Luciano Hortencio
Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.
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A brejeirice do Forró Pé de Serra

Edson Duarte

Hoje é dia de homenagear dois nordestinos cabas da peste. O compositor e cantor Antonio Barros e o forrozeiro Edson Duarte. O primeiro tem composições gravadas por meio mundo e a banda da lua. Já o segundo é excelente intérprete, com muitos sucessos advindos de composições de Barros.

Dá pra se inferir que é possível fazer boa música, brejeira e maliciosa, porém bem feita e sem descer a vulgaridades. Essa é a tônica das composições que vamos apresentar.

Ressalto, por ser de inteira justiça, o excelente site FORRÓ EM VINIL, de onde peguei todos os fonogramas e fotos. O site citado é um dos excelentes para se fazer download. Sério, sem arapucas ou armadilhas, com informações precisas e ainda com excelente qualidade de som e capas impecáveis. O Forró em Vinil sobrevive de teimoso. Recebe doações, porém não utiliza subterfugios, pop ups ou qualquer artifício para quem quiser baixar boa música, sobretudo música nordestina.

Deixo aqui, publicamente, homenagem a Antonio Barros, Edson Duarte e ao pessoal do site Forró em Vinil.

 

https://www.youtube.com/watch?v=dGoMQ1thzp0]

 

 

[video:https://www.youtube.com/watch?v=aZs2ZvVkZuU

Luciano Hortencio

Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.

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  1. Luiz de Cazuza

     

    O temido Lampião, a endiabrada sanfona Pé de Bode e o feroz Gonzagão

    Aí Lampião pediu: ‘Deixa eu ver uma moda aqui’. Aí ele tocou uma moda aqui – tocava oito baixos – e tocava até bem.

    Luiz de Cazuza e uma sanfona que pertenceu ao bando de Lampião

    Nas primeiras décadas do século XX, a prática de tocar a sanfona de oito baixos era algo comum, pois Luiz de Cazuza afirma que naquele tempo havia 12 tocadores de oito baixos, todos “bem mais velhos”, como Zé Pompeu e Francisco Caetano, que “eram os cabras bons de oito baixos”.

    Joquinha Gonzaga com a sanfona pé de bode alemã, da marca Koch, fabricada em 1915, do Gonzagão

    Luiz de Cazuza possuía um tipo de sanfona de oito baixos que deveria ser bastante difundida pelo Nordeste, pois é a mais lembrada nas entrevistas: o instrumento Koch marca Veado, chamado assim pelo desenho de um veado no instrumento. Sempre que é feita referência a essa sanfona, percebe-se uma relação com algo antigo, com um passado distante.

    Luiz de Cazuza, ao falar de sua sanfona, que já não toca mais por problema de saúde, mas que foi trazida ao seu lado no momento da entrevista, interpela: “Sabe que tocou nela?” E responde: “Lampião”.

    “Um dia eu estava tocando lá em casa e ele veio do mato assim com aqueles cangaceiros, chegou por detrás deu e eu tocando, quando eu parei ele virou pra mim e disse: ‘oh, Luiz, onde diabo que tu aprendeu a tocar tão ligeiro?’ Eu disse: ‘homi, eu ainda tô aprendendo’. Aí ele pediu: ‘deixa eu ver uma moda aqui’, aí ele tocou uma moda aqui.(…) tocava oito baixos, e tocava até bem.(…) aí eu disse: ‘não, senhor, agora me diga você: onde diabo você aprendeu a tocar nessa vida?’ Ele respondeu: ‘não, quando eu entrei, Luiz, eu já sabia’.”

    O relato de Luiz de Cazuza demonstra o quanto a sanfona de oito baixos era difundida pelo Nordeste no início do século XX, admirada e tocada por vaqueiros, tropeiros e também por cangaceiros, talvez por ser um instrumento pequeno, de fácil locomoção e com sonoridade forte, ideal para festas que transcorriam sem o auxílio de caixas de som.

    Dominguinhos e o fole de oito baixo que pertenceu ao mestre Januário, pai do Lua

    Na juventude conhecido nas ribeiras do Pajeú como exímio tocador de harmônica, Luiz Alves de Barros, o Luiz Cazuza, filho de José Gomes de Barros e Maria Alves de Barros, nasceu no dia 6 de setembro de 1910 na Fazenda Pedreira, município de Serra Talhada, no sertão de Pernambuco.

    Em 1935, aos vinte e cinco anos, casou-se com dona Teresa Alves de Barros, sua prima, com quem teve onze filhos.

    Com uma saúde de ferro e uma memória extraordinária, ‘Seu’ Luiz de Cazuza, – que era nada mais nada menos que o sobrinho do maior inimigo de Lampião, José Alves de Barros, ou José Saturnino das Pedreiras – representou para muitos pesquisadores do tema cangaço, um verdadeiro arquivo vivo.

    Arquivo: Museu do Cangaço - Sanfona.jpg

    Museu do Cangaço

    Cazuza foi tema de livro (Luiz de Cazuza: entrelaçado entre fazendas) escrito por seu filho José Alvez Sobrinho, editado pela Bagaço.

    O grande Luiz de Cazuza faleceu no dia 28 de Março de 2011, na fazenda São Miguel aonde morava, junto da Vila de Nazaré no município de Serra Talhada.

    Texto:

    “Toca o fole, sanfoneiro: Memórias e práticas no universo nordestino da sanfona de oito baixos” de Alexandre Barbalho e Thiago Calixto

    [video:http://youtu.be/qBm-FZ5Udkg width:600 height:450]

    Imagens:

    Luiz Gonzaga no blog Sanfona de Oito Baixos

    Joquinha Jonzaga com a sanfona pé de bode alemã da marca Koch, fabricada em 1915, no museu particular de Serrinha no São João de São Francisco do Conde na Bahia.

    [video:http://youtu.be/R-qqK3NEJIw width:600 height:450]

    O pianista Waldir Calmon acompanhando a cantora Neusa Maria no filme que teve a participação do Gonzagão.

    [video:http://youtu.be/hfUIeYJSPrw width:600 height:450]

    Mais informações:

    http://museugonzagaoserrinha.blogspot.com.br/

    http://lampiaoaceso.blogspot.com.br/

    http://blogdeserratalhada.com.br/

    http://www.eventos.uepg.br/

  2. Grupo de Xaxado Cabras de Lampião

     

    Xaxado a dança de cabra macho: de Serra Talhada para o mundo

    A dança do Xaxado foi criada pelo bando de Lampião, no inicio dos anos 20 do século 20.

    Todos os créditos são para quem postou os belíssimos vídeos sobre o Xaxado: Camilo Melo

    [video:http://youtu.be/0Zxu_pWoPeQ width:600 height:450]

    [video:http://youtu.be/SfEJ_GBKnMU width:600 height:450]

    [video:http://youtu.be/ogigd-HJiJo width:600 height:450]

    [video:http://youtu.be/h-vkRxHYJK8 width:600 height:450]

    [video:http://youtu.be/bIRpDtgi260 width:600 height:450]

    [video:http://youtu.be/qBVtwGmg5lM width:600 height:450]

    [video:http://youtu.be/2s78Wcoblr0 width:600 height:450]

    [video:http://youtu.be/MsmZSVcQnGI width:600 height:450]

    [video:http://youtu.be/fNOz8ZoC-ok width:600 height:450]

    [video:http://youtu.be/JPL-04Tw-Bs width:600 height:450]

    [video:http://youtu.be/K_fEgRlxy3c width:600 height:450]

    [video:http://youtu.be/tS8x-JsOpuI width:600 height:450]

    “Ví em sonhos os poetas do passado no museu imortal da poesia”

    1. Falando em Caba Macho!!!

      Luiz Gonzaga e Januário – Auditório da Ceará Rádio Club, em fortaleza – 10 de maio de 1955

       

      Muita gente boa já disse que tinha aquilo roxo e tudo o mais… Só lorota. Na hora do pega pa capá, todo mundo é igual. Agora uma pergunta que não quer calar:

      Meu Guru já viu OVO AZUL em FESTA NAPOLITANA?

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=M1EpCZMSqBw%5D

      1. chato

        Jornalista, escritor e fotógrafo no DCM:

        “O mundo parece estar se tornando mais chato com a ditadura do politicamente correto e do cerceamento ao humor.”

        MAIS ACRESCENTO:

        A morte politicamente correta é negra, horrenda, feia e falsa.
        A ela ninguém escapa, nem o rei, nem o bispo e nem até o próprio papa.

        Mas hei de eu escapar a ela, gastando somente um vintém.
        Vou ao mercado, compro uma panela, meto-me dentro dela,
        Tapo-a muito bem e a morte ao passar dirá:
        – Huuumm, batatas, aqui não mora ninguém!

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