A truculência na comunicação do governo paulista

O fim da Secretaria de Comunicação, anunciado por Geraldo Alckmin, coloca um paradeiro a uma atuação inédita de truculência nas relações entre o governo do Estado e a mídia – facilitada pela blindagem da candidatura Serra, que fazia com que os jornais aceitassem esbirros autoritários até contra seus próprios jornalistas.

É curiosa a simbiose entre líderes e liderados. Lembro-me do governo Collor, no qual muitos assessores assimilaram todos seus tics e modos – maneira de pentear cabelo, modos bruscos, falas incisivas.

Com o governo Serra ocorreu o mesmo. Todos assessores diretos assimilaram a truculência, do doce João Sayad a figuras historicamente agressivas, como o vice Alberto Goldmann.

Para os colegas jornalistas, duas figuras foram inesquecíveis: o Secretário de Comunicação Bruno Caetano e Juliano Nóbrega. Ao longo dos últimos anos, foram de uma truculência inédita nas relações com a mídia. Cartas agressivas aos jornais, pressão para cortar colunas e colaboradores, assimilando de maneira servil o estilo truculento do chefe.

Não deixam saudades. Mas certamente deixarão lembranças.

Luis Nassif

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