A resposta de Marcia Westphalen

Sr. Alceste:

Tenho dúvidas sobre se devo responder, ou não, às suas inquietudes, mas vou arriscar.

Não entendo porque o Sr. insiste em me desqualificar. Não “corri em mostrar” nenhum diploma, como o Sr. supõe. Quem insinuou que os responsáveis pela transição “alegaram” que eu era formada em direito foi o seu pupilo, Breno.

O Sr. viu meu diploma publicado em algum lugar? Só o que eu fiz foi contar parte da minha vida a ele, o que foi um grande e notório erro. Desde cedo aprendi que quem dá carona ao escorpião, acaba por ser picado. Mas fui ingênua, a princípio.

Não tenho vergonha de nada. Pelo contrário, me orgulho. A única vergonha que posso sentir sobre este fato é de pessoas que mantém esta sua mentalidade ácida, cega pelo preconceito. Tenho vergonha também do fato de, ainda nos dias de hoje, pessoas como o Sr. viverem tão embuídas deste sentimento, que sequer são capazaes de o perceber. E insistem em sua sórdida ilusão. E a tornam pública, não importa a quem possam atingir e como. E destilam seu próprio féu através da escrita corrosiva dos seus textos.

Não vou justificar minha vida ou meu talento ao Sr. pois já o fiz a quem cabia.

Gostaria que o Sr. entendesse, de uma vez por todas, e falo isto pelo que li nos posts, que nunca deixei meu trabalho, que por sinal conquistei por competência e merecimento e o exerço com orgulho e entusiasmo. Isto é mentira, Sr. 

Sobre o seu amigo, o Breno Toddynho, não sei se é bom ou mau-caráter. O que sei, é que comigo ele foi mau-caráter. E é fato. Ele mentiu, inventou contradições, inventou identidade, distorceu fatos ao ponto de incitar opiniões como a sua. Está tudo provado. É a minha vida, e ela é lícita e digna.

A atividade de cabeleireira também é lícita e digna, criativa e artística. Assim como é lícita e digna a atividade de advogada, cozinheira, chef de cozinha, jornalista ou comentarista de blogs. A diferença está nos agentes que a exercem. E neste caso, a mentira de seu pupilo é simples e direta. E a maldade é sórdida, premeditada e sombria.

Uma atividade NÃO DESQUALIFICA a aptidão à outras, entenda isso, pelo bem da humanidade. É algo CUMULATIVO, ou seja, ACRESCENTA.

Sempre optei pela diversidade em minha vida e só obtive reconhecimento por isto. É uma qualidade tremendamente valorizada, inclusive em nosso país! Claro, para quem consegue alcançar uma visão progressista.

Quanto ao meu blog, e ao fato de o ter suspendido depois do ti ti ti plantado por seu amigo, sugiro que consulte o Breno para saber dele qual é a sensação de ter a vida invadida, a reputação enxovalhada, as opiniões apontadas como um punhal. Afinal, ele também bloqueou o twitter que mantém em seu nome. Creio que ele saberá explicar, com suas próprias palavras, como fere a curiosa sensação. E o porquê de ela existir.

A experiência é algo engrandecedor, o Sr. não concorda?

Para finalizar, gostaria que toda esta repercussão servisse de incentivo à reflexão, para todos que aplaudem este tipo de desqualificação pública (o que não é o caso dos presentes leitores, em sua maioria). E a estes, aprendam que, às vezes, os subestimamos como sendo os mais estúpidos, assim não são.

Salve os blogs progressistas! Salve os leitores dos blogs progressistas, que neles encontram as armas para desenvolver sua capacidade crítica e asseguram o exercício de sua força ideológica e cidadania e de seus iguais.

Espero que tenha finalmente esclarecido suas dúvidas, que agora me deixe em paz e que aconselhe seu bom amigo a procurar emprego no The Sun, pois se sairia muito bem por lá.

Por Alceste Pinheiro

Senhora Márcia Westphalen,

Durante todo o tempo, a pessoa aqui chamada de Canalha, viadinho, desmunhecado e uma lista extensa de ofensas foi o repórter Breno Costa. Outros manifestaram grande alegria por ter sido o jornalista humilhado. Portanto, é certo que não fui eu quem destilou féu.

Não vi ninguém aqui, a uma ou duas exceções, mostrar o quanto essa gente toda, a começar pelo Cloaca, estava manifestando preconceito, homofobia. 

Isso é que a senhora deveria qualificar de mentalidade ácida.

Não vi de sua parte neste texto, nenhuma menção a isso.

Isso tudo não é coisa de blog progressista, não. Aliás, o que é blog progressistas, senhora? São aqueles que jamais criticam o governo? Ou aqueles que o criticam, mas o fazem de tal forma que na verdade que elogiam. Ou aqueles que mantém em operação permanente uma tropa de choque disposta a acabar com a reputação pessoal e profissional de alguém que ouse discordar? Gente capaz de ver tucano em qualquer crítica restrição a Lula, à Dilma e ao governo. Ora. isso não é blog progressista, mas governista. O nome é esse. Poderia aqui citar vários, mas não o faço por desnecessário porque certamente a senhora sabe deles.

Não vi também ninguém que a tenha ofendido. Eu, por exemplo, não usei um adjetivo sequer que manifestasse preconceito quanto à profissão que a senhora exerce. Ou exerceu. Pelo contrário: preconceito veio de quem precisou reiterar os seus títulos para mostrar que a senhora não era  cabeleireira. Ou não o era apenas. Preconceito é vincular aquilo que considera um erro com a sexualidade do outro. Vincular ou insinuar vínculo). Neste caso, a senhora e seus defensores silenciam. 

Também não considero que o Breno Costa tenha lhe ofendido. A senhora, sim, é que o chama de Toddynho e o compara a um escorpião.

Esses ataques são os mesmos destinados a outros jornalistas que procuram exercer o seu trabalho e muitas vezes desagradam

Pensei que tanto depoimento a seu favor tenha bastado. Vejo que não.

Por fim, gostaria que me dissesse do quê Breno é meu “pupilo”.

Luis Nassif

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