Centenário de Lúcio Rangel

O jornalista, crítico musical e musicólogo Lúcio Rangel, estaria completando 100 anos. Ao longo da sua trajetória colaborou em inúmeras publicações a exemplo do suplemento literário “d’O Jornal”, dirigido pelo amigo Vinicius de Moraes, onde manteve uma coluna musical (1945-1947) e em vários veículos jornalísticos.

Uma das suas publicações mais marcantes foi a Revista da Música Popular, lançada em parceria com Pérsio de Moraes, em 1954, com duração até 1956. Lúcio Rangel colocou no mesmo caldo a nata dos analistas da Música Brasileira e os artistas/jornalistas/escritores, formando um baita time pra ninguém botar defeito. Post completo aqui.

 

Laura Macedo

5 Comentários

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  1. Escrevia muito bem! Desses

    Escrevia muito bem! Desses críticos e cronistas que não existem mais. Lembro-me até hoje do primeiro texto que li dele: “A Lapa e a música popular”.

  2. Assino embaixo

    Jair, assino embaixo. Ele realmente escrevia muito bem além de ser super articulado com os artistas e, consequentemente, com a boemia carioca.

    No nº 5 da Revista da Música Popular, cuja capa trazia a cantora Elizeth Cardoso, ele escreve: “É uma cantora de grandes recursos, que fez uma carreira limpa atá alcançar a celebridade.Elizeth trabalhou e aperfeiçoou sua arte, sem lançar mão de recursos publicitários, sem usar os clubes de fãs e arregimentar multidões histéricas para seus programas de auditório (…) Por isso, etá no apogeu artístico, merecendo a admiração do grande público e da crítica especializada, que veem em Elizatrh um modelo de dignidade para uma cantora profissional” (Do livro de Sérgio Cabral “Elizete Cardoso: uma vida).

    Segundo sua filha Maria Lúcia Rangel: “No dia 3 de junho teremos uma festa no Rio. O Instituto Moreira Salles vai relançar o livro Sambistas e Chorões, com inclusão de outros textos, no Trapiche Gamboa. A Rádio Batuta (IMS) também vai colocar no ar programas preparados por João Máximo”.

    Valeu, Jair.

    Abraços.

  3. Entre tantas

    Entre tantas  qualidades,Lúcio Rangel, teve  o dom de  antecipar os pendores   etílicos de Roniquito,quando este  apresentou-se  numa tertúlia   familiar para exibir  seus dotes  artísticos intelectuais  precoces aos nove anos, e consumiu

    uísque  igualmente  com  talento precoce.

    Lúcio, foi  precursor  de todos os  movimentos que envolveram a música popular  no salto modernista que se manifestou a partir dos anos   50. Grande crítico musical com largas influências no meio artístico ,reconhecido e respeitado,além de óbviamente ser imbatível no consumo etílico.Páreo,até para  Paulo Mendes Campos.,outra personagem,outra  história…

    1. Histórias do Roniquito

      Durvaldisko,

      Algumas do Roniquito:

      – Em bares como o Antônio’s e o Veloso, rondava as mesas iniciando discussões que iam da música clássica à literatura. E às vezes passava dos limites. A Tom Jobim, que sóbrio admirava, disse que sua música não passava de imitação de Villa-Lobos. Antonio Callado teve que ouvir: “Você já leu Faulkner? Então deve saber que perto dele você é um bosta”. Em um de seus momentos mais sem cerimônia, ao perceber que estava sem isqueiro, foi pedir fogo ao primeiro que entrou no restaurante em que almoçava. Como se tratava do general Costa e Silva, acabou detido. (Fonte: Almanaque Brasil).

      Grata pelo comentário.

      Abraços.

      Lúcio Rangel no traço de Nássara.

       

  4. Excelente lembrança

    Amigo Botelho,

    Que bom você ter lembrado da entrevista do Lúcio Rangel no Pasquim. Isso motivou-me a localizar no velho e bom “O Pasquim” (temos a coleção completa e encardenada, ou melhor, tínhamos, pois um amigo [?] pediu emprestado dois volumes os quais foram extraviados) e reler a referida entrevista (Ano V – nº 214 – XLIX – Rio, 7 a 13/8/1973). É uma longa entrevista de quatro páginas que contou com as participações de Millôr Fernandes, Sérgio Augusto, Ivan Lessa, Ziraldo, Jaguar, Albino Pinheiro e Sérgio Cabral.

    Demorei a responder seu comentário porque não reisitir a leitura da entrevista do Lúcio Rangel. Uma delícia!

    Grata por mais uma participação fundamental.

    Abraços.

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