Considerações sobre as gravações

Por Jotavê

Comentário ao post “Intimidades entre Veja e o bicheiro

Precisamos ENTENDER o tema dessas conversas todas.

A primeira aconteceu em maio de 2009. Demóstenes alerta Cachoeira para o fato de que Policarpo está fulo da vida, pois “Aredes” (provavelmente Aredes Correia Pires, corregedor-geral da Secretaria da Segurança Pública de Goiás, preso na Operação Monte Carlo) se recusou a recebê-lo. Precisamos saber que reportagem estava sendo feita. Claramente, Demóstenes tem interesse numa declaração de Aredes (“nem que seja em off”) e está com medo que Policarpo Júnior volte-se contra o grupo de infiltrados de Cachoeira no Governo de Goiás caso Aredes se recuse a recebê-lo. Cachoeira se oferece para fazer o meio-de-campo. 

O motivo da desconfiança de Aredes é, ao que tudo indica, uma reportagem anterior publicada na revista (quem tiver acesso a números anteriores, basta folhear as revistas da época para saber de que se trata). Um certo “Norton” (provavelmente Norton Luiz Ferreira, chefe de comunicação da Polícia Civil goiana, que há poucos dias dava declarações à imprensa, prometendo uma “investigação rigorosa” dos fatos) teria dito a Aredes que tudo que saiu nessa reportagem seria “mentira”, que “não nada disso aí”. Foi aí que Aredes resolveu “explodir” Policarpo Jr., telefonando para Demóstenes Torres e dizendo que o repórter “é um vagabundo”. Demóstenes pede, então, que o próprio Cachoeira intervenha, dando garantias ao corregedor-geral da Secretaria de Segurança do Estado que Policarpo Jr. é “de confiança” e que “nunca furou com a gente”. Cachoeira se prontifica a ajudar o amigo, dizendo que já tem um jantar marcado com ele para aquela noite.

Que matéria é essa que deixou o corregedor-geral tão nervoso? Qual a razão do nervosismo? Que tipo de declaração o senador Demóstenes Torres esperava que o corregedor-geral do Governo Marconi Perillo fizesse, “nem que fosse em off”? Qual a razão do interesse?

Luis Nassif

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