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Redação

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  1. Ministério cria força-tarefa para agilizar reforma agrária

    O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) criou hoje (28) uma força-tarefa para identificar áreas que podem ser desapropriadas e mapear famílias acampadas para tentar agilizar a reforma agrária. Em todo o país, há cerca de 130 mil famílias acampadas à espera de assentamento, segundo o governo.

    A ampliação da reforma agrária é uma das principais cobranças dos movimentos sociais do campo ao governo da presidenta Dilma Rousseff. Em 2014, segundo dados mais recentes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), o governo assentou 32 mil famílias. Desde 2011, início do governo Dilma, foram 107 mil famílias assentadas, resultado muito inferior ao de governos anteriores. Nos primeiros quatro anos de mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assentou 232 mil famílias, por exemplo. 

    Levantamento
    Com a força-tarefa, um grupo de especialistas fará o mapeamento dos acampamentos no país. A ideia, segundo o ministro Patrus Ananias, é fazer um levantamento completo das condições dessas famílias: onde estão (em qual estado, município, distrito); qual a faixa etária e nível de escolaridade; qual o perfil dessas famílias (se têm aptidão para a atividade agrícola, por exemplo); se já estão no Cadastro Único, entre outras.

    O grupo também fará um levantamento de terras passíveis de desapropriação para reforma agrária, e vai avaliar pontos como a produtividade e fertilidade do solo, a existência de recursos hídricos na região, além de infraestrutura e acesso a mercados nas proximidades.

    O levantamento será feito em parceria com o Incra, com outros ministérios (como o da Agricultura e o do Desenvolvimento Social e Combate à Fome), além da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e governos estaduais e municipais.

    O grupo de trabalho será composto por diretores das quatro secretarias do MDA, dois representantes do Incra e um do gabinete do ministro. O levantamento será feito sob a supervisão de Patrus Ananias, da secretária-executiva do MDA, Maria Fernanda Ramos Coelho, e da presidente do Incra, Maria Lúcia de Oliveira Falcón.

    Brasília - Entrevista com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias (Elza Fiúza/Agência Brasil)

    Ministro Patrus Ananias disse à Agência Brasil que governo quer assentar, em condições dignas, 130 mil famíliasElza Fiúza/Agência Brasil

    Em entrevista à Agência Brasil, Patrus disse que, após o mapeamento, será possível dar início a um processo mais intenso de assentamento das famílias. Segundo o ministro, um dos desafios para a evolução da reforma agrária no Brasil é o tamanho e as diversas realidades do país.

    “Queremos levar as políticas públicas de saúde e educação, por exemplo. Em alguns locais é mais fácil. Mas, no Nordeste e na Amazônia, tem acampamentos que são mais dispersos. [É preciso ter] acesso a cidades, acesso a mercados, estradas, pontes, infraestrutura no local ou próximo.”

    Um assentamento ideal, segundo Patrus, seria aquele em que as pessoas pudessem ter uma vida comunitária, com acesso à escola, assistência médica, terras produtivas, água e espaços para a prática de esportes e lazer, fundamentais para que os jovens queiram permanecer no campo.

    “E que fosse montada uma boa e sólida cooperativa, porque é muito difícil o agricultor sobreviver sozinho numa sociedade competitiva como a nossa. A união faz a força e agrega valor. Além disso, que ela [a comunidade] estivesse próxima de uma cidadezinha maior, com uns 50 mil habitantes, onde os agricultores pudessem vender seus produtos”, acrescentou.

    Outro desafio é a desapropriação de terras, um processo caro e demorado. “O preço das terras varia muito, de acordo com a localidade e a qualidade [da terra]. Quanto mais perto das cidades, mais cara e mais valorizada é a terra”, disse.

    Agricultura familiar e reforma agrária
    Patrus destacou a necessidade de desenvolvimento da agricultura familiar para geração renda e independência dos assentados da reforma agrária e citou a compra de produtos de pequenos produtores como uma das iniciativas para estimular essa atividade.

    “A presidenta Dilma assinou um decreto determinando que todos os órgãos federais que consomem alimentos comprem pelo menos 30% da agricultura familiar. Nós queremos ampliar essa parceria com os governos estaduais, municipais, com a sociedade civil, ONG’s, hospitais e universidades.”

    O ministro também ressaltou a importância da agricultura familiar para a preservação da segurança alimentar e nutricional diante do atual contexto de importação de alimentos que são básicos na mesa do brasileiro e que o país pode produzir em grande quantidade e qualidade, como o arroz e o feijão.

    “As notícias são muito preocupantes. O Brasil está importando arroz e feijão. É claro que o país precisa exportar, nós temos condições para isso e precisamos de divisas, mas temos que definir uma clara prioridade. A produção de alimentos deve ser, sobretudo, para garantir a alimentação do povo brasileiro”, disse.

     

    http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-01/governo-cria-forca-tarefa-para-agilizar-reforma-agraria

  2. A Lava-Jato virou zona

    A esculhambação chegou a um ponto que só a anulação da bagaça toda resolve a situação.

     

    http://www.brasil247.com/pt/247/parana247/215067/Delator-recua-do-recuo-e-volta-a-culpar-Dirceu.htm?LoginUserId=3953&AdminAccess=all&previewLang=9&preview=on

    DELATOR RECUA DO

     

     

    RECUO E VOLTA A

     

     

    CULPAR DIRCEU

     

    :

     

    Lobista Fernando Moura, que corria o risco de perder seu acordo de delação premiada, depois de isentar o ex-ministro José Dirceu, volta atrás e agora afirma que mentiu no depoimento prestado ao juiz Sergio Moro na sexta-feira, 22; segundo ele, passou a temer por sua própria vida e de parentes depois de ter sido supostamente abordado por um desconhecido; “Eu ia negar toda a minha delação. Eu só não iria negar dois fatos, o Duque [Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras] e a Hope [empresa acusada de fraudar contratos com a estatal], porque a pessoa que me abordou não tinha sotaque carioca, tinha sotaque paulista. Essa foi minha atitude”, informou aos procuradores; Moura pretende depor novamente – desta vez, para culpar Dirceu

     

    28 DE JANEIRO DE 2016 ÀS 21:20

     

  3. UMA NOVA MODALIDADE DE CRIME DO JUDICIÁRIO BRASILEIRO

    Do Facebook de Francisco Costa

    Francisco Costa

    13 h ·  

    UMA NOVA MODALIDADE DE CRIME DO JUDICIÁRIO BRASILEIRO

     

    A Gestapo de Curitiba já usou de todos os métodos: prisões arbitrárias; chantagens contra familiares de presos; uso de policial expulso da corporação, por contrabando na fronteira, posteriormente reintegrado pelo mesmo Judiciário ao qual voltou a servir; omissão de depoimentos que inocentam, como aconteceu com Marcelo Odebrecht; vazamento seletivo de depoimentos que correm em segredo de justiça, quando não da VENDA de vídeos de depoimentos, por policiais federais, para a mídia; blindagem de citados mas que pertencem ao grupos dos investigadores e julgadores, onde vale tudo, desde o juiz recusar a denúncia do depoente, afirmando “isso não vem ao caso”, até colocarem tarjas pretas sobre os nomes de denunciados amigos, como aconteceu com o nome de José Serra; com o juiz mandando que se invada escritórios, para apreender as peças de defesa, elaboradas pelos advogados do réus; considerar ou desconsiderar documentos de acordo com os interesses políticos do juiz…
    Na SS-TF, em Brasília, a banda não tem tocado muito diferente, quando não repetindo o mesmo repertório, dando salvo conduto para que o macabro concerto continue.
    A polícia federal está investida de mais poderes que o Ministério da Justiça, ao qual está subordinada, fazendo o que quer, como quer, onde quer e quando quer; determinando quais presos deverão ficar incomunicáveis ou não, um atribuição dos juízes; e até colocando em isolamento, numa cela sem janela e sem sanitário, uma cadeirante em fase de recuperação pós operatória.
    Mas isto é pouco, a justiça brasileira tem que se superar na arte do arbítrio e da manipulação, fazendo com as leis o que os militares fizeram com as baionetas, em 64.
    A nova modalidade de embuste jurídico, de crime institucional, é a investigação paralela, o inquérito paralelo, não oficial, sem autorização judicial e nenhum controle de qualquer autoridade.
    E como funciona este despautério?
    Imagine que você comece a ser investigado por um juiz, com a polícia realizando diligências, o juiz ouvindo testemunhas, a perícia avaliando os documentos apreendidos…
    Seus advogados estarão permanentemente atentos, inserindo nos autos do processo documentos que contradigam os que lhe incriminam, contestando depoimentos, “farejando” contradições e inconsistências nos depoimentos, pedindo detalhamentos de laudos, mostrando álibis… Como deve ser, para que o juiz tenha dados suficientes para formar juízo e pronunciar uma sentença.
    Agora imagine que, enquanto tudo isto acontece, secretamente a polícia federal lhe investigue, sobre a mesma acusação que lhe fizeram, pegando depoimentos, apreendendo documentos… Sem que os seus advogados saibam, de maneira a lhe defender.
    Ao fim do processo as duas investigações são juntadas, tendo já se exaurido o período de recursos da defesa, de maneira que apareçam muitos dados novos, contra você, sem chance de defesa, sejam eles verdadeiros ou não.
    Assim, através desse mecanismo, a justiça brasileira está condenando.
    E antes que eu dê o artigo por terminado, temos um novo herói na praça, um novo mito, o “japonês bonzinho”, o ex contrabandista, agora vendedor de depoimentos secretos para a mídia, segundo o Senador Delcídio Amaral.
    Não demora a Globo vai premiá-lo, como fez com Joaquim Barbosa e Sérgio Fernando Moro.
    O japa passa o dia fazendo selfies com coxinhas e paneleiros.
    O jornal The Economist, um dos municiadores da Globo, e porta voz do capital internacional, trata o Moro como brazilian hero (herói brasileiro), enquanto o sério e independente jornal francês “Libération”, trata o “japonês bonzinho” como “a piada do momento”, o herói dos coxinhas e paneleiros.
    Ou os defensores dos réus da Lava Jato e os departamentos jurídicos dos partidos progressistas recorrem às Cortes Internacionais, para mostrarem em que se transformou o Judiciário brasileiro, ou abrem mão dos julgamentos, encaminhando-se para as celas, passivamente.

    Francisco Costa
    Macaé, RJ, 28/01/2016.

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  4. Não vem ao caso!

    Da Folha

    http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/01/1734573-promotoria-ve-fraude-de-r-71-mi-em-obra-de-ampliacao-da-marginal-tiete.shtml

    Promotoria vê fraude de R$ 71 mi em obra de ampliação da marginal Tietê

    FELIPE SOUZA
    DE SÃO PAULO

    28/01/2016  16h00 – Atualizado às 17h08 

    O Ministério Público entrou com denúncia na Justiça contra seis pessoas pelo que considera fraude no valor de R$ 71 milhões na licitação de um trecho da obra de ampliação da marginal Tietê.

    A obra, realizada entre 2009 e 2011, decorreu de um convênio entre o governo de São Paulo, à época comandado por José Serra (PSDB), e a gestão municipal de Gilberto Kassab (atualmente no PSD).

    Entre os denunciados pela Promotoria nesta quarta-feira (27), estão o dono da Delta, Fernando Antonio Cavendish Soares, e o empresário Adir Assad –preso na operação Lava-Jato–, além de outras quatro pessoas ligadas a eles. Entre os supostos crimes, estão lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológicas, com penas que ultrapassam 20 anos de prisão.

    O contrato de licitação de construção de uma ETE (Estação de Tratamento de Esgoto), em São José do Rio Preto (a 438 km da capital), também está sob investigação. A irregularidade no contrato da marginal Tietê, segundo o promotor Marcelo Batlouni Mendroni, do Gedec (Grupo Especial de Delitos Econômicos), ocorreu no aditamento no valor de R$ 71 milhões feito quando as obras já estavam em andamento.

     27.fev.2015/Eduardo Knapp/Folhapress ÃO PAULO, SP, 27.02.2015: Congestionamento de veículos na marginal Tietê sentido rodovia Ayrton Senna (para quem vai para a via Dutra), nas pistas expressa e local, nesta sexta-feira (27)Passagem de veículos na marginal Tietê sentido rodovia Ayrton Senna nas pistas expressa e local

    “Esse aditamento foi uma fraude porque a obra foi contratada a preço global, o que significa que quem se propõe a fazer a obra tem que estar ciente de todas as circunstâncias. E esse aditamento foi aceito pela municipalidade colocando novas situações que já existiam antes da licitação, como a remoção de favelas e árvores de proteção ambiental”, afirmou o promotor Marcelo Mendroni.

    O aditamento é equivalente a 24,99% do valor inicial da licitação (R$ 287 milhões), apenas 0,01 ponto percentual a menos que o limite estabelecido por lei, de 25%. O promotor ressaltou que, com o valor do aditamento irregular, qualquer uma das empresas que concorreram na licitação poderia ter vencido a concorrência.

    O melhor preço, do consórcio Nova Tietê, formado pela Delta e pela Sobrenco Engenharia, foi de R$ 287 milhões. A oferta menos vantajosa foi oferecida por um consórcio no valor de R$ 295 milhões.

    A Promotoria sustenta ter identificado, após a quebra de sigilos bancários, que a Delta repassou R$ 169 milhões a empresas de fachada. “Isso significa que a Delta passou para essas empresas mais do que o próprio valor da fraude de R$ 71 milhões. Provavelmente, vindo de outras fraudes e outras obras de outros Estados. O dinheiro entra e sai e a gente não consegue saber a origem”, afirmou Mendroni.

    As empresas de fachada, segundo a Promotoria, prestariam serviços de terraplenagem e aluguel de máquinas. O Ministério Público apurou que nenhuma delas existe. Todas foram criadas na mesma data, tiveram alternância de sócios, não existiam nos endereços informados e não foram apresentadas notas fiscais, registros de empregados ou máquinas.

    Essas empresas inexistentes ainda repassaram R$ 41 milhões para outras firmas menores, também de fachada. O promotor aponta essa é uma medida típica do crime de lavagem de dinheiro.

    Mendroni afirmou que vai abrir um novo inquérito para apurar uma possível corrupção de membros do poder público da época para facilitar o favorecimento da fraude, além de apurar quem recebeu a última remessa de dinheiro. O promotor afirmou que funcionários da Dersa e da então gestão estadual e municipal também podem ser investigados, sem dar detalhes.

    Parte dos investigados foi ouvida, mas nenhum deles optou pela declaração premiada em troca de uma pena menor caso sejam condenados futuramente. Uma mulher não foi denunciada porque já tinha morrido e um homem porque estava no caso como um “laranja”.

    INÍCIO

    As investigações começaram na operação Vegas e Montecarlo da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) iniciada em novembro de 2010 e encerrada em dezembro de 2012. O inquérito apurou irregularidades em diversas obras da Delta nos Estados do Rio de Janeiro, Pernambuco, São Paulo, Goiás e no Distrito Federal.

    As conclusões foram encaminhadas ao procurador-geral da República e repassadas por ele ao Ministério Público de cada Estado em julho de 2013. Em 23 de setembro de 2013 o Gedec (Grupo Especial de Delitos Econômicos) iniciou as investigações em São Paulo.

    Em nota, a assessoria de imprensa de Gilberto Kassab informou que “por se tratar de obra de mobilidade urbana dentro dos limites do município, prestou apoio técnico e logístico pertinentes às suas atribuições legais desde o início até a conclusão das intervenções. Esse apoio compreendeu o monitoramento do trânsito, aprovação de adequações provisórias de tráfego e sinalizações necessárias durante a execução e, também, após o término das obras.”

    A reportagem não conseguiu entrar em contato com nenhum representante da Delta para comentar o caso.

    Procurados, José Serra e a Sobrenco Engenharia não responderam as perguntas da reportagem. 

     

     

  5. Efeito dominó: a farra do

    Efeito dominó: a farra do Judiciário se alastra por outros Órgãos

     

    Antonio Ateu

    3 h ·  

    A FARRA NO JUDICIÁRIO.

    Além do salário de R$ 33.763,00 e do auxílio-moradia de R$ 4.377,73, os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS) receberão, a partir deste mês, vale-alimentação de R$ 799,00. O pagamento será retroativo a 2011. Com isso, cada um terá direito a receber cerca de R$ 50 mil. O benefício já é pago pelo Ministério Público e Judiciário.

    No TCE, a verba de alimentação será destinada a 16 dos 18 conselheiros, substitutos e procuradores. Dois servidores abriram mão: Cezar Miola e Estilac Xavier. Eles também não quiseram receber o auxílio-moradia, assim como o procurador-geral do Ministério Público de Contas (MPC), Geraldo Da Camino.

    O montante será encaminhado em parcelas, de acordo com o fluxo de caixa. Segundo a direção do TCE, a quitação da dívida pode levar até três anos.

    O Tribunal considera o pagamento uma determinação legal, já que foi estabelecido em uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (número 133), de junho de 2011.

     

     

  6. Jornal falido aposta tudo no golpe.
     postado em 28/01/2016 20:41 / atualizado em 28/01/2016 21:00 Bruno Freitas /Estado de Minas

     

    OAS/DivulgaçãoPivô de um escândalo envolvendo o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o condomínio Solaris, na Praia das Astúrias, no Guarujá (litoral paulista), é apresentado pela Construtora OAS como empreendimento de luxo com localização privilegiada, de frente para o mar. O vistoso edifício de 18 pavimentos é composto de duas torres com apartamentos com três dormitórios de 85,65 metros quadrados, 139,28m² (duplex) e 215,20m² (triplex). São quatro moradias por andar. Cada uma com duas vagas de garagem. Como atrativos para os diferentes modelos de planta, são listados pela OAS recursos como sistema de telefonia DDR (discagem direta com ramal no apartamento), alvenaria clássica – o que permite modificações internas no apartamento –, condomínio fechado totalmente murado e portaria central. A área comum do Solaris conta ainda com brinquedoteca, playground e salão de festas.

    Desde que ganharam destaque na mídia informações de que Lula e a ex-primeira-dama Marisa Letícia visitaram a reforma do triplex número 164A e o imóvel supostamente pertenceria ao ex-presidente, o local se tornou uma espécie de atração turística no município a 84 quilômetros de São Paulo – conhecido como principal destino dos paulistas nos fins de semana e feriados. Curiosos perguntam e param para tirar fotos em frente. Funcionários, por outro lado, relatam que a vidraça foi alvo de pedradas nos últimos dias. O preço médio de um apartamento no condomínio beira os R$ 400 mil. O aluguel diário não sai por menos de R$ 500.

     

     

    Imagens de um apartamento montado também são divulgadas pela construtora - OAS/DivulgaçãoImagens de um apartamento montado também são divulgadas pela construtora

    OAS/DivulgaçãoEntenda o caso
    Adquirido pela extinta Bancoop (a Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo), acusada de deixar mais de 3 mil famílias sem receber apartamentos, o condomínio foi construído pela OAS. A construtora é uma das empreiteiras envolvidas na Operação Lava-Jato, que investiga pagamento de propina a partidos políticos por meio de contratos com a Petrobras. Em depoimento ao Ministério Público de São Paulo, um zelador e uma porteira do condomínio teriam afirmado que Lula e Marisa visitaram a reforma do triplex por ao menos duas ocasiões. Executada pela Tallento Construtora Ltda, contratada pela OAS, a reforma custou R$ 777.189,13 e ainda de acordo com a empresa responsável pelo projeto, incluiu mudanças de layout, acabamento (elétrica, hidráulica, pintura e piso), escada, impermeabilização, piscina e a instalação de um elevador privativo de R$ 62,5 mil.

    Luxuoso edifício tem localização privilegiada, em ponto nobre da Praia das Astúrias - OAS/DivulgaçãoLuxuoso edifício tem localização privilegiada, em ponto nobre da Praia das AstúriasO Instituto Lula alega que o casal possui apenas uma cota do empreendimento, adquirida da extinta Bancoop em nome de Marisa Letícia em 2005 e quitada em 2010. A entidade sustenta que não há crime de ocultação de patrimônio ou lavagem de dinheiro. “Esse imóvel não é do presidente Lula e de nenhum parente do ex-presidente Lula. A família do ex-presidente Lula comprou uma cota de um projeto da Bancoop. É só isso que existe. Ele pagou essa cota. Essa cota está declarada no imposto de renda do ex-presidente Lula”, completou o advogado de Lula, Cristiano Zanin, em entrevista ao Jornal nacional, da TV Globo.

    Os promotores de Justiça apuram a transferência de prédios inacabados da Bancoop para a OAS. A OAS não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

     

  7. Um país que protege Cunha e

    Um país que protege Cunha e persegue Lula é um país doente. Por Paulo Nogueira

    Postado em 28 jan 2016por : Livre como uma borboleta: Cunha

    Livre como uma borboleta: Cunha

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    A Lava Jato perdeu o pudor.

    O nome Triplo X, referência sibilina ao mítico ‘Triplex do Lula’ é um acinte. Está claro que se trata de erradicar não a corrupção – mas de caçar Lula.

    Fosse outro o propósito você não teria um ataque tão sistemático a Lula enquanto um homem como Eduardo Cunha borboleteia, livre para armar as delinquências em que é mestre.

    Era mais honesto batizar a operação como Caça Lula.

    Os suíços entregaram de bandeja documentos que comprovam corrupção em níveis pavorosos de Cunha. Ele mentiu, sonegou, inventou desculpas aberradoras e usou até a palavra ‘usufrutuário’ para tentar encobrir sua condição de dono de milhões na Suíça.

    Não foi apenas isso.

    Depoimentos de fontes variadas coincidiram em relatar ameaças de paus mandados de Cunha contra pessoas que pudessem dizer coisas comprometedoras contra ele.

    Vídeos mostraram expressões aterrorizadas de delatores ameaçados por homens de Cunha. Parecia coisa de Máfia. Falaram até na família. Em filhos. Disseram que tinham o endereço para a retaliação.

    Não foi um depoimento nesse gênero. Foram pelo menos três, dois de delatores e um de um deputado que era um problema para Cunha na Comissão de Ética que o julga.

    Que mais queriam? Que um cadáver amanhecesse boiando num rio?

    E as trocas de emails com empresas beneficiárias de medidas provisórias?

    Com esse conjunto avassalador de evidências, Eduardo Cunha aí está, na presidência da Câmara, ainda no comando de um processo viciadíssimo que pode cassar 54 milhões de votos.

    Cadê a Polícia Federal? Cadê Moro? Cadê uma operação realmente para valer para investigar as delinquências conhecidíssimas de Cunha.

    Nada. Nada. Nada.

    É uma bofetada moral inominável nos brasileiros. É a completa desmoralização da política.

    Enquanto a vida é mansa para Cunha, para Lula é uma sucessão infindável de agressões.

    Virou piada que até ser amigo de Lula se caracterize como algo capaz de incriminá-lo. Mas coloquemos o adjetivo certo: é uma piada repulsiva.

    Um apartamento banal numa praia banal – a cidade plebeia do Guarujá – adquire ares de uma propriedade suntuosa que Lula jamais poderia comprar. É um tríplex, uma palavra feita para impressionar e ludibriar a distinta audiência.

    Não interessa se quatro ou cinco palestras de Lula seriam suficientes para comprar o apartamento. Não interessa se ele tem documentos que comprovam que ele não comprou, afinal, o imóvel.

    O que importa é enodoar a imagem de Lula. Caracterizá-lo como um corrupto, um ladrão, um monstro de nove dedos. O maior vilão da história do Brasil.

    Alguém – PF, Moro, imprensa – deu um passo para saber se a residência de Eduardo Cunha é compatível com seus rendimentos de deputado? Alguém apurou se ele tem condições de bancar uma vida de fausto para a mulher, à base joias e extravagâncias como aulas de tênis no exterior?

    Ninguém.

    É um país doente aquele que protege Eduardo Cunha e investe selvagemente contra um homem que cometeu o pecado de colocar os excluídos na agenda nacional como nenhum outro desde Getúlio Vargas.

    Estamos enfermos – e Moro e sua Lava Jato são sintomas eloquentes dessa nossa deformação moral.

    (Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).Paulo Nogueira

    Sobre o Autor

    O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

     

  8. Bancada ruralista: legalizar

    Bancada ruralista: legalizar para rentabilizar a terra

    Muitos fundos de investimentos multimercados entraram no negócio de terras. George Soros, por exemplo, conta com 270 mil hectares.

    Najar Tubino Lilian Brandt

     

    Rentabilizar é um verbo novo que aprendi com o executivo da Brasilagro, Júlio Piza, empresa com 319 mil hectares no país e mais de 100 mil no Paraguai, criada por agentes financeiros em 2006, que por relações de amizade, transformam o mundo dos negócios em verdadeira ação entre amigos. A Companhia, como registra no relatório de sustentabilidade 2014/15, é uma das maiores empresas brasileiras em quantidade de terras agriculturáveis e tem seu plano de negócios baseado na valorização das propriedades rurais, como o principal vetor financeiro. Em junho de 2015, a Brasilagro vendeu a Fazenda Cremaq, no Piauí por R$277 milhões – 27.745ha-, pagos em 90 dias. No mesmo dia as ações da empresa subiram 5,3% na Bovespa e em N. York, os lucros chegaram a R$180 milhões e os acionistas ganharam mais de R$80 milhões em dividendos.
     
    O acionista controlador da Brasil agro é a empresa argentina Cresud, dos irmãos Alejandro e Eduardo Elstajn – com 39,7% das ações – e mantém na América do Sul 864.424 hectares como ativos. Em segundo lugar como acionista está o JP Morgan Whitefriars INC. com 7,44%, seguido pelo Autonomy Capital com 6,7% e o acionista fundador Elie Horn com 5,6%. Como funciona a ação entre amigos. Na primeira década deste século, o grande negócio dos funcionários de grandes instituições era montar um fundo de participações, captando dinheiro no exterior. Elie Horn amigo dos irmãos Elstajn, que tinham como líder espiritual o megaespeculador George Soros, fez uma ligação para apresentar o jovem José Carlos Reis de Magalhães, que havia criado a gestora Tarpon – nome de um peixe que vive em águas tropicais.
     
    Ação entre amigos: bancada ruralista vai liberar geral
     
    Todos interessados no grande negócio das terras agriculturáveis que o Ministério da Agricultura divulga mundialmente como uma área disponível de 101 milhões de hectares. Em 2006, nasceu a Brasilagro com o apoio da Cresud e da Tarpon, além de Elie Horn, que é o dono da Cyrela, maior construtora do país. Hoje a Cresud, que é nacional e não está enquadrada na restrição que a Advocacia Geral da União impôs ao capital estrangeiro interessado em comprar terras no Brasil, controla a Brasilagro. Oficialmente, os estrangeiros compraram 4,3 milhões de hectares, mais de 800 mil no Mato Grosso, embora o número de imóveis 12 mil – esteja localizado no estado de São Paulo. Houve um crescimento nos últimos anos. Mas isso está longe de traduzir o que ocorre no mercado.

     
    Mesmo assim, seguindo a ação entre amigos, no caso a bancada ruralista, por intermédio do deputado federal Irajá Abreu (PSD-TO), que também é filho da ministra Kátia Abreu e presidente da Comissão de Agricultura, assumiu o projeto lei 4.059, em regime de urgência, que libera a compra de terras por empresas brasileiras com apenas 0,1% de capital. Veda a compra para fundos soberanos e ONGs, e ainda revoga a lei 5.709/1971, como registra um estudo do DIAP “define que a lei nunca existiu e convalida as aquisições e arrendamentos celebrados por pessoas físicas e jurídicas, e que as restrições impostas para a compra de terras no Brasil – de 1971 até 1999 – não passaram de brincadeira”.
     
    Terra como investimento financeiro
     
    Muitos fundos de investimentos multimercados entraram no negócio de terras. Os mais conhecidos, além da Brasilagro, são a Sollus Capital, que nasceu de um ex-integrante do Pactual, Gilberto Sayão; a Tiba Agro, que é resultado da Vision Brazil Investimentos, de dois ex-integrantes do Bank of America – Fábio Greco e Amaury Fonseca Junior -; a Agrifirma, com participação do Barão Jacob Rothschild, do Reino Unido e seus amigos Jim Slater e Raymond Kwok e Adrian Fu, de Hong Kong; a Agrinvest, do fundo Ridgefield Capital; a SLC LandCo, associada ao fundo britânico Valiance Asset Management, entre outros.
     
    O caso do Barão Jacob Rothschild é interessante. A empresa já mudou de nome, uma parte se chama agora Genagro, mas pesquisando os fundos de investimentos consegui um prospecto do GP Investimentos, do bilionário brasileiro João Paulo Lemann. Um dos fundos criados era para investir exclusivamente na Agrifirma – no caso R$130 milhões. O Barão tem pouco mais de 60 mil hectares no oeste baiano. Trata-se de relações de amizade que visam outros negócios é lógico. George Soros, por exemplo, é o dono da Adecoagro, com três usinas de etanol no Brasil, e 270 mil hectares, contando as fazendas na Argentina e Uruguai. Um dos seus agentes era o ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, dono da Gávea Investimentos, que vendeu o controle para o JP Morgan, onde o seu ex-chefe, Fernando Henrique Cardoso participa do Conselho Consultivo. O megainvestidor coitado precisou de um empréstimo do BNDES para concluir uma de suas usinas – R$ 488 milhões.
     
    A visão de cerrado do Barão
     
    Muito educativas são as palestras que estes executivos costumam dar para explicar seus negócios. Amaury Fonseca, por exemplo,” diz a seus clientes que as aquisições de terras ocorreram em terras degradadas e em recuperação, sempre fora da região Amazônica, porque nossos investidores não querem estar lá”. Preferem o cerrado, que na visão da empresa do Barão Rothschild – disponível no site da Agrifirma, que está totalmente desatualizado, diz o seguinte:
     
    “- A Agrifirma não opera na Floresta Amazônica ou em áreas de risco de desmatamento. A terra a ser explorada é caracterizada por baixa densidade de vegetação rasteira”.
     
    E a filosofia da Agrifirma é a de cuidar do meio ambiente, o caminho mais seguro para obter os melhores resultados com a terra. Deve ser esse um dos motivos para que troquem de nome tão rapidamente. Enfim, depois da crise financeira, algumas fusões aconteceram. A Los Grobo argentina comprou a Sollus e a Companhia Mineira de Açúcar e Álcool – 3 usinas no Triângulo Mineiro. A Agrinvest vendeu uma parte para investidores brasileiros, a Touradji, fundo criado por Paul Touradji, que tem uma visão fundamentalista do mercado de commodities, também vendeu a sua parte na Sollus.
     
    Prefeito milionário e empresa endividada em dólar
     
    A SLC Agrícola continua arrendando as propriedades da SLC LandCo e ocupa 370 mil hectares em seis estados – comprou uma fazenda com mais de 13 mil hectares no MT no ano passado por R$77 milhões. E os japoneses das Mitsubishi Corporation compraram a participação que era da Los Grobo na Ceagro, empresa que distribui agroquímicos, planta, arrenda, comercializa, entre outras coisas. A Mitsubishi pagou R$ 500 milhões para obter 80% da empresa, agora é chamada de Agrex Brasil. Por último, o caso da Vanguarda Agro, que é uma das três empresas com ações em bolsas de valores – as outras duas são a SLC e a Brasilagro. A Vanguarda foi criada por Otaviano Pivetta, um camioneiro gaúcho que chegou a Lucas de Rio Verde (MT) na década de 1980. Depois se tornou um grande produtor de commodities e também político. Está no terceiro mandato como prefeito de Lucas e é considerado político municipal mais rico do país – com R$321 milhões de patrimônio.
     
    A Vanguarda em 2015 tinha uma dívida líquida de US$242,5 milhões e suas ações caíram 74%, continua ocupando 250 mil hectares, embora tenha devolvido vários arrendamentos. Somente 80 mil hectares são próprios. Lucas é conhecida no país por dois casos: o do envenenamento de uma escola por agrotóxicos e por ser um paraíso na terra, onde as escolas tem piscinas e computadores. No caso de Pivetta, que se considera um homem público por natureza, envolvido com os problemas da sua comunidade- e do estado, porque já foi candidato a vice-governador- a ação entre amigos é muito mais ramificada. Afinal de contas, porque um empresário tão bem sucedido teria tempo para resolver os problemas da pequena Lucas do Rio Verde com seus 50 mil habitantes – sem contar que seu grupo político está no poder desde a década de 1990- enquanto o dólar sobe e a dívida da Vanguarda idem na mesma proporção?     

  9. Paulo Pimenta: Locutor de

    Paulo Pimenta: Locutor de rádio da RBS, empresa suspeita de pagar propina, incitou ouvintes a cuspir em Lula “por corrupção”; ouça

    http://www.viomundo.com.br/denuncias/paulo-pimenta-locutor-de-radio-da-rbs-suspeita-de-pagar-propina-para-se-livrar-de-multas-incitou-populacao-a-cuspir-em-lula-por-corrupcao.html

    publicado em 28 de janeiro de 2016 às 22:20

    nelson e eduardo sirotosky e alexandre fetter

    Os irmãos Sirotsky, suspeitos de mandar pagar propina, e Alexandre Fetter, o “humorista” da rádio Atlântida que incitou ao ódio. Vai mandar cuspir nos patrões?

    CARTA ABERTA À RBS

    LOCUTOR INCITA AGRESSÕES À LULA

    do Facebook de Paulo Pimenta

    Desde que o desejo da maioria do povo brasileiro foi vitorioso nas eleições presidenciais, de 2014, e frustrou os interesses dos grandes grupos de comunicação do país, com a reeleição da Presidenta Dilma Rousseff do Partido dos Trabalhadores, o Brasil vive um clima de hostilidade, de extremismo e de inúmeros ataques, por parte daqueles que até hoje estão inconformados com a derrota nas urnas contra agentes políticos e, especialmente, membros do Partido dos Trabalhadores.

    Infelizmente, essa onda de ódio é, em grande parte, promovida e alimentada por parte da imprensa brasileira.

    Foi o que puderam constatar os milhões de gaúchos e gaúchas ouvintes da Rádio Atlântida FM, do Grupo RBS , nessa semana.

    Indignados, muitos me procuraram para que fossem tomadas providências e o caso fosse denunciado.

    Em um dos programas de maior audiência dessa rádio do Grupo RBS, o locutor do “Pretinho Básico” incita os ouvintes a “cuspirem” na cara do ex-Presidente Lula.

    Entre as inconformidades do locutor estão, segundo ele mesmo, a possibilidade de que [eles, o povo] “vão votar no PT de novo” e o teor das últimas declarações do ex-presidente.

    “Ninguém cospe no Lula, velho? Que troço desesperador, isso é desesperador. Ninguém dá uma cuspida no Lula, um sujeito desses é digno de uma cusparada”.

    A incitação ao crime, cometido pelo locutor, está prevista no Código Penal.

    Qual seria a reação da mídia se agentes políticos passassem a defender agressões a jornalistas em razão da manipulação diária promovida pelos meios de comunicação no país, da seletividade de sua cobertura ou da diferença de posições políticas?

    Certamente, denunciaria um ataque à liberdade de expressão. E por que razão, então, consente com a incitação de ataques de seus profissionais a políticos?

    Pretende, ao fim, que alguns atores políticos sejam espancados ou retirados à força da cena política como na época da ditadura?

    Crimes ao microfone, como o cometido por esse locutor, respaldam, posteriormente, atitudes de violência na rua.

    Quem defende a doutrina do ódio contribui para a naturalização e o agravamento da violência praticada em nosso país.

    Ao permitir que tais palavras sejam proferidas em um de seus programas de rádio, o Grupo RBS fomenta a ideia de que vivemos em uma sociedade que valoriza a violência, a opressão e a vingança.

    Precisamos rejeitar esse pensamento.

    Vivemos em um Estado de Direito, onde a liberdade de expressão de cada indivíduo é tão importante quanto a certeza de que a dignidade da pessoa humana será protegida.

    Negar isso é recusar que somos todos iguais, afastando outro preceito fundamental do Estado de Direito.

    Esse discurso busca, na verdade, criminalizar a política e os agentes políticos, bem como, mais especificadamente, estigmatizar e discriminar não somente o ex-presidente Lula, seu partido e seus correligionários, mas todos brasileiros e brasileiras que, de alguma forma, estimam Lula e que têm ele e seu legado político como símbolos da tolerância, promoção da igualdade e da justiça social.

    O discurso de ódio leva a sociedade para um único fim.

    Foi o que vimos na Segunda Guerra Mundial, originada, em grande parte, da incitação ao ódio a grupos específicos de pessoas, num discurso promovido pelo casamento entre líderes políticos intolerantes e os meios de comunicação.

    Desde então a comunidade internacional e o sistema internacional de direitos humanos protegem a liberdade de expressão na mesma medida em que repudiam o discurso de ódio.

    Portanto, em episódios como esse da RBS, é inútil se esconder atrás da liberdade de expressão e invocá-la para justificar o cometimento de um crime.

    A humanidade de forma geral tem um alto grau de condenabilidade do discurso de ódio.

    Chegamos aqui após sofrer suas piores consequências.

    Por isso, em nosso país, vivemos para a defesa da pluralidade e para construção de uma sociedade que promova a paz.

    O que nos perguntamos, agora, é se:

    Essa é a opinião da RBS?

    A RBS concorda com incitação ao crime?

    A RBS concorda e defende que o ex-Presidente Lula seja agredido?

    A RBS aceita ser corresponsabilizada por qualquer agressão ao ex-Presidente Lula?

    A RBS considera que o papel da imprensa é incitar ao crime e promover o discurso de ódio?

    A RBS pretende tomar alguma providência frente a esse episódio de incitação ao crime?

    À parte as diferenças ideológicas entre o Partido dos Trabalhadores e a defendida pelos grandes grupos de comunicação, entendemos que não é no campo da violência que as disputas entre o campo político e o midiático, ou entre modelos políticos para o país, serão resolvidas.

    *Paulo Pimenta, jornalista, deputado federal e Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados

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    PS do Viomundo: E cadê a coragem dos humoristas da Atlântida para fazerem piada com o fato de que a empresa para a qual trabalham está sendo investigada por pagar propina na Operação Zelotes?

    PS2 do Viomundo: No mesmo programa, Pretinho Básico, um dos “humoristas” prega o uso de violência moral ou física para resolver problemas do cotidiano. Ele estimula “indignados” a agir e lê supostas cartas de ouvintes que adotaram a sua “filosofia”. Ver neste programa, a partir dos 41 minutos.

  10. Defesa abandona delator que

    Defesa abandona delator que mentiu sobre Dirceu

    :

    Treze advogados que atuavam na defesa do empresário Fernando Moura, delator da Lava Jato, deixaram o caso nesta quinta-feira, 28, após o empresário voltar atrás em suas declarações; em depoimento ao juiz Sérgio Moro, ele contestou suas afirmações sobre o arranjo entre Etesco e Renato Duque, que permitiu que a empresa fechasse diversos contratos milionários com a Petrobras; também reconheceu que mentiu sobre suposta orientação de José Dirceu para que ele deixasse o País

    29 de Janeiro de 2016 às 05:32

     

     

    247 – Treze advogados que atuavam na defesa do empresário Fernando Moura, delator da Lava Jato, deixaram o caso nesta quinta-feira, 28, após o empresário voltar atrás em suas declarações.

    “Vimos, por meio desta, notificar Vossa Senhoria da renúncia ao ‘mandato-que nos foi outorgado por procuração “ad judicia”, para o fim de representá-lo na Ação Penal n.º 5045241-84.2015.4.04.7000, bem como no Termo de Acordo de Colaboração Premiada, ambos em trâmite perante a 13ª Vara Federal da Subsecção Judiciária de Curitiba, Estado do Paraná”, diz o documento.

    Em depoimento ao juiz Sérgio Moro, na sexta-feira, 22, Fernando Moura se contradisse no trecho:

    “O declarante tem conhecimento que esse arranjo entre Etesco e Renato Duque permitiu que a Etesco fechasse diversos contratos milionários com a Petrobrás; que a Etesco, que era uma empresa de pequeno e médio porte passou repentinamente a ficar como um player entre as gigantes da construção”, questionou Moro.

    “Falei isso?”, respondeu Fernando Moura.

    Ele também mudou sua versão sobre suposta orientação de José Dirceu para que ele deixasse o País no auge do chamado mensalão e disse que o responsável pelas indicações do PT para a Petrobrás era Silvio Pereira, ex-secretário-geral do partido:

    “Nada. Eu nunca negociei com o Zé, direto, de dinheiro, de nada”, disse Moura.

    Ameaçado de perder os benefícios da delação premiada, ele agora diz ter apresentado ao juiz federal declaração que beneficia ex-ministro, após ter sofrido ‘ameaça velada’.

    Assinaram a renúncia os advogado Pedro Ivo Gricoli Iokoi, Adriano Scalzaretto, Bruno Magosso de Paiva, Bruno Lambert Mendes de Almeida, Caio Nogueira Domingues da Fonseca, Ana Carolina Pastore Rodrigues, Marcella Kuchkarian Markossian, Felipe Ferreira de Camargo, Mariana Badaró Gonçalles, Giovanna Zanata Barbosa, Anna Cristina Guimarães Souza, Raul Abramo Ariano e Ligia Lazzarini Monaco.

    Leia aqui reportagem do blog de Fausto Macedo sobre o assunto.

  11. Não se se é melhor, mas dá vontade de experimentar.

    BC do Japão surpreende mercado ao adotar taxa de juros negativa

    TÓQUIO, 29 Jan (Reuters) – O banco central do Japão cortou inesperadamente a taxa de juros para território negativo nesta sexta-feira (29), surpreendendo os investidores com outra medida audaciosa para reanimar a economia num cenário em que os mercados instáveis e a desaceleração do crescimento global ameaçam seus esforços para superar a deflação.

    As ações asiáticas saltaram, o iene caiu e os títulos soberanos avançaram depois que o Banco do Japão disse que vai cobrar por uma porção das reservas que os bancos deixarem na instituição, uma política agressiva que teve como pioneiro o Banco Central Europeu (BCE).

    “O importante é mostrar às pessoas que o banco central está comprometido em alcançar inflação de 2% e que vai fazer o que for preciso para alcançar isso”, disse o presidente do BC, Haruhiko Kuroda, em entrevista à imprensa após a decisão.

    Batalha contra a deflação

    Ao adotar taxa de juros negativa, o Japão está lançando mão de uma nova arma em sua longa batalha contra a deflação, que desde a década de 1990 desencoraja os consumidores a fazerem grandes compras porque esperam que os preços caiam mais. A deflação é considerada como a raiz de duas décadas de mal-estar econômico.

    Kuroda disse que a terceira maior economia do mundo está se recuperando de forma moderada e que a tendência de preços está subindo de modo firme.

    “Mas existe o risco de que as recentes quedas nos preços do petróleo, incertezas sobre as economias emergentes, incluindo a China, e instabilidade nos mercados globais possa afetar a confiança empresarial e adiar a erradicação da mentalidade deflacionária do povo”, disse ele.

    Em uma decisão por cinco votos a quatro, o Banco do Japão decidiu cobrar juros de 0,1% em depósitos de conta corrente selecionados que instituições financeiras mantiverem na instituição.

    O banco central também disse em comunicado ao anunciar a decisão que cortará ainda mais a taxa de juros em território negativo se necessário.

    (Reportagem adicional de Stanley White, Tetsushi Kajimoto, Kaori Kaneko e Joshua Hunt)

    1. Não é a primeira vez.

      Volta e meia há deflação no Japão e o BC local adota taxas negativas de juros. Falr isso no Brasil soa insano para os rentistas e a patuléia.

  12. *

    Gangue do boleto: Procon RJ entra com ação contra bancos

    Convergência Digital* … 25/01/2016 … Convergência Digital

    O Procon do Rio de Janeiro entrou nesta segunda-feira, 25/01, com uma ação civil pública com pedido de liminar, no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), para que os bancos Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil devolvam aos clientes o dinheiro que for pago por meio de boletos fraudados.

    Com a adulteração do documento, as quantias não estão indo para quem tem direito a recebê-las, mas para contas de terceiros. Na avaliação do Procon-RJ, as instituições financeiras estão fugindo da sua responsabilidade quanto à devolução destes valores.

    Além disso, a autarquia destacou que a falta de segurança dos canais eletrônicos dos bancos vem causando problemas para os consumidores, já que os golpistas estão atuando e adulterando inúmeros boletos. A ação do Procon Estadual pede para que os bancos devolvam o dinheiro ao consumidor em até 24 horas, contadas a partir do momento em que o cliente comunica ao problema, desde que a fraude seja comprovada.

    Caso esse prazo não seja cumprido, o Procon solicita que a Justiça aplique nos bancos uma multa diária de R$ 50 mil. O boleto é a segunda forma de pagamento mais utilizada no Brasil, ficando atrás, apenas, dos cartões de crédito. As informações são da E-bit,consultoria de comércio eletrônico. Em 2014, segundo dados de empresas de segurança, os hackers teriam gerado 496 mil boletos fraudulentos e arrecadado cerca de R$ 8,5 bilhões de reais.

    http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=41559&sid=18

     

  13. *

    Petrobras tem campos já amortizados para suportar até 3 anos de petróleo barato, diz conselheiro

    RIO DE JANEIRO (Reuters) – A Petrobras tem um estoque de campos de petróleo com investimentos já amortizados que permitem a ela suportar por mais dois ou três anos um cenário de baixos preços da commodity, estimou nesta sexta-feira o membro do Conselho de Administração da companhia Segen Estefen, um dos representantes do governo federal no colegiado.

    Esse estoque de campos daria suporte financeiro à empresa e, segundo o conselheiro, compensaria campos com custo de produção mais elevado.

    (Por Rodrigo Viga Gaier)

    http://br.reuters.com/article/topNews/idBRKCN0V71XS

  14. Investigação chega mais perto de Richa

    de Carta Capital,

    por Henrique Beirangê

    Sob ameaça de instauração de uma CPI contra sua administração, o governador do Paraná, Beto Richa, passou os últimos dias cercado de aliados e advogados para montar uma estratégia que tente afastá-lo do escândalo na Secretaria de Educação.

    As investigações sobre o esquema de pagamentos de propinas apontam que o montante desviado ultrapassa os 20 milhões de reais. Segundo reportagem publicada no site de CartaCapital, o esquema, afirmam testemunhas, abasteceu a campanha do governador e de seus aliados nas últimas eleições. Agora, os investigadores querem saber como o dinheiro foi movimentado.

    Os primeiros detalhes das apurações revelam que o dono da Valor Construtora, Eduardo Lopes, teria enviado recursos para contas no exterior.

    As acusações partiram de ex-funcionárias das empresas de Lopes. O empresário seria o responsável por organizar a distribuição do dinheiro entre servidores da Educação e para as campanhas políticas. A propina era desviada de escolas projetadas, mas não construídas.

    O restante da quantia era enviado ilegalmente para fora do Brasil por meio de um doleiro, ainda não identificado. Sabe-se apenas que o homem de prenome Rui frequentemente levava dólares e euros à sede da construtora. O doleiro levaria as notas amarradas na perna e saía sempre portando uma mala. A identificação de Rui depende da degravação de um aparelho onde ficavam registradas as imagens da câmera de segurança no saguão da empresa.

    Os investigadores esperam ainda identificar outros participantes do esquema na análise das imagens do circuito interno. Suspeita-se que o doleiro seria o facilitador das remessas de recursos para ao menos dois países, Moçambique e Estados Unidos. Durante o último ano, Lopes tinha interesse na abertura de uma filial no país africano, mas segundo as funcionárias, não houve sucesso na conquista de obras no exterior.

    Uma subsidiária teria, porém, sido criada no nome de uma empregada doméstica em Moçambique e de outros laranjas e servido para lavar dinheiro. Outra via de ocultação de propina seria em Nova York. Uma das delatoras afirma que Lopes costumava viajar com grandes quantias para os EUA e não escondia de ninguém o fato de manter recursos fora do País. 

    As contas nos EUA, segundo uma testemunha, estariam registradas em nomes da esposa e do filho de Lopes. Os dois foram detidos por envolvimento no esquema. Gustavo Lopes cumpre prisão preventiva desde o fim do ano passado e a esposa de Eduardo, Patricia Baggio, foi presa na sexta-feira 15. A Justiça lhe concedeu prisão domiciliar por causa da amamentação de um filho de 4 meses.

    A busca e apreensão na casa do empreiteiro poderá fornecer novas pistas. Diversos celulares, em posse de Lopes, eram usados para falar com integrantes da Assembleia Legislativa e intermediários de políticos. Os aparelhos não estavam em nome do empresário, mas  de laranjas. A identificação dos destinatários das chamadas pode se tornar uma prova cabal de envolvimento dos parlamentares investigados.

    Como em todo folhetim policial, a logística para o transporte de dinheiro envolvia um estratagema curioso. Quantias de até 800 mil reais eram sacadas na boca do caixa e levadas para a sede da construtora. Lá, a propina era separada em caixas de vinho e redistribuída no meio das garrafas como presente aos destinatários da propina. 

    Para esclarecer várias dúvidas da investigação será necessário despertar o interesse do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Os autos que citam o nome de Richa e de Durval Amaral, ex-chefe da Casa Civil e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, estão em poder da PGR. Os trechos em que são citados o presidente da Assembleia, Ademar Traiano (PSDB), e o deputado Plauto Miró (DEM) foram enviados para o procurador-geral do Paraná.

    Sobre o envolvimento de Amaral, há outras perguntas sem respostas. Segundo as testemunhas, o empresário teria tentado, ainda antes do início da operação, firmar um Termo de Ajustamento de Conduta com o estado e o TCE. A iniciativa permitiria à Valor concluir as obras em atraso. O relatório, a respeito da lisura do acordo, segundo a advogada das delatoras, teria ficado, curiosamente, a cargo do conselheiro acusado de participar do esquema.

    Para piorar a situação do governador, a investigação atinge o irmão e secretário de Infraestrutura, Pepe Richa, e um primo, o já famoso Abi Antoun, citado em outros escândalos da administração do tucano. Os dois teriam recebido propina do esquema. 

    Também causa embaraços ao governador um relógio da marca Rolex. Richa foi presenteado por Maurício Fanini, ex-diretor da Secretaria de Educação, com o mimo. Fanini seria o contato de Lopes, que possuía uma coleção de relógios da marca. A apuração quer saber se o ex-funcionário público ganhou o relógio do empresário e por qual motivo. Um Rolex pode valer até 500 mil reais. 

    Os ganhos do empresário permitiam excentricidades. Uma das coberturas em Curitiba pertencentes a Lopes estava avaliada em 4 milhões de reais, sem contar os carros importados e a Mercedes-Benz vermelha usada pelo filho.

    Nos últimos dias apareceram novos nomes do tucanato envolvidos na fraude. Para os investigadores, os desvios teriam começado alguns anos antes sob o patrocínio de um expoente do PSDB paranaense, o deputado federal Valdir Rossoni. Segundo as delatoras, a Valor conquistou obras na cidade de Bituruna sem participar de uma concorrência e sem apresentar um acervo técnico, laudo que comprovaria sua experiência em tocar empreendimentos semelhantes.

    Tatiane de Souza, uma das laranjas usadas por Lopes, contou que na empresa se ouvia que Rossoni era um político influente na cidade. Valdir é pai do ex-prefeito de Bituruna Rodrigo Rossoni, que chegou a ter o mandato cassado por abuso do poder econômico nas eleições. Procurado, o deputado não quis comentar as acusações.

    Roberto Brzezinski Neto, defensor de Lopes e ex-advogado de políticos citados no esquema, entre eles o primo de Beto Richa, aconselhou o cliente a não aceitar um acordo de delação premiada. Brzezinski acredita que o Tribunal de Justiça do Paraná revogará a prisão do empresário e de seu filho, mulher e irmã, considerada foragida. 

    Parentes de Lopes estariam, no entanto, insatisfeitos com a estratégia do advogado. Para eles, Brzezinski atenderia aos interesses de outros investigados. Haveria a possibilidade de uma troca de defensor, o que abriria caminho para um acordo de delação. Procurado, Brzezinski também não atendeu aos pedidos de entrevista. Os promotores veem como certa a condenação do empresário.

    Os investigadores reclamaram do inquérito inicialmente conduzido pela Polícia Civil do estado. Consideraram que a peça foi relatada antes do prazo. As operações com prisões só foram possíveis após a intervenção dos promotores e a avaliação é que tenha havido pressão por meio da Secretaria de Segurança, subordinada ao governo Richa. Agora, não se tem certeza se será possível realizar novas diligências eficazes.

    A federalização do processo tornou-se a esperança para impedir qualquer interferência política. O fato de uma parte do dinheiro das escolas não construídas ter sido repassada pela União permitiria essa federalização. O empresário parece contar com a impunidade como aliada. Após a primeira operação que levou à cadeia suas laranjas na empresa, Lopes as visitou ainda no Instituto Médico Legal durante o exame de corpo de delito e vaticinou: “Não se preocupem. Isso não vai dar em nada. É só para dar uma resposta para a mídia”. Será? 

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