Música de Laurindo Almeida para Noel Rosa

Laurindo Almeida era um admirador de Noel Rosa e de suas belas composições. Com a partida precoce do nosso querido Poeta da Vila em 4/5/1937, Laurindo compôs uma música em sua homenagem chamada – “O último samba”. Coube ao estreante Roberto Paiva gravar em seu primeiro disco a referida composição. E é essa composição o destaque deste post.

Noel Rosa, compositor popular carioca, um gênio na sua arte, durante 26 anos de vida e 7 de atividade musical produziu 259 composições engendrando um dos mais importantes capítulos da história de nossa música.

Segundo Haroldo Costa não há nenhum exemplo, mesmo na música de outros países, de alguém que tendo vivido tão pouco tenha produzido tanto. E Millôr Fernandes acrescenta: “pelo menos 50 indiscutíveis obras-primas”. No que concordo plenamente com ambos. A prova cabal é a perenidade viva e moderna da obra de Noel.

Laurindo Almeida teve uma enorme importância ao introduzir o violão brasileiro no mundo do jazz norte-americano, tornando-se um dos violonistas brasileiros mais conhecidos (sem o “de”, como era chamado no Brasil) e apreciados nos Estados Unidos, aonde chegou, em 1947, com trinta anos de idade e por lá viveu por 48 anos até sua morte, ocorrida em 26 de julho de 1995.

Sua atuação foi brilhante como violonista, arranjador, compositor em trilhas sonoras de mais de duas centenas de filmes. Ele foi indicado 16 vezes ao Prêmio Grammy e tornou-se o campeão brasileiro, emplacando vários troféus.

O último samba” (Laurindo Almeida) # Roberto Paiva. Disco Odeon (11655-A), 1938.

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Fontes:

Memória MPB – Laurindo Almeida.

Noel Rosa – Centenário de um gênio.

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Laura Macedo

2 Comentários

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  1. O encontro de dois gênios

    Com certeza Noel ouviu o samba revelador, deu uma tragada no velho cigarro e, segurando a emoção, disse: ‘Muito obrigado, Laurindo”.

    Estreia fantástica, a do Roberto Paiva: iniciar a carreira louvando dois gênios.

    Beijos.

    1. Noel Rosa – homenagens eternas

      Gregório,

      O nosso eterno Poeta da Vila foi muito querido em vida e pós vida. Sob a emoção de sua morte, Silvio Caldas compôs “Violões em funeral”, que só foi gravada em 1951.

      “Violões em funeral” (Silvio Caldas/Sebastião Fonseca) # Silvio Caldas e Orquestra Radamés Gnattali. Disco Continental (16179-B), 1951.

      Beijos.

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=Qo80SDxirM0%5D

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