Defesa - Considerações - Jornal GGN

Desculpem, estou chegando agora e não sei se é por ter chegado por último, o que tenho lido sobre o tema Defesa Nacional, não só aqui, tem me deixado um tanto confuso.

Em todos os sites ditos “especializados” em artigos de jornais conceituados, escritos por jornalistas conceituados e por aí a fora, vejo veementes defesas para a compra de um ou outro avião, ocorreu o mesmo à época de escolha do submarino, alguns falavam do submarino russo o mesmo comprado pelo senhor Chaves, outros dos alemães, com sua versão atualizada, em relação ao que temos (é o mesmo) e depois dos franceses embalados por uma duvidosa Aliança Estratégica, tirada da cartola, por Lula e Sarkozi.

O problema é que, não se tem referência sobre quem emite uma opinião, ou seja, baseado em que a opinião foi formada.

Na verdade eu não sei formar opinião a respeito, não sou cientista, engenheiro ou militar, sou apenas um cidadão, contribuinte, que tem muito interesse no assunto, portanto, sem dar opinião sobre qual o melhor equipamento, atrevo-me a questionar o processo.

Então vejamos, por que estamos nos armando?

Até onde sei, parece que alguém, achou que estamos sendo espreitados, ou passaremos a ser em breve, em função das nossas riquezas, petróleo, minerais (urânio e nióbio entre eles) e até água.

Muito bem, sem entrar no mérito, estão aí definidos alguns motivos que numa era futura, de escassez, poderiam fazer com que algum(ns) país(es) tivesse(m) em relação a nós, o mesmo interesse que o vampiro tem no banco de sangue.

Então vamos lá, e quais seriam estes países ? Venezuela ?, Colômbia?, ou talvez a Bolívia de Evo Morales ou quem sabe o Paraguai de Lugo.

Obviamente, não, salvo enormes acidentes de percurso, com baixíssima probabilidade de ocorrer.

Na minha opinião, creio que os vampiros, seriam, pelo menos alguns deles, os próprios que nos oferecem um negocinho da China.

Negocinho não, um tremendo negócio, 10 bilhões de reais para a marinha, outros 10, para a força aérea e outros tantos em outras “cositas”, como por exemplo os helicópteros russos, já em ação por aqui, o sistema S- 300 de defesa anti-aérea (cogitado), russo também, e vai por aí.

Agora, façamos uma análise simplória.

Só para falar pouco, o porta aviões Ronald Reagan, traz em seus hangares mais ou menos 90 caças FA -18, talvez por isso mesmo eles não tenham nenhuma restrição em nos vender a invejável quantidade de 36 aviões. Tá bom, eu sei, o plano é de 120 aeronaves, até sabe-se lá quando, já ouvi falar que o plano se concluiria em 2027.

Outro motivo que os fazem interessar-se nesta venda (americanos ou não), é que esta tecnologia e os aviões daqui a quinze anos, serão peças de museu. É mais ou menos como você comprar um carro, que ao fim do ano encerra a produção.

Alegam seus defensores que o pacote inclui a transferência de tecnologia, se assim for, passo a acreditar em papai noel.

A pergunta que fica, será que estes pontos não merecem ser considerados, e se assim for, será que foram considerados.

Seria possível que a abordagem do tema, ser outra ?

Não sou contra, nos armarmos, para nos defendermos, se preciso for, mas seria correto gastar esse montante, desta forma?

Acho que Lula, tomou a iniciativa de tratar um assunto que sempre foi posto de lado, este mérito é dele (embora tenha demorado muito), mas a solução me parece um tanto mágica.

Tomara eu esteja errado.