Fora de Pauta

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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  1. Fora Temer: Fortaleza-CE, presente!

    Por volta das 17:00 h de ontem, 25 mil manifestantes saíram da Praça Cristo Redentor, em Fortaleza, em direção ao Náutico. O  trajeto foi um pouco contubardo porque a polícia escolheu as ruas de tal forma a não permitir o encontro com os coxinhas contrários ao Fora Temer que se escondiam ninguém sabe muito bem onde. Diz a polícia quer eles estavam concentrados no Aterro da Praia de Iracema. Para aqueles que querem ter uma ideia da dimensão do  FORA TERMER E CUNHA em Fortaleza, acessem http://www.conversaafiada.com.br/brasil/31-07-fora-temer

    O Jornal O POVO on line, o carro chefe do golpismo no Ceará, se limitou a falar sobre o número de participantes em cada manifestação. O enfoque não poderia ter sido outro considerando a manchete de hoje sobre o assunto: “Manifestantes contrários ao Temer fizeram passeata pedindo a realização de novas eleições. No Aterro de Iracema, outro grupo, pedia o impeachment da presidente Dilma.”

    Eu participei do Fora Temer até às 18:30 quando os manifestates foram obrigados a entrar na Rua Idelfonso Albano, em direção à Monsenhor Tabosa. Foi uma das maiores manifestações contra o golpe que eu já vi em Fortaleza, mas que o jornal o POVO, cujo o dono é golpista desde o tempo em que se encontrava  no últero materno, fez um esforço enorme para minimizar.

    17:40 O ato pelo Fora Temer em Fortaleza continua a crescer. O ato é puxado pela Frente Povo Sem Medo e segue em direção ao Náutico Atlético Cearense.

     


    Créditos: Mídia Ninja

    Mas não tem nada, não: com uma tiragem de 16 mil exemplares e encalhe diário de cerca de 35% desse valor, a versão impressa desse jornal está com os dias contados. 

     

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  2. A atriz Letícia Sabatella

    A atriz Letícia Sabatella passava pela Av. Paulista quando um bando de coxinhas começou a atacá-la de diversas formas, mas foi um homem branco, coxinha assumido, que se destacou, ao chamá-la de puta por diversas vezes, enquanto a atriz o filmava. Uma cena patética, horrorosa, que diz bem quem são essas pessoas. Muito triste!

  3. Estatal norueguesa agarrou correndo petróleo brasileiro

    Estatal norueguesa agarrou correndo petróleo que golpistas jogaram fora

    Por Eduardo Guimarães

    petroleo capa

    Não vá falar para os “atrasados” noruegueses sobre privatização ou regime de concessão de empresas e campos de petróleo, respectivamente. Vão mandá-lo catar coquinho, porque consideram o petróleo um negócio altamente estratégico e que deve ficar sob controle do Estado, e esse conceito é cada vez mais difundido mundo afora.

    Antes de prosseguir, porém, vale explicar de que nação estamos falando quando falamos da Noruega. Pelo 12º ano consecutivo, só deu ela: no fim do ano passado, foi eleita pela ONU, novamente, como o melhor pais do mundo para se viver. Segundo Jens Wandel, diretor do Programa de Desenvolvimento da ONU, o sucesso do país consiste em combinar o crescimento de renda com um elevado nível de igualdade.

    “Ao longo do tempo, a Noruega conseguiu aumentar sua renda e, ao mesmo tempo, garantir que os rendimentos sejam distribuídos de modo uniforme”, diz Wandel.

    Pelo que dizem os basbaques hipnotizados pela mídia e pelos políticos privatistas que tomaram o poder de assalto, porém, os noruegueses são “atrasados” por manterem o petróleo sob controle estatal.

    Com direitos trabalhistas rígidos e ampla rede de proteção social aos cidadãos, os noruegueses confrontam os picaretas que tomaram o poder no Brasil e que afirmam que ter muito petróleo, hoje, virou quase uma maldição, e que quanto mais precárias as condições de trabalho e mais ralos forem os programas sociais, melhor.

    Privatizar, privatizar e privatizar é o que pregam os privatistas ressuscitados pela crise econômica forjada pelo golpismo.

    Na semana passada, os golpistas conseguiram entregar aos “atrasados” e “desinformados” noruegueses um campo de petróleo que especialistas e jornalistas do setor petrolífero consideram que valia quase o triplo do preço pelo qual foi doado para a estatal de petróleo do melhor país do mundo para se viver, a Noruega.

    O campo de Carcará foi vendido para a empresa estatal de petróleo norueguesa batizada com o sugestivo nome de Statoil, uma das maiores do mundo. Segundo vários especialistas, o negócio de 8,5 bilhões de dólares poderia ter sido fechado por 22 bilhões, se respeitado o potencial do campo que foi vendido.

    A mídia corporativa tradicional tratou de forma diferente o caso, limitando-se a registrar o negócio. Mas há anos vem defendendo a privatização da Petrobrás e a entrega dos campos do pré-sal a petroleiras estrangeiras sob regime de concessão, ou seja, por um regime em que a empresa que explora o campo petrolífero fica com tudo que encontrar e paga ao Estado apenas os impostos, enquanto que nos governos petistas o regime era de partilha, ou seja, tudo que a empresa exploradora encontrasse seria do Estado e ela receberia apenas uma remuneração pela prestação de serviço.

    O governo Temer está seguindo a pregação midiática e a prática da direita quando governava o país, até 2002. Vem pregando a privatização de campos de petróleo e quem sabe até da própria Petrobras. E vendendo a teoria de que petróleo é um ativo que irá perder valor.

    A Petrobras, no entanto, vendeu o campo de Carcará para a norueguesa Statoil e pretende ampliar sua parceria com essa empresa, disse a diretora de exploração e produção da estatal brasileira,  Solange Guedes. “Temos um memorando de entendimento que começa a ser negociado agora.” Segundo ela, há uma série de ações em potencial para novos acordos, considerando que os negócios das companhias são complementares.

    De acordo com Solange, essa parceria com a Statoil sempre foi uma ambição. “A Statoil é reconhecida mundialmente como uma empresa competente na gestão de ativos maduros”, disse ela. Segundo a diretora, a Petrobras vai direcionar as discussões para que possam trabalhar conjuntamente, buscando “alavancar valores em ativos maduros existentes”.

    É uma contradição da administração atual da Petrobrás, que está adotando um caminho diametralmente diferente do adotado pela Statoil, pois o sistema norueguês prevê forte ação estatal no que diz respeito ao petróleo.

    No modelo norueguês, não há leilão nem licitação para decidir que companhias petrolíferas vão extrair o óleo de sua costa marítima. A última palavra é do governo.

    Criado em 2001 pelo Partido Trabalhista, o modelo norueguês estipula que as empresas interessadas devem apresentar suas propostas para exploração de determinado campo ao Diretório de Petróleo da Noruega.

    Órgão similar à ANP (Agência Nacional de Petróleo), mas não independente e vinculado ao Ministério do Petróleo e Energia. Cabe a esse diretório analisar tecnicamente as propostas. O passo seguinte é informar aos ministros de Finanças e do Petróleo as empresas que considera mais experientes, com capacidade financeira e tecnologia para ganhar o direito da exploração.

    Com base nesses estudos do diretório, o governo faz a escolha. Inclusive se outra estatal norueguesa, a Petoro, será ou não sócia daquele campo. Decisão sempre é tomada de acordo com o potencial da reserva em disputa pelas empresas privadas. Os noruegueses não se aferram tanto a modelos, mas a conjunturas para cada caso, o que soa muito mais lógico.

    Na Noruega, a Petoro, 100% controlada pelo governo, tem participações que vão de 5% a 65% em vários campos de petróleo na plataforma continental. O governo pode também decidir que a sua empresa ficará de fora de certas áreas. Nesse caso, o Estado deixa de ter participação direta no negócio, não lucrando com o faturamento do consórcio, mas recebe impostos pagos pelas petrolíferas – na casa dos 78%. Tributos cobrados de todas as empresas do setor.

    Já a Petoro, a estatal pura, é isenta. Ela funciona como administradora da riqueza do petróleo. Não é, porém, operadora, não comanda plataformas. Isso fica por conta de uma das empresas que participa com ela da exploração do campo.

    Além da Petoro, o governo também controla a Statoil, a primeira estatal norueguesa no setor, da qual possui 62,5% das ações. É a Petrobras norueguesa, que opera diretamente os campos, tem ações em Bolsa e investimentos em outros países, o que a sua irmã puramente estatal não pode fazer.

    Criada em 1971 também pelo Partido Trabalhista, legenda de linha parecida com a do PT, a Statoil surgiu logo depois das descobertas dos megacampos de petróleo. Até então, o setor privado era quem se arriscava no negócio de encontrar óleo na costa do país.

    Ao longo dos anos, tornou-se uma empresa poderosa com as descobertas das grandes reservas de óleo, que fizeram da Noruega o terceiro maior exportador mundial de petróleo e o quinto produtor.

    Enquanto no Brasil a mídia e os novos donos do poder pregam que petróleo não vale mais nada e que é bom vendê-lo por qualquer preço porque em breve ninguém mais vai querer, amparam-se na baixa conjuntural do preço da commodity e nos prejuízos que quedas do preço do petróleo causam às petrolíferas de toda parte para “provar” esse ponto de vista.

    Esse é um golpe, um conto do vigário. No gráfico abaixo o leitor pode verificar que preço do petróleo sempre oscilou com força, para cima e para baixo.

    petroleo 1

    A baixa atual nem é das maiores. O ciclo de valorização do petróleo virá, e quando vier, se os golpistas tiverem conseguido jogar o pré-sal no lixo, perderemos oportunidade que poderia educar uma geração com ensino de primeiro mundo bancado pelas receitas do petróleo.

    É óbvio que a Petrobrás está endividada. A investigação de casos de corrupção que sempre existiram na empresa transformou-se em um show político destinado a derrubar o governo Dilma e a empresa Além disso, há os problemas gerados pela baixa do preço do petróleo e pela necessidade de investir na exploração hoje para colher os frutos amanhã.

    Mas que ninguém tenha dúvida de que daqui a algum tempo o preço do petróleo voltará a subir. E se o golpe contra Dilma vingar, daqui a algumas semanas Temer irá torrar todo esse patrimônio público a preço de banana e deixará a Petrobrás sem dívida, sim, mas, também, sem patrimônio.

    Em uma metáfora rápida, é como se você desse uma entrada de 300 mil reais em um imóvel de um milhão e, por ter dificuldade de pagar as parcelas, resolvesse entregar o negócio para algum espertalhão que lhe daria 30 mil e arcaria com o financiamento. O detalhe é que, apesar da dificuldade, seria possível pagar o imóvel, mas com a saída do negócio o prejuízo foi materializado e tornado irreversível.

    As mudanças radicais que estão para ser feitas na Petrobras vão na contramão do que ocorre no resto do mundo no setor do petróleo. Cada vez mais as nações adotam empresas estatais para explorar o petróleo que têm e impõem regimes de partilha como os adotados pela Petrobrás antes da chegada dos golpistas ao poder.

    Por trás do golpe contra Dilma Rousseff está o maior crime de lesa-pátria da história deste país: roubar o pré-sal e vendê-lo a preço vil – se possível, junto com a Petrobrás – a fim de que alguns grupos políticos consigam propinas gigantescas que serão pagas pelos felizes compradores do saldão petrolífero que o governo de facto de Michel Temer já começa a levar a cabo.

    http://www.blogdacidadania.com.br/2016/07/estatal-norueguesa-agarrou-correndo-petroleo-que-golpistas-jogaram-fora/

  4. Cúpula da Embraer autorizou pagar propina no exterior

    EMBRAERGATE – Cúpula da Embraer autorizou pagar propina no exterior

    Funcionário da empresa fez a procuradores relato detalhado sobre negócio na República Dominicana Companhia brasileira separou US$ 200 mi para multa ao governo dos EUA, que começou a investigar o contrato

    Wálter Nunes / São Paulo

    Um funcionário da EMBRAER com mais de 30 anos de casa disse, em depoimento ao Ministério Público Federal do Rio, que a cúpula da empresa autorizou o pagamento de suborno a uma autoridade da República Dominicana durante negociações para venda de oito aviões Super Tucanos, entre 2008 e 2009.

    Gerente da área de defesa da companhia, Albert Phillip Close assinou acordo de delação premiada para colaborar com as investigações e no dia 4 de abril deste ano revelou aos procuradores detalhes sobre as negociações.

    Segundo ele, a EMBRAER pagou US$ 3,5 milhões de propina ao coronel aposentado da Força Aérea Carlos Piccini Nunez, que dirigia a área de projetos especiais do Exército dominicano na época. O contrato obtido pela Embraer tinha o valor de US$ 92 milhões.

    O caso foi descoberto pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que informou a empresa e as autoridades brasileiras sobre os delitos em 2010. A EMBRAER tem colaborado com as investigações, por temer punições previstas pela legislação americana para empresas com negócios nos EUA que praticam atos de corrupção no exterior.

    Documentos foram compartilhados com o procurador brasileiro Marcelo Miller, que até o mês passado fazia parte da força-tarefa que conduz a Operação Lava Jato.

    Em comunicado sobre os resultados do segundo trimestre, divulgado na sexta-feira (29), a EMBRAER informou que separou US$ 200 milhões (R$ 685 milhões) para o pagamento de uma multa que deverá ser definida em breve como consequência das investigações americanas.

    A empresa informou também que negócios em outros países também estão sendo analisados, e não só na República Dominicana. Uma pessoa que acompanha as investigações disse à Folha que os EUA examinam contratos da EMBRAER em nove países.

    Albert Close, o gerente que colabora com as investigações no Brasil, disse ao procurador Miller que começou a examinar o caso da República Dominicana em 2009, quando foi encarregado de analisar um contrato da EMBRAER com uma empresa chamada 4D, de US$ 3,5 milhões.

    “O documento não tinha estrutura, não tinha objeto e não descrevia os serviços prestados”, disse Close. Após falar com seus subordinados, ele descobriu que a 4D era de uma pessoa chamada “Piccini” e mandou cancelar o pagamento. “Como não havia base para a contratação, não houve pagamento naquele momento”, afirmou Close.

    Piccini era o coronel Carlos Piccini Nunez. Como o pagamento da propina não saiu, o militar passou a assediar os funcionários da Embraer, disse Close, cobrando a propina por telefone e publicando mensagens no Facebook.

    O gerente disse que então avisou seu superior, Orlando José Ferreira Neto, vice-presidente-executivo de defesa e segurança. Segundo Close, o chefe desconhecia o assunto e pediu que analisasse se a 4D tinha prestado os serviços previstos em seu contrato.

    No segundo semestre de 2009, disse Close, dois funcionários da EMBRAER viajaram à República Dominicana para discutir o contrato dos Super Tucanos. Eles se reuniram com um senador dominicano, que, segundo Close, cobrou a propina de forma “muito agressiva” e ameaçou impedi-los de deixar o país.

    TUBARÃO 

    Uma pessoa familiarizada com o caso disse à Folha que o senador reteve os passaportes dos brasileiros e avisou que, caso a dívida não fosse paga, os dois funcionários “virariam comida de tubarão”.

    Segundo Close, os brasileiros ficaram assustados e foram orientados por Ferreira Neto a pagar imediatamente parte da propina, “cem ou quatrocentos mil dólares”. Mas o coronel Piccini continuou cobrando o restante.

    Em setembro de 2009, segundo o delator, seu chefe disse que a empresa havia decidido pagar tudo. Ferreira Neto era subordinado diretamente ao então presidente da EMBRAER, Frederico Fleury Curado. Para Close, a operação teve o aval de Curado.

    O gerente disse ter sido informado pelo chefe de que um antigo consultor da EMBRAER ficou encarregado de fazer os pagamentos a Piccini. Para isso, seu contrato com a EMBRAER foi alterado pelo então vice-presidente jurídico, Flávio Rimoli, disse.

    Atualmente, Rimoli é vice-presidente de governança corporativa, auditoria e controle
     
    OUTRO LADO 

    Empresa diz que colabora com as investigações 

    A EMBRAER não quis fazer comentários sobre o depoimento prestado por seu gerente Albert Phillip Close ao Ministério Público Federal, dizendo por meio de nota de sua assessoria de imprensa que “não é parte desse processo” e “não tem acesso às informações nele contidas”.

    Em comunicado ao mercado divulgado na sexta-feira (29), a empresa afirmou que tem colaborado com as investigações conduzidas pelo Departamento de Justiça dos EUA e pela SEC, o órgão do governo americano que fiscaliza o mercado de ações.

    “A companhia contratou advogados externos para realizar uma investigação interna em operações realizadas em três países”, disse a Embraer. “Em decorrência de informações adicionais, a companhia voluntariamente expandiu o escopo da investigação interna para incluir as vendas em outros países.”

    Segundo a empresa, as negociações com as autoridades americanas para encerrar as investigações avançaram neste ano. A EMBRAER deverá pagar uma multa, para a qual separou em junho a quantia de US$ 200 milhões (equivalente a R$ 685 milhões).

    Segundo a empresa, o acordo em discussão com o governo americano livrará a EMBRAER de um processo criminal e a obrigará a contratar um monitor independente para avaliar o cumprimento do que ficar combinado.

    O advogado José Luis de Oliveira Lima, que representa Close, disse que o processo é sigiloso e não tem nada a comentar. O ex-presidente da EMBRAER Frederico Fleury Curado, que deixou o cargo em junho, não quis se manifestar.
    O advogado Celso Vilardi, defensor do executivo Flavio Rimoli, afirmou que o fato de ele ter examinado os contratos com a República Dominicana “não quer dizer que ele soubesse de qualquer irregularidade”. A Folha não localizou a defesa do ex-vice-presidente da Embraer Orlando José Ferreira Neto.

     

    http://www.defesanet.com.br/embraer/noticia/23085/EMBRAERGATE—Cupula-da-Embraer-autorizou-pagar-propina-no-exterior-/

     

  5. A Globo não disse, mas teve uma vontade enorme de dizer

    As manifestações de ontem foi um comemoração pelos 462 anos, 7 meses e 6 dias de São Paulo, mas que alguns manifestantes DESINFORMADOS confundiram com o FORA TEMER. 

    E o FORA TEMER só teria ocorrido na cabeça de alguns blogueiros sujos.

  6. juiz Sérgio Moro

    A família do juiz Sérgio Moro, em breve, vai estar entre as mais ricas e poderosas na revista Forbes

    Bem no início, eu acreditava que a ideologia era o foco do juiz Sérgio Moro! Entretanto, no decorrer da operação foi ficando transparente que seus interesses nada tinham a ver com moralidade, o que ele quer é poder, e fortalecer seus negocios. Essa certeza absoluta ficou concretizada quando a operação lava Jato começou a ficar com 10% dos acordos de leniência nos negócios de corrupção na Petrobrás, ou seja, em Curitiba, Moro. Como pode um juiz de primeira instância contrariar decisão do ministro do STF, Teori Zavascki (1) que proibiu essa cobrança imoral?

    Já no mensalão, começamos a ficar desconfiados, quando lá, Moro, como assistente da ministra Rosa weber, e Joaquim Barbosa, como chefe, julgaram e prenderam vários parlamentares, a maioria do PT, e nem sequer julgaram o mensalão tucano, que está prescrevendo sem julgamento.

    Essa blindagem aos tucanos é de graça? Na Lava Jato,  juiz Moro não aceitou investigar o governo de FHC, várias vezes delatado na Operação. E o filho de FHC, também citado em propina na Petrobrás, em delação  premiada (6), e Moro nada faz. Nem mesmo com o próprio FHC reconhecendo em livro, Diários da Presidência, que havia corrupção na Petrobrás, em seu governo.

     Além disso, vários senadores do PSDB foram citados em delação e nenhum preso, nem investigado! Foi o Antonio Anastasia, Aloysio Nunes, Aécio Neves, este várias vezes. Foi aí que me lembrei  da denúncia de que a esposa do juiz Moro, a advogada Rosangela Moro, trabalha para o PSDB e para empresas estrangeiras de petróleo. A blindagem dos tucanos faz parte do contrato entre a esposa do juiz e o PSDB (3)?

    E a privatização da Petrobrás, que avança a passos largos no governo golpista de Michel Temer, tem como principal algoz a Lava Jato. Se a privatização da Petrobrás acontecer quem lucra principalmente são as multis de petróleo e a esposa de Moro representa algumas delas (2). Pode isso? Um juiz arrebenta a empresa e a esposa dele recebe os dividendos?

    Não podemos esquecer que o juiz Moro chamou os procuradores estadunidenses para investigar a Petrobrás e teve como reconhecimento prêmio do governo dos EUA e destaque nas suas principais revistas Fortune e Time. Eles legalizaram a espionagem!

    Com certeza, se o Juiz Moro mandasse os procuradores brasileiros investigar a Chevron, petroleira estadunidense, não ia ter o aval de Washington. Mas existe a denúncia grave do Wikleaks, através de intercepção de correspondência que o tucano José Serra, que prometeu quando candidato derrotado nas eleições presidências de 2009, favores a Chevron em prejuízo da Petrobrás (4).

    E os vazamentos seletivos para a Globo e para o banqueiro André Esteves também eram de graça? Como pode uma operação vazar tanto e nada acontecer?

    E quando chega a denúncia de que a esposa de Moro está envolvida nos escândalos que deram rombo de bilhões de reais no estado do Paraná, conhecido como a ‘Industria das Falências’, clareou(5):

    A família Moro não têm como foco a ideologia, mas sim os negócios.

     

    Rio de Janeiro, 01 de agosto de 2016 

     

    Autor: Emanuel Cancella, – OAB/RJ 75 300              

      Emanuel Cancella é petroleiro, coordenador-geral da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e do Sindipetro-RJ.

    OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

     

    Fonte:

    1-      http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/06/1785712-acordos-de-leniencia-preveem-repasse-de-10-para-a-lava-jato.shtml

     

     2-  http://www.megacidadania.com.br/mulher-de-moro-obtem-ganhos-conflitantes/   

     

     3- http://www.plantaobrasil.net/news.asp?nID=84445

     

     

     

       4-  http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po1312201002.htm

     

    5-       http://linkis.com/blogspot.com/K2ofA?next=5

     

    6 – http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/06/1777678-petrobras-orientou-negocio-com-firma-ligada-ao-filho-de-fhc-diz-cervero.shtml

     

     

        

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