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Lourdes Nassif
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As matérias para serem lidas e comentadas.

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  1. COLÉGIO DE PERIODISTAS EXPULSA DONO DO JORNAL EL MERCÚRIO

    Colegio de Periodistas decide expulsar a Agustín Edwards dueño de El Mercúrio

     


    Foto: Agencia Uno

     

     

     

    PUBLIMETRO CHILE, 21.04.2015

    El Tribunal de Ética del Colegio de Periodistas expulsó de la institución al dueño de El Mercurio, Agustín Edwards Eastman.

    Al respecto, la presidenta de la entidad Javiera Olivares manifestó que “el Tribunal de Ética Metropolitano del Colegio de Periodistas ha anunciado que ha acogido el requerimiento de expulsión de nuestro colegiado Agustín Edwards Eastman, porque no estaría cumpliendo el código de ética que es parte fundante de nuestro colegio, que implica la defensa de los Derechos Humanos, la democracia y los derechos de las personas”.

    Según consigna Radio Bío Bío, en la sentencia se tomó en cuenta el rol de Edwards en la dictadura, haciéndose hincapié en “las publicaciones que dio en las portadas el diario El Mercurio en el momento en que se produjeron algunos disturbios a propósito de la visita del Papa en el Parque O’Higgins donde ciudadanos comunes fueron sindicados como culpables y que después quedó abiertamente demostrado que ellos ni siquiera habían estado allí”.

    “Junto a eso está también el haberse hecho partícipe del proceso de desestabilización en Chile que provocó el golpe de Estado de 1973“, agregó la presidenta de la institución.

    Por último, Olivares afirmó que la acción “es una sentencia histórica, un cambio cultural para el periodismo en Chile y me parece que hay que tomárselo así”.

     

    http://www.publimetro.cl/nota/cronica/colegio-de-periodistas-decide-expulsar-a-agustin-edwards/xIQodu!IMvbcXb6LTz4A/

  2. Vem aí a nova Escola Base …

    Por pouco o texto não informa que aquela cadeira é uma réplica das usadas por Torquemada …

    Enviado por Ana Cláudia Guimarães – 22.4.2015

    Maus-tratos

    Pai flagra e grava filho amarrado em creche em Jacarepaguá, no Rio

    Márcia Augusto Barbosa Gomes e Marcelo Henrique Gomes registraram uma queixa na Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) contra a creche Escola Sonho Meu, no Anil, em Jacarepaguá (procedimento: 947-00077/2015). Pais de uma criança especial de quatro anos, eles haviam recebido uma denúncia de que seu filho estaria sofrendo maus-tratos na instituição escolar. Preocupados com a informação, Márcia e Marcelo decidiram aparecer de surpresa na creche 20 minutos após terem deixado o filho. Se depararam com uma cena que imaginavam nunca presenciar: a criança amarrada em uma cadeira enquanto os outros coleguinhas lanchavam normalmente. Segundo os advogados Ailton Antonio da Silva e Walter Barcellos Duque, que representam os pais da criança e preparam uma ação na Justiça contra a instituição, vídeo e fotos mostram a criança  amarrada no período em que estava na instituição escolar. 

    O menino frequentava a creche há três anos. No início do período letivo de 2015, segundo o registro na delegacia, os pais procuraram a diretora da instituição para contratar um mediador para cuidar da criança, que tem atraso no desenvolvimento psicomotor e não se expressa verbalmente. Segundo a família, a creche não teria aceito a oferta.
    A denúncia também foi feita à Secretaria de Educação e a ouvidoria do Ministério Público (número 301533).

     

  3. A verdade é mole.A Globo não

    A verdade é mole.
    A Globo não apoiou a ditadura!

    O Walter Clark e o Paiva Chivas montaram um sistema próprio de censura dentro da Globo.

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    O “projeto William Bonner” começou a ser exibido nessa segunda-feira, 20/04, no jornal nacional.

    Será uma série de “reportagens” sobre a gloriosa carreira do jornal nacional a favor da Democracia!

    É um exercício em hipocrisia !

    A partir dos 7′43” aparece um dos filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio – para descrever o indescritível sofrimento da Globo com a ditadura.

    O jornal nacional vivia com a baioneta dos militares nas costas.

    A censura, sufocante.

    (O Conversa Afiada recomenda a leitura do clássico “Cães de Guarda – Jornalistas e censores, do AI-5 à Constituição de 1988”, de Beatriz Kushnir, para ver como a Globo adotou um esquema especial de auto-censura, sob a batuta do Walter Clark e do Coronel Paiva Chaves, conhecido como Paiva Chivas.)

    Alguns repórteres chegaram a descrever o suplício de conviver com as botas dos militares sobre os pescoços.

    Era proibido falar em “fome” !

    Você chegava à redação e descobria que não podia tocar num assunto que você ignorava completamente !

    Lágrimas copiosas.

    (Um comentário à parte ! O Bonner agora anda ! Que naturalidade ! Parece um coxo numa pista de gelo !)

    A Fátima Bernardes suspendeu provisoriamente a tarefa de vender presunto para falar de “jornalismo” !

    Ali estava o excelente repórter Ernesto Paglia, que não foi convidado a depor sobre o comício das Diretas que o Roberto Marinho mandou tratar como um convescote pelo aniversario da cidade de São Paulo.

    O Caco Barcelos, outro craque, poderia depor sobre os cadáveres da ditadura nas covas rasas de São Paulo.

    E que voz tinha o Heron Domingues, mestre dos mestres !

    Tudo isso desaparece diante da desfaçatez de esconder a dura verdade: a Globo apoiou a ditadura.

    E nela engordou !

    Em tempo: lamentável que o “projeto Bonner” para os 50 anos jornal nacional tivesse omitido alguns dos responsáveis pela  expansão e o sucesso – agora na casa dos 22 pontos de Globope … – do jornal criado e concebido pelo Armando Nogueira.

    Armando foi tratado, assim, como se quase não tivesse existido – de favor.

    E nenhuma menção à Alice Maria, pulmão direito e esquerdo do Armando.

    O ansioso blogueiro, que por lá andou, faz questão de ressaltar, ainda, o papel de Evandro Guimarães e Raul Bastos, responsáveis pela montagem e preservação da rede nacional que o jn alcançou.

    Sem os dois, o jn não saía do Jardim Botânico.

    Mas, quem sabe, a série gloriosa se encerrará com a apologia do Gilberto Freire com “i” (ver no ABC do C Af), o mais poderoso Diretor de Jornalismo (sic) da história da emissora.

    (O ansioso blogueiro trabalhou com os três que o antecederam …)

    O que explica muita coisa …

    Paulo Henrique Amorim

     

  4.  
    Juiz lava-jato
    Por Rogério

     

    Juiz lava-jato

    Por Rogério Dultra dos Santos

    O juiz lava-jato, em seus procedimentos e decisões, tem a pretensão de funcionar como um burocrata que maneja o instrumental técnico do direito sem manifestar envolvimento pessoal ou individual. Figura no processo como uma engrenagem especializada: apesar de representar uma autoridade, um poder político, ao manter a aparência de distanciamento e ausência de “interesse” no caso examinado, deseja ser visto, em geral e especialmente, como destituído de responsabilidade ou intencionalidade política. A aplicação da lei toma, sob sua jurisdição, a forma de um resultado exclusivamente técnico, onde prevalece a avaliação derivada do conhecimento do direito e onde desaparece a vontade e a escolha na conformação da decisão.

    O processo judicial e o decidir do juiz lava-jato não são apresentados como a resultante de uma escolha política, determinada pela visão de mundo vinculada e personalizada na autoridade de quem decide, influenciada por elementos de classe, por percepções, afetividades e afinidades conscientes ou inconscientes. A decisão expressa na sentença, nos mandados de prisão preventiva ou na escolha pela delação é vista e compreendida, pelo contrário, como uma derivação da regularidade racional das normas.

    A suposta aplicação impessoal e eqüidistante do direito, efetuada pelo juiz lava-jato, opera uma sacralização do processo e uma purificação do próprio aplicador da lei que funcionam como uma verdadeira canonização, uma blindagem do juízo à critica. As decisões deste juiz são tidas, assim, como neutras e indiferentes a valores. Há uma verdadeira fé na neutralidade do processo judicial. Uma fé que – interessantemente –, não se explica pelos seus resultados ampla e sistematicamente enviesados.

    A estrutura discursiva que legitima o operar do juiz lava-jato não elimina a disputa política inerente ao mundo real, neutralizada nas fórmulas decisórias do direito e expressas nas lides judiciais. O conflito político, próprio da vida social, é apenas ocultado. Subjaz ao caráter técnico e asséptico da decisão, da manutenção do réu preso, da decretação da prisão, de todo ato judicial, a sua resultante política. Isto porque o direito enquanto instrumento técnico, neutro e cego a valores, está necessariamente subordinado à direção e aos valores de quem decide. Curiosamente, enquanto os instrumentos técnicos não têm a capacidade de decidir, a decisão porta a direção.

    A interpretação que põe e orienta concretamente a norma jurídica lhe é externa. Isto significa que o sentido do direito é determinado a partir de fora. Então, a vinculação entre aplicação técnica do direito e uma finalidade moral ou ética automaticamente alcançada é uma conexão irreal e/ou ingênua. Toda e qualquer finalidade ética e moral é pessoalmente desejada por quem aplica o direito, e este é aplicado de forma a que esta finalidade específica seja alcançada.

    O sentido do direito é determinado por quem o aplica. A conseqüência deste fato sociologicamente apreciável é que quem conduz o direito no sentido que deseja reclama para si o poder que deriva de sua aplicação. Assim, o juiz lava-jato não é um servo do direito. É o seu senhor. E um senhor que comanda este instrumento cego de acordo com as suas necessidades, percepções e interesses, sejam eles conscientes ou não.

    A luta pelo direito é a luta para saber quem será capaz de dominá-lo politicamente, porque o seu domínio político representará a possibilidade da divinização da visão de mundo de quem o controla. O domínio político através do direito se realiza como sacralização da vontade de quem decide e como canonização da decisão em si.

    Neste sentido, o juiz lava-jato, que inicia o seu processo de ascensão política como um burocrata, como uma engrenagem técnica do ordenamento jurídico, pode figurar sem problemas como o portador da verdade. A imparcialidade da burocracia judicial transforma-se, num passe de mágica, na potência heróica do dirigente político, assentado na função de juiz.

    Este processo opera uma espécie de rebaixamento do próprio direito. Este deixa de ser um instrumento de afirmação do poder republicano e da vontade popular expressos na constituição e se transforma, nos espaços reservados do foro, em arbítrio privado, individual e egóico.

    Paradoxalmente, a veiculação de que as decisões judiciais são universais, abstratas, impessoais e, portanto, “justas” é uma abstração provocada por quem tem interesse em não se comprometer com o que se faz e o que se fez. As conseqüências possíveis de um proceder técnico não são de responsabilidade de ninguém. Se as prisões, as delações, os procedimentos e acusações forem invalidados posteriormente, “a culpa é do processo”.

    Irresponsável pelos atos e inimputável pelas conseqüências, o juiz lava-jato pode se permitir construir e reconstruir, a seu bel-prazer, o processo e os procedimentos. Quantas vezes quiser. E por quanto tempo desejar. O direito se transforma, em suas mãos, em uma novela fantástica, manipulada pelo discurso jurídico e pela autoridade da razão aclamada.

    Ao mesmo tempo em que não se compromete politicamente com a realidade concreta, o juiz lava-jato transforma-se no demiurgo do futuro através da construção discursiva de uma república imaginária, pura, existente no espaço exclusivo de sua fantasia. Isto significa que ele torna-se eticamente responsável apenas por si mesmo. Emancipado das amarras do processo (e da realidade) por suas interpretações e isolado, por elas, da necessidade de explicar-se pelos seus atos, toma de Deus o lugar do absoluto.

    E neste lugar, para além de qualquer controle – inclusive o democrático –, pode reivindicar que a sua forma de conduzir a república é a única coisa que interessa. A estabilidade institucional, a permanência da democracia, o controle político do processo representativo, tudo o que pode perecer a partir das conseqüências de seus atos é compreendido, interpretado e aceito sem conflito, posto que a passividade constitui a essência de quem se entende ou se justifica publicamente como um simples burocrata. E esta é a essência do mal.

    Este modelo de juiz, o juiz lava-jato, representa filosoficamente a essência do mal porque o mundo lhe aparece como simples ocasião para o seu deleite individual. O burocrata aqui se despe revelando-se como um perverso. A sua perversidade específica é considerar que o direito, enquanto regra e estabilidade – o direito como garantia, como devido processo –, deve estar submetido à variação de seus interesses secretos. A impessoalidade da norma contrasta – e mesmo nega – a vontade de poder deste indivíduo que a opera.

    O indivíduo-burocrata transforma-se em juiz-Deus-Estado. Sua subjetividade é catapultada à posição política de norma condutora da interpretação da vida social. A ideia de corpo social se desfaz na subjetividade de seu agente-condutor. E o futuro da democracia torna-se pobre, sórdido, embrutecido e curto.

    Em tempo sobre o autor: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?metodo=apresentar&id=K4706273H6 (link corrigido com a ajuda do amigo navegante Geraldo).

  5.  
    Cozidão bem temperado

     

    Cozidão bem temperado

    Rodrigo Vianna e o Implicante: Assessor de Alckmin assinou ordem de serviço em favor de empresa da qual sua esposa se tornou sócia

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    Sócia de blogueiro dos 70 mil reais é casada com assessor que trabalhava dentro do Palácio de Alckmin

    por Rodrigo Vianna, no Escrevinhador, em 22.04.2015

    O caso do blogueiro que (segundo a Folha) recebe 70 mil reais por mês do governo Alckmin – pra falar mal do PT – é só o fio da meada para puxar uma história muito mais intrincada. Vamos por partes…

    Primeiro, a Folha de S. Paulo indicou que um sujeito chamado Gravataí Merengue (dono do site Implicante, que espalha boatos contra Dilma e o PT nas redes), é beneficiário de uma estranha triangulação: o governo Alckmin repassa (através da secretaria de Comunicação, comandada pelo ex-repórter da Veja Marcio Aith) recursos públicos para a agencia PROPEG, que por sua vez entrega os 70 mil ao blogueiro.

    Na sequência, o Diário do Centro do Mundo mostrou que Gravataí (o nome verdadeiro dele é Fernando Gouveia) tem uma sócia importante: Cristina Ikonomidis. Essa moça é ligadíssima a Serra, e já trabalhou nos governos tucanos (sempre por indicação de Serra) — antes de virar oficialmente sócia da empresa de Merengue. Aliás, ela chegou a ser a chefe da Comunicação na secretaria de Cultura tucana – para quem a Appendix (empresa de Gravataí) “prestava serviços”.

    Agora, surge outra revelação: Cristina Ikonomidis é casada com Juliano Nobrega (filho do ex-ministro e consultor Mailson da Nobrega). E Juliano – por sua vez – era o segundo homem na hierarquia da secretaria de Aith. Trabalhava dentro do Palácio, pertinho de Alckmin!

    Juliano também parece ser muito próximo de Serra, como sugere a foto que circula na internet…

    Reparem bem no roteiro: Márcio Aith é o secretário de Comunicação (indicado por Serra) e Juliano Nóbrega era o segundo na secretaria…

    Os dois (de dentro do Palácio) faziam pagamentos à PROPEG. Essa, por sua vez, repassava a grana pra empresa de Gravataí Merengue que, logo, teria como sócia Cristina Ikonomidis – a mulher do próprio Juliano!

    Bingo!

    Detalhe maroto: Cristina Ikonomidis só virou sócia (oficialmente) da empresa abastecida com 70 mil reais por mês quando o marido deixou a secretaria de Aith. Isso foi em janeiro/fevereiro de 2015. Hum… E Juliano foi trabalhar onde? Na CDN – uma grande assessoria de imprensa. E pura coincidência: o currículo de Juliano informa que, desde janeiro, ela tem a responsabilidade de cuidar (na CDN) das contas de quem? SABESP!!!

    Bingo, de novo.

    A SABESP irriga a mídia amiga do tucanato com recursos, na mesma proporção em que deixa de investir no abastecimento de água para os paulistas.

    Segundo a Folha, “pelo menos uma das ordens de serviço que liberaram pagamentos à Appendix foram assinadas pelo também jornalista Juliano Nóbrega, então número dois da Subsecretaria de Comunicação do Palácio dos Bandeirantes e marido de Cristina”. [Nota do Viomundo: O erro de concordância é da Folha].

    Clique aqui para ver o expediente do Palácio dos Bandeirantes, em que Juliano Nóbrega aparece logo abaixo de Aith.

    Aqui, o currículo de Juliano, em que ele indica que trabalha pra SABESP.

    Na rede tucana de comunicação, o casal Juliano Nóbrega e Cristina Ikonomidis parece ter papel mais importante do que o espalhafatoso Gravataí Merengue.

    Em 2010, Serra foi surpreendido na campanha presidencial pela força da internet. Achou que bastava o apoio da Globo, e tentou dar o famoso golpe da bolinha de papel. Em 48 horas, a versão foi desmontada pelos blogs. Na mesma eleição, montou-se uma rede difamatória contra Dilma, com panfletos impressos numa gráfica em São Paulo. De novo, a internet mostrou que a gráfica era da família de um velho militante tucano. Irritado, Serra deu o apelido de “blogs sujos” àqueles espaços na internet que não rezavam pela cartilha do PSDB…

    Mas os tucanos não ficaram parados. Desde então, se organizaram nas redes. Claro, aproveitaram os blogueiros de direita já estabelecidos (aqueles da Veja, e outros da Globo); aproveitaram também a militância anti-petista… Mas perceberam que era preciso “profissionalizar” o trabalho na internet.

    A empresa de Gravataí e Cristina Ikonomidis (mulher de Juliano) é apenas um dos sinais dessa profissionalização. Feita, segundo a Folha, com apoio de recursos públicos.

    É assim que o PSDB quer combater a corrupção no Brasil?

    Enquanto a turma do PSDB acusava os blogs de esquerda de serem pagos pelo governo federal, surgiu uma rede com vários centros de operação. No Instituto FHC, parecia estar uma dessas centrais: trata-se de entidade privada, não haveria nada de ilegal nisso. O problema é que – agora – descobre-se que a rede tucana tem outras ramificações. Uma delas aponta diretamente para o secretário Márcio Aith – como mostra o jornalista Luis Nassif no post que você pode ler aqui.

    Abaixo, a segunda matéria da Folha, indicando as  ligações entre Ikonomidis e Juliano Nóbrega. As digitais de Serra aparecem por aí. Vejamos até onde os jornalistas da “Folha” conseguirão avançar sem a interferência do eterno candidato tucano a presidência.

    ***

    por Ricardo Mendonça e Lucas Ferraz, na Folha

    Uma ex-assessora da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo tornou-se sócia de um blogueiro antipetista que presta serviços de comunicação para a área que ela chefiou até sair do governo Geraldo Alckmin (PSDB).

    A empresa é a Appendix Consultoria, criada pelo advogado e blogueiro Fernando Gouveia há dois anos. A empresa recebe dos cofres estaduais R$ 70 mil por mês para atualizar o portal e os perfis da secretaria nas redes sociais.

    Sua nova sócia é a jornalista Cristina Ikonomidis, que chefiou a comunicação da Secretaria da Cultura por mais de dois anos e exercia a função quando a Appendix começou a trabalhar para a pasta.

    De acordo com documentos oficiais, pelo menos uma das ordens de serviço que liberaram pagamentos à Appendix foram assinadas pelo também jornalista Juliano Nóbrega, então número dois da Subsecretaria de Comunicação do Palácio dos Bandeirantes e marido de Cristina.

    Ela deixou o governo em setembro de 2013, três meses após a contratação da Appendix. Cristina virou sócia da empresa em fevereiro deste ano, um mês depois de o marido se desligar do governo.

    SEGUIDORES

    Como a Folha informou no sábado (18), a Appendix foi criada em janeiro de 2013 por Gouveia, que usa o pseudônimo Gravataí Merengue na internet. Ele se apresenta como “CEO”, ou executivo principal, do site Implicante, que tem quase meio milhão de seguidores no Facebook.

    O site difunde notícias, artigos, memes, vídeos e montagens contra petistas. Gouveia também colabora no site Reaçonaria, de mesmo perfil.

    Cinco meses após ser criada por Fernando Gouveia com dois amigos, a Appendix foi contratada pela Propeg, uma das três agências que cuidam da publicidade oficial do governo, para prestar serviços à Secretaria da Cultura.

    Os R$ 70 mil mensais são pagos para a Appendix fazer “revisão, desenvolvimento e atualização das estruturas digitais” da secretaria, de acordo com documentos oficiais consultados pela Folha. Segundo Gouveia, dois funcionários que fazem esse serviço trabalham nas dependências da própria secretaria.

    Com a entrada de Cristina Ikonomidis na Appendix, que tem capital de R$ 28 mil, a empresa passou a ter quatro sócios. Gouveia e Cristina são donos de 40% cada. André Moura e Andres Ponte dividem os outros 20%. Moura e Ponte disseram trabalhar na própria empresa.

    O governo do Estado diz que a responsabilidade pela contratação da Appendix é da Propeg, mas relatórios oficiais mostram que o blogueiro presta contas diretamente à Subsecretaria de Comunicação, que é responsável por verificar as informações e autorizar os pagamentos à empresa.

    PS do Viomundo: O Viomundo confessa que Conceição Lemes preparava a mesma reportagem, que o Escrevinhador antecipou. Nosso informante, o Fonte Luminosa, nos passou inclusive a foto do jantar que reuniu o hoje senador José Serra com o casal Juliano Nóbrega/Cristina Ikonomidis, onde segundo ele foi servida carne bovina.

    O Implicante é aquele blog que sempre denunciou o que chamava de “blogueiros chapa-branca”, blogueiros de esquerda que receberam propaganda de empresas públicas federais de forma aberta e transparente. É também o site que propagou a mentira de que este blogueiro teria assinado um contrato milionário com a TV Brasil, contrato que nunca existiu e milhão que nunca recebi. A falsa “informação” foi abraçada pelo jornal O Globo e por um colunista de Veja e ainda hoje é replicada por direitistas caluniadores.

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