Há hoje alguma diferença entre o Estado de Israel e a União Sul Africana?

 
Por Leider Lincoln
 
Sim, há: o que o Estado de Israel faz é mais sórdido do que o feito pelo Estado Africânder. Por uma série de motivos: primeiro pelo poderio econômico e político dos sionistas, pois os africânderes jamais chegaram a ter organismos como a AIPAC e a Liga anti-Difamação para lhes dar salvaguardan e apoio. A AIPAC é uma caso excepcional de como lobbystas a serviço de uma nação estrangeira chegam a controlar todo o aparato político de um país, de tal modo que na relação Estados Unidos – Israel não é possível distinguir com clareza quem é o ventríloquo e quem é o boneco. 
 
Segundo por que os Israelenses usam de uma tragédia, o Holocausto, não só justificarem as atrocidades que praticam,como para financiá-las _os cidadãos alemães são, ao lado dos estadunidenses, dois dos grandes financiadores externos dos sionistas, por conta de indenizações. Os africânderes jamais contaram com financiamento de potências estrangeiras para fazer o que fizeram, com duas excessões notáveis: os Estados Unidos e o Estado de Isarel colaboraram muito com o regime do Apartheid, este último inclusive ajudando os racistas sul africanos a terem a bomba atômica.
 
Terceiro pelo ostensivo apoio midiático e ideológico com que conta o Estado de Israel e com que não contavam os africânderes. Isso é importante por que ainda que muito da imprensa internacional mantivesse um silêncio cúmplice e dissimulador a respeito dos Africânderes, mídia quase nenhuma ousava apoiá-los com tanta contundência como no caso dos israelenses. As recentes defecções de jornalistas que ousaram mostrar cidadãos israelenses comemorando o massacre de civis palestinos ou humanizando crianças gazitas mortas pelos israelenses demonstram muito bem o nível de cimplicidade ideológica e política entre mídia presstituta e Estado de Israel.
 
A questão agora é quanto tempo levará para nas políticas do Estado de Israel, não se assemelharem _pois já há várias semelhanças_ mas se confundirem com as do Terceiro Reich. Resumidamente creio ser nítido que a questão nem é tanto a semelhança entre o sionista isrelense e o africânder (pars pro toto entendido como o defensor do Estado Racista Sul Africano), mas entre os israelenses e seus carrascos de  três lustros atrás.
Redação

21 Comentários

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  1. o odio a Israel nada tem com

    o odio a Israel nada tem com suas ações, mas sim por ser aliado do ocidente, pois chineses oprimem tibetanos, russos oprimem chechenos e georgianos, turcos a minoria armenia e agora a Russia impede que a Ucrania escolha seu proprio caminho fomentando um guerra civil!  

    acusar Israel de adotar tecnicas do 3º Reich e pratica comum, quando na realidade está mais proxima dos metodos de Stalin para com as minorias do imperio comunista ou de Mao para com as minorias da China!

     

    1. “acusar Israel de adotar

      “acusar Israel de adotar tecnicas do 3º Reich e pratica comum, quando na realidade está mais proxima dos metodos de Stalin para com as minorias do imperio comunista ou de Mao para com as minorias da China!”

        UÉ????? E não é VOCÊ que vira e mexe lembra de Stalin e Mao, agora MESMO ocorre algo que NAS SUAS PROPRIAS PALAVRAS É SIMILAR e você NÃO CONDENA??

        Conhece o sentido da palavra “hipocrisia” ou você só a utiliza em relação aos outros?

  2. e os palestinos tem algum

    e os palestinos tem algum Mandela ou somente terroristas que não pensam duas vezes em tornar seu proprio povo como alvo para conseguir materias na imprensa ?

  3. Incompreensível

    Nassif,

    Por suposição – Se há dez ou quinze anos, algum país tivesse causado centenas de mortes entre civis israelenses, por conta de um pesado ataque com mísseis, etc…,a Israel, tal situação contaria com o repúdio de x número de pessoas ao redor do mundo, e se tal suposição fosse trazida para o dia de hoje, qual seria a dimensão do mesmo repúdio ?

    Quanto à relação USA-Israel, não compreendo como um país que é praticamente sustentado pelo outro consegue ter tanta influência e poder naquela relação. Se Israel ficasse sem a aliança com USA, correria o sério risco de, em algum momento,vir a ser invadido por alguns de seus vizinhos, ou seja depende dos USA para respirar, por isto não consigo entender de onde vem esta força toda, certamente com chantagem barra-pesada incluída, como a que foi  feita contra Bill Clinton no caso MLewinsky. 

     

     

    1. Alfredo, acho que o Lincol

      Alfredo, acho que o Lincol deu a dica da IAPAC. De fato, a maioria do alto escalao americano eh formada por Judeus. Mesmo assim tambem acho um exagero que a maior potencia mundial se deixe levar por eles. Para ser honesto, eu acho que as mortes das criancas eh tudo obra de markenting, o terrorista mor ali eh o Hamaz, ninguem maz, nez rapaz.

    2. esse poder de israel sobre os eua se chama aipac

      A aipac (the american israel public affairs committee) controla os politicos americanos atraves de um lobby fortissimo que se baseia em grande parte no apoio, ou melhor, controle que eles possuem da midia dos eua. Ate a familia do mark zuckeberg, fundador do facebook, eh ligada a aipac.

      1. Disparidade

        gabi,

        Sempre tem um um grupo deles, ortodoxos tres vezes, dentro da Casa Branca. Em minha opinião, são forças muito díspares para que exista espécie de dependência mútua.

        Um abraço

  4. comparações?


    pois a única diferença entre a política de eugenia nazista e sua similar sionista é que, enquanto aqueles tentavam escodê-la, não dos outros países e povos, como alguns, ingenuamente ainda acreditam, mas dos próprios alemães, os sionistas nem precisam dar-se a esse trabalho: têm apoio da maioria dos seus que a elegem.

    isso que o terrorismo de estado sionista faz na palestina não passa de realidade a imitar ficção: uma “semana do ódio” orweliana, ao som dos aplausos efusivos da escória humana a cada bomba que explode em gaza, tal qual o delírio provocado nas massas quando assistiam as execuções em massa dos inimigos, conforme descrito em “1984”.

  5. A realidade é mais complexa.
    Com todo respeito ao autor do texto, a realidade do conflito israelo-palestino é muito mais complexa do que a aprrsentada.

    Não fazem sentido comparações entre Israel e União Sul Africana, já que o primeiro oferece amplas franquias democráticas a seus cidadãos, inclusive aos 20% de árabes israelenses.

    Isso não implica, no entanto, que devemos apoiar ou repudiar de forma acrítica e automática qualquer lado no conflito. A ocupação de territórios palestinos é uma violação do Direito Internacional e há claros indicios de que soldados da IDF cometeram inúmeros crimes de guerra contra civis na Cisjordânia e em Gaza. No entanto, em nenhum outro país há consciência maior desses fatos do que em Israel, país no qual há uma sociedade civil atuante e contestadora (fato que desautoriza qualquer comparação de Israel com regimes totalitários, como faz o autor).

    O grande erro analítico que tantos incorrem nesse momento é imaginar que existem lados definidos e homogêneos no conflito. A realidade é muito mais complexa do que isso, e uma tal perspectiva é o primeiro passo para a tomada de posições políticas extremas.

    1. Sociedade israelense contestadora?

      Quer dizer que criancas israelenses escrevendo mensagens carinhosas nas bombas que serao despejadas em gaza eh um movimento constestador?

      Quer dizer que ir paras as colinas para ver as bombas explodindo em gaza eh um ato de constestacao?

      Desculpa, mas acho que o Governo Israelense e seus bracos terao que aumentar o pagamento, pq essas explicacoes para o massacre nao convencem.

       

      Veja o que saiu no DW

       

      Em Israel, quem se opõe à ofensiva militar do país à Faixa de Gaza tem dificuldades na mídia local. De modo geral, não se pode sequer terminar uma frase antes de ser interrompido. Em debates televisivos, as animosidades não vêm apenas dos demais participantes. Os próprios moderadores não costumam tolerar opiniões que fujam do consenso. Ao tentar expressar seu ponto de vista, as vozes divergentes são imediatamente caladas.

      Num estúdio de televisão, Yeshuda Shaul – da Breaking the Silence, organização de ex-soldados contrários à ocupação militar de Gaza – sentava-se entre um jornalista e o apresentador de rádio Sharon Gal. Ao anunciar uma manifestação contra a ofensiva militar marcada para aquele dia, ele logo recebeu duras críticas do radialista. “Você é judeu e deveria se envergonhar. Deveria vestir seu uniforme e ir à Faixa de Gaza, ao invés de ficar sentado em estúdios de televisão e organizando protestos”, disparou Gal.

      Quem também participava do debate era o parlamentar da Knesset – o Parlamento israelense – Muhammad Barakeh. De origem árabe, ele também acabou se transformando em alvo da ira do radialista. “O senhor é um mentiroso, um criminoso, e não deviam ter deixado que falasse aqui. Vá aparecer na televisão do Hamas. O senhor apoia o Hamas!”, disse Gal.

      Nervos à flor da pele

      Parlamentar Barakeh, de origem árabe, foi acusado de ser mentiroso num debate televisivo

      Assim é Israel nos dias de hoje. O clima de crise toma conta de todo o país. Os três canais de televisão – um público e dois privados – estão no ar 24 horas. “Um Estado sob fogo”, dizem as chamadas sensacionalistas.

      Nos últimos dias, o jornalista Gideon Levy acabou se tornando a figura central de uma grande controvérsia. Num artigo no jornal israelense Haaretz, ele criticou os pilotos da Força Aérea por suas missões sobre a Faixa de Gaza. “Vocês nunca viram uma aeronave inimiga. A última batalha da Força Aérea israelense aconteceu antes de vocês nascerem. Vocês nunca viram o branco dos olhos de seus inimigos, tampouco o vermelho do sangue de suas vítimas. Vocês são heróis que lutam contra os mais fracos e desamparados, aqueles que sequer possuem uma Força Aérea ou defesa antiaérea e que mal sabem empinar uma pipa.”

      O texto provocou uma enxurrada de reações. Os pilotos da Força Aérea são tidos em Israel como heróis intocáveis. Apenas os melhores dos melhores conseguem sobreviver ao árduo e extenso treinamento para piloto de combate e são a elite da sociedade militar do país. O artigo de Levy, escrito após a morte de 21 membros da família do chefe de polícia de Gaza num ataque aéreo, foi tido por muitos como um sacrilégio imperdoável.

      O jornalista tentou explicar sua opinião em talk-shows e programas de entrevistas. “A maioria dos israelenses não tem acesso às imagens de Gaza e não sabe o que está acontecendo lá”, afirmou. Para Levy, as mortes e a destruição vêm ocorrendo numa extensão terrível, e alguém é responsável por isso. “Os pilotos não são os únicos, mas também são responsáveis. Devemos nos perguntar se ninguém está assumindo a responsabilidade moral”, protestou o jornalista.

      Quase linchado

      Levy questiona por que uma voz divergente incomoda tanto

      Levy pronunciou essas palavras em Ashkelon, uma das cidades mais atingidas pelos foguetes de Gaza nas últimas semanas. Ele estava em frente a um centro comercial, e sua entrevista era transmitida ao vivo para o estúdio de televisão. Mas o jornalista mal começava a falar e já era interrompido. “Você é um traidor. Chama nossos pilotos de assassinos. Não tem vergonha? Aqui você não pode falar”, protestaram os passantes.

      O apresentador no estúdio teve que interromper a conversa, porque cada vez mais pessoas se juntavam no local para insultar Levy. Mais tarde, o jornalista contou em outro artigo no Haaretz que por pouco não havia sido linchado. “Meus melhores amigos pediram que eu deixasse o país até que a situação se acalme, que tomasse cuidado ou que ao menos ficasse em casa”, escreveu.

      Levy não seguiu os conselhos. Ele preferiu enfrentar as perguntas dos apresentadores de talk-shows, e lutar por suas convicções. “Eu lhes pergunto: se existe um coro tão forte e unificado na mídia, por que uma única voz isolada, um simples eco divergente incomoda? Por que essa voz causa tamanha tempestade? Por quê?”, questiona o jornalista.

      1. Não sei se a senhora conhece
        Não sei se a senhora conhece suficientemente bem a sociedade israelense. Julgo que não (e lhe peço adiantadas desculpas caso me equivoque em meu julgamento). As reportagens mesmo que a sra publicou demonstram a pluralidade de opiniões em Israel e a existência de numerosos movimentos contestatórios à ocupação ilegal da Cisjordânia e de Gaza. Não surpreende que encontrem dificuldades em se expressarem na grande mídia pois, como em qualquer país do mundo (e conhecemos muito bem essa realidade no Brasil), os meios de comunicação em massa, em geral, são controlados por grupos com grandes interesses e agendas próprias.

        No entanto, na Internet os movimentos da sociedade civil israelense têm encontrado campo fértil na qual ativistas e acadêmicos podem se expressar. Sugiro à sra que busque a versão desses atores também. Não há só Haredim, colonos e políticos de direita em Israel.

        1. Não há só Haredim, colonos e políticos de direita em Israel, mas

          Não há só Haredim, colonos e políticos de direita em Israel, mas são eles, aliás o estado de Israel que mantem total controle. E cada vez estão mais à direita. O que o texto reproduzido acima mostra, é q as vozes discordantes são imediatamente invalidadas.

          1. Já foi pior. Até a década de
            Já foi pior. Até a década de 90, você podia falar de uma sociedade israelense homogênea e sem espaço para contestações. Hoje, no entanto, essas vozes existem e são cada vez mais fortes e ouvidas. Sites como o 972.com e o electronic intifada reúnem acadêmicos e ativistas críticos. Aliás, me pergunto se jornalistas extremamente contestatórios como Gideon Levy encontrariam algum espaço na sociedade brasileira. Acho que não. Provavelmente teriam que se travestir de colunistas conservadores se quisessem ser ouvidos por aqui.

    2. A realidade é mais complexa

      Cara, esta história de “a realidade é mais complexa”, resolve tudo e por isso mesmo não resolve nada.

      1. Na verdade, essa história de
        Na verdade, essa história de “a realidade é mais complexa” nos impede de cometer injustiças e de tomar posições políticas extremas. Me pergunto quantas pessoas que comentam (palpitam) aqui sobre a crise no Oriente Médio realmente sabem do que se trata. Quantos sabem diferenciar sunitas de xiitas; quantos sabem os nomes dos atores principais na região; quantos já visitaram a região e quantos falam ao menos uma das centenas de línguas do Oriente Médio. Não muitos, e mesmo assim se acham no direito de comentar como especialistas e de pregar posições tão radicais quanto aqueles que vivem na região e têm no conflito sua triste realidade quotidiana.

  6. É apenas uma questão

    É apenas uma questão semântica, mas não gosto de chamar o genocídio judaico da Segunda Guerra de Holocausto, dá um sentido de sacrifício religioso a uma das maiores crueldades humana, como se fosse tempos bíblicos e aqueles pessoas tivessem sido oferecidas a Deus para que os judeus voltassem a Israel. Acho bem estranho. Genocídio ou Shoá são mais adequados.

  7. Pois é….

    A realidade é mesmo complexa.

    A merda toda é explicar as 121 crianças assassinadas nas úlitmas duas semanas, as bomdas de fósforo, a segregação oficializada… Ou Shabra, Shatila, os milhares Libaneses assassinados desde dos 1980, só para não dizer que esta investida Israelense é coisa excepcional e recente.

    Comparar o Sionismo ao Nazismo é uma redução da complexidade do problema. Os nazistas nunca se pretenderam “democratas”.

    Quems abe o gás de xisto no meio-oeste os EUA ainda vá garantir que os Palestinos sobrevivam ao massacre a longo prazo?

     

    E o CS da ONU?  Deixemos a a piada para a um momento menos sinistro.

     

     

  8. Os preocupados com vidas

    Os preocupados com vidas palestinas só abre a boca para falar de israel e nao se esquecem de sabra /Chatila.

    mas por alguma razao misteriosa nao citam ” O Setembro Negro ” evento onde houve a maior mortandade de palestinos ate a data de hoje e ato deliberado do estado da Jordania

    Que misteriio né?

    Qual a razão para essa seletividade?

    rs

    1.   Tem razão, há uma omissão

        Tem razão, há uma omissão aí.

        Mas você obviamente não quer dizer que dois erros (ou uns 119, no caso israelense) fazem um acerto, né? rsrs

  9. Crítica ao sionismo não é anti-semitismo

    Talvez fosse importante que a mídia desse mais espaço aos movimentos que demonstram claramente que críticas à política do Estado de Israel não se confundem com anti-semitismo. Ontem, aqui em Paris, acompanhei a marcha contra os ataques à Gaza e a cena mais impactante, que documentei em fotos, era do grupo final da passeata. Rabinos protegidos por Palestinos ou simpatizantes, gritavam contra Israel. Portavam cartazes dizendo, por exemplo: “Judaísmo rejeita o Estado de Israel e condena sua criminosa ocupação”. Esse tipo de saber que a mídia pode ajudar a criar, isola e enfraquece as forças que sustentam a política injustificável de Israel.

     

    abraço

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