Luciano Hortencio
Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.
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Avoa, avoa, avoa já!

Sim, sei perfeitamente que o Centenário do excelente musicista, cantor e compositor Fernando Lobo ocorreu em 26 de julho de 2015. Sei também que a amiga Mara Baraúna publicou excelente post homenageando o compositor pernambucano. Ocorre, porém, que somente ontem à noite consegui o fonograma da gravação original de PASSARINHO DA LAGOA, da autoria e Fernando Lobo e Evaldo Ruy, gentilmente enviada pelo pesquisador Samuel Machado Filho e quero prestar homenagem ao agora Centenário Fernando Lobo.

Como já havia publicado a mesma composição interpretada por TUCA, excelente cantora pouquíssimo lembrada, trago agora as duas interpretações para apreciação.

 

https://www.youtube.com/watch?v=TcnT-EYbgfM]

 

[video:https://www.youtube.com/watch?v=aRpGdluJtEg

Luciano Hortencio

Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.

40 Comentários

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  1. Ao ver agora esta foto

    Ao ver agora esta foto ilustrativas usadas pelo amigo Luciano Hortencio lembrei que hoje pela manhã eu assisti a um festival de dedurismo. Tomando o café da manhã pra vir pro trabalho, pousa numa antena da casa vizinha duas figurinhas que, vai ser dedo-duro assim em outra terra!
    Contavam os mais velhos que é uma ave amaldiçoada; porque, quando Jesus andou na Terra e estava sendo perseguido pelos soldados que o queriam crucificar, recostou-se, certa feita num pé de cabrita que, aos derramar seus ramos até o chão, protegeu o Salvador da ira dos belzebus. Pois não é que o safado do bem-te-vi ficou lá do alto de uma palmeira a entregar-lhe? Ficou lá: “Bem-te-vi! Bem-te-vi! Bem-te-vi!” Por sorte, a cabrita é cheia de espinhos e havia descido toda a ramagem, ocultando completamente o Salvador. A ave aqui, conhecida na minha região como lavandeira, ao contrário, quando Nossa Senhora vivia fugindo dos soldados de Herodes com o menino Jesus, ela se ocupava de ciscar-lhe os rastros na areia da estrada apagando qualquer vestígio de sua passagem. Por isso ficou abençoada.
    Nordestão de tantas histórias. Que estão cada vez mais desaparecendo.

    1. O outro lado da moeda!

      Amigo José de Oliveira Bispo!

       

      O Bem-te-vi é zoadento e brabo sim, mas não é mau caráter não. Tá certo que gosta muito de comer a comida dos peixes dos tanques que está dando sopa. Tá certo também que devora a´te os peixinhos, quando estes dão sopa. Mas quem não o faria? Aquele que não comer o que está dando sopa, que atire a primeira pedra…

      Brincadeiras à parte, o Bem-te-vi é um pássaro que protege as outras aves dos gaviões. Eu mesmo já comprovei isso por inúmeras vezes. Morando vizinho ao Parque Ecológico do Cocó, no 22º andar, tenho oportunidade de presenciar cenas insólitas e impagáveis. Muitas e muitas vezes já vi carcarás e gaviões sendo expulsos por bem-te-vi, emplena caça.

      Aproveito para te mandar uma foto do Parque Ecológico do Cocó à tardinha!

      Abração agradecido do luciano!

       

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=NrHtuM-QHEw%5D

       

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=9A7nBOAC8P4%5D

       

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=k-GTnAUH1nY%5D

       

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=LTsTEmY4XcI%5D

       

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=HojBUyeJefg%5D

    1. Amiga Odonir!
      A andorinha solitária, da asinha quebrada, pode voltar do seu refúgio? Salva do abandono, seu coração está aqui…

      Como fazer verão sem os Amigos e o Amor? Como remendar a asinha sem o unguento da amizade e o calor no coração?

      Cantar, voar, sonhar… Amar.

      Posso?

      1. Com todo meu carinho e afago de mãos

        Ontem, anteontem e antes de anteontem uns passarinhos vieram aqui, naquela areazinha conhecida por você, e ficaram nuns pios pios, assim me contando do jeito deles coisas que só eles conhecem

        Abaixei a cabeça, só escutei.

        Minha saúde anda bem, graças ao doutor que cuida do meu coração, do meu pulmão, do meu respirar. Não há antibiótico melhor do que voar com esses passarinhos bonitinhos daqui do quintal, que deles nem sei o nome, mas me alegram num tanto !

         

  2. Mas, Luciano, se avoar a menina chorará!
    Sabiá lá na gaiola

    Fez um buraquinho

    Voou, voou, voou, voou

    E a menina que gostava

    Tanto do bichinho

    Chorou, chorou, chorou, chorou

     

    Sabiá fugiu pro terreiro

    Foi cantar no abacateiro

    E a menina vive a chamar

    Vem cá sabiá, vem cá

     

    Sabiá lá na gaiola

     

    A menina diz soluçando

    Sabiá, estou te esperando

    Sabiá responde de lá

    Não chores que eu vou voltar

    http://letras.mus.br/paula-santoro/1128454/

     

      1. Mas Ultraje tá dizendo que a vida é quimera, homem!

        Versos Íntimos, Augusto dos Anjos

         

        Vês! Ninguém assistiu ao formidável

        Enterro de tua última quimera.

        Somente a Ingratidão – esta pantera –

        Foi tua companheira inseparável!

         

        Acostuma-te à lama que te espera!

        O Homem, que, nesta terra miserável,

        Mora, entre feras, sente inevitável

        Necessidade de também ser fera.

         

        Toma um fósforo. Acende teu cigarro!

        O beijo, amigo, é a véspera do escarro,

        A mão que afaga é a mesma que apedreja.

         

        Se a alguém causa inda pena a tua chaga,

        Apedreja essa mão vil que te afaga,

        Escarra nessa boca que te beija!

        http://www.releituras.com/aanjos_versos.asp

        1. Tá bom, concordo, voar é com os pássaros…

          Ismália

           

          Alphonsus de Guimarãens

           

          Quando Ismália enlouqueceu,

          Pôs-se na torre a sonhar…

          Viu uma lua no céu.

          Viu outra lua no mar…

           

          No sonho em que se perdeu,

          Banhou-se toda em luar…

          Queria subir ao céu,

          Queria descer ao mar…

           

          E no desvario seu,

          Na torre pôs-se a cantar…

          Estava perto do céu,

          Estava longe do mar…

           

          E como um anjo pendeu

          As asas para voar…

          Queria a lua do céu,

          Queria a lua do mar…

           

          As asas que Deus lhe deu

          Ruflaram de par em par…

          Sua alma subiu ao céu,

          Seu corpo desceu ao mar.

          http://letras.mus.br/pleiade/1063166/

  3. O conselho da vovó e a receita do Dr. Fernando

                       Não digas nada! 
                       Nem mesmo a verdade 
                       Há tanta suavidade em nada se dizer 
                       E tudo se entender — 
                       Tudo metade 
                       De sentir e de ver… 
                       Não digas nada 
                       Deixa esquecer 

                       Talvez que amanhã 
                       Em outra paisagem 
                       Digas que foi vã 
                       Toda essa viagem 
                       Até onde quis 
                       Ser quem me agrada… 
                       Mas ali fui feliz 
                       Não digas nada. 

    Fernando Pessoa aconselhou-me a não mexer na Gruta da Santa e, prafrentemente, nunca dizer nada, uai!

    [video:https://youtu.be/FhihKR8vCxU width:600]

    A minha avó já dizia, patrasmente, que, quem conversa demais dá bom dia a Pégasus e a Unicórnios.

    Fui!

      1. Falei demais Bode Véi?

                            Esse é o meu maior castigo:

                            detesto a instituição do casamento,

                            mas adoro mulheres bem casadas

                            e os seus maridos compreensivos.

                           

  4. Ao meu amor, àquele que me percorre há meses

     

    Pássaro ferido

    Roberto Carlos

     

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=Odp_ijUEVRA%5D

     

     

     

     

     

    Hoje distante de tudo

    E de quem tanto amo
    De quem me amou por uns tempos
    Depois me esqueceu
    E nesses dias tão claros
    O sol procura o meu rosto
    Tentando achar um sorriso
    Que já não é meu
    Meu pensamento então voa
    Qual pássaro triste
    Vai procurar um amor
    Que em você não existe
    Mas não encontra o caminho
    A tarde vem, estou sozinho
    Quero voltar, mas pra onde?
    Não tenho mais ninho

    Pássaro ferido, peito machucado
    Coração sofrido, por amar sem ser amado
    Pássaro ferido, voa pra esquecer
    Chora quando canta, de saudade de você
    Pássaro ferido, peito machucado
    Coração sofrido
    Por amar sem ser amado
    Pássaro ferido
    Que não te esqueceu
    Sem o seu carinho
    Esse pássaro sou eu

    Volto pra mesma cidade
    E não é como era
    Me dói a falta do beijo
    De quem não me espera
    E então não sei o que faço
    Sem seu amor, seu abraço
    Lágrimas rolam no rosto
    E se perdem no espaço
    Pássaro ferido, peito machucado
    Coração sofrido, por amar sem ser amado
    Pássaro ferido voa pra esquecer
    Chora quando canta, de saudade de você
    Pássaro ferido, peito machucado
    Coração sofrido
    Por amar sem ser amado
    Pássaro ferido
    Que não te esqueceu
    Sem o seu carinho
    Esse pássaro sou eu

     

     

  5. Pensando no Bode

                   Deparei, após tomar uma marvada no Beku’s da Sá Donana,

                   com esta edificação estilosa e lembrei do Bode Véi do Ceará.

                   O vídeo-mistério tái, pra ele curtir só no sopapinho nordestino:

    [video:https://youtu.be/0xawkjy9hvc width:600]

    “… uma casa de sopapo. Acho que tem esse nome porque o barro é jogado aos sopapos. O que grudar grudou! Aqui no Ceará chamamos casa de taipa.”

    – dito pelo Bode Véi no seu bloguinho, lotado de postinhos, no dia 02/07/2015

    https://jornalggn.com.br/comment/682298#comment-682298

    – O que grudar, grudou…

    1. Cantar num canta

      porém Louva-a-Deus!

       

      JornalCiencia 19 h · Editado ·    
      Louva-a-deus-flor (Creobroter gemmatus) nativo da Ásia.
      |~~ JornalCiencia
      Este inseto fantástico é encontrado normalmente sobre flores, onde eles conseguem se camuflar e esperar pela presa. 
      O macho cresce cerca de 4 cm, enquanto a fêmea é um pouco maior; há presença de canibalismo na espécie. 
      Ao se sentir ameaçado, ele pode abrir as asas e mostrar uma diversidade de cores, que pode assustar seu predador e dar tempo dele fugir.

      Foto: Thienbs (https://goo.gl/Ck5zm4   

    2. Lindo, lindo, esse papagaiozinho

      Por mais que se saiba que só repete o que lhe é ensinado… ah, mas isso é no racional… porque na afetividade dá pra gente ficar uma tarde inteira vendo e ouvindo-o.

      Que companheirinho, hem !

  6. De poemas e pássaros? Minha querida Hilda Hilst

    PÁSSAROS

    Hilda Hilst

     

    Amada vida:

    Que essa garra de ferro

     Imensa

    Que apunhala a palavra

     Se afaste

    Da boca dos poetas.

    PÁSSARO-PALAVRA

    LIVRE

    VOLÚPIA DE SER ASA

     NA MINHA BOCA.

     

     

    Que essa garra de ferro

     Imensa

     Que me dilacera

    Desapareça

     

    Do ensolarado roteiro

     Do poeta.

     PÁSSARO-PALAVRA

     LIVRE

    VOLÚPIA DE SER ASA

     NA MINHA BOCA.

     

     Que essa garra de ferro

     Calcinada

     

     Se desfaça

     Diante da luz

     Intensa da palavra.

     

     PALAVRA-LIVRE

     Volúpia de ser pássaro

     Amada vertiginosa.

     

     Asa.

     

     

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=DvzjRjPPnnU%5D

     

  7. Mulata Exportação

    De Elisa Lucinda

    “Mas que nega linda
    E de olho verde ainda
    Olho de veneno e açúcar!
    Vem nega, vem ser minha desculpa
    Vem que aqui dentro ainda te cabe
    Vem ser meu álibi, minha bela conduta
    Vem, nega exportação, vem meu pão de açúcar!
    (Monto casa procê mas ninguém pode saber, entendeu meu dendê?)
    Minha tonteira minha história contundida
    Minha memória confundida, meu futebol, entendeu meu gelol?
    Rebola bem meu bem-querer, sou seu improviso, seu karaoquê;
    Vem nega, sem eu ter que fazer nada. Vem sem ter que me mexer
    Em mim tu esqueces tarefas, favelas, senzalas, nada mais vai doer.
    Sinto cheiro docê, meu maculelê, vem nega, me ama, me colore
    Vem ser meu folclore, vem ser minha tese sobre nego malê.
    Vem, nega, vem me arrasar, depois te levo pra gente sambar.”
    Imaginem: Ouvi tudo isso sem calma e sem dor.
    Já preso esse ex-feitor, eu disse: “Seu delegado…”
    E o delegado piscou.
    Falei com o juiz, o juiz se insinuou e decretou pequena pena
    com cela especial por ser esse branco intelectual…
    Eu disse: “Seu Juiz, não adianta! Opressão, Barbaridade, Genocídio
    nada disso se cura trepando com uma escura!”
    Ó minha máxima lei, deixai de asneira
    Não vai ser um branco mal resolvido
    que vai libertar uma negra:

    Esse branco ardido está fadado
    porque não é com lábia de pseudo-oprimido
    que vai aliviar seu passado.
    Olha aqui meu senhor:
    Eu me lembro da senzala
    e tu te lembras da Casa-Grande
    e vamos juntos escrever sinceramente outra história
    Digo, repito e não minto:
    Vamos passar essa verdade a limpo
    porque não é dançando samba
    que eu te redimo ou te acredito:
    Vê se te afasta, não invista, não insista!
    Meu nojo!
    Meu engodo cultural!
    Minha lavagem de lata!

    Porque deixar de ser racista, meu amor,
    não é comer uma mulata!

    (Da série “Brasil, meu espartilho”)

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