DO BLOG FUTEPOCA
Certa vez, quando morava na Irlanda, estava num pub manguaçando com um amigo polonês e nos divertíamos ensinando um ao outro palavras ou expressões dos respectivos idiomas. Lembro-me de ter aprendido o significado de curva, que, em português, caberia na expressão “vá pra curva que o pariu!”. Foi então que tentei pensar numa coisa que fosse bem “brasileira”, e me lembrei de “gambiarra”. Mas como explicar o que é isso? Tentei linkar com “jeitinho brasileiro”, mas, já meio zonzos e cada um tentando se expressar num inglês pra lá de macarrônico, ficou difícil. Tudo teria sido mais fácil, para explicar ao gringo “gambiarra” e “jeitinho brasileiro”, se eu dispusesse das seguintes imagens:
http://www.futepoca.com.br/2011/05/gambiarra-e-o-jeitinho-brasileiro.html
Do Blog Pensamentos…
Reflexões sobre a “Filosofia do Jeitinho Brasileiro”
” O jeitinho Brasileiro é um modo de agir que implica num modo de ser do corpo e num universo conceitual que lhe é próprio” – Fernanda Carlos Borges.
A influência da mídia deturpou o jeitinho brasileiro e o transformou numa “falha no proceso de modernização que é uma das causa das mazelas no nosso País”. Tudo o que se faz hoje seja pra solucionar problemas, seja pra conquistar coisas ou superar obstáculos é considerado jeitinho brasileiro. Em contrapartida as notícias de corrupção também são tratadas como jetinho brasileiro.
Que jeitinho é esse?
O jeitinho não acontece só. É necessário a presença de pelo menos duas pessoas, uma que solicita o jeitinho e outra que atende a esse jeitinho, e a grande caracterísitica desse processo é o poder de persuasão que esse jeitinho exerce no outro.
Para que seja obtido o que se requer (pelo jeitinho) é nessessário um “envolvimento emocional” entre ambos, e esse envolvimento emocional é o fundamento do sentimento ético na situação a ser tratada.
O jeitinho brasileiro é capaz de nos fazer atender a uma necessidade diante de um forte apleo emocional (muitas vezes não é ética a situação, mas o emocional é fogo…)
Enfim se faz necessário que aprendamos lidar com o imprevisível, vencer os preconceitos através da amizade, a persuasão pelo respeito à diferença e sujeição do corpo pelo respeito à vida. Lembrando que o que venhamos a fazer (seja pelo jeitinho brasileiro ou não) deve ser ético pra ser feito por mim ou por você.
Postado por Anansa B. Campos às 03:40
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