João Cabral de Melo Neto

João Cabral de Melo Neto (1920-1999) foi poeta brasileiro. Autor de “Morte e Vida Severina”, poema dramático que o consagrou. Foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras. Recebeu o Premio da Poesia do Instituto Nacional do Livro, Recebeu o Premio Jabuti da Academia Brasileira do Livro e o Premio da União Brasileira de Escritores, pelo livro “Crime na Calle Relator”.

João Cabral de Melo Neto (1920-1999) nasceu no Recife, Pernambuco, no dia 21 de junho de 1868. Filho de Luís Antônio Cabral de Melo e de Carmem Carneiro Leão Cabral de Melo. É irmão do historiador Evaldo Cabral de Melo e primo do poeta Manuel Bandeira e do sociólogo Gilberto Freire. Passou a infância entre os engenhos da família nas cidades de São Lourenço da Mata e Moreno. Estudou no Colégio São Luís, no Recife. Lia tudo o que tinha acesso, no colégio e na casa da avó.

Em 1941, participa do 1º Congresso de Poesia do Recife, lendo o opúsculo “Considerações sobre o Poeta Dormindo”. Em 1942 presta concurso público. Neste mesmo amo publica sua primeira coletânea de poemas, “Pedra do Sono”, onde predomina uma atmosfera vaga de surrealismo e absurdo. Depois de se tornar amigo do poeta Joaquim Cardoso e do pintor Vicente do Rego Monteiro, transfere-se para o Rio de Janeiro.

Durante os anos de 1943 e 1944, trabalhou no Departamento de Arregimentação e Seleção de Pessoal do Rio de Janeiro. Em 1945 publica seu segundo livro “O Engenheiro”, custeado pelo empresário e poeta Augusto Frederico Schmidt. Em 1947 ingressa na carreira diplomática que o levou a Barcelona, Londres, Sevilha, Marselha, Genebra, Berna, Assunção, Dacar, entre outras cidades.

Em 1950, publicou o poema “O Cão Sem Plumas”, a partir de então começa a escrever sobre temas sociais. Em 1956 escreve o poema “Morte e Vida Severina”, que foi levado ao Teatro da Universidade Católica de São Paulo (TUCA), em 1966. Musicada por Chico Buarque de Holanda, foi um sucesso de público. O poema narra a trajetória de um retirante, Severino, que para livrar-se de uma vida de privações no interior, ruma para a capital. Na cidade grande o retirante depara-se com uma vida de dificuldades e miséria.

João Cabral de Melo Neto foi casado com Stella Maria Barbosa de Oliveira, com quem teve cinco filhos. Casou pela segunda vez com a poetisa Marly de Oliveira. Foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras em 15 de agosto de 1968, tomou posse em 6 de maio de 1969. Em 1992, começa a sofrer de cegueira progressiva, doença que o leva à depressão.

João Cabral de Melo Neto morreu no Rio de Janeiro, no dia 9 de outubro de 1999, vítima de ataque cardíaco.

 

Prêmios Literário

 

Prêmio José de Anchieta, de poesia, do IV Centenário de São Paulo, em 1954.
Prêmio Olavo Bilac, da Academia Brasileira de Letras, em 1955.
Prêmio de Poesia do Instituto Nacional do Livro, em 1993.
Prêmio Bienal Nestlé, pelo conjunto da obra.
Prêmio da União Brasileira de Escritores pelo livro “Crime na Calle Relator”, 1988

 

Obras de João Cabral de melo Neto

 

Pedra do Sono, 1942
O Engenheiro, 1945
O Rio, 1954
Psicologia da Composição, 1947
O Cão Sem Plumas, 1950
Morte e Vida Severina, 1956
Uma Faca Só Lâmina, 1956
Quaderna, 1960
Dois Parlamentos, 1961
Terceira Feira, 1961
Poemas escolhidos, 1963
A Educação Pela Pedra, 1966
Museu de Tudo, 1976
A Escola das Facas, 1980
Agreste, 1985
O Crime na Calle Relator, 1987
Sevilha Andando, 1989
Agreste, 1985

http://www.e-biografias.net/joao_cabral_de_melo_neto/

 

Redação

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