Centenário de Carolina Maria de Jesus

Ainda está em tempo de comemorarmos o Centenário de Carolina Maria de Jesus (14/3/1914 – 13/2/1977) oriunda de uma família extremamente pobre que, contrariando todos os indicadores sociais (favelada, semi-analfabeta, negra, catadora de lixo, mãe solteira…), tornou-se escritora/compositora.

Na década de 1930, já em São Paulo foi morar na favela do Canindé. Seu sustendo próprio e de seus três filhos foi exercendo a atividade de catadora de papel. No meio do lixo, Carolina, encontrou uma caderneta, onde passou a registrar seu cotidiano de favelada, em forma de diário.

Carolina teve suas anotações publicadas, em 1960, no livro “Quarto de Despejo”, que vendeu mais de cem mil exemplares. A obra foi prefaciada pelo escritor italiano Alberto Moravia e traduzida para 29 idiomas. Também foi adaptado para o teatro e cinema.

Em 1961 lançou, pela RCA Victor, o disco – “Quarto de Despejo: Carolina Maria de Jesus cantando suas composições”.

Confesso que foi a partir do disco, citado acima, meu interesse em pesquisar um pouco mais acerca da história pessoal e artística de Carolina Maria de Jesus. Apesar do meu mergulho raso apaixonei-me por ela e sua história.

Desejo que a história de vida de Carolina Maria de Jesus não caia no esquecimento e engendre o aparecimento de várias outras “Carolinas” que, certamente, estão esperando uma oportunidade de mostrar suas artes ao país e ao mundo. Post completo aqui.

Laura Macedo

2 Comentários

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  1. Guerreira

    Linda lembrança, Laura. Que mulher foi Carolina Maria de Jesus! Com tão pouco estudo, legou tão linda e reflexiva arte. Guerreira, como tantas marias desse Brasil. 

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