por Luciano Hortencio
O mundo estava em guerra
Ninguém mais se entendia
Canhões de artilharia
Davam tiros sobre a terra
Foi aí que lá na serra
Tudo se modificou
Quando alguém anunciou
Disparado na carreira
nasceu um pé de roseira
Onde a moça mijou!
Onde antes só havia
Desolação e tristeza
Pouco a pouco a natureza
Alegremente sorria
A vegetação crescia
E um riacho se formou
A água tanto aumentou
Que fez uma cachoeira
Nasceu um pé de roseira
Onde a moça mijou!
Acabou-se a tristeza
Ninguém mais ali chorava
Por ali só se falava
Na rosa e sua beleza
Como é linda a natureza
Depois que a rosa brotou
Foi ela quem nos deixou
Essa linda cachoeira
Nasceu um pé de roseira
Onde a moça mijou!
Foi tão grande a emoção
Era tanta alegria
Que todo mundo corria
No meio da multidão
Demontrando gratidão
Todo mundo se abraçou
E alegremente cantou
Repetindo a noite inteira
Nasceu um pé de roseira
Onde a moça mijou!
Foi aí que a velhinha
Que não dava mais no couro
Achou que era desaforo
O mistério da mocinha
Pegou sua bengalinha
E para a serra rumou
Quando ela se acocorou
Foi aquela cachoeira
Matou o pé de roseira
Onde a moça mijou!
Mestre Ambrósio – A ROSEIRA (Onde a moça mijou) – Luiz Oliveira e Waldemar Oliveira.
Álbum: Mestre Ambrósio – Rec Beat Discos.
Ano de 1996.
https://www.youtube.com/user/lucianohortencio
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Mestre Ambrósio foi um grupo
Mestre Ambrósio foi um grupo primoroso, formado por cantores, músicos, dançarinos às vezes tudo isso junto tudo junto, por exemplo no caso do Siba. Alguns (ou todos) vindo de formação musical universitária mas com o propósito de resgatar a boa música nordestina (a mais rica do Brasil na minha opinião). Fizeram dois discos fantásticos, uma música melhor que a outra, principalmente o primeiro. Mas no terceiro perderam o rumo, se a memória não falha assinaram com uma gravador mais “mainstream” que parecia querer trazê-los ao resto do Brasil, era a época em que o forró estava estourando no Sudeste, principalmente no meio universitário e as formações das bandas ainda era o consagrado trio sanfona, zabumba e triângulo, em oposição ao atual forró universitário que é na verdade uma mistureba de sertanejo, forró e música pop onde todas as músicas se parecem . Bom, no terceiro disco “encaixotaram” o grupo, a percussão do O Rocha perdeu o peso característico, a levada ficou mais suave, e o maior crime, corrigiram até os erros de português das letras propositalmente deixados nos primeiros discos. Em resumo mais um caso de burrice de produção musical em que as produtoras acham que é comercialmente melhor que tudo na música seja meio parecido. Foi muito bom enquanto durou.
Ao PeixeBr
[video:https://www.youtube.com/watch?v=-QFniUQPVQo%5D
Ao Luciano Hortêncio
Muito agradecido amigo, não conhecia nessa versão. Alegrou minha manhã, as duas. 🙂
Não sei porque a Ana Salvagni me lembrou o grupo Anima. Deixo para seu deleite uma música da primeira formação ainda com José Gramani na Rabeca.
[video:https://www.youtube.com/watch?v=PyQAiqdYWL4%5D
Cantá (Gildes Bezerra)
Cantá seja lá cumu fô Si a dô fô mais grandi qui o peito Cantá bem mais forte qui a dô Cantá pru mor da aligria Tomém pru mor da triteza, Cantano é qui a natureza Insina os ome a cantá Cantá sintino sodade Qui dexa as marca di verga Di arguém qui os óio num vê I o coração inda inxerga Cantá coieno as coieta Ou qui nem bigorna no maio Qui canto bão de iscuitá É o som na minhã di trabaio Cantá cumu quem dinuncia A pió injustiça da vida: A fomi i as panela vazia Nus lá qui num tem mais cumida Cantá nossa vida i a roça Nas quar germina as semente, As qui dão fruto na terra I as qui dão fruto na gente Cantá as caboca cum jeito, Cum viola i catiguria Si elas cantá nu seu peito Num tem cantá qui alivia Cantá pru mor dispertá U amor qui bati i consola Pontiano dentro da gente Um coração di viola Cantá cum muitos amigos Qui a vida canta mio É im bando qui os passarim Cantano disperta o só Cantá, cantá sempri mais: Di tardi, di noiti i di dia Cantá, cantá qui a paiz Carece de mais cantoria Cantá seja lá cumu fô Si a dô fô mais grandi qui o peito, Cantá bem mais forti qui a dô
Ao PeixeBr
Aí vai Antonio Nóbrega participando do disco AS MÚSICAS DE RABEQUEIROS. Infelizmente não há uma ficha técnica, o que me impede de editá-lo de cabo a rabo… É uma pena!
[video:https://www.youtube.com/watch?v=EIk4d9yIrV0%5D
Vou-me já
[video:https://youtu.be/ZsWqHwOniUs width:600]