Coisas de “técnicos”

Um amigo, funcionário federal recebe um contracheque e, lá no rodapé, onde ninguém costuma olhar, está escrito que a partir de julho, este mês, portanto, pra continuar a receber seu contracheque vai ter que pedir. Óbvio, ele não recebeu absolutamente nenhuma outra comunicação. É mais ou menos como a safadeza criada de uns tempos pra cá, qual seja a de você receber uma proposta de negócios (que só é bom pra quem propõe) e, ao não se manifestar, implicitamente ser entendido como aceite. Pois bem. O meu amigo, em vias de aposentadoria, tecnologicamente é um dinossauro. E não tem obrigação absolutamente alguma de adivinhar quais, e muito menos aceitar as imposições nem sempre necessários das inovações. Aí chega ele aflito: vai ficar sem seu contracheque. Tento ajudar-lhe buscando acessar o sistema e cadastrá-lo pra continuar a receber o dito contracheque em papel como tem feito há 37 anos. Ocorre que o sistema é cheio de pegadinhas em nome da segurança – que pra turma de Obama e até demais hackers, pés de chinelo inclusive não é nada – e aí o sistema bloqueia. E lá vai meu amigo ter de perder um dia de trabalho e deslocar-se mais de 200 quilômetros até a sede mais próxima de seu órgão gestor para… apenas manter seu direito de receber um contracheque.
Que tipo de gerente é esse que está no governo que só pensa “tecnicamente”?

Redação

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