A elite cafeeira na industrialização paulista

Por Carlos Cunha

comentário ao post “A revolução de 32 por Mauro Santayana”

A mudança de uma economia agrária para uma “industrial” não acontece com a simples passagem da aplicação de recursos. Sim, recursos da cultura do café financiaram a industria que iniciava em São Paulo, mas como parte de um processo financeiro. Não podemos considerar que os Barões do Café simplesmente viram que a industria era o futuro e passaram a ser barões da Industria. Houve resistência e muitos não aproveitaram o bonde da história. Outros como aconteceu em situações parecidas em outros momentos usaram seu nome para se “associar” – inclusive com casamentos – com a nova economia. Não há uma continuidade, apesar de não ocorrer uma ruptura. Alguns simplesmente sonhavam ainda com a república do café com leite. A questão é que seu poder dimunuia a cada dia e em 32 já havia “poderes” mais fortes.

O problema das análises feitas sobre 32 é considerar que a sociedade era – e é – algo estratificado, sem mobilidade. Em 32 o país estava no meio de uma revolução verdadeira, na qual Vargas foi um fator decisivo. Imaginar que tal mudança pouparia esquemas socieais e economicos não é fácil.

Sobre elites

São Paulo realmente é diferenciada do Brasil. Deve ter a maior elite do mundo, pois o tratam como centro elitista que quer se separar do resto do país. Os poucos migrantes cujas famílias não estavam aqui em 1600 são proibidos de votar. Uma comunidade de 4 mil pessoas ou uma menina escrevendo no twitter representam o pensamento desta elite.

Menos, muito menos. São Paulo tem 40 milhões de pessoas e é normal que tenham idiotas. “Elite idiota” não é um mérito apenas de SP. Conheço muitos mebros da “Elite” nordestina que trazem empregadas domésticas do nordeste pois aqui elas ganham muito e trabalham pouco. Tenho muito contato com vários amigos do Sarney que ocuparam vários cargos no maranhão. Adoram SP, adoram comprar aqui e importam do Maranhão até pedreiros pórque os daqui trabalham pouco.

Também conheço muitos nordestinos ricos e influentes que não aceitam o Sarney, tem seus empregados contratados com carteira assina e pensam que as pessoas não devem ser rotuladas pelo seu estado de origem. Sabe o que é interessante? Gente boa e gente ruim tem em todo lugar…

Luis Nassif

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