Campanha contra obesidade no México ataca refrigerantes

Sugerido por implacavel

Do Brasil de Fato

México faz campanha contra obesidade e aponta Coca-Cola como principal vilã

Líder no ranking de nações mais gordas do mundo, de cada dez mexicanos com mais de 20 anos de idade, sete estão com sobrepeso ou obesos

“Você comeria 12 colheres de açúcar? Por que você bebe refrigerante?”. O anúncio, que faz parte de uma campanha publicitária para combater o consumo excessivo de refrigerantes açucarados – principalmente a Coca-Cola – se espalhou pela Cidade do México. Atualmente, o México está em primeiro lugar no ranking de países mais gordos do mundo, ultrapassando os EUA.

O México vem batalhando para combater uma epidemia de diabetes, doença que está intimamente ligada à obesidade. De cada dez mexicanos com mais de 20 anos de idade, sete estão com sobrepeso ou obesos.

Em um país onde a Coca-Cola exerce enorme influência financeira e cultural, alguns ativistas, políticos e autoridades de saúde pública estão dizendo que os refrigerantes são os principais vilões pela epidemia de diabetes, em particular, a Coca-Cola.

Agências de defesa do consumidor estão avaliando multas contra a Coca-Cola devido a uma recente onda de anúncios que mostram pessoas supostamente queimando calorias de refrigerante ao fazerem atividades cotidianas. Os reguladores querem saber se as atividades apresentadas nos anúncios realmente queimam as calorias.

A senadora Marcela Torres apoiou um projeto de lei dos defensores dos consumidores que pode estipular um imposto de 20% sobre refrigerantes açucarados. Essa medida reduziria o consumo de refrigerante em 26% e geraria uma receita anual próxima de US$ 2 bilhões. A maior parte dos recursos seria destinada para instalar bebedouros públicos e melhorar o acesso à água potável.

No entanto, a associação de engarrafadores de refrigerante do México está fazendo um forte lobby contra o imposto e contra a ‘demonização’ do refrigerante.

Estima-se que 9% da população mexicana tenha diabetes, o maior percentual em qualquer país com mais de 100 milhões de habitantes, segundo dados da Federação Internacional de Diabetes e da ONU. A diabetes é, hoje, a segunda maior causa de mortes no país, depois de doenças do coração.

Luis Nassif

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