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Redação

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  1. Cruz Vermelha: 70 anos depois, explosões atômicas ainda ecoam

    Os hospitais da Cruz Vermelha ainda atendem sobreviventes da bomba atômica 70 anos depois

    Artigo04 AGOSTO 2015

     

     

     

     

     

     

    Consequências Duradouras das Armas Nucleares na Saúde

    Preparado pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) em cooperação com a Cruz Vermelha Japonesa

    Em 2015, setenta anos depois dos bombardeios atômicos em Hiroshima e Nagasaki, os hospitais da Cruz Vermelha Japonesa nessas duas cidades ainda atendem milhares de pessoas que sobreviveram às explosões e que ainda sofrem os efeitos duradouros na saúde, causados pela exposição à radiação nuclear.

    A Cruz Vermelha Japonesa administra hospitais para sobreviventes das bombas atômicas em Hiroshima desde 1956 e em Nagasaki desde 1969. Durante o período de gestão da Cruz Vermelha até 31 de março de 2015, esses hospitais em conjunto realizaram mais de 2,5 milhões de visitas a pacientes ambulatoriais sobreviventes dos bombardeios atômicos e mais de 2,6 milhões de pacientes foram internados nesses estabelecimentos.

    Hiroshima

    Somente no período anual finalizado em 31 de março de 2015, o hospital de Hiroshima para sobreviventes da bomba atendeu 4.657 pessoas oficialmente reconhecidas como tal cujo atendimento envolveu 62.130 visitas ambulatoriais e 34.807 internações.

    Das mortes de sobreviventes da bomba atômica ocorridas no hospital até março de 2014, quase dois terços (63%) foram atribuídas a tumores malignos (câncer) dos quais o mais frequente foi o câncer de pulmão (20%), seguido pelo de estômago (18%), fígado (14%), leucemia (8%), intestino (7%) e linfoma maligno (6%).

    Nagasaki

    No período anual finalizado em 31 de março de 2015, o Hospital Genbaku, administrado pela Cruz Vermelha Japonesa, atendeu 6.030 pessoas oficialmente reconhecidas como sobreviventes por meio de visitas ambulatoriais e 1.267 internações nesse estabelecimento. O atendimento a essas pessoas envolveu 36.260 visitas ambulatoriais aos sobreviventes e outras 23.865 visitas aos seus filhos, destacando a preocupação com os efeitos das armas nucleares na saúde da segunda geração. O hospital de Nagasaki também realizou 18.187 visitas a sobreviventes internados e 12.878 visitas aos filhos dos sobreviventes.

    No hospital de Nagasaki, 56% das mortes de sobreviventes dos bombardeios atômicos, no período anual que finalizou em março de 2014, foram atribuídos a diversos tipos de câncer, sendo o de pulmão o mais frequente (38%), seguido pelo de fígado (12%) e de estômago (9%). Além disso, casos de câncer de cólon, no sistema linfático, vesícula biliar e pâncreas juntos somaram 24% das mortes decorrentes de câncer entre os sobreviventes.

    Questões de saúde para uma população mais ampla do que os sobreviventes dos bombardeios atômicos

    Desde março de 2014, o governo japonês reconheceu oficialmente 192.719 sobreviventes, que ainda estavam vivos, dos ataques a bomba ou hibakusha. Dessas pessoas, 119.169 foram diretamente expostas no momento dos bombardeios, 45.260 foram expostas ao entrar nas cidades semanas depois, 20.939 foram expostas durante atividades de ajuda, sepultamento ou outras semelhantes, e 7.351 foram bebês natimortos no período da exposição dos seus pais (incluídos nos tipos de exposição supramencionados).

    De acordo com estudos citados pelo presidente honorário do Hospital de Genbaku da Cruz Vermelha Japonesa, a incidência de leucemia entre os sobreviventes atingiu um ápice de 4-5 vezes mais do que a de um grupo de controle não exposto nos últimos anos depois dos bombardeios atômicos, antes de diminuir 10-15 anos depois. Crianças com idade inferior a dez anos expostas à radiação atômica em 1945 foram depois diagnosticadas com um tipo de leucemia (SMD) que normalmente ocorre em idosos em um índice quatro vezes superior do que na população geral. As crianças sobreviventes dos bombardeios também demonstraram uma tendência a sofrer de múltiplos tipos de câncer ao longo das décadas, cada um desenvolvendo-se de maneira independente. Isso se atribui à exposição do corpo inteiro à radiação no momento da explosão, causando estragos nas células-tronco em múltiplos órgãos que, por sua vez, pode produzir células anormais que se tornam cancerígenas.

    A saúde dos filhos não expostos à radiação, cujos pais são sobreviventes dos ataques a bomba, vem sendo acompanhada intensamente nos últimos anos. Essas crianças nasceram anos depois que seus pais hibakusha foram diretamente expostos à radiação. Esta população da “segunda geração” inclui cerca de 200 mil pessoas que atualmente estão chegando aos 50-60 anos, idade propensa ao câncer. Se a exposição à radiação danificou os genes dos hibakusha, como se comprovou com estudos em animais, a transmissão hereditária dos efeitos da radiação será uma preocupação em longo prazo que exigirá anos de tratamento. Um estudo epidemiológico de grande escala desta população já está sendo realizado.

    O impacto psicológico da exposição aos bombardeios atômicos também é significante, mesmo entre os sobreviventes saudáveis, já que os graves riscos de doenças relacionadas com a radiação entre os sobreviventes são bem conhecidos. Estudos realizados em 1995 usando a metodologia da Organização Mundial da Saúde demonstraram instabilidade psicológica duradoura, incluindo depressão e transtorno de estresse pós-traumático entre os muitos sobreviventes. As pessoas que perderam parentes durante os bombardeios e as que sofriam de doenças da radiação tendem a ter uma instabilidade psicológica mais pronunciada. A condição de saúde delas em geral se deteriora todos os anos quando agosto se aproxima. O medo da radiação é um problema clínico comum quando os médicos avaliam as condições de saúde dos sobreviventes uma vez por ano, em conformidade com a política do governo japonês.

    À luz do grande número de sobreviventes que ainda estão vivos, espera-se que muitos milhares de pessoas ainda precisarão de atendimento por parte dos hospitais da Cruz Vermelha e de outros hospitais nos próximos anos por causa de doenças relacionadas com a radiação.

    Principais mensagens

    O uso de duas armas nucleares relativamente pequenas em 1945 resultou no aumento dos níveis de leucemia e outros tipos de câncer entre os sobreviventes das bombas atômicas ao longo dos 70 anos, sendo que ainda se esperam novas doenças e enfermidades para os próximos anos. As consequências na saúde relacionadas com os danos genéticos às crianças não expostas, cujos pais são sobreviventes, são uma grande preocupação. Os efeitos das armas nucleares na população de Hiroshima e Nagasaki exposta à radiação produziu uma enorme quantidade de casos médicos que foi difícil de tratar antes da reconstrução da infraestrutura de saúde no Japão pós-guerra. A maioria dos países não poderia prestar assistência à saúde adequada a uma população exposta ao uso de uma arma nuclear no período imediatamente posterior à explosão e tampouco poderia atender as necessidades dos sobreviventes em longo prazo. Poderia se esperar que o uso de múltiplas armas assole os recursos de saúde individuais e coletivos mesmo nos países mais desenvolvidos.

    Em agosto de 1945, a Cruz Vermelha Japonesa, depois assistida pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), estava entre as primeiras organizações a levar assistência para os doentes, feridos e moribundos em Hiroshima e Nagasaki. Embora o hospital da Cruz Vermelha Japonesa em Hiroshima tenha sido praticamente destruído, as suas paredes de pedras ainda se mantiveram de pé e milhares de pessoas correram para o estabelecimento em busca de ajuda e segurança. Os funcionários da Cruz Vermelha que sobreviveram tentaram prestar a assistência que podiam, apesar de 85% deles mesmos – profissionais de saúde – estarem feridos e quase 10%, mortos (51 de 554). Na realidade, no entanto, o hospital não poderia mais funcionar adequadamente já que o seu laboratório estava destruído e a maioria dos remédios, contaminados pela explosão. Além disso, não havia possibilidade de realizar transfusões de sangue, já que os doadores estavam ou mortos ou haviam desaparecido. Dos mil pacientes que se refugiaram no hospital no primeiro dia, 600 morreram rapidamente.

    Com base nessa experiência de tentar assistir os sobreviventes de bombardeios atômicos e uma avaliação mais recente das suas próprias capacidades e das de outras agências internacionais, o CICV concluiu que um meio efetivo de assistir atualmente a uma porção substancial de sobreviventes de uma detonação nuclear, ao mesmo tempo em que se protege adequadamente aqueles que prestam a assistência, não está atualmente disponível na maioria dos países e não é factível em nível mundial.

    A experiência de Hiroshima e Nagasaki e uma recente análise do CICV também convenceu o Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho que as armas nucleares não devem nunca mais ser usadas e que as negociações para proibir o seu uso e eliminar as armas nucleares são necessárias com urgência, em conformidade com as obrigações existentes.

    Os setenta anos de assistência contínua da Cruz Vermelha Japonesa aos sobreviventes das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki são um testemunho impressionante da sua força, compromisso e perseverança em nome da humanidade. O mesmo compromisso por parte de toda a comunidade internacional é agora preciso para garantir que não haja mais outras Hiroshimas ou Nagasakis. A humanidade pode e deve aprender com essa experiência.

    Notas

    1. Dr Masao Tomonaga, «Case Study: Use of Atomic Bomb in War – Hiroshima and Nagasaki », em « Unspeakable Suffering: The Humanitarian Impacts of Nuclear Weapons », Reaching Critical Will, 2013.
    2. Idem
    3. Honda, et al., Mental health conditions among atomic bomb survivors (2002), Psychiatry and Clinical Neuroscience, vol. 56, No. 5, pp. 575-583, como citado em ibid.
    4. « Hundred Years History of Japanese Red Cross Hiroshima Branch”, publicado pela filial de Hiroshima da Cruz Vermelha Japonesa (1991)
    5. “Soixant ans après: Le Désastre de Hiroshima”, Dr. Marcel Junod (CICV), Labor et Fide (2005), p.58 

    Fonte: https://www.icrc.org/pt/document/os-hospitais-da-cruz-vermelha-ainda-atendem-sobreviventes-da-bomba-atomica-70-anos-depois

     

     

     

     

     

     

     

  2. Lula, cobre indenização da Veja e doe o dinheiro

    Efeito Romário: e se o Lula, em vez de queixa-crime, pedir indenização à Veja?

    6 de agosto de 2015 | 21:33 Autor: Fernando Brito no Tijolaço

    vejalixo

    O Instituto Lula anuncia que o ex-presidente  e seu filho Fábio entraram com três queixas crimes contra a Veja, um deputado e um prefeito do PSDB, por acusações de que teriam se beneficiado de valores indevidos.

    Lula apresentou queixas-crime contra Robson Bonin e Adriano Ceolin,  autores das “reportagens” de capa da Veja, onde afirmam que uma delação premiada estaria próxima de envolver Lula na Operação Lava Jato.”Aquele que seria o autor da delação, o empreiteiro Leo Pinheiro, negou integralmente as informações no mesmo dia da publicação de Veja por meio de nota de seus advogados, e o texto não expôs nenhuma evidência concreta para sustentar as afirmações difamatórias que publicou e divulgou com grande estardalhaço por meio de publicidade física e nas redes sociais”, diz a nota do Instituto.

    Presidente, siga o exemplo do Romário, que pediu R$ 75 milhões de indenização à Veja, no caso dos extratos falsos, e em vez de pedir  justiça, peça dinheiro, que tem para a Veja muito mais importância do que a verdade e a honra.

    Peça, e ainda anuncie que vai dar o dinheiro para as cooperativas de catadores de lixo, como compensação por eles terem de encostar as mão nas “vejices” tóxicas quando elas se tornam o que desde o início são, imundícies.

    É  mais eficiente que pedir que se reconheça crime na divulgação de notícias falsas. O que, convenhamos, transformaria a mídia brasileira numa Chicago dos anos 30.

    Todo mundo sabe, aliás, que Al Capone caiu por causa do dinheiro… O do Imposto de Renda…

     

  3. O que Serra quer entregar. Nadica de nada, não é?

    Pré-sal perto de produzir um milhão de barris por dia

    6 de agosto de 2015 | 19:57 Autor: Fernando Brito

    iracema

    Os dados oficiais da Agência Nacional de Petróleo registram que a produção de petróleo e gás natural da camada do pré-sal brasileiro está perto de atingir um milhão de barris por dia.

    Foram  751,2 milhões de barris/dia, na média de junho, de petróleo e 27,8 milhões m³/d de gás natural, totalizando 926,1 milhões de “óleo equivalente”(boe,  que é a medida de capacidade de geração de energia).

    Há um ano estes números eram 478 milhões de barris por dia  de petróleo e 16,7 milhões de m³ de gás diários.

    Aumento, portanto, de 57,2% no petróleo e de 66,5% na produção de gás.

    Em relação a janeiro de 2011, a produção de óleo e gás multiplicou-se por dez!

    Nosso dez maiores poços no pré-sal, há um ano, produziam 282,28 mil barris de óleo.

    Agora, os dez maiores extraem 314,32 mil barris diários, o que significa ganho de produtividade por poço.

    O total vai crescer este mês, porque entra em produção  o poço 7-LL-36A-RJS, no campo de Iracema Norte, o primeiro dos oito que serão conectados ao FPSO Cidade de Itaguaí, este da foto, com estimativa de atingir, só ele, 32 mil barris diários, um pouco menos este mês, porque o inicio de produção é lento e cuidadoso, como deve ser.

    De qualquer forma, vai para o grupo dos dez maiores, liderado por um poço de Sapinhoá que tem níveis arábicos de rendimento: 38.786 barris por dia de óleo e mais 1,35 milhão de gás.

    É isso, só isso, que Serra quer entregar para as multinacionais tomarem conta, com o fim da participação mínima e a condição de operadora exclusiva do pré-sal.

     

  4. “Vem aí a “toga-bomba”:Ministros do STF querem R$ 40 mil/mês.

    Tijolaço

    “Vem aí a “toga-bomba”: Ministros do STF querem R$ 40 mil/mês. E a “Liga da Justiça” vai junto…

     

    6 de agosto de 2015 | 20:42 Autor: Fernando Brito  

    hammer

    Acabou de sair no Valor:

    “Em pleno momento de crise econômica, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) negociam com o governo um aumento no próprio salário. Os ministros defendem um reajuste de cerca de 16% — que, se aprovado, passaria o salário atual, de R$ 33,7 mil, para mais de R$ 39 mil. O aumento teria um efeito fiscal em cascata, já que os ministros do STF ganham o teto do funcionalismo público. O impacto mais imediato seria nos salários de ministros de outros tribunais superiores, desembargadores e juízes”.

    Que beleza! Que moralidade! Que espírito público!

    Será que os “Juízes em Ação“( será preferencial ou nominal?) vão dizer que este blog está com atacando o Judiciário? Quem sabe não mandam o Moro me prender por dizer que isso é um escárnio ao povo brasileiro?

    Será que Suas Aumentências  concordam com o  o presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, José Renato Natalini, que meses atrás disse que  os juízes nem estavam podendo comprar ternos em Miami?

    Suas Goelências já tiveram sua remuneração ajustada em janeiro, de R$ 29 mil para R$ 33 mil, sem contar os auxílios, benefícios e as pompas do cargo. Agora, com os R$ 39 mil e tanto, será que já dá?

    Sei não, o dólar subiu…

    E tome aumento igual ou proporcional para desembargadores, juízes, deputados federais, estaduais, vereadores, promotores, defensores e, com a PEC aprovada ontem, advogados da União, delegados da PF. E será que os fiscais da Receita, do Trabalho, do escambau não vão querer também?

    Claro, arrocho é só para o barnabé, não é?

    Quem vai salvar o Brasil merece ganhar bem, imoralmente bem, em nome da moralidade.

    http://tijolaco.com.br/blog/?p=28732

  5. A fraude do protesto anti-Dilma no Facebook.

    Do DCM

    Corrupção na luta contra a corrupção: a fraude do protesto anti-Dilma no Facebook. Por Kiko Nogueira

     

    Postado em 06 ago 2015   por :         Dennis Heiderich

    Dennis Heiderich, criador do “evento”

     

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    Uma arapuca foi armada no Facebook com os métodos das milícias que pedem o impeachment: protestar contra a corrupção por meio de corrupção. Uma página contra Aécio Neves, criada em outubro do ano passado, se transformou na quinta, 6, em convocação para as manifestações de 16 de agosto.

     

    O criador é um estudante paulistano chamado Dennis Henrique Possani Heiderich, de 23 anos. Os mais de 70 mil seguidores originalmente antiaecistas foram metamorfoseados em coxinhas num dia. Até agora, ao menos 19 mil deram o fora.

    Dennis disse à BBC que “mudou de opinião”. Simples assim. Aparentemente, em dois meses foi de alguém que criticava a turma que fala em “ditadura comunista” para convertido a uma “Direita que nasce para endireitar os rumos da nação”.

    Segundo ele, tudo ficou realmente claro quando viu “toda a esquerda saindo nas ruas para protestar contra a redução da maioridade penal, chamando aqueles marginais de crianças”. Ele pensou, então: “Eu estou do lado errado, preciso sair daqui. Agora sou assumidamente de direita.”

    É um fenômeno difícil de explicar. Pode ser que se esteja diante de um caso clínico. Hoje o rapaz campanha pela “família tradicional”, apoia Bolsonaro para presidente e é a favor da intervenção militar para tirar a “quadrilha” do poder. O que ele será amanhã?

    Os internautas que se sentiram enganados com a mudança no Facebook não são problema dele. “Quis dizer para as pessoas: ‘Faça a mesma coisa, mude de ideia’. Por isso não desativei o evento. Só tive a ideia de trocar agora porque eu já tinha feito um trabalho de conscientização.”

    Um dos que ajudaram Henrique a alterar a natureza da publicação no FB na rede foi Mauro Sanders.

    “Em nome de todos aqueles enganados pelas políticas esquerdistas, foi dado o troco na forma de pegadinha para vermos se quem apoia esse governo se sente um pouquinho como nós, trabalhadores honestos, já que a descoberta de milhões na conta de Dirceu ao mesmo tempo em que ele pedia vaquinha não foi o suficiente”, disse à Folha.

    Henrique pode sofrer, eventualmente, de algum distúrbio. Talvez precise de ajuda da família.

    Já seu amigo Sanders, que acha normal ludibriar milhares em causa própria, sofre de doença mais grave, possivelmente incurável. Umberto Eco nunca esteve tão certo ao lembrar que as redes sociais dão o direito à palavra a uma legião de imbecis.

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/corrupcao-na-luta-contra-a-corrupcao-a-fraude-do-protesto-anti-dilma-no-facebook-por-kiko-nogueira/

  6. Diretor de mídia digital da Globo faz propaganda de golpe no Fac

    Do DCM

    Diretor de mídia digital da Globo faz propaganda de golpe no Facebook.

     

    Postado em 7 de agosto de 2015 às 6:15 am       O avatar pouco sutil de Bretas

    O avatar pouco sutil de Bretas

    DVERTISEMENT

    O diretor geral de mídias digitais da Globo, Erick Bretas, fez ontem, no dia do panelaço, uma propaganda subliminar do golpe contra Dilma.

    Ele colocou no Facebook, como avatar, uma imagem com a seguinte inscrição: “Game Over”.

     

    Não é a primeira vez que Bretas, que ocupou posições de destaque no jornalismo da Globo, se comporta como militante no Facebook.

    Nas vésperas de um protesto contra o governo no início do ano, ele anunciou que estaria na manifestação.

    Para explicar seu desagrado contra Dilma, ele citou, na ocasião, reportagens da revista Veja – cuja credibilidade real foi cruelmente exposta, nos últimos dias, por Romário.

    Honrando as melhores tradições da família Marinho, Bretas quer agora cassar 54 milhões de votos.

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/diretor-de-midia-digital-da-globo-faz-propaganda-de-golpe-no-facebook/

  7. Lula pode ser novidade da reforma ministerial

    Brasil 247

    Lula pode ser novidade da reforma ministerial

     

     

    :

    Ex-presidente pode ser nomeado ministro das Relações Exteriores ou da Defesa, na reforma ministerial que vem sendo planejada pela presidente Dilma Rousseff; com isso, ele usaria seu prestígio internacional para assumir a função de “caixeiro viajante”, passando a atuar em defesa de empresas brasileiras no exterior; um benefício colateral seria o foro privilegiado, uma vez que petistas temem que a força-tarefa da Operação Lava Jato, comandada pelo juiz Sergio Moro, esteja planejando a prisão do ex-presidente; informação foi antecipada pelo jornalista Gerson Camarotti, do portal G1

    7 de Agosto de 2015 às 08:32

     

     

    247 – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ser a novidade da reforma ministerial que vem sendo cogitada pela presidente Dilma Rousseff. O espaço natural seria o cargo de ministro das Relações Exteriores, função na qual Lula assumiria a função de “caixeiro viajante”, usando seu prestígio para defender interesses do Brasil e de suas empresas no exterior.

    Recentemente, reportagens de alguns veículos de comunicação, como a revista Época, acusaram Lula de agir como “lobista” de empresas nacionais fora do País. No entanto, muitos lembraram que ex-presidentes agem, de forma legítima, em defesa de suas empresas. Como chefe do Itamaraty, Lula teria um espaço natural para atuar em prol do País. Um benefício colateral seria o foro privilegiado, uma vez que  petistas temem que a força-tarefa da Operação Lava Jato, comandada pelo juiz Sergio Moro, esteja planejando a prisão do ex-presidente.

    A hipótese de Lula como chanceler, já defendida pelo 247 (leia em “O grande crime de Lula é ter defendido o Brasil”), foi antecipada pelo jornalista Gerson Camarotti, do portal G1. Leia abaixo:

    Para estancar crise política, petistas cogitam Lula como ministro

    Com o agravamento da crise política, passou a ser avaliada no Palácio do Planalto a possibilidade de nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para um cargo de ministro do governo Dilma Rousseff. 

    Essa tese já é defendida por alguns interlocutores de Dilma e do próprio Lula. O temor é que isso teria um efeito colateral: Dilma teria o seu poder presidencial completamente esvaziado. 

    Mas, para petistas, isso poderia garantir a governabilidade mínima para os próximos anos, por causa da capacidade de articulação política do ex-presidente. Ele tem mais trânsito com o Congresso e poderia fazer uma blindagem do governo. 

    Nesse cenário, os dois cargos considerados mais apropriados para Lula, avaliam petistas, são os ministérios das Relações Exteriores e o da Defesa. Isso porque comandam carreiras de Estado que seriam mais apropriadas para um ex-presidente. 

    Caso passe a integrar o primeiro escalão, Lula também ganhará foro privilegiado – alguns petistas temem que o ex-presidente vire alvo da investigação da Operação Lava Jato.

    http://www.brasil247.com/pt/247/poder/191987/Lula-pode-ser-novidade-da-reforma-ministerial.htm

  8. A imprensa está boicotando atletas brasileiros:

    Nas últimas semanas o GGN virou bola de cristal. Derrubou o Ed Cunha, não indicou (e torceu contra) o Janot prá PGR, já “botou” o Temer no lugar da Dilma. Como nenhuma das previsões foram confirmadas (até agora…) poderia pelo menos ‘oportunizar” outras notícias que não sai na mídia tradicional ou mesmo nos sites alternativos como por exemplo:

     

     

    Etiene Medeiros conquistou nesta quinta-feira a primeira medalha da natação feminina do Brasil em Mundial de piscina longa ao levar a prata nos 50 metros costas em Kazan, na Rússia. Antes da prova dela, Thiago Pereira ganhou a prata nos 200 metros medley.

    Etiene, que já havia sido a primeira medalhista do país no Mundial em piscina curta, marcou o tempo de 27s26, recorde das Américas, e ficou entre as chinesas Yuanhui Fu (27s11) e Xiang Liu (27s58). O recorde mundial pertence à chinesa Zhao Jing, com 27s06

     

  9. Um leitor do DCM, Renato,

    Um leitor do DCM, Renato, mandou a mensagem abaixo para nós. Pela qualidade, decidimos publicá-la.

    Via DCM em 7/8/2015

    Moro na Vila Olímpia em São Paulo e depois de minha corrida no democrático “Ibira” retornei para casa, como de costume, por dentro da Vila Nova Conceição (ou “VNC” como parece que os habitantes daquele planeta gostam de denominar) bem no momento do panelaço/buzinaço da noite [6/8].

    Sem dúvida, é um bairro agradável, arborizado, sem muito trânsito, aparentemente seguro (com seguranças particulares 24h armados nas calçadas em frente alguns prédios) e bem servido de comércio e serviços.

    Caminhei tranquilamente retornando para casa, ao som de panelas e buzinas de Mercedes e BMW’s e também ao som de uns gritos “Fora Dilma”, “Fora PT”, “Ladrões” etc., alguns deles excepcionalmente proferidos por crianças pelas vozes que pude perceber.

    Chegando em casa e com a informação da pesquisa com 71% de reprovação do governo, resolvi levantar a votação de 2º turno na capital: 63,8% dos votos válidos para o candidato do PSDB; e 36,2% para Dilma Rousseff

    Não satisfeito resolvi fazer a pesquisa por zona eleitoral e aqui peço perdão, o primeiro link que encontrei foi no G1, mas cliquei assim mesmo. 5ª Zona Eleitoral, onde acredito que esteja a “VNC”, não encontrei o levantamento específico do bairro: 86,68% dos votos válidos para o candidato do PSDB; e 13,32% para Dilma Rousseff

    Com base nos dados acima, era de se esperar que no mínimo 2/3 das janelas estivessem repletas de cidadãos exercendo seu direito de se manifestar pacificamente de suas sacadas de apartamentos de R$20 milhões certo?

    Ocorre ainda que sou engenheiro e gosto de matemática então me dei ao trabalho de contar em cada prédio quantas eram as janelas que eu conseguia identificar uma panela batendo ou alguém gritando.

    Com muito boa vontade chega a 30%, na maioria das vezes eu diria 20%.

    Uma panela sozinha já faz um barulho imenso. Some dez panelas na mesma quadra e a dimensão do que você ouve não reflete o que de fato acontece.

    Se num lugar onde a votação foi tão favorável à oposição, por que não vi um número condizente de “manifestantes”?

    Passei também por pelo menos por cinco restaurantes, onde um casal gastaria facilmente R$300,00 num jantar, e não vi ninguém “se dando ao trabalho” de interromper sua refeição para também manifestar, seja de dentro do restaurante ou indo até a calçada para fazer barulho.

    Por que então o panelaço parece que faz tanto burburinho? Porque o UOL e a Globo fazem eco dele e o transformam em algo maior do que realmente é. Mas se considerarmos a audiência atual da Globo e do UOL (fora canal adulto), a notícia é repercutida para os próprios manifestantes, que devem ficar felizes em fazer parte do movimento.

    No mais, ninguém vê.

    E qual a razão da adesão não ser maior? Mesmo considerando que estão no conforto de seus sofás para acompanharem online e “no Face”.

    São preguiçosos. Batem palmas para os colegas que se dispõe a amassar panelas enquanto eles se divertem filmando para mandar pelo “Whats”.

    Ou seja, qualquer comparação com as invasões na Paulista enquanto adesão × votação, é mera coincidência. Não vai ter impeachment, eles gritam por farra e nem querem isso. Mas querem ver o governo e a presidenta sangrarem durante todo o mandato.

    Me resta o conforto que, se houver embate, a participação nas ruas dos 54,5 milhões do qual faço parte, será BEM maior que do outro lado, dado o que vi hoje.

  10. O bom e velho “sabe com quem você está falando?”

    PF diz que almirante da Eletronuclear ameaçou ‘meter bala’

    O almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, presidente licenciado da Eletronuclear, reagiu com violência à chegada da Polícia Federal em sua casa, na Rua Ipanema, Barra da Tijuca, Rio, às 6h de 28 de julho. Segundo relato dos agentes federais encarregados da missão, Othon Luiz, sob suspeita da força-tarefa da Operação Lava Jato de receber propinas de R$ 30 milhões nas obras de Angra 3, estava trancado em seu quarto.

    Ao ser alertado que a porta seria arrombada se não a abrisse, o almirante ameaçou que “meteria bala”. “Diante de tal afirmação, a equipe sacou suas armas e se abrigou nos demais cômodos. Pedi a todos que se preparassem, pois diante das palavras do senhor Othon Luiz Pinheiro da Silva, entendi ser necessário o arrombamento da porta. Como não dispúnhamos de ferramentas, desferi dois chutes na porta, na tentativa de arrombá-la. Neste momento, senhor Othon Luiz Pinheiro da Silva veio em direção à porta e gritou que ia abri-la”, relatou o delegado federal Wallace Fernando Noble Santos Soares, que comandava a equipe da PF.

    Ainda segundo o delegado, ao abrir a porta, Othon Luiz, de 76 anos, partiu para cima de um agente, ‘mesmo tempo recebido ordem para sair devagar com as mãos na cabeça’. Neste momento, o delegado Wallace e um agente dominaram o almirante e o algemaram.

    “Mesmo imobilizado algemado, senhor Othon Luiz Pinheiro da Silva continuou inquieto gritando que não podíamos agir daquela forma, que ele é um vice-almirante da Marinha que deveria haver no mínimo um vice-almirante da Marinha no local. Expliquei novamente que se tratava de um Mandado de Busca Apreensão expedido pela Justiça do Paraná que Polícia Federal estava no local para cumpri-lo”, afirmou o delegado em relatório para a Coordenação da Lava Jato.

    Segundo o delegado, o alvo da operação ‘foi se acalmando e as algemas foram retiradas para que se pudesse iniciar a busca’.

    “Após início conturbado, cumprimento do mandado seguiu sem problemas, tendo senhor Othon Luiz Pinheiro da Silva auxiliado em tudo que lhe foi solicitado, tendo, inclusive fornecido senha de acesso seu computador combinação do cofre do imóvel localizado na Rua Ipanema, Barra da Tijuca/RJ”, relatou o federal.

     

    http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2015/08/07/pf-diz-que-almirante-da-eletronuclear-ameacou-meter-bala.htm

  11. Entrevista com Wagner Moura – O pablo escobar!

    http://rollingstone.uol.com.br/edicao/edicao-108/wagner-moura-interprete-de-pablo-escobar-em-inarcosi-estampa-capa-da-edicao-de-agosto-da-irolling-stone-brasili#imagem0

    Wagner Moura se declarando bolivariano, segundo a ótica do pig!

    Edição 108 – Agosto de 2015

    Wagner Moura, intérprete de Pablo Escobar em Narcos, estampa a capa da edição de agosto da Rolling Stone Brasil

    Depois de conquistar a fama como Capitão Nascimento, Moura se estabelece como um dos melhores atores de sua geração ao mergulhar fundo outra vez no mundo das drogas – agora, interpretando Pablo Escobar, o maior traficante de todos os tempos    prev nextDo outro Lado Daryan Dornelles por André Rodrigues

    Wagner Moura está novamente mexendo com drogas. Em uma tarde calorenta do inverno carioca, o ator baiano de 39 anos atravessa a sala de uma agência de comunicação e diz: “Não suporto a luz crua de uma lâmpada, assim como não suporto uma ação rude ou uma observação vulgar”. Ele não sabe bem o porquê, mas decorou falas da personagem Blanche DuBois, da peça Um Bonde Chamado Desejo. Seu improviso é tão convincente que não seria loucura apostar que o sujeito responsável por eternizar o rude Capitão Nascimento nos cinemas poderia um dia ser a perturbada protagonista desse texto de Tennessee Williams. Com 23 anos de carreira e reconhecido como um dos melhores atores de sua geração (para muitos, o melhor), hoje Wagner Maniçoba de Moura deixa a impressão de que poderia ser qualquer um, qualquer coisa. Mas, outra vez, escolheu mergulhar no universo dos entorpecentes.

    Exclusivo: visitamos o set de Narcos, série protagonizada pelo brasileiro Wagner Moura.

    A partir do dia 28 de agosto, Moura será mundialmente visto na pele do mais notório traficante de drogas de todos os tempos. Nessa data a Netflix vai estrear os dez episódios da primeira temporada de Narcos, série na qual ele incorpora o colombiano Pablo Escobar, chefe do Cartel de Medellín. Até hoje, o maior papel de Wagner Moura foi o de um policial que soltava o braço em cima dos distribuidores e consumidores de substâncias ilícitas. O personagem central dos dois Tropa de Elite (o segundo é a maior bilheteria da história do cinema nacional), ambos dirigidos por José Padilha, virou símbolo de quem vê na violência do Estado uma forma legítima e imprescindível de combater o crime. Agora, Moura está do outro lado.

    Wagner Moura foi a “primeira e única” opção para interpretar Pablo Escobar em Narcos, diz José Padilha.

    Por conta própria, o ator passou uma temporada em Medellín, na Colômbia, e procurou durante quase dois anos entender profundamente as motivações de sua nova cria. Mais perceptível, no entanto, é o fato de ele ter ganhado 20 quilos. “As pessoas ficam muito impressionadas, mas é uma besteira. Você não ganha o Oscar só engordando”, ele afirma, enquanto come castanhas, amendoins e toma água. Em julho, Moura já havia perdido seis quilos, mas não pode emagrecer muito porque logo deverá gravar a segunda temporada do programa (a intenção dele, daqui para frente, é usar preenchimentos e computação gráfica para ficar mais semelhante ao Escobar da vida real).

    Conheça atores que gostam de soltar a voz nas horas vagas, entre eles, Wagner Moura.

    “Eu, na minha idade, não tenho nenhuma vontade de fazer o que quer que seja se não for pra ter um entendimento de alguma coisa, pra que aquilo acrescente alguma coisa na minha vida, pra que faça eu me conectar com algo que não sei o que é”, ele diz, explicando por que escolheu protagonizar Narcos, que tem direção-geral do parceiro José Padilha. Depois de mais de duas dezenas de filmes (incluindo o internacional Elysium), sete peças e duas novelas, Moura está querendo ficar cada vez mais lento – “Cada dia mais próximo da Bahia”, declara. O projeto dele para 2016 é dirigir um filme sobre o guerrilheiro brasileiro Carlos Marighella. Também está fazendo pesquisas com o diretor e roteirista Karin Aïnouz. “Ficamos com muita vontade de entender o movimento das igrejas neopentecostais e de ter um personagem que seja um pastor, um bispo.”

    Wagner Moura fala sobre o filme Elysium, a carreira em Hollywood e o futuro distante das novelas.

    Seja como Hamlet (2008), no teatro, seja como Olavo, na novela Paraíso Tropical (2007), os personagens de Moura costumam combinar revolta com carência, brutalidade com gentileza, raiva com compreensão. Parece que ele some dentro de cada um para retornar logo depois e contar o que aprendeu, como faz na entrevista que você lê na íntegra na edição 108 (agosto/2015) da Rolling Stone Brasil, nas bancas a partir de segunda, 10. Abaixo, algumas das respostas de Moura.

    RoboCop de José Padilha dá ênfase na transformação de homem em máquina.

    Como é ter que dar sua opinião sobre legalização das drogas, narcotráfico e política por causa de um trabalho como ator?

    Eu gosto disso. Não me incomoda nem um pouco. A discussão do Tropa de Elite foi saudável. Foi muito bom conversar com jornalistas nessas viagens que eu fiz para a Europa para lançar Narcos e falar de uma realidade que eles veem de uma forma tão diferente. Pra eles é mais difícil julgar a eficácia da guerra às drogas. Pra gente é evidente que essa guerra não funciona quando você vê que no México 50 pessoas foram assassinadas de uma só vez. Quando eu vou lá para Berlim e falo que sou a favor da legalização das drogas, esse é um tipo de discussão que me parece boa. Outro dia uma menina norte-americana disse assim: “Eu não sei se quero ver um junkie vomitar no meu milk-shake”. Eu respondi que dá para lidar de alguma forma com isso. O que é difícil de lidar é com jovens pobres da periferia de países latino-americanos sendo assassinados e mortos nessa guerra. Então, o milk-shake é uma coisa contornável.

    Você acha que todas as drogas deveriam ser legalizadas?

    Eu acho. Não sei como. Acho que as drogas são diferentes e deveriam existir formas diferentes de tratar as diferentes drogas. Mas o que me parece evidente é que essa política de enfrentamento das drogas é ineficaz. E ela é ruim especialmente para nós, dos países mais pobres, que são produtores e exportadores.

    Sobre drogas, você sempre responde que já teve experiências e não fala mais sobre isso…

    Exatamente. Por um lado, não me oponho a falar de política. Mas não gosto de falar sobre a minha vida. Eu sou a favor da liberdade de cada um ser quem é. Não venha me chantagear.

    Mas continuam perguntando se você fuma maconha…

    E eu continuo respondendo o que eu acho sobre legalização das drogas. É isso que importa. A minha vida pessoal é minha vida pessoal. Por que eu não falo com revistas de celebridades? Porque é esse tipo de pergunta que elas iriam fazer. Então, não espero essa pergunta de outro tipo de jornalismo.

    Do alto de seu jeito de garoto, ele é um dos grandes atores brasileiros de todos os tempos e o mais popular de sua geração. Com a farda preta do Capitão Nascimento, deu vida ao maior anti-herói do nosso cinema. Leia o perfil de Wagner Moura, capa da edição 49 da Rolling Stone Brasil.

    Qual é a sua reação imediata quando te convidam para fazer um personagem como Pablo Escobar?

    Eu quero fazer! Na época do capitão Nascimento, as pessoas diziam que eu tinha humanizado o cara. Isso me parece tão doido. Eu não sei o que a pessoa quer que o ator faça. Como é que ela imagina que seria? Será que era pra ser um desenho animado? Eu não sei muito como responder. Mas não quer dizer que eu não tenha um juízo sobre aquilo.

    Você ficou com receio?

    Fiquei. Porque o Escobar é, internacionalmente, um mito. É como chamar um colombiano e falar que ele vai fazer a biografia do Pelé, sendo que nem preto ele é. Então, foi a coisa mais difícil que já fiz. E eles tinham acabado de ter aquele sucesso gigante da novela [Pablo Escobar: O Senhor do Tráfico, exibida no Brasil pelo +Globosat]. Mas eu não queria decepcionar o Zé [Padilha]. Então, fui lá e fiz.

    Vendo de fora os acontecimentos dos últimos dois anos, qual é a sua percepção?

    Quando você vê as notícias que saem sobre o Congresso… A oposição não vota nada pelo Brasil, ela vota contra o governo, contra o PT. É uma guerra declarada. Ou quando o PMDB diz claramente nos jornais: “Governo libera cargos do segundo escalão e PMDB vota a favor”. Que porra é essa? E dessa forma explícita! Você dá um cargo e eu voto no seu negócio. E a gente não se espanta!

    Como é criar seus filhos no atual panorama do Rio de Janeiro?

    Eu sinto que meus filhos vivem em uma bolha social. Isso me incomoda muito. Pela minha própria origem, de eu ter vivido no sertão, ter um pai que era sargento e uma mãe dona de casa. Eu não era pobre, mas tive uma infância bem modesta. As minhas crianças vivem em um mundo em que elas são muito alienadas. Elas veem gente na rua e acham que é assim mesmo, por mais que você tente explicar e tal. Então, me dá muita pena quando eu vejo esses articulistas de direita fazerem troça de qualquer vontade que você tenha de conversar ou falar sobre isso com os filhos ou com as pessoas. Falar que existem formas mais justas de convivência social, mais honestas. O Brasil chegou num ponto tão engraçado que a moda hoje é fazer pouco disso. Eu consegui prosperar na minha vida como artista, tenho condições de pagar escola particular para meus filhos, mas se falar sobre injustiça social sou considerado hipócrita. Entende o que estou dizendo?

    Galeria – Brasileiros em Hollywood.

    A questão é que você tem opiniões contundentes. E algum colunista vai escrever que você fala assim, mas faz filmes em Hollywood.

    Pois é. É ridículo. Vamos lá. Você acha que o Brasil pode ser socialmente mais justo? Eu acho. Você acha que as pessoas podem ter os mesmos direitos civis? Eu acho. Você acha que a mulher tem direito a abortar? Eu acho. Você acha que os homossexuais têm direito a se casarem? Eu acho. Você acha que o governo tem que interferir quando há um evidente caso de disparidade social? Acho. Você acha que há uma dívida do estado brasileiro com a população negra do país? Eu acho. Tem que ter cota? Tem. Isso é ser de esquerda? Se for, eu sou. Agora, meu irmão, nunca assinei nenhum manifesto… Como assim [me dizer] “vai pra Venezuela”?

    O que acha da oposição política hoje no Brasil?

    É uma oposição sem projeto, sem ideia, destrutiva. É uma oposição golpista mesmo. E o Brasil tem uma tendência ao golpismo. O Brasil é um país golpista. E é evidente que os jornais têm uma agenda. Não é paranoia. Eu estou fora dessa onda de a esquerda ser vítima, vitimizada. É pobre demais. O PT não tem a decência de fazer um mea culpa. O PSDB não tem projeto para o Brasil. O projeto do PSDB é foder o PT.

    E sobre os artistas, como Lobão e Roger, que estão em evidência defendendo a oposição?

    Eu acho democrático. Você vê vários artistas pedindo o impeachment da Dilma, que pra mim parece uma ideia estapafúrdia, golpista. Mas é a opinião de uma galera que está aí vendo a decadência do PT e cai na lábia do que lê por aí… Então, o lado que tradicionalmente se aliou ao PT, ou à esquerda, está rendido. Muita gente não quer falar, tem vergonha. Muita gente está decepcionada, ficou em xeque.

    Leia mais perguntas e respostas de Wagner Moura na edição 108 (agosto/2015) da Rolling Stone Brasil, nas bancas a partir de segunda, 10.

     

  12. Carta de renúncia de Dilma

    A presidente Dilma Rousseff já estaria de “malas prontas” para deixar Brasília. Pelo menos para o colunista do Diário do Poder, o jornalista Cláudio Humberto. Segundo ele, fontes do Palácio do Planalto garantem que a redação da carta de renúncia da presidente, que vive um alto grau de rejeição, já estaria preparada. A redação do documento, ainda segundo o colunista, teria contado com a ajuda de dois ministros: Aloizio Mercadante (Casa Civil) e José Eduardo Cardozo (Justiça).

    Os dois ministros, mesmo sendo próximos a Dilma, foram contrários a ideia. Caso a renúncia seja confirmada, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assumiria imediatamente o comando do Executivo. Na nota publicada hoje no Diário do Poder, o colunista também destaca que existem outras hipóteses para a saída de Dilma, a exemplo de uma ação na Justiça Eleitoral e da representação da oposição por crime financeiro.

    Apesar de ter circulação nacional, a coluna Diário do Poder ficou conhecida pelos frequentes problemas de apuração jornalística. Neste ano, por exemplo, Cláudio Humberto chegou a afirmar que Renata Campos, viúva do ex-presidente Eduardo Campos (PSB), seria vice de Lula nas eleições presidenciais em 2018. A notícia foi considerada inverídica por aliados da ex-primeira-dama de Pernambuco. Outra notícia bastante contestada por Humberto foi a venda da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), do Recife. A Companhia de Jesus, que administra a instituição, também negou a negociação.

    http://www.diariodepernambuco.com.br/app/outros/ultimas-noticias/46,37,46,14/2015/08/07/interna_politica,591150/colunista-diz-que-carta-renuncia-de-dilma-ja-estaria-pronta.shtml

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