia

    Hitler considerava a Russia um pais de segunda classe e um regime apodrecido que bastava dar um chute na porta que tudo despencaria e ficaria a disposição da Alemanha… resultado, se não me engano, de cada 4 divisões que a Alemanha tinha 3 estavam combatendo a URSS, aliais a partir de 1943 combatendo E PERDENDO… na prática foram os russos que derrotaram a Alemanha.

    Dizem que quando os alemães analisaram o principal tanque russo, a conclusão foi de que não passaria no controle de qualidade alemão… mas quando os alemães projetaram tanques capazes de fazer frente ao poderio russo fizeram maquinas sofisticadas e caras, que somadas dão bem menos de 10 mil produzidos, enquanto a produção do T-34, principal tanque russo, somava dezenas de milhares.

    Quando da Guerra do Youm Kippur os israelenses haviam feito uma linha de defesa em profundidade protegendo a zona do canal, achavam quase inexpugnável… foram surpreendidos pela invasão egipicia, mandaram suas até então invensiveis formações blindadas enfrentar os invasores egipcios, esperavam encontrar as formações blindadas, deram de cara com infantaria armada com misseis portáteis que os obrigaram a recuar e repensar suas táticas.

    Quando da invasão do Libano em 1982 os tanques israelenses não encontram dificuldade contra os tanques sirios, anos mais tarde o Hezbolah colocou em xeque os mesmos tanques usando misseis portáteis russos.

    A história é cheia de exemplos de adversários que consideravam os russose suas armas como inimigos fáceis de superar, menosprezaram o poderio da russia e o espirito combativo do povo russo, não entenderam a lógica do comportamento russo, que é capaz de sofrer derrotas aparentemente definitivas e se levantar e dar umm revide terrivel ao agressor, a tecnologia russa segue o mesmo exemplo, não deve ser menosprezada.

    1. Eu gosto muito de Tchaikovsky

      https://jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/um-domingo-com-tchaikovsky

      E de outros russos também, especialmente Korsakow.

      Neste post usei Prokofiev, Katchaturian e Mussorgsky:

      http://www.jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/pequeno-dossie-sochi-2014

      E neste outro, que é sobre o Brasil, usei 2 das mesmas músicas (entre 10 no total).

      http://www.jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/errar-e-humano-persistir-no-erro-e-governismo

      Eu não ponho Glinka ou Borodin nos posts porque minhas favoritas deles são muito longas.

      Mas o post é sobre geopolítica no século XXI, não sobre música romântica do século XIX, ecletismo da primeira metade do século XX ou transposição de temas folclóricos à música sinfônica…

       

      1. Tudo bem, Gunter, postei o

        Tudo bem, Gunter, postei o Tchaikovisky pra contrapor aquele post que você expôs com a Madonna e a Pussy Riot para criticar a execrável homofobia do Putin .

        Você postou a Madonna e a Pussy Riot eu respondi com um Tchaikovisky .

        Pra criticar o Putin não precisa trazer a Madonna, entende ?

         

         

        1.  
          Sabermos que as filhas de

           

          Sabermos que as filhas de Madonna falam diariamente dentro de casa a palavra vagina tem alguma importância sociológica ou geopolítica ? .

          Alguem vai dar alguma importância para esta futilidade ?  .

          1. Acho que ninguém vai dar importância a essa futilidade.

            Mas já percebi que você não gosta de Madonna ou não gostou do discurso dela.

            No que perceber isso ajuda a prospectar a futura influência da Rússia? Eles não vão conseguir levar adiante o processo que abriram contra Madonna, apenas conseguiram que ela e Lady Gaga não vai mais se apresentar lá.

            E tiveram que engolir Elton John também.

            http://www.rollingstone.com/music/news/elton-john-blasts-russia-vicious-homophobia-has-been-legitimized-20140122

            E, se Putin não desse bola para opinião pública intl, teria libertado antes do prazo as ex-Pussy Riot, o oligarca da oposição e abandonado o processo contra os greenpeacers?

            Teria permitido uma manifestação (que não foi só) anti-homofobia em Moscou no mês passado?

            http://queerussia.info/2014/01/20/3823/

            E mais recentemente?

            http://76crimes.com/2014/02/06/st-petersburg-joins-world-protests-for-lgbt-rights/

            Sem grandes repressões? 

            Na boa. Não estou falando no post de direitos LGBT. Só comentei que é ridículo um regime ter medo de bandeiras com arcoíris. Ridículo só não, é proposital, mas não vai dar os efeitos pretendidos. 

            Mas o que você acha que está equivocado no post de hoje? Gostaria de aprofundar o debate nessa direção.

            Você acha que o papel da Rússia como influenciadora de outros países será crescente ou decrescente?

            E por quê?

          2.  
            Gunter, não tem nada a ver,

             

            Gunter, não tem nada a ver, o meu gosto musical com a minha crítica a Madonna, aliás acho ela uma artista talentosa, mas não tem como a gente misturar as coisas, entende ?

            É como o Amado Batista falando que foi torturado na época da ditadura, tem como ?

             

          3. Entendo

            O que eu não entendo é aonde você quis chegar com essa conversa.

            Desde o início não teve relação nenhuma com o post. No máximo teria a ver com o post de ontem com o discurso de anteontem.

            A não ser que tanto Madonna como eu somos críticos às restrições de liberdades individuais na Rússia. E nem você deixaria de ser contra. Há um consenso geral que há problemas na Rússia e que eles dificultam o discurso em política externa russa pela antipatia exposta à opinião pública universal. Só há críticas, não há elogios.

            Alguém viu algum elogio a Putin ou Rússia ultimamente? Alguém vai apoiar a Rússia nessa queda de braço pela Ucrânia?

            Se a direção da crítica é a mesma, e há consenso nisso, qual o problema mesmo?

        2. Não, não entendo, Antonio.

          Madonna é uma personalidade que fez um discurso a respeito da repressão russa, que não é apenas em relação a LGBTs, é contra muçulmanos, imigrantes de ex-repúblicas, jornalistas, pensamentos políticos.

          Eu postei o discurso, não a música dela.

          É claro que devemos prestigiar sempre Tchaikovsky. Na festa de abertura de sochi inclusive tocaram duas músicas dele, Trepak e mais uma de o Lago dos Cisnes, se não me engano.

          Quer dizer, você não contrapôs nada, você só reforçou a unanimidade que Tchaikovsky é. 

          Aliás, deu para notar como está a coisa do ‘soft power’… Apesar da sofisticação cultural da qual você e Argolo falam, e que eu não nego, o comitê organizador só escolheu “mais mais” presentes no imaginário do público ocidental. E das coisas mais modernas que se apresentou na festa foi a pintura de Malevich…

          Bom, nego não, negava. Um povo que precisa proibir uma simples Parada Gay e prende gente que usa pins de arcoíris é algo pra lá de tosco ao meu ver.

          Mas isso não é o assunto do post.

          A questão é que o potencial da Rússia em interferir decisões mundiais se limita a auxiliar militarmente os governos de Irã e Síria e chantagear o da Ucrânia. E que se os hidrocarbonetos baixarem de preço, até mesmo isso ficará em xeque.

          Mas vira e mexe aparece algum artigo enaltecendo a suposta influência que a Rússia poderá exercer. Eu acho que isso é mito e o que eu pretendo com o post é mostrar esse diagnóstico: a Rússia é superestimada na mídia alternativa (leia-se ‘blogs’)

          Tem coisas que a gente lê que seriam de rir se não fossem trágicas. Isto é, se não envolvessem repressões, golpes de estado, desrespeito a direitos humanos, etc.

          Eu sei que muitos comentaristas ‘torcem’ para qualquer coisa que pareça anti-americanismo. É só ver posts sobre a Venezuela, sobre EUA, etc. 

          Mas eu só estou apontando que essa postura é muito irrealista. 

           

          1.  
            Gunter, eu não acho a

             

            Gunter, eu não acho a Madonna a personalidade mais qualificada para condenar a Rússia sobre direitos humanos ou a terrível homofobia .

            Quando eu ouvir apenas uma palavrinha dela, pode ser uma pequena frase contra as torturas em Guantânamo …. .

            Por enquanto… só plasticidade e marketing

          2. Possivelmente não.

            Que tal 27 ganhadores do Nobel

            http://revistaogrito.ne10.uol.com.br/page/blog/2014/01/14/ator-ian-mckellen-se-une-a-vencedores-do-nobel-para-protestar-contra-lei-anti-gay-na-russia/

            Ou 200 escritores famosos?

            http://www.theguardian.com/world/2014/feb/06/russian-laws-choking-free-speech-repealed

            E a Amnesty International e a Humans Rights Watch provavelmente abordam ambas as questões, a repressão a grupos minoritários na Rússia e as condições de detenção de Guantánamo.

            Não há como a Rússia se sair bem junto à opinião pública mundial. Nem merece.

            Na sua opinião, por que há essa resistência (não sua, a que notamos em outros comentários) em se perceber isso?

             

          3.  
            Na próxima vez que voce

             

            Na próxima vez que voce queira criticar os direitos humanos na Russia escolha ao menos o Desmond Tutu, por favor não traga o Shimon Peres .

             

          4. Da próxima vez que você quiser me criticar

            use um fato e não uma invenção.

            Eu já citei muitas vezes Desmond Tutu neste anos e nunca citei Shimon Peres, ok?

          5.  
            Eu citei o Shimon Peres

             

            Eu citei o Shimon Peres para que voce fique atento que existem personalidades premiadas com o Nobel mas com o posicionamentoS políticos e ideológicos radicalmente contra a política e a ideologia de alguns países  .

            Entendeu ?  Há diferenças de caráter e de ideologia entre o Desmond Tutu e o Shimon Peres (e muitos outros agraciados com o Nobel)  Entendeu ?

            Eu jamais aceitaria um copo de vinho das mãos de um Shimon Peres .OK ?

          6.  
            FINALIZANDO :
            Ser agraciado

             

            FINALIZANDO :

            Ser agraciado com um Nobel não é um atestado de idoneidade e muito menos de imparcialidade .

          7. Ok.

            Mas eu não vou me preocupar agora em analisar biografias de prêmios Nobel.

            De qualquer modo, se vier a haver mais algum contrário ao que acontece na Rússia, merecerá ser ouvido/lido.

            Bom, acho que foi injustiça minha eu ter proposto um post para Tchaikovsky e nunca tê-lo feito para Madonna.

             

  8. Santa obsessão batman

    Estados americanos com leis semelhantes às russas:

     

      (Dacota do Sul e Missouri, mostrados em cinza, têm leis proibindo escolas locais de implementar políticas anti-bulllying)

      O mapa deixa claro que quando se quer mudar leis retrógradas elaboradas para silenciar indivíduos LGBT e torná-los visíveis, há muito trabalho a ser feito em casa,

      Como mostra em detalhes um artigo do Washington Post, as leis anti-propaganda vão desde censura até promover ativamente medo e desinformação nas escolas. Arizona e Utah, por exemplo, proíbem professores de mostrarem a homossexualidade de forma positiva, enquanto estados como Alabama e Texas levam as coisas um passo adiante , requerendo que educadores descrevam a homossexualidade como horrenda para o público em geral e como um comportamento criminoso. (não é, ou pelo menos não tem sido por uma década, os EUA tardiamente legalizaram a sodomia em 2003, uma década após a Rússia fazê-lo.)

      Vamos ser claros: A situação de indivíduos LGBT e seus aliados nesses 8 estados está agora perigosamente perto àquela da Rússia. Se , por um lado, as leis estapafúrdias desses oito estados estão limitadas à censura e a instituir um efeito assustador nas escolas, isso não dispensa os americanos de tomarem providência contra suas próprias políticas restritivas e intolerantes, e se colocar como exemplo para a Rússia e o mundo. Talvez as olimpíadas de Sochi possa servir como um chamado para ações, não somente contra o dogmatismo russo, mas visando garantir tolerância e liberdade de expressão tanto em casa como mundo afora.

    Artigo completo em inglês:

    http://www.policymic.com/articles/81437/8-u-s-states-have-anti-gay-laws-strikingly-similar-to-those-in-russia

    The Winter Olympics’ opening ceremonies may be scheduled for Friday night, but the world’s eyes have been turned toward Russia and the host city of Sochi for some time now. While there’s plenty to attend to, from Pussy Riot’s advocacy for free speech to Sochi’s lack of preparation for the games, protests against Russian laws banning gay “propaganda” — including merely suggesting that it’s OK to be gay — have, rightly, taken center stage. 

    Visitors to Sochi will be subject to the laws that forbid public demonstrations in favor of gay rights, disseminating materials in favor of gay rights, or so much as speaking in favor of gay rights. Since the laws’ passage, violence against LGBT individuals in Russia has skyrocketed.

    While the situation in Russia is dire, it’s hardly the only place to have instituted a law banning “gay propaganda.” In fact, as a map from the Gay, Lesbian & Straight Education Network illustrates, eight U.S. states — Alabama, Arizona, Mississippi, Louisiana, Oklahoma, South Carolina, Texas and Utah — have laws banning the promotion of homosexuality in schools.

    (South Dakota and Missouri, pictured in gray, merely have laws prohibiting local school districts from enacting anti-bullying policies.)

    The map makes it clear that when it comes to changing regressive laws designed to silence LGBT individuals and render them invisible, there’s plenty of work to be done at home.

    As a Washington Post article details, the U.S. anti-propaganda laws range from stifling speech to actively promoting fear and misinformation in schools. Arizona and Utah, for instance, ban teachers from casting homosexuality in a positive light, while states like Alabama and Texas take things a step further, requiring educators to describe homosexuality as abhorrent to the general public and as a criminal behavior. (It’s not — or, at least, it hasn’t been for a decade now. The United States belatedly legalized sodomy in 2003, a full decade after Russia did so.)

    Let’s be clear: the situation for LGBT individuals and allies in these eight states is nowhere near as perilous as that on the ground in Russia. For one thing, while the eight states’ so-called “no promo homo” laws are preposterous, they’re limited to restricting speech and instituting a chilling effect in schools. Even so, that doesn’t excuse Americans from taking action against our own restrictive and intolerant policies, and setting an example for Russia and the world. Perhaps the Sochi Olympics can serve as a call to action not only against Russia’s bigotry, but toward ensuring tolerance and freedom of speech both at home and around the world.

    1. Não embroma.

      Você precisa recorrer a um ícone americano e à existência de autocrítica nos EUA para montar um comentário?

      Comente sobre a Rússia ser um país que é um dos piores em liberdade de expressão:

      http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndice_de_Liberdade_de_Imprensa

      E, o que você pretende estimular nos EUA, um país com maior capacidade de evolução e recuperação, já está acontecendo:

      Maioria dos eleitores dos estados dos EUA sem casamento igualitário já são a favor da igualdade

      http://thenewcivilrightsmovement.com/majority-of-voters-in-states-that-do-not-allow-same-sex-marriage-support-equality/politics/2014/01/23/82174#.UuXKCoso7nA

      http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2014/02/1409607-governo-dos-eua-vai-ampliar-direitos-a-casais-de-mesmo-sexo.shtml

       

       

  9.  
    O russo valoriza a beleza e

     

    O russo valoriza a beleza e o saber, a inteligencia e a arte , é um povo diferente .

    O matemático russo Grigory Perelman recusou um prêmio de US$ 1 milhão oferecido pelo Instituto Clay de Matemática (CMI, na sigla em inglês), de Massachusetts, pela resolução da conjectura de Poincaré, informou a imprensa russa.

    Entidades beneficientes pedem que matemático aceite o prêmio e entregue a elas - Divulgação/Congresso Internacional de MatemáticosDivulgação/Congresso Internacional de MatemáticosEntidades beneficientes pedem que matemático aceite o prêmio e entregue a elas

    Na semana passada, o CMI anunciou o Prêmio do Milênio ao matemático russo pela solução de um dos maiores problemas mistérios da matemática, mas segundo o jornal Pravda, agências de notícias russas disseram que ele o recusou.

    Há informações de que Perelman largou a matemática em 2006 e que vive em um apartamento com sua mãe, em São Petersburgo. Segundo vizinhos, o apartamento seria infestado de baratas.

    O partido comunista russo e uma entidade beneficente que cuida de crianças em São Petersburgo fizeram um apelo a Perelman para que aceite o dinheiro e o entregue a eles.

    Conjectura

    Perelman, tido com excêntrico e recluso, solucionou a conjectura em artigos publicados na internet nos anos de 2002 e 2003.

    Quando a solução do problema foi confirmada, em 2006, ele foi indicado para receber a Fields Medal – considerado o Nobel da matemática – mas recusou ao prêmio.

    Na ocasião, o matemático afirmou que a medalha era irrelevante para ele e que o fato de a solução estar correta já seria reconhecimento suficiente.

    Ele não compareceu à entrega da medalha, programada para ser feita pelo do Rei Juan Carlos, da Espanha, durante o Congresso Internacional de Matemáticos, em Madri, em 2006. O congresso é realizado a cada quatro anos.

    A solução do problema também foi reconhecida como “Avanço do Ano” pela revista especializada Science, em 2006.

    Antes disso, ele também tinha recusado um prêmio do Congresso Europeu de Matemáticos, em 1996.

    A conjectura de Poincaré era um dos sete desafios levantados pela CMI para os chamados Prêmios do Milênio, lançados no ano 2000.

    Os prêmios foram criados para chamar a atenção e recompensar a solução de alguns dos problemas mais difíceis enfrentados pelos matemáticos na virada do milênio. A conjectura de Poincaré foi o único problema solucionado até agora.

    A conjectura de Poincaré foi formulada em 1904 pelo matemático francês Henri Poincaré e é de difícil compreensão para leigos e seria, segundo o CMI fundamental para se compreender formas tridimensionais.

    Segundo a Wikipedia, a conjectura afirma que “qualquer variedade tridimensional fechada e com grupo fundamental trivial é homeomorfa a uma esfera tridimensional. Ou seja, num espaço com três dimensões fechado, sem ‘buracos’ deve ter a forma de uma esfera”. BBC Brasil – Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

  10. russia

    este tipo de crítica é recorrente dentro da imprensa/midia anglo-saxonica. Lembro que quando fazia adminisntração na década de 90 eram comuns os comentários queo PIB da Rússia era então igual ao da Holanda: 180 bilões de dólares. o interessante é que essas críticas que o zibel faz encontram um pano de fundo bem diferente. na década de 90 a união européia era um exemplo para o mundo, hoje parece mais um exemplo do que não se deve fazer. Os EUA têm uma distribuição interna de renda que parece terceiro mundo

    1. Não é um pano de fundo diferente

      Se os comentários são do mesmo teor, passados mais de 20 anos, o que mudou? 

      Como dizer que o pano de fundo é diferente se a economia da U.E. sai da recessão e a da Rússia depende de preços de exportação para não entrar numa?

      Se em 1990 o exemplo era a Holanda e hoje é a Califórnia, isso significa evolução positiva ou apenas uma sobrevalorização cambial?

      A concentração de renda da Rússia caminha para empatar com a dos EUA. Isso será bom? Vamos dizer que é de 3º mundo?

      Mas eu coloquei perguntas objetivas ao final, além da queda da participação da Rússia na economia mundial.

  11. Gunther seu odio pela Russia não seria preconceito?????

    nada como ver a realidade como quando um lobista  é derrotado, inicia ataques desesperados em busca de vingança!  o alvo agora não é mais o Brasil, mas a Russia, e porque?   porque o mundo não deu a minima para os protestos de ativistas contra as leis russas!

    A olimpiada de inverno segue normalmente, nenhum protesto espetaculoso, nada!  então o que restou foi falar mal da Russia!

    A russia deixou de ser URSS e perdeu regiões chaves como a Ucrania e Usbequistão,  nesses 20 anos está se re-erguendo, e recuperando seu papel entre nações lideres! e um dos maiores produtores de aviões, gas, petroleo e alimentos!  

     

     

     

     

     

    1. Você que pensa.

      A torcida pró-Putin não tem peso na opinião pública mundial. É só ver como o assunto Snowden praticamente sumiu. Procure os últimos posts sobre ele aqui mesmo neste blog, mal receberam comentários.

      E, como você bem disse “perdeu” a Ucrânia.

      Mas isto não é jogo de War. Vamos a sua assertiva:

      “nesses 20 anos está se re-erguendo, e recuperando seu papel entre nações lideres! e um dos maiores produtores de aviões, gas, petroleo e alimentos! “

      Esses produtos o Brasil também faz.

      No que exatamente um exportador de commodities, que precisa gastar US$ 50 bi para mostrar ao mundo que é um regime autoritário, passará a “liderar”?

      Algum prognóstico?

       

  12. Gunther seu odio pela Russia não seria preconceito?????

    nada como ver a realidade como quando um lobista  é derrotado, inicia ataques desesperados em busca de vingança!  o alvo agora não é mais o Brasil, mas a Russia, e porque?   porque o mundo não deu a minima para os protestos de ativistas contra as leis russas!

    A olimpiada de inverno segue normalmente, nenhum protesto espetaculoso, nada!  então o que restou foi falar mal da Russia!

    A russia deixou de ser URSS e perdeu regiões chaves como a Ucrania e Usbequistão,  nesses 20 anos está se re-erguendo, e recuperando seu papel entre nações lideres! e um dos maiores produtores de aviões, gas, petroleo e alimentos!  

     

     

     

     

     

  13. A Rússia segundo seus detratores preguiçosos

    Não fosse desprezível, em virtude da preguiça de seu autor, dos “fatos” infundados e da pobreza da argumentação de Gunter Zibell, e o texto sobre a Rússia não mereceria atenções e comentários.

    Porém, ocorre-me alertar meus co-leitores para o contexto em que esse lamentável libelo aparece publicado no Jornal GGN.

    Na semana passada, o ex-Primeiro Ministro da Alemanha, Gerhard Schröder, deplorou através da “Spiegel Online” http://www.spiegel.de/politik/deutschland/gerhard-schroeder-kritisiert-deutsche-sotchi-berichterstattung-a-952164.html
    a campanha orquestrada na maioria das mídias alemãs contra a Rússía na véspera da abertura dos Jogos Olímpicos em Sochi, alertando que está em curso uma pseudo-cobertura sobre a Rússia, de caráter descaradamente “ideológico”.

    Ironicamente, a advertência de Schröder – que não é nenhum líder guerrilheiro nas selvas do hemiisfério Sul, mas expoente do centrista partido socialdemocrático alemão e atual executivo europeu da empresa russa Gazprom – ocorreu simultaneamente ao indicente envolvendo a secretária de estado norte-americana, Victoria Nulland, cujo telefone foi grampeado enquanto conversava com o embaixador americano em Kiev, desembestando encolerizada contra a diplomacia alcolchoada da União Europeia no conflito ucraniano, com a frase “Fuck the EU! – Foda-se a União Europeia!”.

    Educadamente, peço licença para a citação por extenso, pois não é demais recordar que o léxico resume o pensamento da política de canhoneira de Washington, sempre que algum processo em curso não lhe convém; neste caso, o que considera a condescendência da diplomacia europeia com o governo Victor Yanukovich, que o governo Obama prefere ver defenestrado pela via das armas.

    Obviamente, o grampo e a divulgação do telefonema via Youtube https://www.youtube.com/watch?v=CL_GShyGv3o  foram sentidos em Washington como inaceitável insolência e logo atribuídos à FSB, a agência russa que sucede a velha KGB, pois na NSA ninguém imaginava que seu arrogante monopólio de espionar o mundo inteiro pudesse ser afrontado com tamanho e alegre escancaramento.

    Não se sabe se Schröder riu quando ouviu o destempero de Nulland, mas entendeu sua fúria, pois já em 2003 teve seus telefones grampeados depois que Bush Jr. vociferou “fuck this guy!”, como reação à rejeição do alemão e seu par francês, Jacques Chirac, de partiiciparem da invasão e sangria do Iraque.

    Este é o contexto em que li o texto do sr. Zibell: uma pobre nota de rodapé à campanha midiática em curso contra a Rússia.

    Não cabem defesas patrioteiras e ufanistas ao governo Vladimir Putin, que tem lidado de modo infeliz, fosse com o Greenpeace, as garotas Pussy Riot ou os direitos dos homossexuais. Certamente, cabeça fria e saudável dose de desprendimento e bom humor tivessem reiterado a justeza da escolha da revista Forbes, ao atribuir a Putin o título de “homem mais poderoso do planeta em 2013”.

    Afinal, graças à Rússia, nos últimos anos, o mundo não enveredou para a completa barbárie na Síria e o encurralmento militar de nações soberanas da América Latina. Sem mencionar o impedimento do cerco à própria Rússia pelo seu flanco sudoeste, onde, desde a queda da União Soviética, os EEUUA reproduzem sua política da conspiração iniciada na década de 1990, com o financiamento e armamento de mercenários fundamentalistas islâmicos.

    Com Vladimir Putin e na combalida Rússia da era pós-soviética, com todas as suas contradições – máfias, verticalismo político e administrativo – tornou-se difícil provar que sua população esteja “passando fome” e, face ao Estado Paranóico-Militar instalado em Washington, é no mínimo farisaico reclamar da “falta de liberdade”.

    Lentamente, a Rússia retorna ao cenário internacional e questiona com sabedoria o mundo unipolar engendrado por Washington após a queda do Muro de Berlim.

    Por isso, a 15 mil quilômetros de distância de Moscou, sinto-me  mais seguro.

    Essa sim é uma dimensão realista do que a Rússia é e efetivamente representa no mundo dos dias de hoje. 

    Aos mal intencionados ou noviços na matéria, recomendo que sejam menos preguiçosos e vaidosos.

    O resto é pretensão.

    Frederico Füllgraf, Santiago do Chile

    1. Parabéns Federico. Faço

      Parabéns Federico. Faço minhas suas palavras. O Putin comete atos que são criticáveis (apenas discordo da sua opinião a respeito da prisão dos militontos do greenpeace, organização totalmente infiltrada pela CIA) mas é o único capaz de por um freio a loucura bélica  e de “Full Spectrum Dominance” por parte do governo ianque, como claramente descreveu o ex embaixador Samuel Pinheiro Guimarães no prólogo do livro ” A Segunda Guerra Fria” do brilhante Luiz Alberto Moniz Bandeira.

  14. Passado e Presente

    Caro Gunter, achar que um país de cultura avançada, tanto no passado distante, como passado próximo e presentemente,  em qualquer ramo de arte ou ciência é retrogrado, é no mínimo um engano terrível. A Russia dispôe de um elite cultural avançadissima de músicos á matemático e físicos, que impressionam a qualquer um que a observe com mais cuidado. Na era espacial eles colocaram desde o primeiro satélite no espaço, bem como  ao primeiro cosmonauta (a terra é azul!) e no momento seus fogetes propulsores são ainda os mais potentes e confiáveis no mercado, sendo usado inclusive pelos americanos quando querem colocar cargas pesadas no espaço. Depois do debacle da URSS, por tentar acompanhar os gastos miltares americanos, quando da guerra fria, de governos catastróficos com a “abertura” que tiveram e terminaram com os espiões da KGB dando ordens, ainda é impressionante como conseguiram reagir. 

    1. O que impressiona mesmo

      é não terem acompanhado o desenvolvimento da informática e da indústria de bens de consumo ao longo dos anos 1980 e depois.

      Um país não-retrógrado (e supostamente importante e influenciador da opinião pública mundial) precisa recolher livros e censurar filmes e blogs? É a isto que se chegou com a ‘reação’ recente, não?

      O que poderemos esperar, de agora em diante, de influência da Rússia na economia e política mundiais?

      O ponto é esse.

       

       

  15. Ridículo !!!

    Não sei o que é pior, a ridícula análise publicada acima, que somente reflete a heterofobia e preconceito do seu autor, ou o Nassif divulgar este texto ridículo !!!

    Acorda Nassif, temos assuntos muito mais importantes a tratar !!!

  16.  
    A inteligência e a

     

    A inteligência e a competência russa em manter-se respeitável em qualquer campo (econômico ou militar) é incontestável .

    Qual o País que possui a maior extensão territorial  ?  .  Há alguma possibilidade da Rússia perder algum quilometro quadrado de seu vasto território para qualquer outro país ? .

     

     

     

     

  17. Don’t let me be misunderstood

    A Russia trata suas minorias como a URSS tratava as suas e antes dela o Império Czarista agia da mesma forma.

    Putin canaliza os anseios da maioria. É ela que vai garantir que seu mandarinato continue (e a grana atrás dele vai ajudar muito).

    Sem juízo de valor se ele é bom ou mau. O lobby estadunidense vai tentar por todos os meios a seu alcance corroer o que sobrou da antiga URSS, inclusive usando o público LGBT,

    Duas coisas: distinguir  desejos de realidade e reler Pierre Bourdieu.

     

  18. Será a Ucrânia o problema?

    Nota-se uma certa consternação dos colegas com o post. Lamento, mas eu não invento, apenas comento.

    Gente, sejamos realistas. Os problemas podem estar nas notícias, não nos mensageiros. Eu não tenho responsabilidade nenhuma em a Rússia ter escolhido um caminho de choque contra a opinião pública e/ou interesses geopolíticos de potências ocidentais. As coisas são como são e pronto.

    Mas o que poderá estar por trás dessa preocupação toda?

    03 de fevereiro

    http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,eua-e-uniao-europeia-estudam-credito-a-ucrania,1126321,0.htm

    05 de fevereiro

    http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,falta-de-acordo-na-ucrania-afeta-a-economia-diz-premie-interino,1126932,0.htm

    08 de fevereiro

    http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,ucrania-luta-por-soberania-e-contra-oligarcas,1128208,0.htm

    09 de fevereiro

    http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,manifestacao-em-kiev-reune-70-mil-pessoas,1128449,0.htm

  19. DEMOCRACIA???

    E qual seria a democracia que estamos acostumados?

    – A democracia de ser ouvido quando falamos que amamos gays e animais, e de ser apontado e xingado quando falamos que não gostamos de cães e não queremos filhos gays?

    – A democracia de ser obrigado a votar?

    – A democracia de não poder escolher se queremos ou não o fim da progressão de regime?

    – Democracia de não poder opinar sobre redução da maioridade penal e prisão perpétua?

    – A democracia de nos enfiarem aumentos de IPTU goela abaixo sem podermos sequer nos defender?

    – A democracia de ter refém de um sistema judiciários patronal e da elite que geralmente vai contra os interesses da população?

    – A democracia de ser obrigado a morrer na fila do hospital enquanto o dinheiro é mal gasto ou então desviado?

    – A democracia de aguardar anos pra ver a justiça feita?

    – A democracia de prender ou de repreender quem fala a verdade?

    – A democracia de saber que a maioria da população segregaria os pobres se isso não fosse tão feio?

    Não sei de que democracia falas.

  20. Não tenho pressa. A obscuridade será esclarecida vagarosamente

     

    Gunter Zibell – SP,

    Fiquei surpreso quando você disse, em resposta ao meu comentário enviado no sábado, 08/02/2014 às 17:40, para você junto ao post “A homofobia de conveniência” de sábado, 08/02/2014 às 10:27, aqui no blog de Luis Nassif e de sua lavra, que você tinha 50 anos. Uma das razões da surpresa foi a sua frase no post “A homofobia de conveniência” e que transcrevo a seguir. Diz você:

    “Somente a política é capaz de fazer que se aceitem mentiras que prejudicam dezenas de milhões de pessoas sem favorecer absolutamente ninguém além dos próprios políticos envolvidos”.

    A frase, tão depreciativa da polítca, parecia-me de um jovem ingênuo que se crê revolucionário e quer destruir a ordem estabelecida por políticos que ele – o jovem revolucionário – vê carcomidos pelo vício da corrupção. Ou então, trata-se de frase de um velho um tanto decrépito e já bem incrédulo da atividade política. Como tinha certeza de que você não era um velho decrépito, o imaginei um jovem. De todo modo, se não ansiarmos muito pela vinda do futuro, haverá um tempo em que 50 anos seja expressão de juventude.

    O post “A homofobia de conveniência” pode ser visto no endereço a seguir e que é apresentado na segunda página onde estão as suas respostas ao meu comentário:

    https://jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/a-homofobia-de-conveniencia?page=1

    Não sei a origem deste post “Rússia: as dimensões de uma pretensão” de segunda-feira, 10/02/2014 às 14:53, aqui no blog de Luis Nassif e com sua chancela. Já fiz uma crítica a você recentemente por trazer texto sem uma contextualização. Trata-se do post “Escolas públicas alemãs oferecem aulas sobre islamismo” de quinta-feira, 23/01/2014 às 10:53, aqui no blog de Luis Nassif e originado de sugestão sua para o artigo que saiu na Folha de S. Paulo intitulado “Alemanha leva o islã à escola” de autoria de Alison Smale do New York Times. O post “Escolas públicas alemãs oferecem aulas sobre islamismo” pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/noticia/escolas-publicas-alemas-oferecem-aulas-sobre-islamismo

    O assunto da contextualização é um questionamento antigo meu e que reconheço nem sempre é possível. De todo modo, lembro que você não aceitou minha crítica, mas não me senti isolado, pois houve outro comentarista que também ficou sem entender o contexto do post “Escolas públicas alemãs oferecem aulas sobre islamismo”.

    Bem, antes de ir para a peroração, reconheço que sou bastante prolixo e para piorar não consigo moldar a minha prolixidade a uma necessária clareza no que eu digo. Por isso não foi surpresa você ter alegado que era confuso meu comentário crítico a você no post “Grupo tucano que defende minorias apoia petista para Comissão de Direitos Humanos” de segunda-feira, 10/02/2014 às 09:08, aqui no blog de Luis Nassif e originado de uma sugestão sua contendo a transcrição da matéria do jornal O Globo intitulada “Diversidade do PSDB apoia petista para Comissão de Direitos Humanos”. O endereço do post “Grupo tucano que defende minorias apoia petista para Comissão de Direitos Humanos” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/grupo-tucano-que-defende-minorias-apoia-petista-para-comissao-de-direitos-humanos

    E ficou mais difícil negar a confusão ao ver que a sua réplica à minha crítica tinha recebido cinco estrelas. Explico aqui um pouco. O meu comentário enviado segunda-feira, 10/02/2014 às 13:15, lá no post “Grupo tucano que defende minorias apoia petista para Comissão de Direitos Humanos” pode ser dividido em duas partes. Na primeira parte eu menciono o post “A homofobia de conveniência” para justificar uma necessidade de posteriormente voltar ao post e deixar algumas observações em falta ou que ficaram incompletas. E mencionei o post “A homofobia de conveniência” não só porque fora o post mais recente em que eu fizera comentário para você, mas também porque um título um tanto humorístico que poderia ser dado ao post “Grupo tucano que defende minorias apoia petista para Comissão de Direitos Humanos” seria uma paródia do título “A homofobia de conveniência”, ou seja, cabia bem o título “A homofilia de conveniência”.

    E na segunda parte do meu comentário enviado segunda-feira, 10/02/2014 às 13:15, lá no post “Grupo tucano que defende minorias apoia petista para Comissão de Direitos Humanos” minha intenção era só dizer que a frase de Wagner Tronolone, presidente do Diversidade Tucana em São Paulo, e que transcrevo a seguir era uma frase de conveniência. Diz então Wagner Tronolone na matéria do jornal O Globo:

    “Temos, sim, nomes dentro do PSDB, mas tradicionalmente o PT sempre ocupou a comissão. E alguns costumes são regras não escritas, e deve-se sempre prevalecer o bom senso”.

    Então foi a idéia da conveniência um dos motivos para eu prolongar na referência ao post “A homofobia de conveniência”. E o meu comentário ainda ficaria mais confuso se eu tivesse indicado a você o artigo de José Arthur Giannotti intitulado “Acusar o inimigo de imoral é arma política, instrumento para anular o ser político do adversário” que saiu publicado no jornal Folha de São Paulo de 17/05/2001 e que pode ser encontrado no seguinte endereço:

    http://www.cefetsp.br/edu/eso/filosofia/artigogiannottigerapolemica.html

    Ou então encaminhar para o post “Chauí e Giannotti” de quarta-feira, 24/08/2005, no blog de Na Prática a Teoria é Outra e que pode ser visto no seguinte endereço:

    http://napraticaateoriaeoutra.org/?p=300

    Mencionei o post “Chauí e Giannotti” porque eu ainda tenho a intenção de comentar com mais vagar o texto de José Arthur Giannotti, e assim se você o acessasse poderia ver algumas linhas que permitiriam que o artigo “Acusar o inimigo de imoral é arma política, instrumento para anular o ser político do adversário” fosse mais bem compreendido, e ajudar a se ter uma noção mais adequada da atividade política, seus limites e suas potencialidades e que, de algum modo, tenho percebido como a maior carência nos seus textos. Espero que ainda venha a fazer o detalhamento do artigo “Acusar o inimigo de imoral é arma política, instrumento para anular o ser político do adversário”. Enfim, menciono o texto de José Arthur Giannotti para contextualizar a declaração de Wagner Tronolone. Em suma na política, o oportunismo é tática de luta. Isto não significa, entretanto, que a política possa ser apresentada como na frase que eu transcrevi acima e que volto a transcrever a seguir e foi tirada do seu post “A homofobia de conveniência”. Disse você lá:

    “Somente a política é capaz de fazer que se aceitem mentiras que prejudicam dezenas de milhões de pessoas sem favorecer absolutamente ninguém além dos próprios políticos envolvidos”.

    Então, em meu entendimento sua abordagem da política está com um viés bastante ruim da atividade política. Fica parecendo que você tem um ideário de política que não existe e provavelmente nunca existirá e não aceita a política como ela é, concepção que só o aproxima do jovem revolucionário ou do velho decrépito. Enfim, a política não é uma atividade tão depreciativa como se imagina que você pensa a partir de algumas frases suas, mas nela, como se pode concluir a partir do texto de José Arthur Giannotti são permitidos muitos atos que talvez você não considerasse ético.

    Bem, deixando os prolegômenos de lado, volto para este seu post “Rússia: as dimensões de uma pretensão” para repetir que nele ficou presente uma forte descontextualização de tudo que você diz.. Na primeira frase você diz:

    “O que os últimos dois anos mostraram ao Mundo é que a Rússia era uma fantasia. É muito menor do que seu discurso de propaganda”.

    Não se sabe se a propagada foi feita pela Rússia ou se por algum comentarista a que você responde. Eu nunca vi a Rússia fazer propaganda dela. Agora, dizer que a Rússia é uma fantasia parece discurso não mais de jovem revolucionário, mas de criança iletrada. É bem verdade que, medida a força da Rússia pelo PIB, vai-se constatar que se trata de país de somenos importância. E você ainda terá mais justificativa para criticar a Rússia pelo PIB se, apesar de todos os defeitos de aferição do PIB, você leva em consideração que lá atrás, o PIB mesmo foi proposto com uma finalidade específica. Nas palavras de José Eli da Veiga no artigo “De onde vem, a força do PIB” e que foi publicado no jornal Valor Econômico de terça-feira, 02/09/2008:

    “Na verdade, o que hoje está sendo cada vez mais apontado como suas principais deficiências foi justamente o que permitiu o surgimento de uma maneira bem razoável de se avaliar a capacidade que tem uma nação de pagar por uma guerra”.

    Se a capacidade de guerrear mede a força de um país, e se o PIB foi feito para medir esta capacidade de guerrear e se o PIB da Rússia é pequeno, então realmente a Rússia é um país fraco. O artigo “De onde vem, a força do PIB” pode ser visto no site do José Eli da Veiga no seguinte endereço:

    http://www.zeeli.pro.br/3610

    Sim, o PIB da Rússia é muito baixo, o que pode ser observado quando se o compara com o PIB do Brasil, um país pobre que possui um PIB um terço maior do que o da Rússia, como se vê no “Anexo: Lista de países por PIB nominal” disponibilizado pela Wikipedia no seguinte endereço:

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_pa%C3%ADses_por_PIB_nominal

    No Anexo da Wikipédia, a consulta deve ser de preferência feita na coluna do FMI que traz valores mais próximos da realidade e não a contrafação da Paridade do Poder de Compra.

    Você não pode, entretanto se apegar ao PIB, sabendo de tantos defeitos que o PIB tem como apontado pelo próprio José Eli da Veiga não só no artigo “De onde vem, a força do PIB” como também em muitos outros valendo mencionar aqui pelo menos o artigo “O que PIB tem em comum com o Natal” José Eli da Veiga publicado no jornal Valor Econômico de terça-feira, 15/04/2008, e que pode ser visto no seguinte endereço:

    http://www.zeeli.pro.br/3594

    Além disso, ao colocar Brasil, Arábia Saudita, Turquia e Irã na comparação você passa batido sobre questões cruciais que fazem da Rússia um país muito maior do que a sua pretensão. Para este reconhecimento é preciso entender que quase todos os avanços da humanidade no século XX foram frutos de pesquisa militar (Ou da pesquisa espacial que se constitui uma forma de demonstração de força militar). A Rússia não é outra senão aquela que fez há mais de 30 anos exploração da Lua com sondas lunares e constrói há mais de 50 anos ogivas nucleares. E o quadro da percentagem de habitantes com terceiro grau por país e que pode ser visto no post “Mais que mil, vale um milhão de palavras” de segunda-feira, 09/04/2012, no blog A Mão Visível de Alexandre Schwartsman, permite visualizar o quão distante a Rússia se encontra da gente. O endereço do post “Mais que mil, vale um milhão de palavras” é:

    http://maovisivel.blogspot.com.br/2012/04/mais-que-mil-vale-um-milhao-de-palavras.html

    Outra forma de reconhecermos a nossa pequenez é lembrar o artigo de José Luís Fiori “A turma do “deixa disso””, publicado quinta-feira, 23/05/2007 no jornal Valor Econômico e que pode ser visto no seguinte endereço:

    http://www.ie.ufrj.br/aparte/pdfs/fiori230507.pdf

    No final do artigo José Luís Fiori diz o que se segue:

    “Mas o Brasil e a África do Sul não contam com a unidade, as ferramentas de poder e com os desafios externos indispensáveis, e devem se manter na sua condição de “Estados relevantes” mas não expansivos, porta-vozes pacíficos do “bom senso ético universal”. Uma espécie de “turma do deixa disso”.”

    Outro ponto um tanto fora do eixo é você desmerecer a Rússia por possuir uma das piores concentrações de renda da Europa. A Europa tem feito um grande esforço nos últimos 50 anos para melhorar a distribuição de renda e para isso muitos países possuem uma carga tributária superior a 40% do PIB e assim não creio que algum país ali possa servir de modelo comparativo. E a Rússia não tem ainda nem 15 anos que está sendo construída dentro de um modelo capitalista. Salvo o alto índice de educação mostrado no quadro que indiquei acima tudo favorece para que a concentração de renda na Rússia nesta fase inicial seja danosa. Ainda assim, na Wikipedia no “Anexo: Lista de países por igualdade de riqueza” a Rússia aparece com um índice de Geni melhor do que o índice dos Estados Unidos. O link na Wikipedia para o “Anexo: Lista de países por igualdade de riqueza” é:

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_pa%C3%ADses_por_igualdade_de_riqueza

    A sua referência à democracia na Rússia mostra também o quanto a sua análise de determinados aspectos fica descontextualizada. Aliás não é só a sua análise sobre a Rússia que se faz descontextualizada. As suas manifestações sobre o PT na questão da Comissão dos Direitos Humanos mostram também um entendimento um tanto platônico da atividade política. Há um artigo muito bom de Carlos Pereira no Valor Econômico de hoje, terça-feira, 11/02/2014. Com o título de “Gênese da deserção do PSB está na coalizão”, Carlos Pereira faz um artigo para mostrar que, pelo que é conhecida como Lei de Garmson, o PT está superdimensionado na sua representação nos ministérios. Ele atribui este superdimensionamento do PT, a um erro de Dilma Rousseff. Não deixa de ser um erro, mas o é dentro de uma tentativa de dar um conteúdo mais de esquerda ao governo. O artigo de Carlos Pereira “Gênese da deserção do PSB está na coalizão” pode ser visto no seguinte endereço

    http://www.valor.com.br/politica/3425630/genese-da-desercao-do-psb-esta-na-coalizao

    As análises críticas ao PT, você, com base no domínio que o Marco Feliciano alcançou na Comissão de Direitos Humanos, e outros, tendo em vista políticas, na visão desses analistas, equivocadas, são desenvolvidas com a percepção de que o PT é quem manda no país e tudo de ruim que existe coubesse ao partido. Não é bem assim, o PT até que está mais presente no ministério do que a força que o partido possui contabilizada pelo número de representantes no Congresso Nacional e em razão desse superdimensionamento do partido no total de ministérios, o partido tem feito mais do que lhe seria permitido fazer dada a correlação de forças dos partidos no Parlamento, mas a força do PT é pequena. Mandar no país sem ser maioria não é algo fácil de ser feito. É preciso entender este contexto para fazer a análise política.

    Vladimir Putin é mais forte na Rússia do que o PT é no Brasil, mas lá também é preciso ver o contexto. Aliás, um contexto que guarda certa semelhança com o contexto político brasileiro e que tanto no caso brasileiro como no caso russo não vem sendo muito explorado. A democracia não é algo fácil de ser posto em prática. De certo modo, o único país imune à crise que se avizinha com a valorização do dólar no mundo é a China que não é uma democracia. Na década de 90, quando tivemos um processo parecido que começou quando se estancou o aumento da base monetária dos Estados Unidos e seguiu com o aumento de juro, a crise se espalhou por todos os países em desenvolvimento. O único país que não foi afetado foi a China (É bem verdade que houve na China antes o Massacre da Praça da Paz Celestial, mas mais em decorrência da inflação que no final dos anos 80 chegou a 20%).

    Quanto mais democrático for um país pobre certamente maior será a necessidade de desvalorizar a moeda deste país. E o problema é ainda maior dada a grande possibilidade de um aventureiro ganhar uma eleição para presidente. É claro que os grandes ganhadores deste jogo são os grandes financistas que giram os recursos de país para país, enquanto os escolhidos tentam dar a economia a feição mais adequada para se manterem no poder e assim tem que aumentar o juro e com isso os financistas voltam a ganhar mais dinheiro.

    E em um contexto de país pobre e grande e bastante populoso e extremamente desigual tanto espacialmente como socialmente, que se deve reconhecer a estratégia que o PSDB e o PT conseguiram armar no país capaz de deixar os Antony Garotinhos, os Paulo Malufs, os Fernandos Collor de Mello longe do alcance do cetro presidencial. Salvo o carisma que Lula tem com as massas, a assunção da presidência por pessoas como Fernando Henrique Cardoso, que não sabe falar para o povo, como o próprio Lula, que possui um índice de rejeição elevado, e como a Dilma Rousseff, que mais parece o general Henrique Batista Duffles Teixeira Lott, foi uma obra de engenharia espantosa e que precisa ser levada em conta quando se pretende analisar a situação brasileira.

    A Rússia também não é diferente. Apesar do rosto do novo James Bond que Vladimir Putin possui ele jamais foi carismático o bastante para conseguir ganhar a eleição presidencial na Rússia. Foi preciso de muita sabedoria de Boris Iéltsin e do próprio Vladimir Putin para que a Rússia não tivesse sendo hoje governada pelos Antony Garotinhos, os Paulo Malufs, os Fernandos Collor de Mello de lá. É dentro deste contexto que o político russo que está agora no seu terceiro mandato de seis anos que deve terminar em maio de 2018, o que me parece com tempo suficiente para se conseguir apoio para uma quarta candidatura, que se deve analisar a proeza da permanência no poder de Vladimir Putin e as medidas que ele tem tomado durante os vários mandatos dele.

    Pode ser que a alma russa seja impregnada de um imenso conservadorismo. É uma características de regiões de baixa densidade populacional. Não sei se a população russa é concentrada em grandes cidades como é no Canadá e na Austrália. Deixo isso apenas como uma possibilidade. De todo modo, se o conservadorismo russo for verdadeiro, não sei se ainda assim vale para a esquerda querer que a Rússia não cresça. O pilar mais importante para a esquerda é o da igualdade. É por isso que ela é de esquerda. Se se deseja mais igualdade no mundo há que torcer para que a Rússia cresça em ritmo mais rápido, que a África cresça em ritmo mais rápido, que a América do Sul e Central cresçam em ritmo mais rápido.

    É claro que se considera que o processo de inclusão só é feito na íntegra por países muito ricos (É só imaginar o tratamento que se dava aos negros nos Estados Unidos até a metade do século passado), e não sendo impossível esperar pelo desenvolvimento dos países mais pobres, ai então talvez seja lícito que se tenha o desejo de ver os países pobres definharem.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 11/04/2014

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