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Lourdes Nassif
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  1. A fome de dinheiro de quem já tem muito dinheiro

    Tijolaço

    A fome de dinheiro de quem já tem muito dinheiro

     

    8 de maio de 2015 | 11:43 Autor: Fernando Brito 

    money

    Corre, há tempos, na internet um texto falsamente atribuído a Victor Hugo (na verdade é do cronista gaúcho Sérgio Jockmann) que tem uma passagem interessante:  sugeria que, de ano em ano, quem tivesse muito dinheiro o colocasse numa mesa, olhasse bem para a pilha de notas e perguntasse quem ali era dono de quem.

    O professor Fernando Nogueira da Costa, da Unicamp, que mantém um extraordinário blog de economia, traz hoje uma interessantíssima pesquisa da União de Bancos Suíços (UBS) que foi resumida por Beatriz Cutait, do Valor.

    Fala dos dramas e agruras dos milionários, incapazes de reagir ao dinheiro com a pureza do querido Moreira da Silva em seu “Ernestisna, acertei no milhar, ganhei 500 contos, não vou mais trabalhar”…

    Milionários: Quando o bastante basta? Por que os
    afortunados não conseguem se livrar da rotina do enriquecimento?

    Quem pensa que os milionários têm a vida ganha está muito enganado. Assim como pessoas com um padrão considerado normal, indivíduos de alta renda lutam para manter a riqueza adequada aos seus estilos de vida, que não tendem a ser modestos.

    Mas não é só isso. Como alerta a Teoria da Classe Ociosa, livro de autoria de Thorstein Veblen (1857-1929), publicado em 1899, época dos chamados Barões Ladrões nos EUA, dominada por novos magnatas como Vanderbilt (das ferrovias) e Rockfeller (do petróleo), entre outros poucos, é custoso para os milionários demonstrar que não necessitam trabalhar, manualmente, como os servos e escravos, na época, recentemente libertados.

    O esnobismo — atitude de quem despreza o relacionamento com gente humilde e imita, geralmente de maneira afetada,o gosto, o estilo e as maneiras de pessoas de prestígio ou alta posição social, e/ou assume ares de superioridade a propósito de tudo com um sentimento de superioridade exacerbado e gosto excessivo pelo que está na moda, inclusive as trivialidades — custa caro, não só em dinheiro e tempo, mas também em termos comportamentais:

    pressão para manter o padrão de vida,preocupação com o impacto da fortuna sobre os valores dos filhos,arrependimento por não dedicar tempo suficiente à família,temores em relação ao futuro financeiro das próximas gerações,busca incessante por aumentar o patrimônio.

    Aí, que canseira… Cansei. Mesmo não sendo de direita como os idiotas em voga…

    Esses comportamentos dos milionários é o que revela a pesquisa “When is enough… enough? Why the wealthy can’t get off the treadmill” (Quando o bastante…basta? Por que os afortunados não conseguem se livrar da rotina?, na tradução livre), elaborada pelo UBS com 2.215 milionários americanos entre os dias 11 e 19 de março de 2015. Beatriz Cutait (Valor, 29/04/15) a resumiu.

    Esses investidores têm ao menos US$ 1 milhão em patrimônio líquido, dos quais 610 deles com ao menos US$ 5 milhões.

    A ideia da pesquisa é identificar necessidades, objetivos e preocupações dos participantes. Ainda que desfrutem de uma grande dose de alegria e apreço pelo que já ganharam, o UBS aponta que muitos milionários sentem-se compelidos a lutar por mais, estimulados por:

    a própria ambição,o desejo de proteger a vida de suas famílias eum sempre presente medo de perder tudo que já foi conquistado.

    Metade dos investidores (52%) de alta renda sente-se em alguns momentos presa a uma rotina no trabalho da qual não pode sair sem abrir mão do padrão de vida ao qual sua família acostumou-se.

    Embora dois terços dos milionários aleguem que alcançar a segurança financeira é o principal objetivo de se trabalhar para construir riqueza, só os muito ricos (no caso aqueles com US$ 5 milhões ou mais) sentem ter o suficiente para estarem seguros.

    A ambição por mais riqueza, por sinal, segue presente nessa faixa de renda. A satisfação cresce conforme o patrimônio aumenta, da mesma forma que as expectativas em relação ao estilo de vida acompanham essa evolução. A pesquisa revela que 58% dos milionários disseram que suas expectativas têm aumentado nos últimos dez anos, isto é, os ricos querem cada vez mais.

    Se tivessem apenas mais cinco anos para viver:

    87% desses investidores de alta renda sinalizaram que fariam as coisas de maneira diferente.64% afirmaram que viajaria mais,61% dos entrevistados disseram que dedicariam mais tempo à família,44% se aposentariam,37% seriam melhores pessoas (!), eapenas 3% dos consultados afirmaram que trabalhariam mais para sustentar a família.

    Essa, por sinal, é outra preocupação dos investidores: o impacto da fortuna sobre os filhos, ou melhor, o mau relacionamento com eles, pois pautado na desconfiança.

    65% consideram que os herdeiros não entendem o valor do dinheiro;a maioria (54%) ainda acredita que os filhos não reconhecem os sacrifícios feitos para eles equase metade dos milionários avalia que os herdeiros não conseguem tirar pleno partido das oportunidades que lhes foram dadas e se preocupa que eles acabem com “um plano de carreira instável” — traduzindo do tucanês:pobres!

    O trabalho pesado foi citado como a principal razão da geração de riqueza dos mais afortunados, que mudaram de classe social ao longo da vida. O autoengano é importante para a autoestima! E a ideologia da meritocracia se presta a isso…

    Quanto à mobilidade social, 77% dos entrevistados têm uma origem mais pobre, tendo crescido como classe média ou classe mais baixa (trabalhadores manuais ou pobres). Mas, atualmente, 65% se classifica como classe média alta e apenas 10% como classe alta (veja quadro acima)!

    A educação pode ter sido um fator-chave para o sucesso desses milionários, já que quase metade dos que têm um patrimônio de até US$ 5 milhões tem graus avançados de formação (mestrado, doutorado ou especialização). Quando são abordados os investidores com uma fortuna acima desse montante, a fatia cresce para 65%.

    Vivemos uma Era dos Super-Executivos. São pessoas formadas em Universidades que obtém remunerações milionárias quando sobem para a alta administração de empresas. São baseadas no poder hierárquico da diretoria definir a própria remuneração — e o CA e a AGE docilmente sancionando-a.

    Não bastando preocuparem-se com o valor dado pelos filhos à riqueza, esses investidores temem um declínio das próximas gerações, após sua própria ascensão. Nesse sentido, os netos poderiam não contar com as mesmas oportunidades que seus filhos.

    É a chamada “síndrome da colher-de-prata“. As pessoas ricas têm dinheiro para resolver quase todos os seus problemas, com exceção de um: os filhos crescem e muitos se tornam herdeiros preguiçosos, materialistas e infelizes.

    E isso, segundo os pais, envolve a própria condução do país (no caso, os Estados Unidos), já que é mais fácil, psicologicamente, transferir responsabilidades:

    sete em cada dez entrevistados sentem que o “sonho americano” de ascensão social por meio do trabalho duro está em risco edois terços preocupam-se com a crescente desigualdade de riqueza no país!

    De acordo com o levantamento, ainda que:

    quase dois terços dos milionários apreciem suas carreiras profissionais,64% dos entrevistados com filhos sentem ter sacrificado tempo com sua família para chegar onde estão.

    Ao serem questionados sobre o maior arrependimento na vida:

    23% citaram algum erro em um relacionamento familiar e17% mencionaram o fato de não passar mais tempo com a família.

    A família citada como prioridade dentre as aspirações de vida, com a carreira no último lugar em ordem de importância. Pesquisa de opinião expressa, geralmente, uma falsa opinião perante o entrevistador, ou seja, o pesquisado éautocomplacente, caracterizando-se pela transigência consigo mesmo…

    O estudo ainda segmenta os dados conforme gerações. Ela mostra que a pressão e a preocupação com a riqueza relatada pelos milionários é ainda maior na geração Y, conhecida como “Millennials” (pessoas nascidas a partir dos anos 80 até meados da década de 1990).

    Um sentimento de competitividade se manifesta:

    nas decisões de carreira eno comportamento pessoal.

    Conforme a pesquisa, os Millennials são mais propensos a sentir pressão para trabalhar longas horas que os chamados “baby boomers” (pessoas nascidas após a Segunda Guerra Mundial). E mais da metade desses jovens (52%) teme perder sua riqueza, o maior percentual quando comparado com outras três gerações.

    Explicação econômica-comportamental (ou psicológica-econômica) para isso? Os baby boomers, cujos pais perderam a riqueza durante o período entre a I e a II Guerra Mundial, além da Hiperinflação dos anos 20 e a Grande Depressão dos anos 30, não herdaram ou a herança foi pouca. Já os millennials estão herdando muito tarde, já que os pais estão demorando mais a morrer. Desde logo, herdam apenas os problemas psicólogicos — a má consciência — dos pais afortunados…

    http://tijolaco.com.br/blog/?p=26644

     

  2. Mujica nega ter conversado com Lula sobre mensalão e….

    Do DCM

    Mujica nega ter conversado com Lula sobre mensalão e chama Dirceu de ‘formidável lutador’

     

    Postado em 9 de maio de 2015 às 12:30 amnShare

    Do terra:

    O ex-presidente do Uruguai José Mujica negou na sexta-feira (8) que tenha conversado com Luiz Inácio Lula da Silva sobre o escândalo do “mensalão”, rebatendo informações neste sentido que constam de sua biografia autorizada “Uma ovelha negra no poder”.

    “Aparece o amigo Lula ali conversando comigo sobre o ‘mensalão’, mas nunca falei com um brasileiro sobre o ‘mensalão’, por questões minhas. (José) Dirceu para mim não é um criminoso, está condenado, mas é um formidável lutador”, disse Mujica sobre o ex-chefe da Casa Civil, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção.

    Segundo a biografia de Mujica, escrita pelos jornalistas uruguaios Andrés Danza e Ernesto Tulbovitzii, o ex-presidente brasileiro “não é um corrupto” e viveu o escândalo do “mensalão” com “angústia e alguma culpa”.

    De acordo com a biografia, Lula teria contado a Mujica no início de 2010, numa reunião em Brasília, que tinha que “lidar com muitas coisas imorais, chantagens” e que “esta era a única maneira de governar o Brasil”.

    O Instituto Lula emitiu um comunicado que cita uma nota do portal de notícias G1 segundo a qual Andrés Danza nega que tais reflexões se referem ao “mensalão”.

    Lula sempre negou ter qualquer informação sobre o escândalo que comprometeu grande parte da estrutura política do Partido dos Trabalhadores (PT) e do aparato governamental.

    Em 2005, quando os detalhes do esquema de pagamentos mensais para comprar apoio político começaram a aparecer na imprensa, um indignado Lula disse se sentir traído pelas práticas inaceitáveis das quais não tinha conhecimento.

    Esta prática é muito antiga, “grandes políticos da história precisaram recorrer a mecanismos similares”. “As vezes este é o preço infame das grandes obras’, disse Mujica.

    “Lula não é corrupto como foi (o ex-presidente Fernando) Collor de Mello e outros presidentes brasileiros”, refletiu Mujica, de acordo com a biografia.

    Andrés Danza, um dos autores, afirmou que boa parte do livro se debruça em reflexões sobre o Brasil. “Mujica vê Dilma (Rousseff) e Lula como uma espécie de padrinhos, os dois lhe ajudaram muito. Sobre Dilma diz que sempre esteve a serviço do Uruguai, que é mais executiva do que Lula, mas que tem menos carisma”.

    A biografia também traz comentários sobre o ex-presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que teria revelado a Mujica que durante um desentendimento com a Colômbia o presidente russo, Vladimir Putin, aconselhou-o militarmente para um eventual confronto com o país vizinho.

    E ainda fala sobre o apoio da presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, a Mujica durante as eleições de 2009.

    Nas linhas do livro, também abundam críticas a membros do seu partido, ao Poder Judiciário, a organizações sociais e grupos feministas, e mesmo ao ex-vice-presidente Danilo Astori, que é descrito por Mujica como um homem sem carisma e “sex appeal”.

    O ex-presente admitiu aos jornalistas outras curiosidades como, sendo presidente, andava armado quando saia sozinho. “Podem me limpar, mas com certeza levo algum junto”, disse Mujica.

    Os autores observam que Mujica teria informações de um suposto complô para derrubá-lo desde os primeiros anos de sua administração, e que, “para evitar um golpe de Estado, depôs ministros e líderes de todos os escalões, promoveu leis controversas, assumiu o protagonismo em conflitos internacionais, recebeu refugiados sírios, aceitou abrigar ex-prisioneiros de Guantánamo (…) tudo feitos para não deixar nenhuma dúvida de quem era o presidente”.

    Danza comentou que depois de ler a biografia, Mujica disse que concordava com algumas coisas e discordava de outras. “Ele provavelmente não queria que algumas coisas fossem escritas. Uma coisa sobre ele é que ele é verdadeiro, fala o que pensa, e isso às vezes trabalha a favor e outras contra”.

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/mujica-nega-ter-conversado-com-lula-sobre-mensalao-e-chama-dirceu-de-formidavel-litador/

  3. Época questiona Lula por contrato da era FHC

    Brasil 247

    Época questiona Lula por contrato da era FHC

     

    :

    Depois de publicar uma denúncia fajuta contra o ex-presidente Lula na semana passada, a revista Época, da Editora Globo, decidiu dobrar sua aposta no erro; nesta sexta-feira, o repórter Thiago Bronzatto procurou o Instituto Lula com uma série de questões sobre os financiamentos do BNDES ao metrô de Caracas, na Venezuela; a obra, executada pela Odebrecht e financiada pelo banco brasileiro de fomento, foi contratada ainda no governo FHC, em 2001; além de responder, o Instituto Lula também divulgou a íntegra da mensagem enviada pelo repórter, desnudando o chamado ‘método Época de jornalismo’; perguntas chegaram no fim da manhã e o prazo para respostas terminava às 16h; resposta de Lula também mandou um direto no queixo da revista das Organizações Globo; “informamos que o ex-presidente Lula não considera esta revista uma fonte de informação digna de crédito”; leia a íntegra

    8 de Maio de 2015 às 17:43

     

     

    247 – Depois de publicar uma acusação comprovadamente falsa contra o ex-presidente Lula, sobre uma investigação que não existe (leia mais aqui), a revista Época, da Globo, decidiu dobrar sua aposta no erro e na desinformação.

    Nesta sexta-feira, o repórter Thiago Bronzatto enviou uma série de perguntas ao Instituto Lula, em que o ex-presidente é questionado por um financiamento do BNDES a uma obra iniciada no governo FHC.

    Leia, abaixo, a nota do Instituto Lula, que contém também as perguntas enviadas pelo repórter:

    Respostas à revista Época sobre Venezuela

    Recebemos nesta sexta-feira (8) novas perguntas da Revista Época (seguem abaixo) para sua edição de amanhã. As perguntas voltam para um assunto tratado pela revista em matéria publicada pelo mesmo repórter, Thiago Bronzatto, no dia 3 de abril de 2015, na qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não foi ouvido, mesmo com a matéria se referindo ao ex-presidente. 

    Na época, o BNDES respondeu a matéria, apontando vários equívocos nela. Segue a nota. Esperamos que a revista ao repetir a matéria ao menos não repita os erros do mês passado.

    Segue abaixo a resposta que foi enviada para a revista nesta tarde.

    Caro Thiago,

    Como deve ser de seu conhecimento, os financiamentos do BNDES para a construção do metrô de Caracas, na Venezuela, tiveram início em contratação datada de 13 de dezembro de 2001, antes, portanto, do governo do ex-presidente Lula. O valor inicial desta contratação foi de U$ 107 milhões, conforme relatório assinado pelo então presidente do BNDES, em conformidade com uma política de incentivo às exportações de serviços brasileiros. Naquela ocasião, o presidente da Venezuela, país contratante, era Hugo Chávez.

    Como deve ser também de seu conhecimento, ao longo de seu governo o ex-presidente Lula manteve reuniões trimestrais com o então presidente Chávez, para tratar de temas bilaterais e regionais. O encontro a que se refere, em maio de 2009, insere-se neste quadro.

    Como também deve ser de seu conhecimento, depois que deixou o governo o ex-presidente Lula continuou mantendo contatos com chefes de Estado e de Governo de outros países, nas viagens que faz ao exterior ou recebendo-os no Brasil. Em 2011, Lula viajou para Caracas para realizar uma palestra contratada pela Odebrecht, realizada no Hotel Marriott de Caracas, às 10h do dia 2 de junho de 2011, para empresários, diplomatas e autoridades governamentais, e noticiado então pela Folha de S. Paulo. Na viagem, Lula foi recebido pelo então presidente Hugo Chávez. O ex-presidente Lula não é parte citada em qualquer procedimento investigatório de que tenha conhecimento, por parte do Ministério Público ou do Tribunal de Contas da União. Quanto aos procedimentos do TCU relativos ao financiamento de exportações de serviços brasileiros, já noticiados pela revista ÉPOCA em 3 de abril e mencionados em sua mensagem, informamos que o ex-presidente Lula não considera esta revista uma fonte de informação digna de crédito.

    Assessoria de Imprensa do Instituto Lula

    Mensagem do repórter de Época, Thiago Bronzatto, ao Instituto Lula

    Tudo bem?

    Estamos fazendo uma matéria para a próxima edição da revista Época deste fim de semana sobre o financiamento concedido pelo BNDES para a construção do metrô de Caracas. Eu gostaria, portanto, de esclarecer algumas dúvidas com vocês que dizem respeito ao senhor ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Seguem abaixo as minhas questões:

    1-) Em maio de 2009, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o então presidente da Venezuela Hugo Chávez em Salvador. Nesse encontro, foi discutida a liberação de uma linha de crédito do BNDES para a construção do metrô venezuelano?

    2-) Naquela ocasião, o ex-presidente Lula sabia que a Odebrecht seria a responsável pela obra?

    3-) Em junho de 2011, o ex-presidente Lula viajou para a Venezuela para se encontrar com o então presidente Hugo Chávez. O que foi discutido nesse encontro?

    4-) Essa viagem foi paga pela Odebrecht? Por quê?

    5-) O senhor ex-presidente Lula tem conhecimento de que o financiamento concedido pelo BNDES para a construção do metrô venezuelano está sendo investigado tanto pelo TCU quanto pelo MPF?

    O meu prazo final é hoje às 16h.

    Qualquer dúvida, estou nos contatos abaixo.

    http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/180200/%C3%89poca-questiona-Lula-por-contrato-da-era-FHC.htm

  4. Complexos eólicos, um no Piauí e outro na Bahia

    BNDES aprova R$ 773,2 milhões para construção de 10 parques eólicos no Nordeste
    Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)—06/05/2015

    • Serão 7 parques eólicos no Piauí, com financiamento de R$ 621,2 milhões, e 3 na Bahia, apoiados com R$ 152 mi. Potência total será de 264,4 MW

    A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento para dois complexos eólicos, um no Piauí e outro na Bahia, com potência instalada total de 264,4 MW e investimentos que somam R$ 1,2 bilhão.

    Os sete parques do Piauí, no município de Simões, terão financiamento de R$ 621,2 milhões, incluindo os investimentos em sistemas de transmissão e em projetos sociais. Controladas pela Ventos de São Tito Holding (Grupo Casa dos Ventos), as usinas terão potência instalada total de 210 MW e devem entrar em operação no segundo semestre do ano.
    O investimento total no projeto será R$ 910 milhões. A construção dos parques eólicos Santa Joana II, VI, VII e XIV e Santo Onofre I a III vai permitir a criação de 1,2 mil empregos diretos e indiretos durante as obras. Os parques contarão com 105 aerogeradores fornecidos pela Gamesa.

    Na Bahia, o Complexo Eólico Caetité, no município do mesmo nome, é composto de três parques eólicos, que vão gerar 54,4 MW. Os recursos do Banco, de R$ 152 milhões, também incluem a linha de transmissão associada e investimentos sociais no município de Caetité.
    Com investimentos totais de R$ 309,1 milhões, que abrangem a aquisição de 32 aerogeradores produzidos pela General Electric, as obras levarão à criação de cerca de 2 mil  empregos diretos e indiretos.

    Para exploração de cada parque eólico foram constituídas sociedades de propósito específico (Caetité 1, 2 e 3), vencedoras do leilão de energia de 2013. As SPEs são controladas pela Centrais Elétricas de Caetité Participações (Grupo Rio Energy).

    Além de contribuir para a diversificação da matriz energética, os complexos eólicos no Piauí e na Bahia trarão benefícios à população e à infraestrutura regional, como a redução da utilização de insumos derivados de petróleo, diminuindo a emissão de gases de efeito estufa, e investimentos sociais no entorno das usinas.

     URL:

    http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/Sala_de_Imprensa/Destaques_Primeira_Pagina/20150506_eolicas.html

  5. A droga de Wall Street: o Buyback

    por Informação Incorrecta

     

    Hoje falamos dum jogo que está na moda em Wall Street. Não é novo (provavelmente existe desde a criação das Bolsas), mas nos últimos tempos tem assumido dimensões preocupantes. Em particular nos últimos três anos.

    O jogo tem um nome: Buyback.
    Como funciona? Funciona assim.

    Rudesindo (bonito este nome, encontrei na net) é administrador duma empresa, a Berlinde Corporation (que produz berlindes). A Berlinde Corp. entra na Bolsa e a sua “propriedade” é divida em acções que são adquiridas pelos investidores. Neste caso: 150 acções, cada uma das quais vale 1 Dólar.
    Até aqui tudo bem.

    A venda de berlindes é regular mas não é um sucesso estrondoso, pelo que Rudesindo pensa: “Haverá uma maneira para fazer que o valor das acções aumente?”. Há. Uma dela é o Buyback (traduzido: “recompra”). Para pratica-lo, a Berlinde Corporation adquire 50 das suas próprias acções presentes no mercado.

    Aparentemente não é algo muito inteligente: a empresa gastou 50 Dólares para comprar as suas acções. Onde está o ganho nisso? 

    Na verdade há ganho, porque acontecem algumas coisas.
    Uma empresa não pode ser dona das suas próprias acções, pelo que as 50 acções adquiridas são simplesmente apagadas. Dito assim parece ainda pior, pois a Berlinde Corp. gastou 50 Dólares nas suas acções que depois destruiu: perdeu 50 Dólares!

    Mas não é bem assim. Na verdade, o valor das acções ainda em circulação aumentou e entendê-lo é simples: antes o inteiro “valor” da Berlinde Corp. (que é de 150 Dólares) encontrava-se dividido entre 150 acções, cada uma das quais valia 1 Dólar; agora as acções disponíveis são 100 mas o valor da empresa não desceu, pelo que cada acção vale 1.5 Dólares (total: sempre 150 Dólares).

    Dado que estar na posse duma acção significa deter um “pedacinho” da empresa, cada accionista da Berlinde Corp. agora detém um pedacinho maior da empresa. Mas estar na posse duma acção significa receber os dividendos da empresa também: pelo que, cada investidor com uma das 100 acções da Berlinde Corp. no final do ano irá receber uma fatia maior dos dividendos. Antes o dividendo era distribuído entre 150 accionistas, agora o mesmo é distribuído entre 100.

    E adivinhem quem podemos encontrar entre os accionistas? Rudesindo. Pois é verdade que uma empresa não pode deter as suas próprias acções, mas os seus funcionários podem. Desta forma, Rudesindo:

    aumentou o ganho com as suas acções (cada acção passou a valer mais)aumentou o controlo sobre a empresa (cada acção representa um “pedacinho” maior da empresa).

    E no final do ano, o Conselho de Administração da empresa fica tão satisfeito com a subida do valor das acções que até concede um bónus ao top manager. Que é sempre Rudesindo.   

    Eis explicada a razão pela qual o joguinho do Buyback é cada vez mais popular, tal como mostra o S&P500 Buyback Index, que segue as 100 ações mais activas nas recompras. Este apresenta um gráfico que, a partir de 2012, começa a subir até dobrar em apenas três anos.

    Mais: o S&P500 Buyback bate regularmente o S&P500 “normal”, aquele que segue as 500 empresas mais importantes da Bolsa de Wall Street (imagem ao lado).

    Ao ponto que agora há quem comece a investir (com os instrumentos ETF) no boom da recompra.

    O campeão do Buyback? A Apple, cujo programa de recompra de ações totalizou 140 biliões de Dólares: há também este joguinho por trás do voo das ações da empresa (+ 40% em 2014). Mas o fenómeno se espalhou até alcançar todos os níveis: Bloomberg no ano passado calculou que as 500 maiores empresas de Wall Street têm investido no Buyback cerca de 1.000 biliões de Dólares, o equivalente a 95% dos seus lucros. Segundo a Morgan Stanley, a partir de 2012 mais de 50% do crescimento no lucro das acções tem sido provocado pelo fenómeno da recompra. Sem o Buyback, o lucro das acções do S&P500teria aumentado apenas 3,3% por ano. Temos de ter presente isso quando ouvimos falar de “Bolsa de Wall Street que voa”.

    Num mundo de baixo crescimento, a droga do Buyback parece ser a única maneira de recompensar (e bem) os accionistas e continuar a sonhar. Mas o sonho pode transformar-se num pesadelo. Vamos ver o porquê.

    A recompra de ações é uma droga agradável e rentável, algo já visto durante a “bolha” de 2000 e 2007, mas que no médio-longo prazo pode ser muito perigosa. E por várias razões.

    Em primeiro lugar, é a maneira menos produtiva para investir os lucros duma empresas. Ao efectuar oBuyback, as empresas admitem (nos factos) não terem muitas ideias para um uso produtivo do dinheiro ou, pior ainda, não terem confiança no futuro. Por qual razão? Porque em vez de investir em novos produtos, que poderiam ser um verdadeiro sucesso e provocar uma genuína subida do valor das acções, as empresas se limitam a “investir” na recompra das suas próprias acções.

    Em segundo lugar, porque o Buyback aumenta o valor das acções mas de forma artificiosa. O valor das acções não aumenta por causa das boas vendas da empresa, mas porque a empresa joga com o Buyback. O que é bem diferente. Na próxima crise, estaremos perante um mercado de acções “infladas”. Em outras palavras, aquilo que se costuma definir como uma “bolha”. E todas as bolhas têm o mesmo destino.

    Haveria também o discurso ligado aos juros do dinheiro, mas fechamos com uma terceira conclusão mais simples: aos olhos dos leigos, tudo isso é mais um prego no caixão da Grande Finança, cada vez mais encarada como um perverso jogo para ricos, algo do qual desconfiar e não pouco. As Bolsas ficam cada vez mais afastadas da economia real, são máquinas para aumentar os lucros de pessoas que já não têm problemas de dinheiro.

    Mas atenção: são estas mesmas pessoas que têm os melhores meios para financiar as lobby, para influenciar a opinião pública (com os media, dos quais são donos), para pressionar a classe política, para condicionar as escolhas económicas e o futuro da nossa sociedade.

    Ipse dixit.

    Fonte: Il Sole 24 Ore

    http://informacaoincorrecta.blogspot.com.br/2015/05/a-droga-de-wall-street-o-buyback.html

     

     

  6. Fora de Pauta, mas o assunto

    Fora de Pauta, mas o assunto “mais importante” de hoje:

    As putarias da Folha de São Paulo:

    Manchete de primeira página da Folha de São Paulo on line e do jornal impresso de hoje: “dono de empreiteira diz ter doado para Dilma com medo de retaliação”

    Manchete sobreposta à matéria: “empreiteiro diz que doou a Dilma com medo de represália”

    O primeiro parágrafo do texto: “o empresário Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC, disse a procuradores da Operação Lava Jato que doou R$ 7,5 milhões à campanha à reeleição da presidente Dilma Roussef por temer prejuízos em seus negócios na Petrobras se não ajudasse o PT”.

    O nome dos dois moleques de recado do Octavinho que escreveram matéria “tão brilhante e esclarecedora”: FLAVIO FERREIRA (DE ENVIADO ESPECIAL A CURITIBA); ESTELITA HASS CARAZZAI (CURITIBA).

    Link da matéria completa: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/05/1626798-empreiteiro-diz-que-doou-a-dilma-por-temer-represalia.shtml

    Folha de São Paulo:

    Ontem, UM JORNAL A SERVIÇO DA DITADURA
    Hoje, UM JORNAL A SERVIÇO DA PUTARIA E DO CRIME ORGANIZADO
    Amanhã, UM JORNAL FORA DE CIRCULAÇÃO

  7. Os banqueiros ganham dos dois lados

    Ganham com o aumento da taxa Selic.

    Ganham por sonegar impostos dos ganhos advindos da abusiva taxa Selic

    Só os coxinhas acham que sonegar imposto não é crime.

    Fonte: Blog do Nassif

    Brasil: Grandes empresas sonegam e driblam o fisco

    PHOTIOS ANDREAS ASSIMAKOUPOLOSSEX, 08/05/2015 – 07:52

    Enviado por Photios Andreas Assimakoupolos

    da Tribuna da Bahia

    Brasil: Grandes empresas sonegam e driblam o fisco

    por Osvaldo Lyra

    Um discurso do senador Otto Alencar (PSD), no Plenário do Senado Federal, trouxe à tona um problema seríssimo para as combalidas contas públicas do país.

    Um discurso do senador Otto Alencar (PSD), no Plenário do Senado Federal, trouxe à tona um problema seríssimo para as combalidas contas públicas do país. Segundo o senador baiano, o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), entidade ligada ao Ministério da Fazenda, que tem a função de julgar recursos de decisões referentes à cobrança de tributos da União, tem atuado para fazer com que as grandes empresas não paguem os tributos que devem ao fisco, como foi constatado pela operação Zelotes, da Polícia Federal. Pela apuração, as empresas pagavam propinas aos conselheiros para se livrarem das dívidas com a Receita Federal.

    Otto é enfático ao defender a extinção do Carf, que é composto por 72 integrantes, sendo metade deles indicada pelo governo federal e a outra metade por grandes empresas privadas, especialmente bancos de grande porte. O descalabro é tão grande, segundo o dirigente do PSD na Bahia, que a vice-presidente da entidade é a advogada do Banco Bradesco.
    O senador diz também que 780 empresas brasileiras devem R$357 bilhões ao governo federal. Entre elas, estão bancos como o próprio Bradesco, o Itaú e o Santander, que acumulam lucros estratosféricos, além de empresas automobilísticas, como a Ford e a Chevrolet, que tentam burlar os autos de infração, não pagando o que devem à União. Otto acrescenta ainda que, em contrapartida, 93 mil empresas de pequeno porte devem ao fisco cerca de R$5 bilhões em multas e impostos não pagos. “Isso mostra que os pequenos negociantes pagam seus tributos, enquanto os grandes, além de não pagarem, ainda corrompem os conselheiros para se livrarem das dívidas, de acordo com a apuração da Operação Zelotes”.

    O senador baiano diz que para modificar essa situação basta apenas o governo Dilma endurecer contra os maiores devedores do país e cobrar 20% dos débitos desses grandes conglomerados, o que daria uma receita imediata de R$72 bilhões. “Se o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais adotasse essa medida, estaria feito o ajuste fiscal no Brasil. Não precisava, de maneira nenhuma, aumentar o seguro-desemprego para 18 meses, nem o abono salarial nem o seguro-defeso”.

    Em discurso no Senado, o senador Ataídes Oliveira, do PSDB do Tocantins, apoiou a posição do senador baiano e disse que “se o PT tivesse competência para cobrar de quem realmente deve, estaria resolvida a crise financeira que atravessa hoje o Brasil”. Para finalizar, Otto concordou com o senador tucano e reforçou que o conselho foi criado, justamente, para protelar e dificultar o pagamento das dívidas que sangram hoje os cofres públicos brasileiros. Enfático, ele aproveitou o discurso para propor a edição de uma Medida Provisória alterando a formação do Conselho ou ainda sua extinção.

    Por: Osvaldo Lyra – Tribuna da Bahia

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  8. A Folha continua investindo na putaria

    República do Paraná tenta cartada final

    9 de maio de 2015 | 10:52 Autor: Miguel do RosárioFonte: Tijolaço

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    Com as masmorras de Sergio Moro arrombadas pela decisão de Teori Zavascki de permitir prisão domiciliar para os empreiteiros, os procuradores do Paraná, epicentro de uma conspiração judicial que visa derrubar o governo e/ou destruir o Partido dos Trabalhadores, tentam sua cartada final.

    Delações premiadas devem ser mantidas em segredo até serem provadas, por razões óbvias: para não permitir que uma pessoa sob suspeita manipule as investigações. No caso de um processo altamente político, para que não manipule a opinião pública.

    Aqui não apenas as delações são vazadas, sempre seletivamente, como agora até mesmo aquelas que ainda não foram assinadas pelo delator chegam à imprensa, e sempre no momento certo!

    Entretanto, no caso em questão, a manipulação vem da própria Procuradoria, de um núcleo conspirador, fortemente partidário, que vem operando politicamente desde a Ação Penal 470.

    A “delação” do presidente da UTC, Ricardo Pessoa, sequer foi confirmada em juízo, visto que ele não celebrou nenhum acordo com a Procuradoria.

    Mas o estrago político já está feito, como era o objetivo. Provando ou não provando, a condenação política está dada.

    Se você ler com atenção, verá a inconsistência da delação (que sequer foi confirmada pelo próprio empresário):

    “Pessoa descreveu de forma vaga sua conversa com Edinho, mas afirmou que havia vinculação entre as doações eleitorais e seus negócios na Petrobras.”

    Descreveu de forma vaga? Havia vinculação entre doações eleitorais e negócios na Petrobrás? Claro que havia!

    Pode-se ver tudo pelo lado criminal, ou pode-se entender, como fazem inclusive os que defendem as doações empresariais (como a Globo, por exemplo) que os empresários querem apostar em governos/partidos dispostos a fazer os investimentos públicos que interessam a seus negócios.

    Nos governos tucanos, os investimentos em construção civil e na indústria do petróleo eram pequenos, e nos governos petistas se multiplicaram.

    Os investimentos da Petrobrás passaram da ordem de alguns bilhões, para centenas de bilhões de reais ao ano, e foi isso que a levou a descobrir o pré-sal e se tornar uma das maiores produtoras de petróleo do mundo.

    Qualquer empresário faz doação pensando em seus negócios no futuro, e exatamente por isso a OAB entrou com uma ação de inconstitucionalidade contra doações empresariais; votação esta que foi interrompida autocraticamente por Gilmar Mandes, o ministro tucano, que pediu vistas há um ano e enterrou o assunto, com apoio da grande mídia.

    Este era, desde o início, o objetivo da República do Paraná, forçar os empreiteiros a falar que doaram para a campanha do PT, em especial a da Dilma, não porque sempre doaram para partidos políticos, mas por “temer prejuízos em seus negócios”.

    Os procuradores já deixaram claro: na falta de elementos para criminalizar o PT, querem transformar doações legais em crimes. E assim dariam xeque-mate no PT.

    O PT comete crime quando faz caixa 2, como aconteceu no mensalão. E também comete crime quando faz caixa 1.

    Ou seja, é melhor o PT desistir de fazer política.

    O jogo mudou bastante. Com a soltura do empresário, a mudança do depoimento de Paulo Roberto Costa, e a delação que ainda não houve de Ricardo Pessoa, da UTC, o peso político do crime sai das costas dos empresários para ser jogado inteiramente nas costas do PT.

    Na matéria de hoje, é interessante como a Folha e os procuradores, e estes não escondem sua intimidade com o jornal, tentam derrubar, com uma só paulada, todos os símbolos e trunfos do PT: a delação pega Dilma, reenergizando o impeachment; pega Haddad, criando dificuldades para sua campanha de reeleição em 2016; pega Lula, para detonar sua candidatura em 2018; e pega o PT como um todo, através de seus dois tesoureiros, o do partido e o da campanha.

    Pegar Edinho Silva, hoje o homem com a chave do cofre da publicidade oficial, tem uma função duplamente especial. Intimida-o, para continuar dando dinheiro à grande mídia, e envolve a campanha da presidenta Dilma.

    Ah, e ainda põe Dirceu na roda novamente, como convém. Sempre tem que ter o Dirceu na história!

    É um saladão para todos os gostos! Nunca se viu uma reportagem tão curta ser tão eficaz!

    E pode ser também uma espécie de golpe de misericórdia num PT e num governo que ainda não aprenderam a se defender; que, apesar da experiência do julgamento do mensalão, não construíram uma estratégia política conjunta e eficiente para combater as conspirações judiciais, hoje a principal arma da direita para destruir seus adversários.

    *

    Na Folha.

    Empreiteiro diz que doou a Dilma por temer represália

    FLÁVIO FERREIRA
    DE ENVIADO ESPECIAL A CURITIBA
    ESTELITA HASS CARAZZAI
    DE CURITIBA

    O empresário Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC, disse a procuradores da Operação Lava Jato que doou R$ 7,5 milhões à campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff por temer prejuízos em seus negócios na Petrobras se não ajudasse o PT.

    Segundo Pessoa, a contribuição da empresa foi tratada diretamente com o tesoureiro da campanha de Dilma, o atual ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva.

    Preso desde novembro do ano passado e hoje em regime de prisão domiciliar, o empresário negocia desde janeiro com o Ministério Público Federal um acordo para colaborar com as investigações em troca de uma pena reduzida.

    Nos contatos com os procuradores e no documento em que indicou as revelações que está disposto a fazer caso feche o acordo, Pessoa descreveu de forma vaga sua conversa com Edinho, mas afirmou que havia vinculação entre as doações eleitorais e seus negócios na Petrobras.

    O empreiteiro contou ter se reunido com Edinho a pedido do então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, apontado como o principal operador do partido no esquema de corrupção descoberto na Petrobras e hoje preso em Curitiba.

    As doações à campanha de Dilma foram feitas legalmente. Segundo os registros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), foram três: duas em agosto e outra em outubro de 2014, dias antes do segundo turno da eleição.

    Se Pessoa fechar o acordo de delação premiada com os procuradores, ele terá então que fornecer provas e detalhar suas denúncias em depoimentos ao Ministério Público e à Polícia Federal.

    Em janeiro, Pessoa já havia indicado sua disposição de falar sobre a campanha de Dilma Rousseff em documento escrito na cadeia e publicado pela revista “Veja”. “Edinho Silva está preocupadíssimo”, escreveu o empresário.

    CAIXA DOIS

    Pessoa também afirmou aos procuradores que fez contribuições clandestinas para a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição, em 2006, e a do prefeito petista de São Paulo, Fernando Haddad, em 2012.

    O empreiteiro disse que deu R$ 2,4 milhões à campanha de Lula, via caixa dois. O dinheiro teria sido trazido do exterior por um fornecedor de um consórcio formado pela UTC com as empresas Queiroz Galvão e Iesa e entregue em espécie no comitê petista.

    Pessoa afirmou também que, a pedido de Vaccari, pagou outros R$ 2,4 milhões para quitar dívida que a campanha de Haddad teria deixado com uma gráfica em 2012. O doleiro Alberto Youssef, outro operador do esquema de corrupção na Petrobras, teria viabilizado o pagamento.

    Segundo o empreiteiro, o valor foi descontado de uma espécie de conta corrente que ele diz ter mantido com Vaccari para controlar o pagamento de propinas associadas a seus contratos na Petrobras.

    Pessoa também promete revelar às autoridades detalhes sobre seus negócios com o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que hoje cumpre prisão domiciliar por seu envolvimento com o mensalão.

    O empreiteiro, que pagou R$ 3,1 milhões à empresa de consultoria de Dirceu entre 2012 e 2014, diz que o contratou para prospectar negócios no Peru, mas afirmou aos procuradores que a maior parte dos repasses foi feita após a prisão do ex-ministro, para atender a um pedido de ajuda financeira da sua família, em razão de sua influência no PT.

    OUTRO LADO

    O PT rejeitou as acusações do empresário Ricardo Pessoa e afirmou em nota que todas as doações à campanha da presidente Dilma Rousseff em 2014 foram feitas de acordo com a legislação eleitoral.

    O partido ressaltou que as contas da campanha de Dilma foram aprovadas por unanimidade na Justiça Eleitoral.

    A assessoria do ministro Edinho Silva, chefe da Secretaria de Comunicação Social, que foi o tesoureiro da campanha presidenical, informou que a nota do PT deveria ser considerada sua reposta às alegações do empreiteiro.

    A Presidência da República e a assessoria do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disseram que não fariam comentários sobre o assunto.

    O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou que as doações à sua campanha foram todas feitas de acordo com a lei, e que as dívidas foram absorvidas e quitadas posteriormente pelo PT.

    O advogado Luiz Flávio Borges D’Urso, que defende o ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto, disse que ele só captou doações legais para o partido e não participou do esquema de corrupção descoberto na Petrobras.

    O advogado do ex-ministro José Dirceu, Roberto Podval, informou que seu contrato de consultoria com a UTC tinha como objetivo prospectar negócios no Peru, sem qualquer relação com a Petrobras.

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  9. O som do medo

    O som do medo

    Eu não estou satisfeita com Dilma e se um instituto de pesquisas viesse saber minha opinião escutaria coisas horrorosas. Eu, portanto, entraria no grupo dos que “rejeitam” a presidente. O problema de pesquisas é que elas não contextualizam nem analisam o número e sem isso um número diz muito menos do que pode e deve dizer.

    Falemos do meu caso porque certamemnte há outros como eu…

    http://blogdamilly.com/2015/05/08/o-som-do-medo/

     

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