Golpe, Revolução ou saída negociada, qual a saída?

Pensando no futuro deste país, vale a pena uma saída negociada, quando esta negociação terá que ser feita com o que há de pior na sociedade brasileira? Vamos, mais uma vez, fugir das reformas estruturantes necessárias, tudo para que as coisas se acalmem? Ou seria melhor ir para o embate frontal entre as forças em jogo, e quem vencer que aplique suas reformas e se mantenha no poder, se conseguir se manter? Por quanto tempo mais vamos ficar aturando uma imprensa controlada por meia duzia de famílias, que usam deste oligopólio para transformar seres humanos em bestas humanas? Por quanto tempo mais vamos suportar a injustiça fiscal que exaure o pequeno e enriquece o grande? Por quanto tempo mais vamos suportar que, num estado laico, ideias religiosas seja trazidas para dentro do aparelho de estado? Por quanto tempo mais vamos continuar suportando que um MP seja detentor do poder de subjugar todos os outros poderes? Por quanto tempo mais vamos continuar com um sistema eleitoral que privilegia os que tem dinheiro para se elegerem?

Eu sinceramente não sei se vale a pena. Por que ter medo da Revolução? Medo da morte? medo de que sangue escorra pelas ruas? Mas isto já vem acontecendo numa escala surpreendente. Os dados mostram que no Brasil, nos últimos vinte anos, mataram-se mais seres humanos do que na Guerra do Vietnã.

Quantas vezes eu ouvi, este é problema de haver vivido tanto tempo, vozes dizendo em poupar o sangue de inocentes. Poupar? Seria melhor dizer, poupar o sangue de uns e derramar o sangue dos pobres coitados que são mais pobres do que nós.

Já imaginaram se tivesse havido um sujeito com liderança suficiente para acalmar os revoltosos que atacaram a Bastilha, ou os latifundiários sulistas que preferiam dividir a nação, a abrir mão de seus negros escravos? Já imaginararm se a China, ao final da segunda guerra mundial, tivesse aceitado a convivência com as forças corruptas e antinacionais do Kuomitang? Mesmo com todos os erros de Mao, eles conseguiram mudar o rumo da História e reconstruir, com orgulho, a grande pátria Chinesa. Para mim está claro que caso Mao tivesse conciliado, hoje a China seria algo nojento, com milhões de pobres jogados pelas sarjetas, com milhões de crianças pedindo comida nos sinais das ruas, prostituindo-se por uma porção de arroz.

Vale a pena evitar o confronto? Eu não estou perguntando se vale a pena para mim, minha família ou para você e sua família. Estou perguntando se vale a pena para o futuro do Brasil, para o futuro dos milhões de brasileiros.

 

 

Redação

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