Luciano Hortencio
Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.
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Osvaldo Silva, tirrim tirrim, trabalha à noite pra dormir de dia

Foto editada por Ana Luiza Hortencio

O cantor Osvaldo Silva, carioca, nasceu em 1920, iniciando sua carreira na Rádio Cultura do município de Campos, sendo rapidamente convidado por Cyro Monteiro para a Rádio Mayrink Veiga.

Sua estreia foi através das composições contidas no primeiro vídeo apresentado, CARNAVAL – Luis Soberano e Washington Fernandes; QUANDO – Oscar Bellandi, Chico anysio e Wilson Silva, em 1953.

Em 1954 gravou a marcha MARIA PIRUA, de Geraldo Queiroz, Dantas Ruas e Gildo Pinheiro, e o samba VIDA INCERTA, de Arnô Provenzano, Gildo Pinheiro e J. Reis.

Em 1955, contratado pela gravadora Columbia, lançou disco com o tango A TOCA DO JOSÉ, de R. Adler, J. Ross e Ghiaroni, e o samba-canção ELA VAI VOLTAR, de Armando Nunes e Cícero Nunes. Nesse ano, sua gravação do tango A toca do José foi incluída no LP Meus favoritos – Vol. 3 da gravadora Columbia.

Em 1956, assinou contrato com a Organização Victor Costa para atuar na Rádio Nacional, do Rio de Janeiro e de São Paulo, além das Rádios Mayrink Veiga e Mundial.

Em 1957, foi contratado pela gravadora Mocambo, gravando  no disco de estreia a marcha VELHO RIO, de Paulo Serpa e Jorge da Costa, e o samba LÁGRIMA SENTIDA, de J. Piedade, Flora Matos e Arnô Canegal.

Em 1960, gravou pelo pequeno selo Lord o samba OBRIGADO, de Paulo Marques e J. Ferreira, e o samba-canção MINHA SÚPLICA, de Adelino Moreira. No ano seguinte, lançou pelo selo Santa Anita a marcha TIRRIM, TIRRIM e o samba COURO DO CABRITO, de Santos Garcia e Aldacir Louro.

Em 1962, gravou o samba SENHOR, de J. G. Ricoca e Alice Queirós, e a marcha NÃO ME CHAMO ANTONIO, de Campos, Cabuçu, Alice Queirós e A. Guedes, em disco do selo Serenata. Ambas estão contidas no terceiro e último aqui apresentado.

Gravou discos pela Copacabana, Columbia e Mocambo, e teve seu melhor momento na carreira em meados da década de 1950 quando assinou contrato com várias emissoras de Rádio, passando a ser ouvido e reconhecido. Sua carreira foi meteórica e hoje está praticamente esquecido.

Vamos relembrá-lo?

 

Discografia:

1953 Carnaval/Quando • Copacabana • 78

1954 Maria Pirua/Vida incerta • Copacabana • 78

1955 A toca do José/Ela vai voltar • Columbia • 78

1957 Velho Rio/Lágrima sentida • Mocambo • 78

1960 Obrigado/Minha súplica • Lord • 78

1961 Tirrim, tirrim/Couro de cabrito • Santa Anita • 78

1962 Senhor/Não me chamo Antônio • Serenata • 78

Fonte: Dicionário Cravo Albin de Música Popular Brasileira

Luciano Hortencio

Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.

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  1. DH Lawrence

    Maria Incerta , Vida de Perua

    “O amor é a gravitação impetuosa do espírito em direção ao espírito, e do corpo em direção ao corpo, na alegria da criação.”

    “Somos, ao viver, transmissores de vida. Quando deixamos de transmitir vida, ela, a vida, também deixa de fluir em nós. Isto é parte do mistério do sexo, é um fluxo à frente. Gente assexuada não transmite nada.”

      1. 10ÂNIMO

        Poesia Matemática

        Vão Gogo

        Às folhas tantas 
        do livro matemático
        um Quociente apaixonou-se
        um dia 
        doidamente
        por uma Incógnita.
        Olhou-a com seu olhar inumerável
        e viu-a do ápice à base
        uma figura ímpar;
        olhos rombóides, boca trapezóide, 
        corpo retangular, seios esferóides.
        Fez de sua uma vida 
        paralela à dela
        até que se encontraram 
        no infinito.
        “Quem és tu?”, indagou ele
        em ânsia radical.
        “Sou a soma do quadrado dos catetos.
        Mas pode me chamar de Hipotenusa.”
        E de falarem descobriram que eram
        (o que em aritmética corresponde
        a almas irmãs)
        primos entre si.
        E assim se amaram
        ao quadrado da velocidade da luz
        numa sexta potenciação 
        traçando 
        ao sabor do momento
        e da paixão
        retas, curvas, círculos e linhas sinoidais
        nos jardins da quarta dimensão.
        Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidiana
        e os exegetas do Universo Finito.
        Romperam convenções newtonianas e pitagóricas. 
        E enfim resolveram se casar
        constituir um lar, 
        mais que um lar, 
        um perpendicular.
        Convidaram para padrinhos
        o Poliedro e a Bissetriz.
        E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
        sonhando com uma felicidade 
        integral e diferencial. 
        E se casaram e tiveram uma secante e três cones
        muito engraçadinhos.
        E foram felizes 
        até aquele dia 
        em que tudo vira afinal
        monotonia.
        Foi então que surgiu 
        O Máximo Divisor Comum
        freqüentador de círculos concêntricos,
        viciosos. 
        Ofereceu-lhe, a ela,
        uma grandeza absoluta
        e reduziu-a a um denominador comum.
        Ele, Quociente, percebeu
        que com ela não formava mais um todo,
        uma unidade. 
        Era o triângulo, 
        tanto chamado amoroso.
        Desse problema ela era uma fração, 
        a mais ordinária. 
        Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade
        e tudo que era espúrio passou a ser 
        moralidade
        como aliás em qualquer 
        sociedade.

        Millôr Fernandes

        O texto foi extraído do livro ‘Tempo e Contratempo’

        Foi publicado com o pseudônimo de ‘Vão Gogo’

        Edições O Cruzeiro – Rio de Janeiro, 1954

        1. Joana Francesa!!!

          [video:https://www.youtube.com/watch?v=Jjk1sxLXAyk%5D

           

           

           

           

          Tu ris, tu mens trop

          Tu pleures, tu meurs trop

          Tu as le tropique

          Dans le sang et sur la peau

          Geme de loucura e de torpor

          Já é madrugada

          Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda

           

          Mata-me de rir

          Fala-me de amor

          Songes et mensonges

          Sei de longe e sei de cor

          Geme de prazer e de pavor

          Já é madrugada

          Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda

           

          Vem molhar meu colo

          Vou te consolar

          Vem, mulato mole

          Dançar dans mes bras

          Vem, moleque me dizer

          Onde é que está

          Ton soleil, ta braise

           

          Quem me enfeitiçou

          O mar, marée, bateau

          Tu as le parfum

          De la cachaça e de suor

          Geme de preguiça e de calor

          Já é madrugada

          Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda

           

  2. Trampa à noite prá zoar de dia

    Luciano do Boné Vermelho leva o Chapeuzinho do Mau ao Show do Padre Zezinho

    “Que a família comece e termine sabendo onde vai” parar essa gatinha hipnotizada

    [video:http://youtu.be/bB_TnwAv85U%5D

    Garotas boazinhas não vão pro Ceará; garotas más vão prá qualquer lugar que o Lobo do Mar levar

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