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Redação

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  1. Janot quis impedir Lula de ser ministro. E os ministros de Temer

    Tijolaço

    Janot quis impedir Lula de ser ministro. E os ministros de Temer que estão na Lava Jato?

     

    janotnove

    Marcelo Auler, em seu blog, levanta interessantíssima questão.

    Rodrigo Janot  deu parecer contrário à posse de Lula como Ministro porque isso poderia, em tese, ser uma “blindagem”  sobre as investigações da Lava jato.

    Agora, Temer indicou, nomeou e deu posse a nove ministros envolvidos na  operação. São dois investigados e sete citados no âmbito da Operação Lava-Jato.

    Mais de um terço do Ministério.

    E Janot?

    Nada, doutor?

    O senhor agora é “Paz e Amor”, como se mostrou ontem o Dr. Moro?

    Pau que em Chico, também dá em Francisco, lembra?

    O senhor entrou na turma do “estes não vêm ao caso”?

    Leia toda a história em seus detalhes, no blog do Marcelo Auler, que faz as perguntas óbvias, que o jornalismo de hoje não consegue mais fazer.

    http://www.tijolaco.com.br/blog/dr-janot/

     

  2. Dr. Janot, Temer deu foro especial a envolvidos na Lava Jato: nã

    Blog do Marcelo Auler

    Dr. Janot, Temer deu foro especial a envolvidos na Lava Jato: não vai impedir?

     

    13 de maio de 2016

     

     

     Marcelo Auler

     

    No ministério do presidente interino Michel Temer, oito nomes aparecem envolvido na Lava Jato  Ilustração reproduzida do Jornal Extra

    No ministério do presidente interino Michel Temer, oito nomes aparecem envolvido na Lava Jato
    Ilustração reproduzida do Jornal Extra

    No dia 7 de abril, em uma mudança de posição radical, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot recomendou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que anulasse a nomeação do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva para o cargo de ministro chefe da Casa Civil do governo Dilma Roussef. Ele não aceitou a explicação de que Lula foi convocado para ajudar Dilma. Alegou que a indicação visava apenas dar ao ex-presidente o foro especial, para não ser investigado pelo juiz Sérgio Moro

    Onze dias antes, em 28 de março, Janot se manifestara de forma totalmente inversa, ainda que com uma tese esdrúxula juridicamente falando: foi favorável à nomeação de Lula, mas recomendava a permanência da investigação contra ele na 13ª Vara Federal de Curitiba, a do juiz Sérgio Moro. Como se sabe, pela Constituição, ministro de Estado não pode ser julgado por magistrado da primeira instância.

    Sua mudança de posição pode ter derivado de dois fatores. O primeiro a pressão interna dos seus colegas, favoráveis a que o ex-presidente fique por conta das deliberações de Moro situação na qual, muitos apostam, que ele acabará preso preventivamente. Mas também pode ter pesado o rancor pessoal que Janot passou a ter desde que soube que nos telefonemas do ex-presidente, gravados por ordem de Moro, Lula reclamou da ingratidão do procurador-geral, que por ele foi nomeado duas vezes para o cargo.

    O fato é que para modificar sua posição, Janot respaldou-se nas gravações de uma conversa de Lula e a presidente Dilma, divulgadas irregularmente por Moro que depois desculpou-se perante o Supremo. Na interpretação do procurador-geral, a ligação comprovava que a posse foi antecipada visando apenas evitar que Lula viesse a ser atingido por alguma ordem de prisão de Moro.

    O curioso foi o procurador-geral endossar a tese de que o julgamento pelo Supremo a que Lula passaria a ter direito, é mais tranquilo do que o do juízo de primeiro grau. Se isso fosse verdade, políticos que estavam para ser julgados pelo STF não teriam renunciado ao mandato para verem seus processos descerem à primeira instância e assim ganharem tempo. Afinal, decisões do Supremo são praticamente irrecorríveis.

    Independentemente de qualquer coisa, o presidente interino Michel Temer nomeou dois ministros que também estão envolvidos na Lava Jato e eram investigados por Moro e agora terão que ser investigados pelo ministro Teori Zavascki.

    Gedel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e Henrique Eduardo Alves (Turismo) cujos nomes estão relacionados ao escândalo, não tinham direito a foro especial. Apesar das suas nomeações, o procurador-geral não se manifestou, tampouco ameaçou impedi-las. Ou seja, usou de dois pesos e duas medidas. Com Lula não podia. Com os atuais não tem problema.

    Conforme mostrou o jornal Extra desta sexta-feira, 13 – Temer inicia governo com mais citados na Lava Jato em ministérios do que o de Dilma -, apesar de Temer anunciar que a Lava Jato não sofrerá mudanças – “tornou-se referência e deve ter prosseguimento contra qualquer tentativa de enfraquece-la” -, no seu ministério há mais envolvidos na investigação do que no ministério que saiu com Dilma Rousseff.

    A diferença mais gritante, porém, é que hoje o Palácio do Planalto é ocupado por um presidente interino que foi citado nas investigações como tendo recebido R$ 5 milhões, como denunciou Eduardo Cunha, então presidente da Câmara dos Deputados. Já a presidente afastada pelo golpe de um impeachment sem que houvesse crime de responsabilidade, jamais teve seu nome envolvido em episódios como este.

    Em sua defesa, o então “vice-presidente decorativo” apresentou à Folha de S, Paulo, em 19 de dezembro do ano passado, “extrato de cinco doações da OAS ao PMDB declaradas à Justiça Eleitoral entre maio e setembro de 2014, totalizando valor semelhante ao citado por Pinheiro, ou R$ 5,2 milhões“, diz o jornal na reportagem Em mensagem, Cunha cita repasse de R$ 5 milhões a Michel Temer. O detalhe destacado pelo mesmo jornal é que pela denúncia de Cunha, o pagamento foi de R$ 5 milhões redondos e feito de uma unica vez, não em parcelas. Um conflito de versões.

    Relatório da Polícia Federal indicava que Marcelo Odebrecht envolvia José Serra no escândalo, mas o nome do então senador e hoje ministro, foi tampado. O JornalGGN depois mostrou como se confirmava que era de Serra o nome riscado. Reprodução do JornalGGN

    Relatório da Polícia Federal indicava que Marcelo Odebrecht envolvia José Serra no escândalo, mas o nome do então senador e hoje ministro, foi tampado. O JornalGGN depois mostrou como se confirmava que era de Serra o nome riscado. Reprodução do JornalGGN

    O Extra relaciona oito ministros envolvidos, na Lava Jato. Já a revista CartaCapital fala que Sete ministros de Temer são citados na Lava Jato.

    A diferença entre um e outro está no nome de José Serra, o novo ministro das Relações Exteriores. O jornal o cita, a revista o ignora.

    Na verdade, o nome de Serra apareceu em anotações de Marcelo Odebrecht, como constava do Relatório de Análise de Polícia Judiciária Nº 417 Do: APF Wiligton Gabriel Pereira , divulgado pelo Jornal GGN, em 22 de julho de 2015 na reportagem José Serra e a Veja aparecem nas anotações de Marcelo Odebrecht.

    CartaCapital fez um resumo das acusações de cada um dos sete ministros que a revista relacionou, que reproduzimos abaixo:

    Romero Jucá (PMDB-RR) – Planejamento, Desenvolvimento e Gestão

    O senador Romero Jucá, que vai assumir o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, está na lista de investigados que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) no início de 2015.

    Jucá foi citado por delatores como beneficiário de um esquema de desvio na estatal. Em depoimento à Polícia Federal em fevereiro deste ano, o senador admitiu que pediu a Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, doações para a campanha de seu filho, Rodrigo Jucá (PMDB), que foi candidato a vice-governador de Roraima.

    Em depoimento de delação premiada, Pessoa afirmou ter dado R$ 1,5 milhão ao PMDB de Roraima, em 2014. O empreiteiro disse, ainda, que entendeu que o pagamento estava relacionado à contratação da UTC, pela Eletronuclear, para obras da usina nuclear de Angra 3. Romero Jucá nega e atribui a doação ao “trabalho que desempenha como senador”.

    Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) – Secretaria de Governo

    Mensagens apreendidas pela Operação Lava Jato sugerem que o ex-ministro de Lula, ex-vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal e ex-deputado federal Geddel Vieira Lima usou sua influência para atuar em favor dos interesses da construtora OAS.

    Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) – Turismo

    Ministro do Turismo do governo Dilma, Alves volta à pasta menos de dois meses depois de deixar o cargo. O peemedebista é suspeito de receber propina do dono da OAS, Léo Pinheiro, em troca de favores no Legislativo.

    A investigação é baseada em mensagens apreendidas no celular de Pinheiro. Em algumas delas, o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), cobra Pinheiro por doações à campanha de Alves ao governo do Rio Grande do Norte. Para Janot, os pagamentos são, na verdade, propina.

    Mendonça Filho, Raul Jungmann, Bruno Araújo e Ricardo Barros

    Os deputados Mendonça Filho (DEM-PE), Raul Jungmann (PPS-PE), Bruno Araújo (PSDB-PE) e Ricardo Barros (PP-PR), que vão assumir os ministérios da Educação, Defesa, Cidades e Saúde, respectivamente, são citados na famigerada lista da Odebrecht apreendida pela Polícia Federal na sede da construtora, em março, durante a 23ª fase da Lava Jato.

    A lista foi tornada pública e depois colocada sob sigilo, mas os investigadores ainda não sabem se os nomes que constam nela receberam doações legais, ilegais envolvendo recebimento de propina ou dinheiro de caixa dois

    http://www.marceloauler.com.br/dr-janot-temer-deu-foro-especial-a-envolvidos-na-lava-jato-nao-vai-impedir/

  3. Manuel Castells apoia Dilma e pede mobilização nas ruas e redes

    Manuel Castells apoia Dilma e pede mobilização nas ruas e nas redes contra o golpe

    http://www.sul21.com.br/jornal/manuel-castells-apoia-dilma-e-pede-mobilizacao-nas-ruas-e-nas-redes-contra-o-golpe/

    Manuel Castells: "Temos que estar unidos e decididos a reverter o golpe. É a hora do movimento, do twitter, das passeatas e acampamentos". (Foto: Ramiro Furquim/Sul21)

    Manuel Castells: “Temos que estar unidos e decididos a reverter o golpe. É a hora do movimento, do twitter, das passeatas e acampamentos”. (Foto: Ramiro Furquim/Sul21)

    Da Redação  Sul21

     

     

     

     

    O sociólogo espanhol Manuel Castells divulgou nesta sexta-feira (13) mensagem de apoio à presidenta Dilma Rousseff. A mensagem, encaminhada a Marcelo Branco, ativista do movimento software livre, que está na Espanha, Castells propõe mobilização nas redes e nas ruas para derrotar o golpe de Estado. Segue a íntegra da mensagem de Castells:

    “Marcelo, nestes momentos temos que estar unidos e decididos a reverter o golpe. É a hora do movimento, do twitter, das passeatas e acampamentos, com muito pacifismo mas decididos. Se fizer um manifesto de intelectuais defendendo a Dilma (que, creio, deveria fazer) pode colocar meu nome na primeira fila. Se falar com Dilma diga que estou com ela. Este ataque à democracia e à dignidade por um bando de corruptos tem que ser contestado, acima das diferenças políticas que possamos ter entre os democratas e progressistas. Estou contigo e com Dilma nesta luta. Um Abraço, Manuel”.

  4. Nada temos a invejar ao reino de Lilipute

    “Não é desprezo pelo que é nosso, não é desdém pelo meu país. O país real, esse é bom, revela os melhores instintos; mas o país oficial, esse é caricato e burlesco. A sátira de Swift nas suas engenhosas viagens cabe-nos perfeitamente. No que respeita à política nada temos a invejar ao reino de Lilipute.”
    Machado de Assis, em “Diário Carioca’ (29.12.1861).

     

    do Machado de Assis – o bruxo do Cosme Velho” no

     Templo Cultural Delfos de Elfi Kürten Fenske

  5. chora, e chora tanto que o pavilhão se lave no teu pranto! …

     

    Senhor Deus dos desgraçados!

    Dizei-me vós, Senhor Deus!

    Se é loucura… se é verdade

    Tanto horror perante os céus?!

     

    Existe um povo que a bandeira empresta

    P’ra cobrir tanta infâmia e cobardia!…

    E deixa-a transformar-se nessa festa

    Em manto impuro de bacante fria!…

    Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,

    Que impudente na gávea tripudia?

    Silêncio.  Musa… chora, e chora tanto

    Que o pavilhão se lave no teu pranto! …  

     

    Auriverde pendão de minha terra,

    Que a brisa do Brasil beija e balança,

    Estandarte que a luz do sol encerra

    E as promessas divinas da esperança…

    Tu que, da liberdade após a guerra,

    Foste hasteado dos heróis na lança

    Antes te houvessem roto na batalha,

    Que servires a um povo de mortalha!…  

     

    Fatalidade atroz que a mente esmaga!

    Extingue nesta hora o brigue imundo

    O trilho que Colombo abriu nas vagas,

    Como um íris no pélago profundo!

    Mas é infâmia demais! … Da etérea plaga

    Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!

    Andrada! arranca esse pendão dos ares!

    Colombo! fecha a porta dos teus mares!

     

    Castro Alves, “Navio Negreiro”

    São Paulo, 18 de Abril de 1868.

      

  6. Os 12 maiores absurdos do Ministério Frankenstein

    Os 12 maiores absurdos do Ministério Frankenstein

    Eduardo Cunha indicou vários nomes e é um dos protegidos de Temer

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    Com ministros Michel Temer faz seu primeiro discurso como presidente interino - Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil

    Com ministros Michel Temer faz seu primeiro discurso como presidente interino – Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil

    Além de ser um forte candidato a pior ministério brasileiros desde a sua criação, em 3 de julho de 1822 – o da Justiça –, esse do governo provisório de Michel Temer contém muitas revelações.

    A primeira é que Eduardo Cunha não está morto. As suas digitais estão lá, em vários ministérios, inclusive no da Justiça, o que mostra que o afastamento do mandato e da presidência da Câmara, motivado por uma capivara assustadora, não o afastou do governo Temer, onde continua prestigiado e blindado e nem abalou as boas relações com o presidente da República interino, para espanto dos que achavam que ele não se deixaria contaminar por um personagem tão execrado pela opinião pública e chamado de “delinquente” pelo procurador-geral da República. E mostra, também, que ele trabalha continuamente, embora fora do seu gabinete, para se livrar da cassação no Conselho de Ética e conta com toda a retaguarda do novo governo para obter sucesso. E tudo indica que irá obtê-lo.

    A segunda revelação é que os escolhidos foram recompensados pelo empenho que demonstraram na guerra do impeachment, não só com seus votos, na Câmara e no Senado, mas no convencimento de indecisos e da opinião pública – sejam deputados, senadores ou presidentes de partidos – e não em função de sua competência para exercerem seus cargos, como será demonstrado logo adiante.

    A terceira é que o ministério parece ser uma espécie de bunker anti-Lava Jato, tal é a quantidade de envolvidos nas denúncias nele abrigados. Sinal disso foi a movimentação do ministro do STF, Gilmar Mendes. Ele anunciou que iria abrir investigação contra Aécio, mas, quando a participação do PSDB ficou definida, vinte e quatro horas depois, Mendes a arquivou, incontinenti, sem explicar o porquê.

    A quarta revelação é que todos os ministérios das minorias foram limados, indicando qual será o destino dos programas sociais e dos projetos que defendiam mulheres, negros, homossexuais, sem-terra, sem-moradia etc etc.

    A quinta é que a composição foi fechada a toque de caixa, tipo “pega esse ministério senão outro pega”, tal é a quantidade de pessoas erradas nos lugares errados e as fusões inexplicáveis, como por exemplo, a criação de um ministério que ao mesmo tempo cuida de Ciência, Tecnologia e Inovação e Comunicações.  

    A sexta revelação é que, a total e completa ausência de mulheres demonstra ter havido um forte componente sexista na deposição da presidente Dilma, pois, para esse grupo, de perfil notadamente misógino, política é coisa de homem, o que coloca em situação difícil a senadora Marta Suplicy, que construiu a sua carreira política defendendo os direitos femininos e agora deve estar se perguntando “o que eu estou fazendo aqui”?     

    Conhecido desde sempre como “mordomo de filme de terror”, Temer organizou, ironicamente, um verdadeiro ministério Frankenstein, dando um tapa na cara de empresários, industriais, comerciantes, diplomatas, artistas, educadores, cientistas e de toda a sociedade brasileira.

    Os 13 maiores absurdos são:

    1) Mendonça Filho, da tropa de choque de Eduardo Cunha, líder do DEM na Câmara, alvo da 7ª fase da Lava Jato por ter recebido R$ 250 mil das empreiteiras Odebrecht e Queiroz Galvão ecitado em grampo da Policia Federal em 2009 na Operação Castelo de Areia por ter recebido doação de R$ 100 mil da Cavo que pertence ao grupo Camargo Corrêa ficou com Educação e Cultura sem ter nenhum vínculo nem com uma coisa nem com outra, um verdadeiro escárnio para os educadores e os artistas brasileiros, castigados, provavelmente, por terem apoiado Dilma até o fim. Aliados do golpe mais qualificados foram barrados. O senador Cristóvão Buarque (PPS), por exemplo, dançou no momento em que afirmou, publicamente que votaria pela “admissibilidade”, mas que não se comprometia a votar do mesmo modo no “julgamento” presidido pelo STF. O presidente do PPS, Roberto Freire, também cotado, perdeu a vaga por ter tido participação apagada na trama.

    2) Bruno Araújo, um dos mais truculentos militantes pro-impeachment e defensores de Eduardo Cunha da Câmara que, às 23h07 do dia 17 de abril proferiu o voto que autorizou o prosseguimento do processo deimpeachment ganhou como recompensa o Ministério das Cidades, que tem mais afinidades com um engenheiro, enquanto ele é advogado;

    3) para retribuir os votos do PSD, Temer colocou Kassab (ex-Maluf, ex-Serra e ex-Dilma), presidente desse partido, fundado por ele justamente para combater o PMDB, em Ciência, Tecnologia e Comunicações (fundiu ministério que cuida de ciência com o que vai definir o limite da banda larga fixa, migração da estações de rádio AM para o FM e do desligamento do sinal de TV analógico), apesar de o ex-prefeito de São Paulo, sempre suspeito de malversação de verbas em todos os cargos pelos quais passou, ser engenheiro e corretor de imóveis. Kassab foi denunciado por improbidade administrativa quando, como secretário de Planejamento do ex-prefeito Celso Pitta seu patrimônio aumentou 316% acima da inflação; seu mandato de prefeito foi cassado em 2010 por suspeita de recebimento de doações ilegais na campanha de 2008; também foi denunciado por contratar, como prefeito de São Paulo, uma empresa para inspeção de veículos poluidores, a Controlar. Inexplicavelmente, reverteu todas as acusações na Justiça paulista.

    4) para retribuir os votos do PRB, seu presidente, o pastor evangélico Marcos Pereira, empregado do “bispo” Edyr Macedo, ganhou Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, sem ter tido qualquer intimidade com essa pasta fundamental, da qual depende a recuperação da economia brasileira, para espanto dos empresários da Fiesp, patrocinadores das domingueiras na Avenida Paulista animadas pelo Pato Amarelo;

    5) o maior plantador de soja e um dos maiores desmatadores do Brasil, Blairo Maggi, segundo político mais rico do brasil segundo a revista Forbes ficou com a Agricultura (os pequenos agricultores e a agricultura familiar devem estar apavorados, com razão). Em 2005, quando governador, Maggi foi considerado pelos ambientalistas como um dos maiores promotores dodesmatamento e da destruição daFloresta Amazônica. É dele a famosa frase: “Para mim, um aumento de 40% no desmatamento não significa nada; não sinto a menor culpa pelo que estamos fazendo aqui”.

    6) Leonardo Picciani, que se fingiu de líder do governo Dilma quando o PMDB rompeu com o governo, ficou com Esportes, ao assumir o papel de traidor de última hora, talvez por ser carioca, a terra dos Jogos Olímpicos, apesar de Romário, muito mais sintonizado com o tema, e também do Rio, ter se esforçado para “sobressair”;

    7) Romero Jucá, dono de uma coleção de ações penais no STF, dentre as quais uma referente a um episódio grotesco em que um de seus assessores jogou 100 mil reais pela janela do carro às vésperas da campanha eleitoral quando ia ser revistado pela polícia, é o titular do Planejamento (pasmem!);

    8) José Serra, sem nenhuma tradição na diplomacia, e que nas relações pessoais jamais foi diplomático, vai comandar Relações Exteriores, não se sabe se porque foi o que sobrou – e ministério ele não recusa – ou para dar andamento ao seu projeto de entregar o pré-sal às multinacionais do petróleo;

    9) O truculento Secretário da Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, que comandou a repressão aos estudantes de São Paulo vai para a Justiça, que nunca foi lugar de homens com perfil policialesco, à qual se subordina Polícia Federal      que investiga seu cliente Eduardo Cunha ;

    10) Henrique Eduardo Alves, envolvido pelo doleiro Alberto Yousseff na Operação Lava Jato e um dos integrantes da “lista de Janot”, em cuja residência o ministro Teori Zavascki autorizou buscas pela Polícia Federal a 15 de dezembro de 2015, em nova fase da Lava Jato, batizada deOperação Catilinárias, ganhou, ironicamente, a pasta de Turismo, talvez para ter um bom pretexto para ficar no exterior se o cerco apertar;

    11) O baiano Geddel Vieira Lima, um dos braços direitos de Temer ficou com a Secretaria de Governo, apesar de seus antecedentes pouco recomendáveis. Citado no escândalo dos “Anões do orçamento“, de 1993, em que parlamentares manipulavam emendas orçamentárias com a criação de entidades sociais fantasmas ou participação de empreiteiras no desvio de verbas, Geddel apoiava e liberou várias emendas para o líder do esquema, o deputado baiano José Alves, que ficou conhecido por afirmar que seu patrimônio se multiplicou por ter ganho 56 vezes na loteria só em 1993;  

    12) Outro integrante da tropa de choque de Eduardo Cunha, o deputado federal Ricardo Barros, que é engenheiro civil e que apresentou na Câmara projetos destinados a responsabilizar estudantes que desrespeitam professores e funcionários ou que violam regras de comportamento nas escolas e propôs aumento da pena aos bandidos que utilizam menores de idade nos crimes virou ministro da Saúde, sabe-se lá porque.

    Dá impressão que esse ministério foi criado, de caso pensado, não para tirar o país da recessão nem alavancar o crescimento, nem combater a corrupção, mas com a intenção de provocar reações barulhentas e violentas e justificar, em contrapartida, em nome do lema “ordem e progresso” o endurecimento repressivo dessa esculhambada democracia à brasileira.

    Link curto: http://brasileiros.com.br/w3wYN

     

  7. Vergonha deve se transformar em forç

    Paulo Moreira Leite

    13 de Maio de 2016Compartilhe no Google +Compartilhe no TwitterCompartilhe no Facebook:

     

     

    Ninguém tem o direito de ignorar o aspecto básico da conjuntura política inaugurada pela derrota de terça-feira passada, que definiu o afastamento provisório de Dilma da presidência da República e ameaça  inaugurar um período de regressão em toda linha nas conquistas obtidas pelos de 2003 para cá.

    Basta recordar o conteúdo superior da intervenção final do advogado geral da União José Eduardo Cardozo nos momentos que antecederam a votação.

    Foi uma argumentação clara, articulada, irrespondível, que ajuda a compreender que uma decisão por 55 votos a 22 só poderia ocorrer no terreno  apodrecido do Congresso brasileiro, notoriamente corrompido interesseiro, essencialmente desfavorável aos interesses da maioria que acorda cedo e paga as contas do mês com o suor de seu trabalho.

    O placar da farsa expressa uma  decisão vergonhosamente manipulada, barganhada em novos e velhos postos ministeriais e adjacências, produto da recuperação política de um grupo social minoritário mas politicamente poderoso para abater um projeto político vitorioso, responsável por avanços e melhorias deixaram marcas inéditas na história do país.

    Para começar um debate urgente e necessário sobre o que deve ocorrer nas próximas semanas e meses, onde corre-se o risco de ver uma  situação ainda provisória transformar-se num derrota definitiva, cabe reconhecer determinadas verdades essenciais.

    Cabe, para começar, descartar noções deterministas que tentam descrever o atual momento pela visão fatalista de “fim de ciclo” e outra simplificações, que sugerem um tempo já vencido, uma derrota já consumada e internalizada. É preciso ter força para recordar que o debate político mantém os mesmos fundamentos de uma sociedade dividida em classes e seus conflitos insuperáveis — e que a questão consiste em apontar alternativas viáveis a cada momento. Seja em ocasiões objetivamente favoráveis, seja em conjunturas mais difíceis.

    Não é nostalgia recordar que a partir de 2003 os brasileiros viveram um processo inédito de mudanças que beneficiaram a maioria pobre e explorada que, com todos os limites e inúmeras imperfeições, trouxe mudanças nunca vistas desde a chegada das caravelas  de Pedro Alvares Cabral às terras de  Santa Cruz. Esta herança deve ser reformada naquilo naquilo que precisa ser melhorado. Isso deve ocorrer a partir de um debate sem reservas prévias, que impediriam uma discussão necessariamente profunda e ampla. Mas o saldo é positivo e merece ser defendido e reconstruído, em vez de lanhado em cenas masoquistas de autoflagelação. 

    A alternativa concreta é conhecida. Representa o retorno em alta velocidade a um país que perdeu o comando sobre seu destino e  oferece a mão de obra de seus habitantes como mercadoria barata a ser explorada pelo mercado internacional, na atualização de um processo que se repete desde tempos coloniais, favorecendo a permanência de uma nação inviável e dependente na qual 0,1% controla e negocia a riqueza produzida por 99,9%.

    A recuperação deste projeto passa pelo retorno às raízes de uma força política construída na derrota do regime militar, que permitiu a organização independente da população explorada em partidos próprios, a começar pelo PT, e centrais sindicais antes proibidas, mas não só — e está na base da democracia política, de caráter cada vez menos elitista, que se expressa a partir da Constituição de 1988.

    Ninguém sabe como terminam períodos de ataque a democracia — como os dias que correm, que tiveram um ponto de passagem decisivo na decisão de 55 a 22. Mas todo sabem que estas mudanças começam por uma ofensiva contra as organizações populares,  as entidades de base, a desmoralização de lideranças mais expressivas, alvo de  perseguição política e medidas repressivas típicas de períodos de ditadura.

    Como indicam as mobilizações  importantes mas pouco numerosas ocorridas nos últimos dias, até no dia da decisão, a maioria da população vive um processo político já identificado. Compreende a necessidade de defender a democracia e boa parte já reconhece o caráter antidemocrático do afastamento da presidente. Não tem dúvida de que impeachment sem prova é golpe — visão confirmada por uma recuperação da própria Dilma nas últimas pesquisas, depois que passou a resistir às medidas que levaram a seu afastamento.

    Mas, num país que irá completar um segundo ano de recessão, com desemprego em alta e salários em queda, não é possível debater a recuperação da democracia sem explicar o caminho para a recuperação da economia, necessária para proteger direitos e conquistas que ajudaram a fazer a vida menos difícil e até melhor, em muitos casos. Não dá para aceitar a reforma da Previdência. Nem o fim da CLT, mesmo que disfarçado. Nem cortes em benefícios sociais em nome da austeridade com o bolso dos mais pobres.

    Este é o primeiro debate a ser feito nos dias que correm, e envolve a denuncia permanente das medidas recessivas, impopulares, que marcam os pronunciamentos do governo provisório. A luta pela recuperação da democracia não será feita sem a transformação das próprias forças mobilizadas neste processo, num processo combinado.

    Além de recuperar um governo, cabe compreender que será necessário recuperar uma ideia.

    O traço característico do período que vivemos,  inaugurado pela democratização que marcou o fim da ditadura, é conhecido. Pela primeira na história a maioria da população foi capaz de se organizar politicamente, de forma independente, em defesa de interesses que ela mesma reconhece como prioridades. Nessa situação, é capaz de se defender por conta própria e tenta impedir toda medida para que seja submetida a luxos e caprichos estranhos a suas necessidades. Na conjuntura aberta por uma decisão de caráter golpista, ainda que realizada no interior de ritos formais da Constituição, cumpridos de forma pervertidas, o controle, repressão e mesmo destruição de organização populares é mais do que uma opção — é uma necessidade para se impedir ações de repúdio e resistência.

    Não por acaso, embora Dilma seja o alvo primeiro e hoje mais visível, o objetivo profundo e permanente dos ataques envolve o destino de Luiz Inácio Lula da Silva. Em torno dele se concentram — em qualquer caso — as possibilidades de renascimento e recuperação. Presença obrigatória na despedida de Dilma, como principal personagem de uma obra que os brasileiros aprovam e não esquecem — como mostram seus índices de aprovação — Lula deixou o Palácio com a biografia exposta. A grande interrogação é saber o destino que lhe será reservado pela Lava Jato, da qual se tornou troféu obrigatório e mais luminoso. 

    Em conversas reservadas que manteve em Brasília, Lula deixou claro que considera que o Partido dos Trabalhadores deve apressar o debate interno e avançar na discussão de rumos a tomar no próximo período, inclusive pela escolha de uma nova direção. A pelo menos um interlocutor, que perguntou sua opinião sobre a proposta de realizar  novas eleições presidenciais, em outubro, Lula esclareceu sua posição: ao menos por enquanto, continua contra a ideia.

    As primeiras medidas tomadas pelos vencedores de terça-feira têm como prioridade impedir um julgamento sereno e justo, capaz de mostrar a natureza fictícia, forçada, de denúncias construidas artificialmente — alguém irá negar que o processo foi este? —  para incriminar Dilma de qualquer maneira.

    A pressa tem como finalidade eliminar os principais vestígios do governo Dilma, titular de uma legitimidade que os novos governantes não possuem e nunca terão, pois o problema está na origem.

    Vem daí a necessidade de realizar o julgamento de Dilma num processo rápido, que se inicia com a decisão de suspender o recesso de junho, garantindo o prazo necessário para se fornecer combustível às eleições de outubro, encaradas como a estreia da nova ordem, seu primeiro teste.

    Ao assinar um despacho no qual informava que não irá aceitar debater questões de mérito sobre o impeachment, o ministro Teori Zavaski deixou claro que  irá fazer sua parte para favorecer um julgamento rápido, contrariando visão anterior do presidente Ricardo Lewandovski. A divergência mostra um STF dividido, o que nem sempre favorece quem bate a sua porta em busca de auxílio para defender garantias constitucionais. 

    Do ponto de vista de Temer e seus aliados,  a prioridade eleitoral nem é vencer mas esmagar os adversários capazes de exibir musculatura para retornar em 2018.    

    Formado por legítimos representantes daquilo que a política brasileira tem de pior — boa parte recrutada, como se deve admitir, nas fileiras secundárias dos governos Lula-Dilma — o risco do governo Temer fazer água antes da hora é real. Nascido a sombra da Lava Jato, sete de seus ministros já foram citados na operação. Falta aguardar pelo ministro do STF que irá interditar a posse de quem passará a ter direito ao foro privilegiado que se negou a Lula, em tom indignado. Não é piada pronta, meus amigos. É frieza de profissional. Por isso, todo cuidado é pouco, quando se recorda que até autores do pedido de impeachment já reconheceram que o presidente em exercício merece ser acusado, investigado e condenado — se este for o caso — pelas mesmas denúncias apontadas contra Dilma.

    Chega a ser humilhante, vamos admitir. Cabe transformar essa vergonha em força.

  8. Temer é o cara!

     

    WikiLeaks: Temer foi informante da embaixada americana

    Cerra, Johnbim, Merval e Waack também estão também incursos no WikiLeaks    publicado 13/05/2016 Cerra e Temer

    Não deixa o WikiLeaks saber…

    Saiu no site Metrópoles:

    WikiLeaks afirma que Michel Temer foi informante dos EUA

    Os documentos seriam de 2006, mas a organização sueca só divulgou as informações na noite desta quinta-feira (12/5)

    Em documentos divulgados na noite desta quinta-feira (12/5) no Twitter, o perfil oficial do Wikileaks afirma que o presidente interino do Brasil, Michel Temer (PMDB), foi informante da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil.

    Segundo os documentos divulgados pela organização sueca, Michel Temer teria falado com a embaixada via telegrama e o conteúdo seria classificado como “sensível” e “para apenas uso oficial”. As transmissões dos arquivos teriam sido feitas no dia 11 de janeiro 2006 (quarta-feira), às 14h02 e no dia 21 de junho 2006 (quarta-feira), às 16h05. Não há informações sobre o fuso horário da entrega.

    Nos documentos divulgados, Temer passaria sua visão de como estava a situação política no Brasil na época. São opiniões sobre as eleições que ocorreriam em 2006, quando Lula foi reeleito.

    Temer teria analisado cenários em que o partido dele (PMDB) poderia ganhar as eleições. Nos documentos, ele também teria falado sobre as diferenças entre Lula e Fernando Henrique Cardoso. Em uma das frases citadas no texto, Temer teria dito que “as classes C, D e E acreditam que Fernando Henrique roubou dos pobres e deu para os ricos. Já Lula roubou dos ricos para dar aos pobres”.

    Os telegramas falam ainda sobre uma possível disputa entre um candidato do PMDB com Lula, caso não houvesse acordo entre os partidos. O nome de Anthony Garotinho teria sido cogitado neste momento, mas haveria uma resistência no PMDB. Germano Rigotto, na época governador do Rio Grande do Sul, e Nelson Jobim, ex-ministro da Defesa, também foram cogitados.

    Em outro trecho do documento, Temer se negou a prever como ficaria a corrida eleitoral, mas afirmou que haveria segundo turno. Disse apenas que “qualquer coisa poderia acontecer”. Na ocasião, ele teria confirmado que o seu partido não apresentava candidatos à presidência e que o PMDB não seria aliado do PT e nem do PSDB, pelo menos até o segundo turno.

    Temer teria dito que o PMDB elegeria, naquele ano, entre 10 e 15 governadores pelo país. O partido teria também as maiores bancadas no Senado e na Câmara dos Deputados. Sendo assim, o presidente que fosse eleito teria que se reportar ao PMDB para governar. “Quem quer que vença a eleição presidencial terá que vir até nós para fazer qualquer coisa”, teria dito o político.


    O WikiLeaks já revelou que o Padim Pade Cerra se comprometeu com a Chevron a entregar o pré-sal.

    O Nelson Johnbim foi ao embaixador americano, segundo o WikiLeaks, esculhambar a política externa do Governo a que servia – o do presidente Lula.

    O Ataulpho Merval , o William Traaack e um suposto repórter investigativo (sic), o que poupou os patrões na lista do HSBC, também foram apanhados pelo WikiLeaks com a boca na botija de Tio Sam.

    Viva o Brasil!

    Paulo Henrique Amorim
       

     

  9. Surto da Globo

    O surto dos jornalistas da Globo com o editorial do New York Times a favor de Dilma. Por Kiko Nogueira

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     Postado em 13 May 2016por :

     

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    Um editorial do New York Times desta sexta feira 13 de maio defende a realização de novas eleições aqui e dá uma traulitada, mais uma de uma boa série, no golpe.

    O título, em tradução livre, é “Tornando pior a crise política no Brasil”.

    Dilma está pagando um preço “desproporcionalmente alto” por má conduta administrativa. Muitos de “seus mais ardentes detratores são acusados de crimes mais graves” e políticos “que orquestram sua deposição foram associados a um grande esquema de propina e outros escândalos”.

    A liderança dela é considerada “péssima” e “abaixo do esperado”. Mas as pedaladas fiscais, usadas como base da acusação, foram “uma tática que outros líderes brasileiros utilizaram no passado sem sofrer grande escrutínio”.

    Sua saída “é provável, já que 55 dos 81 senadores brasileiros votaram a favor de seu afastamento”. Com isso, ficará mais fácil retomar a política usual do pagamento de propinas.

    Embora Dilma e seu partido tenham “se afundado nos últimos meses”, o PT ainda conta com “um apoio considerável, particularmente entre os milhões de brasileiros que saíram da pobreza nas últimas duas décadas”.

    “Os senadores que saboreiam a saída de Dilma devem lembrar que a presidente foi eleita nas urnas duas vezes”, diz o texto.

    É uma análise correta, sóbria e criteriosa daquele que é, ainda, o melhor jornal do mundo. Mas que despertou a ira de jornalistas da Globo e do Estadão. São os pitbulls da versão pseudo legalista, latindo a cada vez que a história que tentam emplacar é desmoralizada na Europa e nos EUA.

    Golpistas não gostam de ser chamados de golpistas. Canalhas não gostam de ser chamados de canalhas. A falta de decoro e de noção desse pessoal chegou a um ponto em que resolveram dar aulas de jornalismo ao Times.

    Jorge Pontual, correspondente da GloboNews que vem dando vexame há semanas (o último foi uma comparação muito louca de Dilma com Hitler que ele tentou, sem sucesso, corrigir), escreveu no Twitter que “New York Times defende Dilma em editorial”.

    A colega Lúcia Guimarães foi para cima numa espécie de surto psicótico.

    “É de enfurecer a repetição descerebrada de que a fraude fiscal equivale ao que FHC e Lula fizeram”, replicou. A ex-colega de Saia Justa Monica Waldvogel pontuou que “a conclusão [do NYT] é doidona” (?!?).

    A certa altura, Lúcia resolveu iluminar o pessoal do jornal, questionando em inglês o artigo. Se deu ao trabalho de colar um gráfico da Folha de S.Paulo. Obviamente, foi ignorada.

    Lúcia vive em Nova York. É uma ex-produtora do Manhattan Connection que, após a morte de Paulo Francis, por uns tempos deu  pitacos no fim do programa. Escreve uma coluna que ninguém lê numa publicação cada vez menos lida, o Estadão.

    Mora no Twitter, onde é como um pato velho se sacudindo no meio de um lago: só barulho. É fanática, autoritária e lelé a ponto de traduzir o discurso de posse de Michel Temer.

    Mais do que isso, é um símbolo do partidarismo escrachado da mídia brasileira, que conta com gente como ela para tentar dar um verniz institucional e democrático a um governo vagabundo e sem voto.

    A narrativa do golpe está consolidada. Se você não é cínico, estúpido, maluco ou de má fé, não consegue achar normal um sujeito como Cunha presidindo um processo de impedimento e um Michel Temer no poder. Ou fazemos de conta que é uma jabuticaba nacional e que só nós entendemos isso.

    Tentar vender esse peixe malcheiroso tem gerado esses momentos de pagação de mico. Agora, é o tal negócio. O pessoal deve olhar para o João Roberto Marinho respondendo matéria do Guardian na caixa de comentários e pensar: bom, já que o patrão faz essa zona e mente aí numa boa, por que não eu, é ou não é?

     

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    Sobre o Autor

    Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.

     

  10. “R$ 100 mil pro Michel, R$ 100 mil pro Eduardo, R$ 100 mil pro H

    O vídeo do “R$ 100 mil pro Michel, R$ 100 mil pro Eduardo, R$ 100 mil pro Henrique…” Que fim levou a ‘Caixa de Pandora”?

    100zinho

    A dica não é minha, é do amigo Luiz Fonte Boa, que justifica o sobrenome.

    A reportagem não é minha, é do UOL, e pode ser lida na íntegra aqui, afirmando que:

    A Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, coletou indícios de um mensalão comandado pelo Democratas em Brasília. Em meio às gravações, um vídeo mostra o ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal Durval Barbosa e o empresário Alcir Collaço, dono do jornal Tribuna do Brasil, conversando sobre pagamento de propina a políticos do alto escalão do PMDB: os deputados Tadeu Filippelli (DF), presidente do partido no Distrito Federal, Henrique Eduardo Alves (RN), líder do partido na Câmara, Eduardo Cunha (RJ) e Michel Temer (SP)presidente da Câmara.
    No vídeo, Durval Barbosa e Alcir Collaço conversam sobre o pagamento de R$ 800 mil mensais a parlamentares em troca de apoio a José Roberto Arruda, governador do Distrito Federal. “Arruda dá R$1 milhão por mês para o Filippelli”, diz Durval. Collaço corrige: “São 800 pau. R$ 500 mil para o Filippelli para fazer… vai R$ 100 mil para o Michel, R$ 100 mil para o Eduardo e R$ 100 para o Henrique Alves. São 800 pau”.
    A conversa foi gravada no dia 17 de setembro de 2009, no Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal. As gravações foram feitas pelo próprio Durval, em colaboração com a Polícia Federal na operação Caixa de Pandora, que investiga suposto esquema de pagamento de propina a políticos e empresários, coordenado pelo governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM).
    Michel Temer negou o envolvimento no esquema. Em nota, o deputado afirmou que é “irresponsável e descabida” a citação de seu nome na conversa. “Meu nome está em evidência. Não há absolutamente nada. Eu não tenho relações pessoais com o governador Arruda, mas mantenho relação política. Não sei por qual razão se destinaria verba para mim. É mais uma infâmia, lamento dizer isso, disse o deputado.
    Temer disse ainda que a divulgação do vídeo o fez viver um dos piores dias de sua vida de sua vida política. O deputado chegou a cogitar deixar a vida pública. ?Eu hoje começo a rever a possibilidade de continuar na vida pública. Se continuar na vida pública significa receber infâmias dessa natureza, não vale a pena estar nela. Tentar enlamear alguém que tem nome, graças a Deus, imaculado, sempre é uma vantagem, disse o deputado.

    Todos temos certeza de que o imaculado nome de Temer, também citado diversas vezes na Operação Castelo de Areia e também na Lava Jato, onde habitam nove ministros de seu governo, permanece belo, do lar e recatado.

    Mas seria bom que as legiões de “jornalistas investigativos” da nossa pequena grande mídia pudessem nos contar como acabou essa história.

    Será que Temer processou e condenou alguém ou a coisa ficou na base do “arquive-se”? O Eduardo Cunha, outro caráter sem jaça, entrou na Justiça contra os dois, para corrigir tamanha injustiça contra um homem honesto, citado ali só por maldade e maluquice do empresário, não é?

    Como a internet é má, muito má, Dr. Temer, o vídeo de Alceu Collaço falando a Durval Barbosa com todas as letras a escalação do time dos R$ 100 mil continua na rede. Daqui a pouco alguém faz uma versão em inglês do “100 thousands bribe”.

    E como o senhor é presidente para “restaurar a moralidade” no lugar de uma mulher que nunca foi acusada de “levar” um tostão, é bom se cuidar.

    Ah, o video também não é meu, é do IG.

     

     

  11. Cristovam Buarque, o estranho.

    Cristovam Buarque, o estranho.

     

    Por Carlos Fernandes

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     Postado em 13 May 2016por : Mestre na arte da hipocrisia

    Mestre na arte da hipocrisia

    O senador Cristovam Buarque parece estar se aperfeiçoando na terrível arte da hipocrisia. Além de cobrar dos outros aquilo que ele mesmo não faz, agora se diz surpreso com o resultado desastroso que sua lógica enevoada ajudou a construir.

    Não é tarefa fácil determinar em que ponto do caminho Cristovam se perdeu de sua história, mas sabemos com clareza o político em que se transformou quando critica a corrupção de seus adversários ao mesmo tempo que aceita caixa 2 oferecido por gente do PSDB para pagar as suas despesas de campanha.

    Como se não bastasse toda a sua contradição histórica ao se contrapor aos movimentos sociais durante a cruzada insana pelo golpe, tenta agora, com a desfaçatez de quem não assume os seus atos, descolar a sua imagem do terror que será inevitavelmente o governo Temer.

    Após divulgado o ministério de “notáveis” formado a toque de caixa pelo traidor da pátria, Cristovam não demorou para expressar em sua conta no Twitter a sua “estranheza” ao modelo de gestão adotado por um governo ilegítimo.

    Disse ele: “Ficou estranho um ministério sem mulheres, sem representantes de minorias e dos movimentos sociais”.

    Seria cômico se não fosse trágico. Em questão de horas a tão prometida “renovação” da política brasileira se desfez em cínicas demonstrações de decepção e “estranheza”.

    Não há absolutamente nada de estranho na equipe ministerial que irá servir aos desejos da plutocracia. Cada um deles está ali por um motivo bastante claro e definido: retomar a agenda entreguista, opressora e neoliberal que marcou toda a era FHC.

    Não é por acaso que ministérios como o da Cultura foram sumariamente banidos da vida política nacional. Cultura, obviamente, não faz parte dessa velha agenda que Temer faz querer crer ser a “ponte para o futuro”.

    Por tudo isso, alguém sequer cogitar que um governo que se originou do preconceito, do machismo, da intolerância, da ilegalidade e da divisão de classes seria minimamente destinado às mulheres, às minorias e aos movimentos sociais é de uma inocência desconcertante.

    Se esse alguém é um político de longa data como Cristovam Buarque, só podemos concluir que tudo não passa da mais escancarada má-fé. Nem o seu orgulho ferido seria suficientemente grande para mascarar uma realidade tão evidente.

    O que nos leva a algo ainda pior. Cristovam, movido pelos sentimentos mais mesquinhos, ao invés de defender ideais humanitários, preferiu entregar o seu povo e o seu país nas mãos de carrascos.

    Isso sim é realmente muito estranho.

    (Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).Carlos Fernandes

    Sobre o Autor

    Economista com MBA na PUC-Rio, Carlos Fernandes trabalha na direção geral de uma das maiores instituições financeiras da América Latina

     

  12. Será que vão entrar na justiça de novo ?
    Faculdade de Direito da UFMG amanhece ocupada por alunos contra impeachment

    
    URL: 
    http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-05/faculdade-de-direito-da-ufmg-amanhece-ocupada-por-alunos-contra-impeachment
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    13/05/2016 10p9Belo Horizonte
    Léo Rodrigues – Correspondente da Agência Brasil

    Estudantes da UFMG contrários ao impeachment acampam no pártio da Faculdade de DireitoLéo Rodrigues/Agência Brasil
    O pátio da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que reúne os cursos de direito e de ciências do Estado, amanheceu hoje (13) tomado por barracas de estudantes contrários ao afastamento de Dilma Rousseff da presidência da República. Eles começaram ontem uma ocupação e pretendem fazer debates e atos culturais no local.

    Cerca de 50 alunos passaram a noite no pátio. Eles se dividirão em diversas comissões para cuidar de questões como segurança, alimentação e comunicação. A mobilização é coordenada pelo Centro Acadêmica Afonso Pena (CAAP), entidade representativa dos estudantes.

    A presidenta do CAAP, Ana Carolina Oliveira, explica que não há objetivo de atrapalhar as aulas e que se trata de uma ocupação cultural. A finalidade é marcar uma posição contra o processo de impeachment em curso no país e a posse do presidente interino Michel Temer. “Entendemos que houve um golpe no país e não vamos reconhecer esse novo governo.”

    A ocupação foi aprovada em uma assembleia realizada pelo CAAP no dia 4 de maio e que pretendia discutir o processo de impeachment. A realização dessa assembleia chegou a ser proibida por uma liminar, concedida pela juíza Moema Miranda Gonçalves, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), decisão que gerou uma reação negativa de professores, estudantes e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O CAAP denunciou a medida como censura. Seus advogados entraram com recurso e o desembargador Marco Aurelio Ferenzini derrubou a liminar. “Essa decisão foi tida por muitos da comunidade jurídica como uma das mais autoritárias e antidemocráticas da nossa história”, diz o advogado dos estudantes Henrique Napoleão.

    Saiba Mais
    Estudantes da UFMG derrubam proibição de debate sobre impeachment
    Liminar impede estudantes da UFMG realizarem assembleia sobre impeachment
    A mobilização ganhou o nome de Ocupação Mata Machado, em referência ao ex-presidente do CAAP, José Carlos da Mata Machado, assassinado pela ditadura militar. De acordo com Ana Carolina, a diretoria da faculdade já está sabendo e não colocou nenhum empecilho. “Acho que todos estamos preocupados com o futuro da universidade pública. Com a volta das políticas neoliberais, podemos ver novamente um processo de sucateamento do ensino superior”, avalia. Procurado nesta manhã, o diretor da instituição Fernando Gonzaga Jayme ainda não foi localizado.

    A ocupação começou na noite de ontem com uma reunião, em que os estudantes puderam fazer uso livremente do microfone. Sabrina Carozzi, estudante de Ciências do Estado, disse não compreender alguns colegas que apoiaram o impeachment. “O curso de ciências do Estado nasceu com o Reuni, o programa de expansão de vagas desenvolvido pelos governos de Lula [Luiz Inácio Lula da Silva] e Dilma. Se hoje estamos na universidade, devemos às políticas educacionais dos últimos anos, que promoveram inclusão social”, destacou.

    Para a presidenta do CAAP, o futuro da ocupação vai depender da mobilização dos estudantes. “Acredito que nesta sexta-feira mais estudantes irão se somar à ocupação. Vamos realizando assembleias para deliberar se continuamos. No fim do dia, teremos uma assembleia.”

    Anastasia

    Em outra deliberação da Assembleia do dia 4 de maio, os estudantes decidiram convidar para um encontro o senador Antonio Anastasia, relator do processo favorável à admissibilidade do pedido de impeachment de Dilma Rousseff. Eles querem ouvir explicações sobre o relatório apresentado pelo parlamentar. Anastasia é professor licenciado da Faculdade de Direito da UFMG.

    Uma carta foi encaminhada ao senador, mas ainda não houve resposta. No texto, também assinado por professores da instituição, os estudantes defendem que as denúncias apresentadas contra a presidenta afastada Dilma Rousseff não são consideradas crime de responsabilidade e não justificam o afastamento. “Esse rompimento institucional deixará marcas históricas e dolorosas para o povo brasileiro e encerrará o ciclo democrático da Nova República. Não compactuamos com esta transgressão constitucional e democrática”, conclui a carta.

    PMDB

    Também na noite desta quinta-feira (12), um grupo de jovens, organizados pelo movimento Levante Popular da Juventude, realizou uma manifestação na porta da sede do PMDB, partido do presidente interino Michel Temer. Eles levaram instrumentos de percussão e gritaram contra o impeachment.

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