Clipping do dia

As matérias para serem lidas e comentadas.

Redação

14 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Para acabar com o PT é preciso destruir o Brasil. Mãos à obra!

    Direita prefere destruir o país a aceitar justiça social

            

    fundo do poço

     

    O biênio 2013 – 2015 ficará registrado na história como um período em que uma das maiores nações do mundo cometeu um literal suicídio. Com requintes de crueldade, tomada por um surto autodestrutivo que talvez jamais seja explicado.

    Há míseros dois anos, o Brasil despontava como potência emergente – finalmente o país do futuro estava se tornando o país do presente.

    A economia crescia pouco, mas crescia continuamente; a inflação estava alta por conta da forte demanda, mas estava controlada; a taxa de investimento privado vinha subindo; o desemprego caía mês a mês.

    Enquanto o resto do mundo se contorcia em uma crise internacional interminável, então no quinto ano, com europeus e americanos à beira da convulsão social, o Brasil parecia uma ilha de prosperidade e estabilidade.

    A nova classe média vivia um sonho dourado. Famílias viam seus filhos e netos se tornarem os primeiros universitários da linhagem, o sonho da casa própria se materializava, os salários tinham cada vez mais poder de compra.

    Eis que surge, na maior metrópole do país, um movimento inexplicável. Com a renda em ascensão e o desemprego despencando, partidos de esquerda, professores universitários e estudantes desencadeiam uma guerra contra aumentos de passagens no transporte público.

    As passagens de ônibus e metrô iriam subir 20 centavos. Em um momento de valorização dos salários e queda do desemprego, não era para tanto. Mas esses grupos radicalizados tinham uma proposta tentadora – para os incautos: em vez de aumentar o preço do transporte público, a endividada capital paulista deveria fornecer transporte de graça para todos.

    Décadas de problemas no transporte público foram jogadas no colo do recém-empossado prefeito paulistano, Fernando Haddad.

    Um prefeito que mal tomara pé da situação escabrosa da administração herdada de José Serra e Gilberto Kassab, obviamente que não tinha meios de atender à demanda surpreendente de, do nada, oferecer transporte público de graça para todos ou ao menos transferir para os cofres públicos, já combalidos, o custo dos reajustes contratuais com as empresas de ônibus.

    Os grupos de ultraesquerda, porém, tinham um plano para pôr de joelhos o novo prefeito. Importaram uma tática de protestos conhecida como “bloco negro”, que se valia da destruição do patrimônio público e privado, com uso até de bombas incendiárias para parar a cidade, impedindo o trânsito nas principais vias e desesperando a população que tem que ir trabalhar e retornar para casa todos os dias.

    A influência de “pensadores” de ultraesquerda sobre as mídias, sobretudo as mídias alternativas, romanceou aquele processo. Sem alguma razão lógica em um país que vinha se desenvolvendo a passos largos e distribuindo renda, aquele processo foi visto como positivo.

    Eis que o governo paulista, controlado pela direita fundamentalista religiosa, opta pela violência como forma de conter os abusos contra o povo paulistano em vez de buscar diálogo. Da violência policial, brota, então, um fortalecimento do movimento radical.

    Incrivelmente, os grupos radicalizados ditos “de esquerda” se voltam contra o prefeito em vez de culparem o governador, e o partido de Fernando Haddad vira a Geni das manifestações. Às dezenas de milhares, entre bandeiras de partidos como PSOL, PSTU, da Rede de Marina Silva e outros, os brados de “fora, PT!” ecoam pelos quatro cantos do país.

    Agora, após a violência da ditadura tucana em São Paulo, as ruas de todo país são tomadas por centenas de milhares de congêneres dos bichos-grilos paulistas, aos brados de “Fora, PT!”. Com o Brasil vendo aquelas marés humanas bradando contra o partido que o governa, Dilma Rousseff torna-se depositária de uma revolta por vinte centavos.

    Nesse momento, a extrema direita vê oportunidade que não encontrava havia mais de uma década. E sai à rua.

    Todo lixo social do pais invade as ruas, agora transformadas em uma gigantesca rave em que cabiam de radicais de esquerda a neonazistas. A mídia corporativa vê a oportunidade que tanto ansiava e minimiza a insensatez que aumenta. E até a incentiva.

    Eis que, em meados de junho de 2013, os autores esquerdistas daqueles protestos se dão conta de que pavimentaram as ruas para a ultradireita e se recolhem, após dobrarem os governos do Estado de São Paulo e da capital na questão dos aumentos das passagens.

    Chega 2014 e a ultraesquerda tem outra ideia de jerico. Decide que a Copa do mundo era a culpada por todos os males nacionais e volta às ruas quebrando e incendiando, tentando impedir a realização do evento. O país perde a oportunidade de obter lucros altíssimos, pois o fluxo de turistas acaba sendo muito menor do que poderia.

    Nas redes sociais, grupos organizados de extrema-direita e extrema-esquerda tratam de compor vídeos e memes em inglês para assustar os turistas estrangeiros, chegando a dizer que se viessem ao país correriam risco de vida devido à radicalização dos protestos contra a Copa.

    Chega a eleição presidencial e Dilma Rousseff parece ter poucas chances de se reeleger. A economia já se combalia diante dos ataques pela esquerda e pela direita, que assustaram investidores e ensejaram uma progressiva paralisação da economia.

    Enquanto isso, os dois candidatos de oposição mais competitivos ameaçam o país com reformas ultraliberais como privatização de bancos públicos, desvalorização do salário mínimo, independência do Banco Central.

    A esquerda radical percebe que não poderia implantar o socialismo e, pior, que estava para ver surgir um regime ultraliberal que resultaria em graves retrocessos, sobretudo no que diz respeito ao processo de distribuição de renda que fizera o índice de Gini brasileiro melhorar como jamais ocorrera por aqui desde que fora criado para medir a concentração de renda das nações.

    Por pouco, muito pouco, Dilma se reelege. Porém, o custo de quase dois anos de sabotagens da economia, com redução drástica de investimentos devido à insegurança gerada pela política, impõe que as políticas anticíclicas sejam abandonadas.

    Não dá mais para renunciar a impostos para manter o ritmo da economia, do crescimento, dos salários e da queda do desemprego. Há que fazer um ajuste fiscal. Muito mais brando do que seria feito pelos principais candidatos a presidente derrotados por Dilma, mas, ainda assim, um ajuste duro, pois implicaria em um freio de arrumação na economia.

    Sem novas sabotagens, porém, em alguns meses estaria tudo resolvido. A economia daria uma parada, mas, no segundo semestre – agora com os investidores mais confiantes devido ao equilíbrio entre receita e despesa –, o país recomeçaria a crescer, o emprego voltaria a subir, os salários a se valorizar e a desigualdade a cair.

    Eis que a extrema-direita se recusa a aceitar o processo de soerguimento do país. Unindo-se à centro-direita tucano-midiática e a grupos radicais conservadores incrustados na Polícia Federal e no Ministério Público, desencadeia uma ofensiva “contra a corrupção” que paralisaria a economia ao emitir sentenças condenatórias contra grandes empresas antes do devido processo legal.

    Já não é mais polêmico dizer que a política está destruindo a economia. Todos já reconhecem que a política está afundando o país.

    Os grupos de ultradireita fazem a festa. Pouco lhes importa o futuro. Só a destruição da esquerda – inclusive daquela que tanto os ajudou – interessa. Saem à rua, agora sem pudor, e pedem nada mais, nada menos do que um golpe militar. A esquerda a tudo assiste impassível, em seu “mimimi” contra medidas econômicas sem as quais o país afundaria muito mais.

    Esse é o resumo da ópera. A direita radical ataca por um lado, a esquerda radical ataca por outro e o país mergulha em um buraco político, econômico e institucional cujo fundo ainda não é possível vislumbrar.

    Em breve, os próximos capítulos do suicídio do Brasil.

     

  2. O poder discricionário da imprensa

    Do Observatório da Imprensa

     

    O poder discricionário da imprensa

     

    Por Luciano Martins Costa em 22/06/2015   Comentário para o programa radiofônico do Observatório, 22/6/2015 

    Ouça aqui

    Your browser does not support the audio element.Download

    O noticiário do fim de semana oferece aos estudiosos da mídia informativa um campo fértil para entender alguns dos dilemas da comunicação no nosso tempo. Para toda informação selecionada pelo sistema da imprensa hegemônica há uma contrainformação ou uma variedade de alternativas que podem oferecer interpretações diversas ou opostas ao que propõe a mídia tradicional. Então, por que predomina no imaginário da maioria a versão específica da imprensa?

    Por exemplo, no caso da desastrada viagem de políticos brasileiros da oposição à Venezuela, a versão dos jornais, segundo a qual eles tiveram sua movimentação tolhida no caminho entre o aeroporto de Caracas e os endereços que pretendiam visitar, é colocada em dúvida por outras fontes, que dão conta de um trivial engarrafamento de tráfego. A insistência dos parlamentares em dizer que foram abandonados pelo embaixador brasileiro esbarra no esclarecimento de que o Itamaraty nunca lhes havia oferecido essa assistência.

    Outro tema, o da possível rejeição de contas do governo federal por parte do Tribunal de Contas da União, se esvazia com a nota técnica pela qual o ex-secretário do Tesouro Arno Augustin se responsabiliza por operações tidas como irregulares, tira a presidente Dilma Rousseff da mira e a exime de ter que responder por manobras que melhoraram o resultado do balanço orçamentário de 2014.

    Por outro lado, as acusações que levaram à prisão de executivos de duas das maiores empreiteiras do país, inclusive os presidentes das empresas, são colocadas em dúvida por esclarecimentos publicados pelo grupo Odebrecht em anúncio pago publicado nos jornais de segunda-feira (22/6).

    Em cada um desses temas, que compõem a agenda proposta pela mídia tradicional e multiplicada no universo hipermediado das interações digitais, o único fator que consolida uma versão e marginaliza as demais é a escolha do editor. Por consequência, aquilo que o público em geral considera como verdade é apenas uma das possibilidades de cada evento noticiado, definida pelo viés da imprensa.

    Ou alguém tem dúvida de que, se o empresário Marcelo Odebrecht estivesse sendo investigado por obras no metrô de São Paulo, ele estaria respondendo a um eventual processo em liberdade?

    E mais: que esse assunto estaria enterrado, assim como outros casos de corrupção, como o escândalo da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de São Paulo, que foi esquecido pela mídia?

    Condenações a priori

    As discussões sobre a condução de processos que ganham holofotes na imprensa são inconclusivas, não apenas porque o jornalismo declaratório reflete o interesse da mídia tradicional, mas também porque altera o poder discricionário dos investigadores e da Justiça.

    Essa relação convergente entre o desejo do investigador e do julgador – de ver confirmadas suas suposições – e a oferta, pela mídia, de um aval para essas versões, cria uma lente que pode distorcer os fatos. Por isso, é interessante observar como a nota publicada pela Odebrecht (ver aqui), que ocupa meia página de jornal, insere uma quantidade considerável de dúvidas nas acusações que ocupam muitas páginas dos mesmos diários. No entanto, o que predomina no imaginário do público, com toda certeza, é a convicção de que a empresa não apenas está envolvida no esquema da Petrobras, como era o eixo principal do suposto cartel.

    A imagem de um empresário poderoso algemado mexe com as emoções, e a imprensa sabe manipular esse “espírito da Bastilha”. Alguns teóricos da comunicação observam que a mídia tradicional ganha uma espécie de sobrevida justamente quando exerce o papel de ancorar alguns aspectos das múltiplas informações que formam o ambiente hipermediado. Essa é uma função diversa daquela tradicional, de mediar os fatos tidos como relevantes.

    O jornal Valor Econômico contribui para o entendimento de como se dá essa ancoragem, na reportagem principal do caderno especial de fim de semana, sobre como o foco se transforma em artigo de luxo no ambiente saturado de informação.

    Ao selecionar os elementos que serão inseridos na agenda pública, e definir a versão predominante dos fatos, a imprensa está exercendo um poder discricionário – de prender o foco do público em um aspecto específico de acontecimentos complexos.

    A imagem dos empresários algemados significa uma condenação a priori. Nesse contexto, a liberdade de imprensa, exercida com um viés específico, se reverte em cerceamento de outras liberdades, como o direito de alguém demonstrar que está sendo injustamente acusado de um crime.

    Ao contrário do que costumam dizer os representantes da mídia tradicional, o exercício discricionário desse poder atenta contra o direito à informação.

    http://observatoriodaimprensa.com.br/radio/o-poder-discricionario-da-imprensa/

     

  3. Em acareação, Youssef volta a negar que deu dinheiro a Palocci

    Brasil 247

     

    Em acareação, Youssef volta a negar que deu dinheiro a Palocci

     

     

    :

    A acareação entre o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa durou oito horas e os dois basicamente mantiveram suas versões; segundo Paulo Roberto Costa, o ex-ministro Antônio Palocci teria pedido R$ 2 milhões para a campanha da presidente Dilma Rousseff de 2010. Costa disse que mandou Youssef dar o dinheiro a Palocci, mas o doleiro nega ter dado o dinheiro e diz que nem conhece o ex-ministro; uma nova acareação entre os dois será marcada para discutir esta divergência

    22 de Junho de 2015 às 21:16

     

     

    Paraná 247 – A acareação entre o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa durou oito horas e os dois basicamente mantiveram suas versões.

    Segundo Paulo Roberto Costa, o ex-ministro Antônio Palocci teria pedido R$ 2 milhões para a campanha da presidente Dilma Rousseff de 2010. Costa disse que mandou Youssef dar o dinheiro a Palocci, mas o doleiro nega ter dado o dinheiro e diz que nem conhece o ex-ministro. Uma nova acareação entre os dois será marcada para discutir esta divergência. 

    Outra ponto em que há duas versões dos dois acusados é o pagamento de R$ 2 milhões para a campanha de Roseana Sarney (PMDB-MA) em 2010. Segundo a versão de Paulo Roberto Costa, o senador Edison Lobão (PMDB-MA) lhe pediu o dinheiro para ser usado na campanha de Roseana. Costa disse que mandou Youssef entregar o dinheiro a Roseana, mas Youssef diz que quem entregou o dinheiro não foi ele, mas o próprio Paulo Roberto Costa. Ficou um jogo de empurra.

    “Chegou a haver um clima de tensão entre os dois, mas pusemos panos quentes, para evitar que os ânimos se exaltassem”, afirmou o advogado de Youssef, Tracy Reinaldet.

    Uma divergência, no entanto, pode ser esclarecida, segundo o advogado. “Na questão da compra de nafta pela Brasken, do grupo Odebrecht, os dois deixaram claro que houve pagamento de propina para o PP, de 1 a 3% dos contratos. Ambos chegaram à mesma versão, que antes era diferente. Agora os dois concordaram que houve o pagamento de propinas nessas contratos de nafta. E os dois citaram o nome de 17 deputados do PP que receberam as propinas nesse contrato. Não surgiu nenhum nome novo do PP. São os mesmos, como o Pedro Correa, o Nelson Meurer, etc, os que já estão denunciados pelo STF”, explicou o advogado.

    A audiência, que não teve pausa nem para o almoço, começou às 10h e terminou às 18h, foi acompanhada por delegados da Polícia Federal de Brasilia e da Procuradoria Geral da República, também de Brasilia, coordenados pelo procurador Andrey Borges de Mendonça.

    Segundo outro advogado de Youssef, Antonio Figueiredo Basto, os dois mantiveram suas versões iniciais e isso não significa que correm riscos de perderem as vantagens da delação premiada.

    http://www.brasil247.com/pt/247/parana247/185960/Em-acarea%C3%A7%C3%A3o-Youssef-volta-a-negar-que-deu-dinheiro-a-Palocci.htm

  4. Andrade é a empreiteira mais próxima a Aécio Neves

    Brasil 247

     

    Andrade é a empreiteira mais próxima a Aécio Neves

     

    :

    Empresa que passou a ser investigada na 14ª fase da Lava Jato e teve seu presidente, Otávio Azevedo, preso na última sexta-feira foi a maior doadora de recursos da campanha do senador Aécio Neves em 2014; de acordo com dados obtidos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram 322 doações para o então candidato do PSDB à presidência em 2014, somando mais de R$ 20 milhões; já a Odebrecht, que também virou alvo da investigação, doou mais de R$ 9 milhões para o PSDB, contra R$ 3,5 milhões doados para o PT; com a investigação mais próxima da oposição, as doações legais de campanha, devidamente registradas na Justiça, também serão consideradas propina, como ocorreu com o PT?

    22 de Junho de 2015 às 21:36

     

     

    247 – A empreiteira Andrade Gutierrez, que passou a ser investigada na 14ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na última sexta-feira, é a mais próxima do senador Aécio Neves (PSDB-MG). O presidente da empresa, Otávio Azevedo, foi preso na sexta junto com o empresário da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e outros executivos.

    Com isso, a investigação, usada na imprensa para atingir principalmente o PT, fica mais próxima da oposição. Marcelo Odebrecht e Otávio Azevedo são executivos com excelentes relações não apenas com o ex-presidente Lula, mas também com partidos de oposição, especialmente o PSDB. No ano passado, os empresários manifestaram ao Palácio do Planalto o desejo de votar no candidato tucano.

    A Andrade Gutierrez foi a maior doadora de recursos da campanha de Aécio à presidência da República em 2014. De acordo com dados obtidos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram 322 doações para o então candidato tucano no ano passado, somando mais de R$ 20 milhões.

    Controle da Cemig

    Outra relação da companhia com o PSDB de Aécio Neves ocorreu em Minas Gerais, onde a Andrade Gutierrez recebeu, de bandeja, a gestão da Cemig, que lhe foi entregue pelos tucanos em um acordo de acionistas. A estatal mineira é uma das usadas em atos de corrupção que alimentou o esquema do doleiro Alberto Youssef.

    Em coletiva de imprensa na sexta-feira 19, o procurador da República Carlos Fernando Lima, da Lava Jato, citou que a Odebrecht e a Andrade Gutierrez estão envolvidas em irregularidades que vão além da Petrobras, podendo chegar ao setor energético – ele citou a usina Angra 3, no Rio de Janeiro. O teste de imparcialidade da investigação será a Cemig.

    Odebrecht doou mais de R$ 9 mi ao PSDB

    Já a Odebrecht doou mais de R$ 9 milhões para o PSDB, quase três vezes os R$ 3,5 milhões doados pela empreiteira ao PT no ano passado. A construtora, que também vinha sendo poupada, passou a ser investigada na nova fase da Lava Jato assim como a Andrade Gutierrez.

    Criminalização das doações eleitorais

    Até aqui, as doações feitas por empreiteiras investigadas na Lava Jato ao PT foram criminalizadas, como sendo dinheiro de propina, desviado da Petrobras para favorecer o partido e registrado oficialmente na Justiça como regular. No entanto, as empresas financiaram campanhas de todos os partidos e, como se vê na nova fase, algumas chegaram a doar mais para os tucanos do que para o Partido dos Trabalhadores.

    Terão sido propina as doações da Andrade Gutierrez e da Odebrecht a Aécio Neves e seu partido? Confira abaixo a planilha do TSE com as doações da Andrade Gutierrez ao PSDB em 2014 e as telas do site AsClaras.org, da ONG Transparência Brasil, que mostram as doações oficiais da Odebrecht aos partidos.

     

    http://www.brasil247.com/pt/247/minas247/185614/Andrade-%C3%A9-a-empreiteira-mais-pr%C3%B3xima-a-A%C3%A9cio-Neves.htm 

     

  5. Pesquisas falsas e estatísticas mentirosas enganam

     

     

     

     

     

     

     

    Pesquisas falsas e estatísticas mentirosas enganam; tome cuidado ao usá-las

     

    Reinaldo Polito – Do UOL   Quando fiz a faculdade de ciências econômicas, tive um professor de estatística que fez uma advertência em tom solene: “Cuidado com as pesquisas e com as estatísticas. Muitas delas são falsas e mentirosas”. E passou a aula toda dando exemplos de estudos divulgados que não correspondiam à realidade. Era um excelente professor, pois conseguiu assim o interesse dos alunos no aprendizado da matéria. 

    Alguns anos depois, um economista brilhante, Roberto Campos, em tom jocoso nos presenteou com uma pérola que se inseriu de forma definitiva no folclore econômico brasileiro: “Estatística é como biquíni –mostra tudo, mas esconde o essencial”. Em outras palavras, e de maneira mais engraçada, deu a mesma lição dada pelo saudoso professor de estatística.

    A comunicação tem essas armadilhas. Alguns números são apresentados de uma maneira para atender às conveniências de uns, e de outra para atender aos interesses de outros. Cabe a quem os recebe interpretar o que efetivamente está por trás dos dados anunciados. Como a maioria tem dificuldade para fazer essa avaliação, acabamos por aceitar sem resistências e como certos os estudos divulgados.

    Quando os dados são apresentados pela comunicação escrita, temos mais condições de checar a veracidade dos números. Pela comunicação oral, entretanto, especialmente em palestras e conferências, nem sempre temos meios de fazer essa verificação. São sofismas sorrateiros que se apresentam como premissas, nos confundem e nos levam a acreditar que as conclusões são mesmo verdadeiras.

    A questão toda se apoia na ética, ou na falta dela, para transmitir informações enganosas. Entre os extremos de ser ou não ético há um campo cinzento que fica mais claro ou mais escuro dependendo da época, da cultura, da circunstância e das necessidades das pessoas envolvidas. Jean Valjean, protagonista da eterna obra de Victor Hugo, foi absolvido pela história por ter roubado alimento quando precisava matar a fome. Foi ético ou não?

    Informações propositalmente falsas, todavia, ferem os preceitos éticos, independentemente das circunstâncias. Quantos de nós já ouvimos anúncios de sabonetes ou cremes dentais que, com algumas variações, afirmam que determinadas substâncias neles contidas são apreciadas por nove de cada dez pessoas pesquisadas. Parece que estamos falando mesmo de excelentes produtos.

    Por outro lado, quem foram essas pessoas pesquisadas? Será que esses ingredientes também não estão presentes nos produtos concorrentes, que não foram mencionados? Ocultar essas informações para direcionar a compra do produto pode ser considerada uma atitude ética? Os profissionais que participaram da fabricação do produto e os que cuidaram da sua divulgação estavam conscientes de que omitiam informações relevantes para a avaliação do consumidor?

    Para minimizar informações negativas, por exemplo, um órgão governamental pode comparar números atuais com os do ano anterior, que já era muito ruim, para dizer que a situação não piorou tanto.  Deixa de dizer, entretanto, que se a comparação fosse feita com os dados do início do seu governo, o resultado seria visto como catastrófico.

    E assim, quando é favorável o resultado é apresentado em números absolutos, quando é conveniente mudar, os dados passam a ser fornecidos em percentuais. A percepção de um problema muda muito de um caso para outro. Se disserem que a criminalidade em uma região aumentou apenas 0,01% pode dar a impressão de ser um número irrisório. Quando nos damos conta de que esse percentual corresponde a mil pessoas assassinadas, não parece ser tão irrelevante assim.

    A conduta ética e responsável deve pautar todas as nossas ações. Divulgar números, estudos, estatísticas e pesquisas sabendo que os dados escondem informações importantes não nos torna melhores cidadãos. Ficar atentos a informações distorcidas e alertar os que nos cercam sobre essas mentiras e omissões é atitude que demonstra, sim, nossa cidadania.

    http://economia.uol.com.br/blogs-e-colunas/coluna/reinaldo-polito/2015/06/23/pesquisas-falsas-e-estatisticas-mentirosas-enganam-tome-cuidado-ao-usa-las.htm

  6. MPF vai aos EUA procurar ajuda para destruir a Odebrecht

    O Cafezinho

    huffaker

    MPF vai aos EUA procurar ajuda para destruir a Odebrecht

    22 junho 2015 

     

     

       

    A Odebrecht tinha contratos no Iraque e na Líbia. Com a destruição desses países pelos EUA, a Halliburton, empresa norte-americana envolvida em todas as tramas sinistras de guerra dos últimos anos, assumiu os contratos de reconstrução nessas regiões. Sem licitação!

    E agora, com setores golpistas do Ministério Público e do Judiciário indo para cima da Odebrecht, a Halliburton, já presente no Brasil, poderá herdar também os contratos em nosso país.

    Que lindo será! Trocar a Odebrecht, a construtora nacional mais envolvida com nossa indústria de defesa, incluindo o projeto do submarino nuclear, pela Halliburton, a empresa de Dick Cheney, ligada à família Bush, representante de tudo que há de mais vil, sangrento e corrupto no império americano!

    A Halliburton ganhou, sem licitação!, quase todos os contratos de reconstrução dos países destruídos pelo Pentágono. E ao mesmo tempo foi a empresa que pagou as campanhas de Bush!

    Que modelo de ética e lisura eleitoral!

    Enquanto isso, os procuradores querem destruir a Odebrecht porque ela pediu ajuda a Lula para expandir as exportações brasileiras – sem guerra nenhuma – junto ao continente africano!

    Sem esconder sua intenção golpista e antinacional, o Ministério Público já avisou que irá aos EUA para pedir às autoridades americanas ajuda para destruir a Odebrecht. Já fizeram isso antes com a Petrobrás.

    É como os EUA irem à Rússia para pedirem ajuda para destruir a Nasa!

    Leia matéria abaixo, publicada há pouco no Estadão. Ao fim do post, a resposta dura da Odebrecht aos desmandos de Sergio Moro.

    Repare na bajulação que o repórter faz aos EUA: “A força-tarefa do Ministério Público Federal terá das autoridades dos Estados Unidos – onde está a mais estruturada e eficiente rede de combate à corrupção do mundo – auxílio para tentar desmontar a complexa engrenagem que seria usada pela Construtora Norberto Odebrecht (…)”.

    Que balela!

    Os EUA é o país mais corrupto do mundo, em especial no que concerne a sua política externa. A guerra no Iraque, que matou mais de 1 milhão de pessoas, é a prova viva disso!

    Qual o critério para se avaliar a corrupção de um país? Se usarmos o conceito de vidas humanas disperdiçadas, guerras ilegais, espionagem em massa, os EUA não ficariam em primeiro lugar?

    Por acaso o Ministério Público americano investigou e puniu a corrupção por trás do lobby que levou à guerra no Iraque?

    Onde estão as armas de destruição em massa?

    O MPF não sabe que os EUA espionaram a Petrobrás e Dilma Rousseff? Não sabe que fizeram guerras para entregar contratos de construção civil às suas empreiteiras, deslocando as nossas?

    Como assim o MPF vai aos EUA pedir ajuda para destruir a maior companhia brasileira de construção civil, engenharia e tecnologia?

    Não sabe que empreiteiras americanas tentaram de tudo contra a Odebrecht, porque a companhia está construindo o aeroporto de Miami?

    A Odebrecht venceu, na corte suprema dos EUA, um longo processo movido por empreiteiras americanas, por causa de Miami, mas não contava que seus piores adversários viriam de golpistas incrustrados em seu próprio país.

    A República da Lava Jato enlouqueceu. Só que, desta vez, exageraram. Diferente de Hamlet, sua loucura perdeu o método.

    http://www.ocafezinho.com/2015/06/22/mpf-faz-jogo-sujo-do-imperio-contra-empresas-nacionais-com-ajuda-da-midia/

     

  7. ”Devemos dizer não ao modelo baseado no capital e na produção”

    ”Devemos dizer não ao modelo baseado no capital e na produção.” O discurso do Papa Francisco em Turim

    Publicamos abaixo amplos trechos do discurso do Papa Francisco aos desempregados, trabalhadores e empresários proferidos nesse domingo, em Turim, na Itália.

    O texto foi publicado no jornal La Stampa, 22-06-2015. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

    Eis o texto.

    Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

    Saúdo a todos vocês, trabalhadores, empresários, autoridades, jovens e famílias presentes neste encontro e lhes agradeço pelos seus discursos, do qual surge o senso de responsabilidade diante dos problemas causados pela crise econômica e por terem testemunhado que a fé no Senhor e a unidade da família lhes são de grande ajuda e apoio.

    A minha visita a Turim inicia com vocês. E, acima de tudo, expresso a minha proximidade aos jovens desempregados, aos beneficiários e às pessoas em trabalho precário; mas também aos empresários, aos artesãos e a todos os trabalhadores dos vários setores, em particular aos que sofrem mais para seguir em frente.

    O trabalho não é necessário apenas para a economia, mas para a pessoa humana, para a sua dignidade, para a sua cidadania e também para a inclusão social. Turim é historicamente um polo de atração do trabalho, mas hoje está fortemente afetada pela crise: o trabalho falta, aumentaram as desigualdades econômicas e sociais, muitas pessoas empobreceram e têm problemas com a casa, a saúde, a educação e outros bens primários.

    A imigração aumenta a competição, mas os imigrantes não devem ser culpabilizados, porque eles são vítimas da iniquidade, dessa economia que descarta e das guerras. Faz chorar ver o espetáculo destes dias, em que seres humanos são tratados como mercadorias!

    Nessa situação, somos chamados a reafirmar o “não” a uma economia do descarte, que pede para nos resignarmos à exclusão daqueles que vivem em pobreza absoluta – em Turim, cerca de um décimo da população. Excluem-se as crianças (natalidade zero!), excluem-se os idosos e agora excluem-se os jovens (mais de 40% de jovens desempregados)! Quem não produz é excluído, do modo “usa e joga fora”.

    Somos chamados a reafirmar o “não” à idolatria do dinheiro, que leva a entrar a todo o custo no número dos poucos que, apesar da crise, enriquecem, sem cuidar dos muitos que empobrecem, às vezes até a fome.

    Somos chamados a dizer “não” à corrupção, tão difundida que parece ser uma atitude, um comportamento normal. Mas não em palavras, com os fatos. “Não” aos conluios mafiosos, às fraudes, aos suborno e coisas desse tipo.

    E só assim, unindo as forças, podemos dizer “não” à iniquidade que gera violência. Dom Bosco nos ensina que o melhor método é o preventivo: o conflito social também deve ser evitado, e isso se faz com a justiça.

    Nessa situação, que não é só turinense, italiana, é global e complexa, não se pode apenas esperar a “retomada” – “esperemos a retomada…”. O trabalho é fundamental – a Constituição italiana declara isso desde o início –, e é necessário que a sociedade inteira, em todas as suas componentes, colabore para que ele exista para todos e seja um trabalho digno do homem e da mulher. Isso requer um modelo econômico que não seja organizado em função do capital e da produção, mas em função do bem comum.

    E, a propósito das mulheres – você (a trabalhadora que havia discursado) falou disso –, os seus direitos devem ser protegidos com força, porque as mulheres, que também carregam o maior peso no cuidado da casa, dos filhos e dos idosos, ainda são discriminadas, também no trabalho.

    É um desafio muito comprometedor, que deve ser enfrentado com solidariedade e olhar amplo. E Turim é chamada a ser, mais uma vez, protagonista de uma nova era de desenvolvimento econômico e social, com a sua tradição manufatureira e artesanal – pensemos, no relato bíblico, que Deus fez justamente o artesão… Vocês são chamados a isto: manufatureira e artesanal – e, ao mesmo tempo, com a pesquisa e a inovação.

    Por isso, é preciso investir com coragem na formação, tentando inverter a tendência que viu cair nos últimos tempos o nível médio de instrução e muitos jovens abandonarem a escola. Você (ainda a trabalhadora) ia para a escola à noite, para poder ir em frente…

    Hoje, eu gostaria de unir a minha voz à de muitos trabalhadores e empresários para pedir que possa ser implementado também um “pacto social e geracional”. […]

    Gostei muito que vocês três falaram da família, dos filhos e dos avós. Não se esqueçam dessa riqueza! Os filhos são a promessa a ser levada adiante: esse trabalho que vocês assinalaram, que vocês receberam dos seus antepassados. E os idosos são a riqueza da memória.

    Uma crise não pode ser superada, nós não podemos sair da crise sem os jovens, os meninos, os filhos e os avós. Força para o futuro e memória do passado que nos indica aonde se deve ir. Não ignorem isso, por favor. Os filhos e os avós são a riqueza e a promessa de um povo.

    Em Turim e no seu território, ainda existem notáveis potencialidades para se investir para a criação de trabalho: a assistência é necessária, mas não basta: é preciso promoção, que regenere a confiança no futuro. Aqui estão algumas coisas principais que eu gostaria de lhes dizer.

    Acrescento uma palavra que eu não gostaria que fosse retórica, por favor: coragem! Isso não significa: paciência, resignem-se. Não, não, não significa isso. Mas, ao contrário, significa: ousem, sejam corajosos, vão em frente, sejam criativos, sejam “artesãos” todos os dias, artesãos do futuro! Com a força daquela esperança que o Senhor nos dá e nunca desilude. Mas que também precisa do nosso trabalho.

    Por isso, eu rezo e acompanho vocês com todo o coração. O Senhor abençoe a todos vocês, e Nossa Senhora os proteja.

    Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/noticias/543822-devemos-dizer-nao-ao-modelo-baseado-no-capital-e-na-producao-o-discurso-do-papa-francisco-em-turim

     

  8. Quando a propaganda vale mais que o produto.

    Alguém se lembra de como foram tecidas loas?

     

    Abandonado, teleférico do Alemão não cobra mais ingressos e tem operação limitada

    Com contrato no fim, SuperVia admite ter desmobilizado equipe após atraso em repasses, mas garante segurança do transporte

    por Rodrigo Bertolucci e Luiz Gustavo Schmitt 

    RIO — Gôndolas e vidros quebrados, grama sem poda, elevadores parados, falta de limpeza e até catracas abertas sem fiscalização. Ninguém paga mais pelo bilhete. Esses são os principais problemas enfrentados, há pelo menos dois meses, pelos mais de 12 mil passageiros do teleférico que cruza as favelas do Complexo do Alemão. Prestes a completar quatro anos, a realidade do sistema já é bem diferente de quando foi inaugurado com todas as honras pela presidente Dilma Rousseff, em julho de 2011.

    Reconhecido como um símbolo do novo momento do conjunto de favelas, onde as Forças de Pacificação se instalaram em novembro de 2010, o sistema está em estado de abandono a poucos dias do fim do contrato entre o governo estadual e a SuperVia, que vai até o dia 7 de julho. A empresa, que recebe R$ 3, 2 milhões mensais pela operação e manutenção, não recebeu os repasses de dezembro e abril.

    Logo na entrada da Estação Palmeiras, uma das seis do teleférico, crianças brincavam num pátio com entulho, ao lado de dois cavalos pastando. Um pouco à frente, cachorros reviravam um lixão a céu aberto. Poucos comerciantes se mantêm no local, hoje às moscas.

    Responsável pela administração das 152 gôndolas, a SuperVia admite ter desmobilizado sua equipe de funcionários. Porém, a empresa garante que não inviabilizou a qualidade e a segurança operacional do teleférico.

    ADVERTISEMENTEssa não é a opinião de moradores que utilizam o transporte diariamente. O artesão Cléber Araújo lamenta o atual estado de conservação do teleférico. Para ele, as gôndolas no alto das favelas ajudaram a resgatar a autoestima da comunidade e a integrar a favela aos demais bairros do Rio.

    — É triste. Foi tanto dinheiro investido para mudar o estigma de pobreza do complexo. E, agora, parece que esqueceram de tudo — afirma Araújo.

    Além disso, usuários também reclamam da redução do horário de funcionamento: das 6h às 21h, de segunda a sexta-feira, para 8h às 20h. Aos fins de semana, o sistema funciona das 10h às 18h.

    Publicidade

    — Para quem trabalha com turismo, como eu, a redução do horário foi péssima. Diminuiu o movimento — diz Araújo.

    Segundo a Secretaria estadual de Transportes, a mudança de horário no teleférico ocorreu pela suspensão do funcionamento para serviços de manutenção preventiva. A pasta disse ainda que as gôndolas voltarão a operar no horário antigo a partir de segunda-feira.

    LICITAÇÃO DO TELEFÉRICO

    Pelo menos 12 empresas disputam o contrato de prestação de serviços do teleférico do Alemão desde a publicação do edital de licitação, no dia 29 de maio. A concorrência, que chegou a ser adiada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), será realizada no dia 23 de julho.

    De acordo com o secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osorio, o prestador escolhido será responsável pelo funcionamento e manutenção do sistema. Um dos objetivos é reduzir o custo do serviço em tempos de crise econômica.

    O secretário explica que a licitação será feita pelo critério do menor preço e promete que não haverá alteração no valor da tarifa do teleférico. Hoje, a passagem custa R$ 1 real para não moradores que utilizam Bilhete Único e R$ 5 reais para quem compra ingresso diretamente na bilheteria.

    — Não vai haver mudança no preço porque é uma licitação de prestação de serviço. A receita da bilheteria não é do licitante. É do estado. Esperamos baixar o valor pago ao novo prestador.

    O secretário aproveita para defende o papel do teleférico no programa de pacificação:

    — A questão da violência é um tema, mas a gente acredita na política de pacificação e na superação desses problemas. O teleférico do Alemão é importante para estimular o turismo e há um grande potencial de crescimento de visitação lá.

    Publicidade

    EM MEDELLÍN, GESTÃO É DO METRÔ

    Na cidade onde o Rio foi buscar inspiração para seu teleférico, o pioneiro Metrocable, inaugurado em 2004, funciona em horário bem mais amplo que o modelo do Complexo do Alemão. De segunda a sábado, os usuários das três linhas existentes podem usar o sistema das 4p0 às 23h, pagando menos de R$ 2. Aos domingos e feriados, o horário é restrito das 9h às 22h. O período estendido foi uma exigência da prefeitura, que financiou cerca de 75% das obras.

    Administrado pela mesma empresa que gere o subterrâneo da cidade, o Metrocable é usado diariamente por cerca de 35 mil pessoas. Das três linhas existentes — outras duas estão em construção —, duas fazem conexão com o metrô. No total, são quase 300 gôndolas em operação.

    Muito procurado por turistas, o passeio de teleférico descortina belas paisagens de Medellín, como o bairro Santo Domingo Savio e sua Biblioteca Parque Espanha — que também inspirou um projeto homônimo no Rio —, e ainda o Parque Arví, um dos pontos turísticos da cidade.

     

     

  9. *

    GAECO requer apuração de eventual participação de policiais do Bope em ocultação do corpo de Amarildo

    Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro 

    http://www.mprj.mp.br/home/-/detalhe-noticia/visualizar/12501;jsessionid=0IoccEDL8IFlUg27CvUsk-4E.node2?p_p_state=maximized

    O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro encaminhou à Central de Inquéritos do MPRJ, nesta segunda-feira (22/06), notícia de crime para apurar eventual participação de policiais do Bope na ocultação do cadáver do pedreiro Amarildo de Souza, ocorrida nos dias 14 e 15 de julho de 2013, na Rocinha.

    A notícia de crime tem por fundamento a análise de imagens da comunidade, em confronto com as informações do GPS das viaturas do Bope. O exame detalhado das imagens, feito pela Divisão de Evidências Digitais e Tecnologia (Dedit), da Coordenadoria de Inteligência e Segurança (CSI) do MPRJ, mostra um volume não incompatível com o de um cadáver embalado dentro de um carro do Bope.

    No processo que apura responsabilidade dos policiais militares da UPP da Rocinha, consta a informação de que o corpo de Amarildo foi envolto em uma capa de moto com fitas adesivas.

  10. Aquífero Alter do Chão e a internacionalização da Amazônia.

    Carro Nassif,

    Muito me assustou a matéria: O pesadelo da perda da Amazônia existe, e agora tem mapa, programa e justificativa

    https://jornalggn.com.br/blog/rdmaestri/o-pesadelo-da-perda-da-amazonia-existe-e-agora-tem-mapa-programa-e-justificativa Pois navegando no site da Nasa, vejo um mapeamento da área da amazônia, na qual tem o mesmo mapa sobre o Aquífero Alter do Chão. Americanos além de querer o Pré-Sal ajudado pelos tucanos, estão de olho na maior reserva de água potável do mundo! http://www.nasa.gov/jpl/grace/study-third-of-big-groundwater-basins-in-distress  

  11. *

    Grécia cede e endurece reformas

    Deutsche Welle

    http://www.dw.com/pt/grécia-cede-e-endurece-reformas/a-18535835

    Pela primeira vez, propostas do governo Tsipras parecem agradar a credores internacionais. Medidas incluem aumento de impostos, mudanças no sistema de aposentadoria e redução dos gastos militares. Entenda as reformas.

    As propostas de reforma econômica apresentadas pelo governo grego aos líderes da zona do euro na segunda-feira (23/06), em Bruxelas, foram recebidas como um “passo positivo” e podem levar a um acordo final sobre o resgate do país, depois de quatro meses de impasse.

    Atenas tem até 30 de junho para reembolsar 1,6 bilhão de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI). A instituição, ao lado da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu (BCE), exige reformas na política econômica grega para desbloquear 7,2 bilhões euros da última parcela do resgate. Se entrar em calote, a Grécia corre o risco de sair da zona do euro.

    O primeiro-ministro Alexis Tsipras, líder do partido radical de esquerda Syriza eleito em janeiro com um discurso antiausteridade, teve de apresentar propostas de controle de gastos para convencer os credores internacionais.

    “Buscamos uma solução viável e abrangente, que será seguida por um forte pacote de crescimento”, afirmou.

    As principais exigências dos credores são a diminuição das despesas do governo e o aumento da arrecadação fiscal, com redução de gastos com aposentadorias e aumento de impostos. Representantes do FMI, da Comissão Europeia e do BCE têm até a noite de quarta-feira para avaliar as novas propostas. Na quinta, os 28 líderes da União Europeia se reúnem para dar um novo parecer.

    Depois de muita resistência, a Grécia resolveu ceder. A reforma econômica traria um incremento de 2,7 bilhões de euros ao orçamento grego neste ano. Em 2016, a arrecadação aumentaria em 5,2 bilhões. Confira as principais mudanças que o país está disposto a fazer:

    Aumento de impostos

    O governo de Tsipras propõe aumentar o Imposto do Valor Agregado, que incide sobre o consumo, no setor de turismo, o que afeta por exemplo restaurantes, bares e cafés. A mudança geraria 380 milhões de euros neste ano e 1,3 bilhão em 2016. A taxa mínima de 6% se aplicaria apenas a livros e medicamentos. O governo quer assegurar um encargo de 13% para alguns produtos essenciais. A proposta também inclui a eliminação de taxas especiais de desconto nas ilhas gregas.

    Atenas também sugeriu a criação de um imposto especial para os mais ricos. Quem ganha mais que 50 mil euros por ano deverá pagar uma taxa de solidariedade. O imposto imobiliário, que o governo de Tsipras pretendia abolir, deve ser mantido.

    As empresas com lucro maior do que 500 mil euros serão taxadas com um imposto especial de 12%. Os encargos sobre as pessoas jurídicas passariam de 26% para 29% no próximo ano, com uma estimativa de aumento da receita em 410 milhões de euros.

    Os impostos sobre artigos como carros, piscinas, aviões particulares e barcos de luxo devem subir. O governo também pretende tributar os rendimentos de jogos de azar online.

    Aposentadoria

    O sistema de aposentadoria da Grécia é um grande ponto de discórdia entre o governo e os credores internacionais. O FMI o considera caro demais para os cofres públicos. A transferência de dinheiro do orçamento do governo para o sistema de pensões corresponde a 10% do PIB ao ano, um nível muito elevado para a receita gerada pela economia do país.

    Em resposta às exigências, Tsipras sugeriu restringir as aposentadorias precoces, o que significa uma poupança de 60 milhões de euros neste ano e 30 milhões no próximo. As pensões complementares de mais de mil euros, que são raras, seriam cortadas.

    O plano do governo grego também prevê um aumento da contribuição dos trabalhadores ao sistema de seguridade social, o que vai gerar uma receita de 350 milhões de euros em 2015 e 800 milhões de euros em 2016. Atenas sobretaxou a contribuição para a saúde dos aposentados, o que vai incrementar em 510 milhões o orçamento do governo.

    Tsipras, porém, resiste em cortar as aposentadorias mais baixas.

    Metas fiscais

    O primeiro-ministro grego apresentou uma proposta de saldo orçamental positivo, que ficaria em 1% do PIB neste ano, 2% em 2016 e 3% em 2017. O cálculo leva em conta a diferença entre as receitas e as despesas, excluindo os pagamentos de juros da dívida. Para atingir esses valores, o país terá de fazer cortes de despesas significativos.

    Neste ano, a Grécia voltou à recessão no primeiro trimestre. A taxa de desemprego está em 26%, e as receitas do governo apresentam queda vertiginosa.

    Privatizações

    O governo está empenhado em promover a privatização de alguns portos e aeroportos. O documento de 12 páginas apresentado aos financiadores da dívida grega, no entanto, não menciona detalhes sobre o envolvimento do setor público e a proteção dos direitos dos trabalhadores.

    As companhias estatais Admie, distribuidora de energia elétrica, e a OTE, operadora de telefonia, se opõem à proposta de privatização.

    Gastos militares

    A Grécia possui um alto orçamento de defesa. O governo quer reduzir os gastos militares em 200 milhões de euros. Tsipras argumenta que a medida também reduz a corrupção.

    Dívida

    A Grécia sempre exigiu uma reestruturação da dívida pública do país, que representa atualmente 180% do PIB, quase o dobro da riqueza produzida. Ainda não está claro se o governo Tsipras vai aceitar novas medidas de controle de gastos sem um alívio da dívida no futuro.

    Nesta semana, os credores deixaram claro que não cogitam lançar um terceiro pacote de resgate econômico à Grécia. Líderes europeus afirmaram que este ainda não é o momento para discutir o futuro da dívida grega.

    KG/rtr/lusa/afp

     

    ******************************************************************

    Proposta de acordo acende o debate no Syriza

    infoGrécia

    http://www.infogrecia.net/2015/06/proposta-de-acordo-acende-o-debate-no-syriza/

    Se os credores não bloquearem o acordo esta semana com novas exigências, ele terá de ir a votos no parlamento grego até dia 30 de junho. Mas antes disso terá de passar no Comité Central e no grupo parlamentar do Syriza. A única certeza é a de que vozes críticas não irão faltar.

    O debate entre os apoiantes do governo e militantes do Syriza sobre as propostas apresentadas ontem pelo governo grego em Bruxelas promete dar que falar nos próximos dias, caso a proposta não sofra o veto do Eurogrupo de quarta-feira ou da cimeira europeia do fim da semana. Ou ainda do FMI, cuja diretora geral não compareceu à habitual conferência de imprensa no fim da reunião que aceitou a proposta grega.

    De regresso a Atenas esta terça-feira, Alexis Tsipras informou o líder do parceiro de coligação dos resultados das reuniões de Bruxelas, tendo reunido depois com o secretário-geral do Syriza e o líder parlamentar sobre os próximos passos da semana. E pelo menos dois ministros – Nikos Pappas e Alekos Flambouraris – já avisaram que se o governo perder a maioria no parlamento, seguir-se-ão eleições antecipadas.

    Lafazanis: “É preciso acabar com a austeridade, injetar liquidez na economia e abolir a maior parte da dívida”

    Na última reunião do Comité Central do Syriza, a 24 de maio, uma proposta apresentada pela Plataforma de Esquerda para romper as negociações foi derrotada por95 votos contra 75. A Plataforma é liderada pelo ministro da Energia e Reconstrução Produtiva Panagiotis Lafazanis, que esta terça-feira fez uma intervenção públicadurante a apresentação de um livro no Sindicato de Jornalistas, sem se referir diretamente às propostas que reentraram na mesa das negociações.

    Lafazanis defendeu que “com medidas de austeridade não há futuro” e que a economia grega precisa de “uma forte injeção de liquidez” para um programa alargado de investimento público e para financiar condições favoráveis para o desenvolvimento da Grécia. O ministro defendeu que outro elemento essencial seria a abolição da maior parte da dívida grega.

    “A situação grega é o elo mais fraco da Europa”, prosseguiu, defendendo ainda que “um mercado e uma união monetária sob a tutela da Alemanha não pode ter sucesso”, como o prova a recessão e estagnação económica atual, ao mesmo tempo que são destruídas as conquistas sociais. Lafazanis defendeu ainda uma mudança radical num Estado que tem sido dominado por um poder interno dependente do estrangeiro, às vezes até de forma colonial como nos últimos anos de troika em que as instruções aos ministros chegavam por email.

    Lapavitsas: “Espero para ver o que os credores irão fazer”

    Numa entrevista televisiva, o economista e deputado do Syriza Costas Lapavitsas afirmou-se “muito preocupado” com o que leu sobre a lista de propostas. “Parece que teremos muitos novos impostos, se bem que tenham natureza redistributiva. Mas não deixam de ser novos impostos… Essas são medidas recessivas”, declarou à CNBC.

    “A Grécia precisa de uma mudança radical e é isso que o Syriza a represente. Quanto mais cedo regressarmos aos nossos compromissos e comecemos a implementar as mudanças radicais, melhor”, defendeu Lapavitsas, que tem argumentado a favor das vantagens de uma saída da Grécia da moeda única.

    Questionado sobre o sentido do seu voto no parlamento, o economista foi cauteloso. “Vou esperar para ver, estou bastante cético sobre qual será a resposta dos credores. Espero uma resposta dura na quarta-feira”, previu Lapavistas. “E também quero ver o que dirão sobre a dívida. Quando o acordo chegar, veremos o que fazer”, concluiu.

    Kouvelakis: “Vamos a tempo de evitar uma nova tragédia grega”

    Num apelo publicado na sua página do Facebook, o académico Stathis Kouvelakis teve as palavras mais duras contra a proposta grega para um acordo, considerando-o “um novo plano de austeridade” comparável aos dos anteriores governos.

    Kouvelakis apela à mobilização para pressionar o governo e o grupo parlamentar para não aprovarem aquele acordo. “Uma capitulação do governo Syriza teria consequências incalculáveis para as forças progressistas na Europa e no mundo”, defende o professor de Filosofia e Ciência Política no King’s College de Londres, concluindo que “ainda há tempo para evitar uma nova tragédia grega, que será também uma tragédia para todas as forças que lutam e resistem na Europa e no mundo”.

     

     

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador