Fora de Pauta

O espaço para os temas livres e variados e as matérias para serem lidas e comentadas. Concentraremos aqui o antigo Clipping.

Redação

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  1. Pesada concorrência

    PESADA CONCORRÊNCIA – Digamos que o primeiro tempo da disputa presidencial se encerrou no dia 05 de outubro de 2013, prazo final para as mudanças partidárias, com vistas ao pleito vindouro. A tese primeira da oposição, à direita e à ‘esquerda’, era a de semear o maior número de candidaturas presidenciais, para forçar um hipotético segundo turno.

     

    Cogitou-se, a certa altura, o aparecimento das oposicionistas candidaturas de Aécio Neves pelo PSDB, de José Serra pelo PPS, Marina Silva pela Rede, Eduardo Campos pelo PSB e Joaquim Barbosa por algum outro partido (ele tem prazo até 05 de abril, de modo que esta é uma questão em aberto).

     

    De toda sorte, a conjuntura com cinco candidaturas oposicionistas (fora os partidos nanicos) teria um potencial altamente lesivo para Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores. Propiciaria inequivocamente o segundo turno e a união de todos contra o PT poderia, inclusive, derrotar as pretensões da legenda de Lula.

     

    Nada disto se confirmou. Serra ficou no PSDB, Marina não conseguiu oficializar a Rede e Barbosa, que ainda tem prazo, por ora afastou qualquer possibilidade de candidatura. Isto é de certo modo alentador para Dilma. As teses oposicionistas, num primeiro momento, não se materializaram. Não se pode descartar, contudo, que outras candidaturas surjam no ano que vem, o DEM  e o PPS chegaram a ensaiar tais movimentos.

     

    Teremos até o mês de junho uma espécie de segundo tempo, onde ocorrerão intensas negociações em torno das alianças partidárias em nível nacional e estadual. Aécio Neves foi lançado por FHC em dezembro de 2012, e cometeu o rotundo e talvez irreparável erro de se apresentar como um fiador da economia política dos anos 90. Ser ungido por FHC é como mergulhar em alto mar com uma âncora presa ao pescoço.

     

    A falta de pegada de Aécio, combinada com o voraz apetite do eterno candidato José Serra, parece ser um complicador a mais para a consolidação da mineira candidatura tucana. O PSB estava já a ponto de desistir da disputa, pois Eduardo Campos sabe que não teria condições de interferir na polaridade PT-PSDB. Isto não aconteceu graças a providencial ajuda de Marina Silva, que, pragmática e autocraticamente, deu de costas para a ‘horizontalidade’ da Rede e caiu nos braços dos ‘socialistas’.

     

    Este lance deu fôlego ao governador pernambucano, resta saber se ele manterá a candidatura ou abrirá mão em favor de Marina Silva. A pressão dos setores da direita oposicionista será intensa a favor deste câmbio. Se Eduardo Campos tem mesmo o projeto de subir a rampa do Palácio do Planalto, não seria do seu interesse que outra candidatura derrotasse Dilma em 2014, que não a dele próprio.

     

    Vejamos, se a candidata for Marina, e vencer, ele ficaria na fila até pelo menos 2022. O mesmo raciocínio valeria para uma eventual vitória de Aécio Neves.

     

    Quanto às alianças, Dilma Rousseff chegará para 2014 mais forte neste quesito do que estava em 2010. Aécio Neves (ou Serra?) lutará com força para angariar o apoio formal ou a neutralidade do PTB e do PP, além de já contar com o apoio do Solidariedade do Paulinho da Força.

     

    Eduardo Campos, neste ponto, está deveras fragilizado. Além do PSB, com quem mais irá contar? Se fosse hoje, com mais ninguém. O PPS de Roberto Freire está em disputa interna, com o seu presidente defendendo o apoio ao candidato Aécio Neves.

     

    O favoritismo de Dilma Rousseff decorre de alguns pontos de fundamental importância. A saber. Ela não é mais aquela candidata desconhecida de 2010, o tal do ‘poste’ do Lula. Entra com um recall que lhe será de grande valia. A economia segue firme frente às intempéries internacionais, com a manutenção do pleno emprego, da inflação controlada, da distribuição de renda em marcha batida e dos aumentos na massa salarial.

     

    Curioso notar também que as taxas de rejeição de Dilma, Aécio e Eduardo Campos, segundo os últimos levantamentos, são bastante parecidas, em que pese Dilma ser muito mais conhecida. Serra tem uma rejeição colossal, só inferior à rejeição de FHC, e Marina tem a rejeição mais baixa, pelo menos neste momento.

     

    Enfim, o favoritismo de Dilma é perigoso se o PT acreditar que levará o pleito de barbada. Nunca levou e não levará em 2014. Quanto à oposição, está perdida, sem discurso, errática até não poder mais. O PSDB dá sinais de fadiga, o que seria normal se estivesse a frente do governo. O PSB surge querendo tomar o lugar dos correligionários de Aécio Neves.

     

    Quanto aos partidos nanicos, não há muito o que acrescentar. A ‘esquerda’ fragmentada possivelmente se apresentará novamente com 04 candidaturas (PSOL, PSTU, PCO e PCB). O grande desafio para eles será ultrapassar, somados, a marca de pelo menos 01% dos votos. Algo que não conseguiram fazer em 2010…

     

    E o Lula? Lula está articulando nos bastidores e ainda nem sequer entrou em campo. Ele é peça chave para o ano que vem, para a felicidade de Dilma Rousseff e para desespero das múltiplas oposições.

  2. Lá no capitel

    LÁ NO CAPITEL

    Atrás do capitel, que mel, a Mel e o Jardel trocam carinhos e belas palavras, em forma de cordel. 

    Chega o seu Gabriel, pai da Mel, e, aos gritos, expulsa Jardel. 

    Velho pinel, não vê que estamos a contemplar a beleza do céu, retruca Jardel. 

    Guri de calça curta, teu verbo não vale um pastel, devolve Gabriel.

    E lá vai o seu Gabriel, levando consigo a Mel. 

    Coitado do Jardel. 

    Gabriel lembra da Raquel, mãe da Mel, com quem se encontrava, escondido, atrás do mesmo capitel. 

    Amolece o coração do duro coronel… 

    À socapa planejam um reencontro, a Mel e o Jardel, bem longe do seu Gabriel. 

    Vale tudo para contemplar e dizer da beleza do céu. 

    Dali veio o casório e também a filha mais velha, Jezebel. 

    Ela e o Abel foram vistos lá, que mel, no mesmo capitel. 

    Ai meu Deus do céu!

    Eu pego esse guri de calça curta, pragueja Jardel. 

    Ao seu lado, sorrindo, se abraçam a dona Raquel, a Mel e o seu Gabriel. 

    Sob o céu, atrás do capitel, muitas histórias de amor.

  3. Pesquisadores elogiam leilão de Libra e gestão do pré-sal

    Pesquisadores elogiam leilão de Libra e gestão do pré-sal

    Com informações da Coppe – 23/10/2013

     

    O leilão do campo de Libra do pré-sal foi visto com otimismo por pesquisadores da Coppe/UFRJ durante o XV Congresso Brasileiro de Energia (XV CBE).

    O diretor da Coppe Luiz Pinguelli Rosa classificou a mudança regulatória implementada para o leilão (de regime de concessão para o regime de partilha) como um fato positivo no cenário de energia dos últimos anos.

    Outros pontos positivos apontados por Pinguelli foram o aumento da participação nacional na indústria de petróleo, a interrupção das privatizações do setor de energia, a volta do planejamento energético, o crescimento da geração eólica e o programa Luz para Todos.

    O pesquisador lembrou ainda questões que, segundo ele, devem ser solucionadas, como o atraso na construção de refinarias, a redução do uso de etanol, em função da atual política de preços, a importação de etanol de milhodos Estados Unidos, a conjuntural dificuldade financeira da Petrobras e o que considera a questão mais séria: a forte queda de receita da Eletrobras.

    Pinguelli citou também a necessidade de solução de gargalos na indústria de equipamentos para a produção petrolífera e de maior desenvolvimento tecnológico na indústria de energias alternativas.

    Ainda sobre o leilão de Libra, disse considerar que as manifestações durante o leilão foram saudáveis. “É bom haver quem discorde”, afirmou, fazendo ainda um alerta à Petrobras sobre riscos de vazamento na exploração em águas profundas.

    Por fim, o diretor da Coppe lembrou que, com o início da exploração do pré-sal, a energia passa a ter um papel mais relevante na geração de gases de efeito estufa. “Se antes o uso do solo era o principal vilão, agora a situação se inverte”, alertou Pinguelli, que terminou sua fala pedindo a desburocratização da pesquisa nas universidades federais, hoje submetidas a uma legislação inibidora do desenvolvimento.

    Poder geopolítico

    O presidente da Empresa de Planejamento Energético (EPE), Maurício Tolmasquim, também elogiou a mudança regulatória implementada para o leilão de Libra e disse que o novo modelo tornará possível à União ficar com até 85% da renda proveniente da produção do campo e aumentar seu poder geopolítico no cenário mundial. “Não poderia ter havido escolha melhor, é difícil dizer que foi um mau negócio”, afirmou.

    Helder Pinto Queiroz, diretor da ANP, concordou com Tolmasquim quanto ao benefício da mudança regulatória e se disse satisfeito por haver um consórcio com o fôlego necessário para explorar o campo gigante. Ele comentou que a situação energética do País hoje é muito melhor do que nos anos 1980, mas há novos desafios. Um dos principais, a seu ver, é transformar a riqueza do petróleo em desenvolvimento econômico e social.

    Também presente, José Alcides Santoro Martins, diretor de Gás e Energia da Petrobras, disse que 2013 é o ano para se comemorar o novo marco da indústria do petróleo, graças ao leilão de Libra. Martins lembrou os recentes investimentos da companhia em geração e defendeu a diversificação na geração energética.

    “Sol, vento, biomassa, gás, nenhuma fonte deve ser excluída. Cada uma deve ser considerada, conforme a especificidade de cada estado”, afirmou Santoro, afirmando ainda que vê a próxima rodada de licitações das reservas de gás em campos de terra da ANP como uma grande oportunidade. Ele acredita que o leilão, em novembro, será um marco para o setor de gás natural.

    http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=pesquisadores-elogiam-leilao-libra-gestao-pre-sal&id=010175131023

     

  4. Pré-sal bate recorde

    Pré-sal bate novo recorde diário, com produção de 337,3 mil barris/dia em 2 de setembro

    25 de outubro de 2013 / 11:49 Informes

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    A produção de petróleo (óleo mais líquido de gás natural – LGN) de todos os nossos campos no Brasil atingiu a média de 1 milhão 979 mil barris por dia (bpd) em setembro. Esse volume é 3,7% maior que a média produzida no mês anterior (1 milhão 908 mil bpd). Incluída a parcela que operamos com empresas parceiras, o volume total produzido em setembro foi de 2 milhões 44 mil bpd, 3,7% acima da produção de agosto.

    Esse resultado positivo deve-se à entrada em operação de novos poços nas plataformas FPSO Cidade de Itajaí (Bacia de Santos), P-53 e P-54 (Bacia de Campos) e FPSO Piranema (Bacia de Sergipe). Seguindo o cronograma, no mês de setembro houve a conclusão das paradas programadas para manutenção das plataformas P-26 e P-35, ambas no ativo de Marlim e as atividades programadas para a parada da plataforma P-51, no ativo de Marlim Sul e a UPGN2 no ativo de Urucu, na UO-AM.

    O destaque do mês foi o recorde mensal produzido nas áreas do pré-sal, que chegou a 326,8 mil barris/dia. No dia 2 de setembro foi batido, também, o recorde diário na produção do pré-sal, com 337,3 mil barris/dia. Esses volumes referem-se à produção total que operamos nessas áreas, incluída a parte de nossos parceiros.

    Nossa produção total no Brasil, em setembro, incluídos petróleo e gás natural, atingiu a média de 2 milhões 368 mil barris de óleo equivalente por dia (boe/d), volume 3,2% acima do produzido em agosto.

    Estão sendo concluídos os trabalhos de interligação do primeiro poço produtor da plataforma P-63, primeira unidade de produção instalada no campo de Papa-Terra. Além disso, as obras da plataforma P-55 também foram concluídas. A unidade foi rebocada para a locação definitiva. Ela chegou ao campo de Roncador no último dia 22 de outubro, onde está sendo realizado o trabalho de ancoragem.

    Somado à nossa produção no exterior, o volume total de petróleo mais gás natural atingiu, em setembro, a média de 2 milhões 577 mil boe/d, 3% acima da produção total de agosto.

    Produção de gás natural
    A produção de gás natural dos nossos campos no Brasil, em setembro, foi de 61 milhões e 800 mil metros cúbicos por dia. A produção total de gás, incluída a parte que operamos para nossos parceiros, foi de 69 milhões e 200 mil metros cúbicos por dia, mantendo, aproximadamente, os mesmos níveis dos volumes produzidos em agosto. Em setembro, também, batemos novo recorde mensal de aproveitamento do gás associado ao petróleo produzido em nossos campos no Brasil: 94,36%, contra 94,01% do recorde anterior, registrado em julho.

    Produção no exterior
    A extração total de petróleo e gás natural no exterior, em setembro, foi de 209.433 boe/d, correspondendo a um aumento de 1,8% em relação ao mês de agosto, devido ao ajuste na contabilização da produção de óleo do Campo de Akpo, na Nigéria.

    Desse total, a produção de gás natural chegou a 15 milhões 710 mil metros cúbicos/dia, 0,8% abaixo do volume produzido no mês anterior, em decorrência do declínio natural do Campo de Santa Cruz I, na Argentina.

    A produção de petróleo, no exterior, foi de 116.964 barris diários, 4% acima, na comparação com o mês de agosto, consequência do ajuste na contabilização da produção de óleo do Campo de Akpo, na Nigéria.

    Informação à ANP
    A produção total informada à ANP foi de 9.217.571,08 m³ de óleo e 2.180.711,52 mil m³ de gás em setembro de 2013. Esta produção corresponde à produção total das concessões em que atuamos como operadores. Não estão incluídos os volumes do Xisto, LGN e produção de parceiros onde não somos operadores.

    – See more at: http://fatosedados.blogspetrobras.com.br/2013/10/25/pre-sal-bate-novo-recorde-diario-com-producao-de-3373-mil-barrisdia-em-2-de-setembro/#sthash.52TzhjCn.dpuf

  5. Censura no Facebook

    Acompanho algumas páginas voltadas para a política no facebook, que abordam temas desde pesquisas eleitorais, leilão de Libra, comentários de senadores famosos, candidatos, deputados, etc…

    Essas páginas também possuem o hábito de postar informações que desmentem notícias vinculadas nos jornalões tradicionais….sempre exibindo fontes, geralmente de blogs, como este!

    O curioso é que de uns das pra cá, esses sites estão sofrendo censura em seus posts, geralmente aqueles que criticam Aécio Neves. Chegam até mesmo a serem excluídas do facebook.

    Enquanto isso, páginas de ultra direita continuam livres para proferir calúnias e incentivar até mesmo assassinatos!!

    As páginas que “ousaram” criticar Aécio Neves e sofreram censua são:

    Porra Serra;
    Falandoverdades;
    Soldadinho de Chumbo;
    Brizola Comenta;
    Socialismo da Depressão;
    Política no Face;
    Meu professor de história desistiu de mim;

    Entre outras….a lista é grande!! Essas páginas possuem ideais de esquerda!!

    As páginas de ideais de direita que propaga absurdos são:

    OCC – Organização de combate a corrupção (clama por intervenção militar);
    Revoltados Online (Faz apologia a assassinato de petistas);
    Meu professor de história mentiu pra mim (Chega ao cúmulo de dizer que o método de ensino de hoje é uma ação orquestrada para a implantação de um golpe comunista).

    Me assusta o número de seguidores dessas páginas…que odeiam o Marxismo sem nunca terem lido Marx.

  6. Situação de direitos humanos na Rússia desafia patrocinadores

    http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2013/10/25/situacao-de-direitos-humanos-na-russia-desafia-patrocinadores-olimpicos.htm

    Situação de direitos humanos na Rússia desafia patrocinadores olímpicos

    Por Keith Weir

    LONDRES, 25 Out (Reuters) – A pouco mais de cem dias da Olimpíada de Inverno de Sochi, os patrocinadores enfrentam o desafio de divulgar sua marca sem serem associados negativamente à situação dos direitos humanos na Rússia.

    A preocupação internacional com a lei russa que proíbe a apologia da homossexualidade abre a possibilidade de que a opinião pública acabe se voltando contra marcas como Coca-Cola, McDonald’s e Samsung, patrocinadoras do evento a ser realizado em fevereiro no balneário russo de Sochi.

    A imagem da Rússia também ficou prejudicada com a detenção, em setembro, de 30 ativistas do Greenpeace que protestavam contra a exploração de petróleo no Ártico, e por casos de ofensas racistas de torcedores locais a jogadores de futebol negros.

    “Sochi receberá possivelmente os Jogos do perigo”, disse Peter Walshe, diretor global de contas da empresa de marketing Millward Brown. “Com esses grandes eventos mundiais, as empresas estão buscando um efeito halo para a marca. Sochi é grande e importante, mas tais eventos estão se tornando plataformas para protestos sociais e políticos.”

    Tentativas de separar as Olimpíadas do contexto político sempre acabam se revelando inúteis, e atualmente, com as redes sociais, os grupos de ativistas nem precisam ir até o local para protestar.

    “A mídia social transformou para sempre o grau de risco que os patrocinadores e atletas assumem nos eventos”, disse Andy Sutherden, diretor global de esportes na firma de relações públicas Hill+Knowlton.

    Uma campanha que circula atualmente na Internet conclama os executivos da Coca-Cola a se manifestarem contra a lei russa sobre a homossexualidade e a pressionarem o presidente russo, Vladimir Putin, que investe seu prestígio pessoal no sucesso dos Jogos.

    PATROCINADORES NA MIRA

    O Comitê Olímpico Internacional (COI) já admitiu que patrocinadores, em especial norte-americanos, estão preocupados com o impacto da legislação sobre os gays na Olimpíada de Inverno, que vai de 7 a 23 de fevereiro.

    A lei proíbe a disseminação de informações sobre a homossexualidade para menores. Críticos dizem que isso é sinal da crescente intolerância às minorias na Rússia, embora Putin negue que a lei pretenda privar os homossexuais dos seus direitos.

    Os críticos ganharam mais munição nesta semana quando o jogador marfinense Yaya Touré, do Manchester City, foi alvo de ofensas racistas de torcedores do CSKA durante jogo pela Liga dos Campeões em Moscou.

    Na sexta-feira, Touré disse que jogadores negros deveriam boicotar a Copa do Mundo de 2018, a ser realizada também na Rússia, caso o país não coíba o racismo nas arquibancadas. A Uefa, entidade que dirige o futebol europeu, instaurou um procedimento disciplinar contra o CSKA.

    O movimento olímpico é parcialmente financiado por dez patrocinadores globais, que pagam cada um cerca de 100 milhões de dólares pelos direito comerciais durante um ciclo de quatro anos, abrangendo uma edição da Olimpíada de Inverno e uma da Olimpíada de Verão.

    Os organizadores dos Jogos de Sochi também fizeram acordos pontuais com empresas como a alemã Volkswagen, que será a fornecedora oficial de veículos para o evento.

    Os patrocinadores têm se empenhado em enfatizar seu apoio à diversidade, mas sem entrar no mérito das críticas à Rússia.

    “Não avalizamos abusos aos direitos humanos, intolerância e discriminação de qualquer tipo em qualquer lugar do mundo”, disse a Coca-Cola em nota divulgada recentemente. “Como patrocinador desde 1928, acreditamos que os Jogos Olímpicos são uma força positiva, que une as pessoas por meio do interesse comum pelos esportes.”

    A japonesa Panasonic e a sul-coreana Samsung divulgaram notas semelhantes, salientando sua crença no espírito olímpico. O próprio COI emitiu em julho uma mensagem dizendo que a legislação russa contra a apologia da homossexualidade não afetará os espectadores e participantes da Olimpíada de Inverno.

  7. ‘Aqui meu filho é aceito’, diz mãe de jovem batizado no RS

    http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2013/10/aqui-meu-filho-e-aceito-diz-mae-de-jovem-batizado-em-igreja-gay-no-rs.html

    ‘Aqui meu filho é aceito’, diz mãe de jovem batizado em igreja gay no RS

    Igreja Inclusiva do Brasil aceita casais homossexuais nos cultos.
    Templo foi aberto no final de março deste ano em Porto Alegre.

     

    Mãe foi acompanhar o batismo do filho na igreja voltada para o público gay (Foto: Reprodução/RBS TV)Mãe foi acompanhar com padrasto o batismo do
    filho na igreja voltada para o público gay
    (Foto: Reprodução/RBS TV)

    Criada em março de 2012 em Porto Alegre, a Igreja Inclusiva do Brasil aceita durante os cultos pessoas que têm relações homoafetivas. Atualmente, o local conta com 50 membros e permite acesso ilimitado aos gays. Para também fazer parte do grupo, o jovem Naios Lourenço Westphal foi batizado em cerimônia realizada nesta semana no local, como mostra a reportagem do Jornal do Almoço, da RBS TV (veja o vídeo abaixo).

    A mãe do jovem, Marisol Westphal, compareceu na sede da Igreja Inclusiva do Brasil junto com o marido e padrasto de Naios para participar do batismo do filho. Os dois são héteros, mas se sentiram à vontade no local. “Eu sou espírita, mas a gente sabe que Deus ama os seus filhos. Não quer que eles sejam maltratados ou excluídos em lugar nenhum. Estou muito feliz, porque aqui meu filho é aceito e respeitado”, disse ela.

     

    Naios Lourenço Westphal não escondeu a felicidade de poder, enfim, demonstrar todo o amor que tem por Jesus Cristo. “É diferente aqui, porque nas outras igrejas você não pode participar das atividades. Pode até visitar, mas não pode congregar”.

    O pastor Anderson Zambom ressalta que a Igreja Inclusiva do Brasil não é voltada exclusivamente ao público gay, mas tem o intuito de dar uma oportunidade aos homossexuais evangélicos de exercerem a religião sem serem considerados pecadores. “Infelizmente, os homossexuais não são aceitos na igreja. Infelizmente vemos projetos de barrar homossexuais de entrar na igreja. Uma coisa que é um absurdo, porque Jesus jamais barrou ninguém”, defendeu o pastor.

  8. Papa pede luta contra intolerância, antissemitismo e racismo

    http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2013/10/1361519-papa-pede-luta-contra-intolerancia-antissemitismo-e-racismo.shtml

    O papa Francisco recebeu no Vaticano uma delegação do Centro Simon Wiesenthal, uma organização judia de defesa dos direitos humanos, à qual pediu que continue combatendo qualquer forma de racismo, intolerância e antissemitismo.

    Durante o encontro, o papa argentino, em cujo país reside uma das maiores comunidades judias do mundo, pediu para que se preserve a memória do Holocausto.

     Andrew Medichini/Associated Press Papa Francisco recebeu delegação do Centro Simon Wiesenthal e pediu que o combate ao antissemitismo continuePapa Francisco recebeu delegação do Centro Simon Wiesenthal e pediu que o combate ao antissemitismo continue

    “Nestas últimas semanas foi recordado que a Igreja condena qualquer forma de antissemitismo. Hoje quero enfatizar que o problema de intolerância deve ser enfrentado de forma conjunta: onde uma minoria é perseguida e marginalizada devido a suas convicções religiosas ou por motivos étnicos o bem de toda a sociedade corre perigo e todos temos de nos sentir envolvidos”, alertou.

    O papa concluiu seu discurso incentivando os membros do Centro Simon Wiesenthal a seguir transmitindo aos jovens “o valor do esforço conjunto para dizer Não às muralhas e construir, em compensação, pontes entre nossas culturas e tradições de fé. Adiante com com confiança, valor e esperança! Shalom!”.

  9. Luciana Genro oficializa pré-candidatura à presidência pelo PSOL

    http://revistaforum.com.br/blog/2013/10/luciana-genro-sera-pre-candidata-do-psol-a-presidencia/

    Ex-deputada é a primeira no partido a se lançar como pré-candidata. Outros nomes ainda podem surgir

    Por Redação

    Luciana Genro (Foto: Ramiro Furquim/Sul21)

    Em 2014, o PSOL completará 10 anos de existência e terá pela frente mais uma disputa presidencial. E, por enquanto, a ex-deputada federal Luciana Genro é a única pré-candidatura oficial do partido. O ato de lançamento da pré-candidatura acontece na próxima quinta-feira (24), no Rio de Janeiro.

    Outros nomes ainda são lembrados como possíveis postulantes à vaga de presidenciável pelo partido, entre eles o do senador Randolfe Rodrigues (AP), do ex-candidato a prefeito de Fortaleza Renato Roseno e o do deputado federal Chico Alencar (RJ). Plínio de Arruda Sampaio, candidato derrotado em 2010, avisou que não tentará concorrer em 2014.

    Em entrevista ao Portal da Band, Plínio manifestou apoio à candidatura de Luciana. “Vou dar apoio total para ela. Com certeza sua participação ajudará a aumentar a bancada do PSOL em Brasília em 2014.”

    Para as próximas eleições, o partido afirma que não fará alianças com partidos “da base governista ou de falsa oposição”, e também não aceitará o financiamento de bancos e empresas.

    Luciana é filha do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT). A ex-deputada federal foi expulsa do PT em 2003, após se posicionar de forma contrária à proposta de Reforma da Previdência bancada pelo governo Lula. No dia 6 de junho de 2004, Luciana e outros parlamentares expulsos, como Babá, Heloísa Helena e João Fontes, participaram da fundação do PSOL.

     

  10. No fim do protesto, o gás lacrimogêneo
    Polícia não reprimiu depredação em terminal de ônibus e decidiu agir nos momentos finais do ato no centro da cidadepor Piero Locatelli — publicado 25/10/2013 23:17

    A Polícia Militar encerrou a semana de atos pelo transporte público surpreendendo manifestantes com gás lacrimogêneo na escadaria da catedral da Sé, no centro de São Paulo, nesta sexta-feira 25. Os militantes haviam encerrado a manifestação pouco menos de um minuto antes e cantavam “violência é a tarifa, fascista é a polícia” quando os PMs, que haviam apenas observado a depredação do terminal Parque Dom Pedro II, também no centro da cidade, dispararam o gás de diversos lados da praça da Sé.

    Após os disparos, manifestantes correram em diferentes direções pelo centro da cidade, onde encontraram ainda mais policiamento. A PM efetuou prisões próximas ao terminal de ônibus Segundo informação oficial, 78 pessoas foram detidas.

    Apesar de ter agido somente após o término do ato, a polícia havia acompanhado a manifestação com um efetivo de 800 policiais, que faziam dois cordões ao lado dos manifestantes. Palhaços iam à frente do ato, organizando fotógrafos, distribuindo panfletos e rindo dos policiais.

    No terminal Parque Dom Pedro II, mais cedo, manifestantes utilizando a tática black bloc haviam queimado um ônibus e destruído catracas na entrada do terminal. Uma grande catraca de papelão foi queimada. Na Liberdade, outro bairro do centro da cidade, agências bancárias foram depredadas. No terminal de ônibus, a polícia pouco agiu para conter a depredação – uma fila de policiais assistia ao que acontecia no local – esperando o retorno da manifestação à praça da Sé.

    O protesto desta sexta-feira 25 foi articulado pelo Movimento Passe Livre dentro da semana nacional de luta pelo transporte público. Desde a última terça-feira, aconteceram três atos na periferia da cidade. Entre as reivindicações, estava a retomada de linhas que ligavam bairros periféricos ao centro da cidade.

          http://www.cartacapital.com.br/sociedade/no-fim-do-protesto-o-gas-lacrimogeneo-8031.html

  11. Decreto eleva limite de participação estrangeira no BB

    Decreto eleva limite de participação estrangeira no BB de 20% para 30%

    ‘É do interesse do governo a participação estrangeira de até 30%’, diz.
    Aumento da parcela de investidor de fora no BB vale a partir desta sexta.

    Decreto presidencial publicado nesta sexta-feira (25) eleva o limite permitido de participação estrangeira no capital total do Banco do Brasil. A fatia que pode ser destinada a investidores do exterior foi elevada de 20% para 30%, de acordo com o publicado no “Diário Oficial da União”.

    O decreto entra em vigor a partir desta sexta-feira, o que significa que a partir de hoje a parcela de investidores de fora que podem adquirir na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&F Bovespa) ações do BB já pode atingir 30% do total do capital do banco.

    Às 14p5, os papéis do banco eram destaque entre as maiores valorizações do Ibovespa (principal índice da bolsa paulista), com elevação de 1,24%, a R$ 28,69.

    A informação também foi divulgada em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

    No “Diário Oficial da União”, o texto diz que “é do interesse do governo brasileiro a participação estrangeira de até 30% no capital ordinário do Banco do Brasil.”

    Segundo o documento assinado pela presidente Dilma Rousseff, o Banco Central tomará as providências necessárias para executar essa decisão.

    O vice-presidente de Gestão Financeira e de Relações com Investidores, Ivan Monteiro, disse à agência Reuters que Banco do Brasil pediu ao governo o aumento do limite da participação de estrangeiros no seu capital por prever maior demanda por papéis da instituição financeira com as novas regras do índice Ibovespa, ocorrida em setembro.

    “Se o banco ganhar mais presença no índice, os fundos que acompanham o Ibovespa precisarão comprar mais ações da instituição”, explicou.

    O G1 aguarda mais informações do Banco do Brasil sobre o motivo do aumento da participação estrangeira no banco.

    Composição acionária


    As ações do BB listadas na bolsa são ordinárias (que proporcionam participação nos resultados da empresa e conferem ao acionista o direito de voto em assembleias gerais).

    Atualmente, a Secretaria do Tesouro Nacional é detentora de 50,73% das ações do banco, de acordo com informações disponíveis no site da BM&F Bovespa.

    O restante da composição acionária ocorre da seguinte forma: Caixa FI Garantia Construção Naval (3,69%), Fundo Fiscal de Inv. e Estabilização (3,86%), Fundo Garantidor para Investimentos  (0,26%), Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (10,38%), BB FGEDUC (Fundo de Investimento Multimercado), com 0,22%, BB FGO (Fundo de Investimento em Ações), com 0,33%.

    O campo “outros” (ações disponíveis para o mecado) atualmente possui participação de 29,82%.

    Há ainda a parcela de ações da tesouraria  (0,70%).

    Limite subiu em 2009

    Em setembro de 2009, o banco havia informado a elevação do limite de 12,5% para 20%.

    Na época, a participação de investidores estrangeiros no BB estava em cerca de 11%, de acordo com dados que constavam no último balanço divulgado pela instituição financeira pública.

    Na mesma ocasião, foi autorizada pelo governo a emissão de American Depositary Receipts (ADRs) da instituição financeira, que são recibos de ações negociados no mercado norte-americano.

    A emissão dos recibos de ações ocorreu em dezembro de 2009, quando o banco informou que a iniciativa permitiria a diversificação da base acionária e o aumento da liquidez da ações, diz a agência Reuters.

    http://g1.globo.com/economia/mercados/noticia/2013/10/decreto-eleva-limite-de-participacao-estrangeira-no-bb-de-20-para-30.html

  12. Vamos ao que interessa

    http://blogdokennedy.com.br/vamos-ao-que-interessa/

    Não tenham dúvida de que o ex-presidente Lula vai se jogar de corpo e alma na campanha para reeleger a presidente Dilma Rousseff. É ponto de honra para ele.

    Isso não significa que ele não tenha críticas a ela. Tem algumas. Acha que Dilma se deu mal ao não seguir conselhos seus. Avalia que a presidente erra na política, porque teria desprezado forças das quais vai precisar para se reeleger. Isso vale para o grande capital nacional. Vale para os aliados no Congresso. Vale para o PMDB. Vale para o PSB. Vale até para o PT.

    Tem gente graúda no PT insatisfeita com a presidente. Dizem que ela não demonstrou apreço pelo partido e que se distanciou da cúpula petista.

    A reforma ministerial prevista para dezembro será política. Lula, o PMDB e o PT querem uma reforma que prestigie os políticos. Ou seja, reunir forças e tempo de rádio e TV no horário eleitoral “gratuito”. Motivo principal: será um erro desprezar Eduardo Campos, Marina Silva e Aécio Neves.

    De Dilma ao aliado mais distante do Palácio do Planalto, todos avaliam que a frase do jornalista João Santana sobre “antropofagia de anões” deixou a oposição com sangue nos olhos e muitos aliados dispostos a torcer para contra o êxito do marqueteiro. A declaração de Santana é vista no PT como um ônus que terá de ser carregado na campanha. Mas todos esses petistas acham que Santana fez um bom programa de TV para responder às crítica na economia e destacar o social.

    Lula, o PT e o PMDB gostariam que a presidente parasse de falar “meu governo” e passasse a falar “nosso governo”.

    Por ora, todo mundo no campo governista acredita que Dilma vai se reeleger. Mas também enxergam uma quantidade de inimigos comprada que parece desnecessária aos olhos do pessoal que Marina Silva chama de pragmático. Ou seja, vai ser uma peleja.

    Há uma avaliação desse pessoal supra citado de que ajustes na economia estão contratados para 2015, caso a presidente se reeleja.

    Um grupo minoritário, mas bem influente no PT, avalia que Lula errou quando escolheu Dilma para sucedê-lo. Deveria ter acordado um mandato de quatro anos para ela, com a volta dele depois. Lula se recusou a fazer isso. Na época, pensou que seria um gesto menor.

    Hoje, ele acredita mesmo que não deve ser candidato novamente à Presidência. Lula é um bom sujeito. Ele avalia que Dilma, com todas as críticas reservadas que faz e que não deverá externar, é a pessoa mais indicada para manter o rumo. Daí ele se empenhar para deixar o remo com ela.

  13. Vento Sul (sobre a trilha nacional de “Água Viva”)

    http://canalviva.globo.com/dramaspolifonicos/platb/2013/08/06/vento-sul/

    O Hawaí, seja aqui
    Tudo o que sonhares
    Todos os lugares
    As ondas dos mares
    Pois quando eu te vejo
    Eu desejo o teu desejo…

     

    Os versos acima fazem parte da canção “Menino do Rio”, composta por Caetano Veloso em resposta à “encomenda” feita por sua amiga Baby Consuelo, que lhe pediu uma música para um cara que ela achava bonito, o Peti, um surfista que circulava com a “patota” de Ipanema da época. Baby gravou a música para o seu álbum “Pra enlouquecer” e Caetano aproveitou para inserir a sua própria versão no álbum“Cinema Transcendental”, ambos lançados em 1979. 

     

    Baby Consuelo e Caetano Veloso na capa de seus álbuns de 1979 – tome esta canção como um beijo

     

    Mas foi somente em fevereiro de 1980 que a música estourou, quando a versão de Baby foi aproveitada para ilustrar a abertura da nova novela das oito da TV Globo: Água Viva.

    Gilberto Braga, seu autor, estava em alta na firma. Após o sucesso da modernosa Dancin’ Days (1978), ele conquistava definitivamente um espaço no “rodízio” mais concorrido do horário nobre global. A sua receita: uma combinação acertada de elementos clássicos do folhetim (filhos que buscam pais, filhos em desajuste com os pais, vinganças maquiavélicas, crimes inexplicáveis, cartas secretas) com um “indiscreto” charme da burguesia, refletida num espelho sedutor para os novos tempos: a zona sul carioca. 

    Água Viva reforçou o status da locação em primeiro plano, com destaque para uma geografia harmoniosa ao sabor da brisa (e das tormentas) das relações humanas. Os hábitos e modismoslançados pela novela (ou muito bem aliciados por ela) tiveram os esportes marítimos como suporte, principalmente o windsurf, icônico na sua abertura, criada pela equipe de Hans Donner. E foi um grande sucesso, que “grudou” do primeiro ao último capítulo.

     

     

    Quanto mais parafina melhor – composição com detalhes da abertura da novela Água Viva (1980)

     

     

    Todo este vento a favor serviu para potencializar a utilização das músicas nas cenas da novela epromover a sua trilha sonora, que vendeu muito naquele ano. Curiosamente, foi uma das últimas trilhas a “ostentar” o título de “trilha sonora original” na capa. Em breve o termo “nacional” seria aplicado aos discos, visto que já era praxe na Som Livre a pesquisa e a seleção de repertório serem realizadas diretamente nas gravadoras. E adivinha o quê? Um desses pesquisadores era um certo alguém que assinava como Lulu dos Santos, aquele mesmo, cujo destino foi ser ‘star’. E estrelas não faltaram na sua seleção para a trilha da ensolarada novela de Gilberto Braga.

     

    Capa do disco da trilha sonora ‘original’ de Água Viva – também em Cassete

     

    Das 12 faixas que compõem o disco, 8 são interpretações femininas, um claro indicativo da evolução do papel da mulher na teledramaturgia nacional, que teve início no final da década de 70 com a sérieMalu Mulher e com novelas “pra frentex”, como a já citada Dancin’ Days. Progressivamente, as novas heroínas passaram a dominar o horário das oito (posição antes reservada aos românticos marmanjões) e tiveram seus conflitos afinados com as mudanças de comportamento que a nova década trazia. Nada de velhas mocinhas choronas, sofridas e subjugadas. O que se via eram mulheres fortes, independentes, ambiciosas, “lançadoras” de moda.

     

    A ambiciosa Lígia de Betty Faria – disputada por dois irmãos em Água Viva (Foto: CEDOC/TV Globo)

     

     

    “Grito de Alerta”, composição de Gonzaguinha interpretada por Maria Bethânia, modulava os dramas passionais de Lígia, personagem de Betty Faria, que ainda contou com o lamento resignado de “Altos e Baixos”, de Suely Costa e Aldir Blanc, na interpretação de Elis Regina. Já as estripulias da milionária falida Stella Simpson, inesquecível caracterização de Tonia Carrero, eram acompanhadas pelo chorinho“Noites Cariocas”, música de Jacob do Bandolim, que ganhou letra de Hermínio Bello de Carvalho e um arranjo moderno para a interpretação de Gal Costa, que vivia a sua fase “Gal Tropical”. “Desesperar Jamais”, de Ivan Lins e Vitor Martins, na voz de Simone, marcou a luta da obstinada Suely, importante papel de Ângela Leal, uma assistente social que cuidava de Maria Helena (Isabela Garcia), a criança órfã que unia vários núcleos da trama. A diva Elizeth Cardoso ressurgia com “No tempo dos quintais”, manifesto nostálgico de Sivuca que contrastava um bocadinho com as modernidades da novela. Da mesma forma que “Peito Vazio”, genial composição de Cartola, interpretada aqui, veja só, por Lucinha Araújo, mãe de Cazuza. “Amor meu grande amor” foi o tema da jovem Sandra, vivida por Glória Pires, em contínua ascensão na carreira, assim como Ângela Ro Ro, intérprete deste blues refinado, escrito em parceria com Ana Terra e regravado pelo Barão Vermelho anos depois.

     

    Fábio Júnior na trilha de Água Viva – bendito é o fruto entre as mulheres

     

    Além de Glória Pires, outros dois jovens atores viviam a sua escalada rumo ao protagonismo em futuras novelas. Kadu Moliterno, o fotógrafo Bruno, disputava o amor de Janete (Lucélia Santos) com o jovem médico Marcos, vivido por Fábio Jr. Ambos tiveram temas marcantes. O primeiro com “Realce”, canção recém-lançada no disco de mesmo nome do cantor e compositor Gilberto Gil. Abre o lado B da trilha e resume toda a estética hedonista deste princípio de década e que Água Viva soube expor com vivacidade. Já o segundo, assumia enfim a sua identidade brasileira, após uma ameaça de ostracismo como Mark Davis. Fábio Jr. cantava o próprio tema, “20 e poucos anos”, num arranjo chique e espontâneo para este hino juvenil. Há ainda a inserção muito apropriada dos clássicos náuticos “Wave” (Tom Jobim) e “Cais”(MIlton Nascimento e Ronaldo Bastos), que impulsionavam as paixões à beira-mar do personagem Nelson (Reginaldo Faria), um bon-vivant falido, campeão de pesca que disputava o amor de Lígia com seu irmão Miguel Fragonard, um cirurgião plástico de renome, primeiro papel de Raul Cortez na TV Globo.

     

    O resto é mar – Reginaldo Faria como Nelson, campeão de pesca em Água Viva (Foto: CEDOC/TV Globo)

     

     

  14. Ueki ao 247: “Libra foi excelente para o País”

    Brasil 247

     

    Ueki ao 247: “Libra foi excelente para o País”

     

     

    Edição/247 Fotos: Divulgação | Folhapress:

     

    Ex-ministro de Minas e Energia no governo Geisel e um dos presidentes mais fortes da história da Petrobras, Shigeaki Ueki falou com exclusividade ao jornalista Tão Gomes Pinto, do 247. “Foi um negócio da China para o Brasil”, disse Ueki, no mesmo dia em que o leilão de Libra foi ironizado por publicações internacionais, como Economist e Financial Times, e também criticado por Marina Silva. Segundo ele, as críticas partem de pessoas que não entendem do setor de petróleo. Ele afirma que se o pré-sal fosse explorado por países da Opep, o interesse maior seria deixar as reservas no fundo do mar. Companhias americanas também adiariam a exploração para viabilizar o gás de xisto. Ou seja: não havia caminho melhor do que a associação com chineses, grandes consumidores, e com as companhias europeias Shell e Total

     

    25 de Outubro de 2013 às 19:42

    Por Tão Gomes Pinto_247 – Se há um nome no Brasil que é sinônimo de petróleo e de Petrobras, trata-se de Shigeaki Ueki. Ministro de Minas e Energia do governo de Ernesto Geisel, de 1974 a 1979, e presidente da Petrobras de 1979 até 1984, ele foi responsável por lançar a companhia ao mar. Ueki conseguiu, mesmo com forte oposição dentro e fora do governo, fazer com que Geisel assinasse o decreto abrindo a Petrobras para empresas internacionais, através dos Contratos de Risco. Foi ele quem anunciou a primeira descoberta de petróleo no litoral do Rio de Janeiro no dia 3 de janeiro de 1975, sendo considerado o pai da Bacia de Campos. Desde então, é um insistente defensor da exploração da plataforma submarina e um dos mais respeitados nomes do setor de energia no mundo. Foi nessa condição que falou, com exclusividade ao 247, no mesmo dia em que o leilão de Libra foi criticado por publicações internacionais, como Economist e Financial Times (leia aqui), e também pela ex-senadora Marina Silva. Leia abaixo sua entrevista exclusiva:

    247 – O Leilão de Libra foi um bom ou mau negócio para o Brasil?

    Shigeaki Ueki – Foi um grande negócio para o Brasil. O que nós chamamos de negócio da China.  As condições impostas foram uma das mais onerosas. Logo, os interesses nacionais estão salvaguardados. Bônus, porcentagem de partilha, royalties, imposto de renda, etc. Sobrou uma margem estreita. Mas o Campo de Libra é tão atraente que a Shell, a Total e as empresas chinesas resolveram investir. Creio que há três grandes desafios. E uma variável difícil de prever.

    247 – Quais os desafios?

    Ueki – Na atual conjuntura, o suprimento financeiro é um grande desafio. É um projeto de capital intensivo mas o consórcio constituído garante esse equilíbrio. Já o desafio tecnológico, está, na minha opinião, também muito bem equacionado. Petrobrás / Shell / Total, caro Tão Gomes, esse é um time de campeões. A Shell foi pioneira em águas ultraprofundas e  a Total, com apoio de várias instituições de pesquisa francesas, igualmente, é pioneira em exploração offshore. Muitos engenheiros da Petrobrás, na minha época, estudaram na França. O terceiro desafio é o mais problemático: por ser capital intensivo, o custo financeiro onera muito o custo final do barril produzido.

    247 – E por que as chamadas “grandes petroleiras” desistiram do leilão?

    Ueki – Se o consorcio tivesse parceiros membros da OPEP seria um desastre, porque eles procurariam produzir do pré-sal talvez no século 22. Isso se o petróleo e gás natural ainda tivesse mercado. Se fossem as grandes – as chamadas “majors” americanas, como a Exxon, Mobil, Chevron, etc.- eu  também ficaria preocupado. Elas aumentaram significativamente a produção de petróleo e gás natural do xisto e os Estados Unidos, que eram os maiores importadores, têm possibilidade de passar a ser exportador. Ora, para eles, quanto mais tarde o petróleo do pré-sal for produzido, melhor.

    247 – E qual a variável difícil de prever?

    Ueki –  A variável difícil de prever é quanto ao preço do petróleo quando começar a produzir. Vai depender do crescimento da economia mundial, fontes alternativas competitivas, etc. Aí está o grande risco. Por  isso, é muito melhor desenvolver em parceria do que a Petrobras atuar sozinha.  Eu acho que o governo do PT defender exploração via partilha ou concessão, é um avanço ideológico muito grande.

    http://www.brasil247.com/pt/247/economia/118885/Ueki-ao-247-Libra-foi-excelente-para-o-País.htm

     

  15. Laços atlânticos

    O quê Angela Merkel negociava com os terroristas islâmicos? Entre uma ordem e outra de arrocho ditada para os governos periféricos europeus.

    Nascida na Alemanha Oriental, fluente em russo, aprovada em marxismo-leninismo, membro do conselho distrital e secretária de agitprop do deutsche Jugendbewegung (movimento da juventude), ligado ao Partido Socialista Unificado, que governava a Alemanha Oriental. Então o interesse poderia estar no seu passado…

    Quais outros motivos teriam os arapongas da NSA para grampearem o seu celular? Laços com Al-Qaeda ou agente russa? Como ela costuma ir aos supermercados talvez o interesse estivesse na lista de compras.

    E o François Hollande? O mais ferveroso apoiador dos EUA para uma intervenção militar contra à Síria. Quem sabe Barack Hussein não queria descobrir o que ele diz para a Ségolène Royal e depois impressionar Michèlle… Pode ser. Um típico jantar alemão, sussurros em francês…

    O problema é que o Mariano não se enquadra nesta história, a paella destoaria. Correria o mesmo risco do último encontro. Moda de viola tocada por mariachis quase terminou em divórcio.  A romântica noite latina foi um desastre total.

    Ao menos restou um consolo. As relações com os europeus podem estar abaladas, mas Bo ganhou um companheiro. O cão d’água português e Cam, o poodle inglês, poderão brincar nos gramados da Casa Branca. Enquanto isso o dono se diverte com os drones no salão oval, enquanto ouve as conversas e lê os e-mails dos aliados que restaram.

  16. A insolvência americanaVamos

    A insolvência americana

    Vamos ter de caminhar para uma solução mais razoável, em torno deuma moeda internacional, como previa Keynes,que a partir de Bretton Woods insistiu nesse ponto

    por Delfim Netto
     

    No horário brasileiro passava de 22 horas da quarta-feira 16, quando o presidente da maior potência mundial emitiu um comunicado desde a Casa Branca, em Washington. Começaria a reabrir os pagamentos do governo imediatamente para “permitir o funcionamento normal dos serviços públicos”, tão logo terminasse a votação legislativa na Câmara de Representantes, esperada para a madrugada de quinta-feira. Aprovada no Senado, a lei permitiria “remover a ameaça de insolvência que paira sobre a economia dos Estados Unidos diante do impasse sobre a elevação do teto da dívida”.

    Dificilmente se poderia imaginar, mesmo nos instantes mais agudos da crise deflagrada no sistema financeiro global, cinco anos atrás, que a dívida pública americana seria classificada um dia como um “ativo em default”, quer dizer, um tremendo calote nos detentores dos títulos até então mais seguros do mundo. Antes do resultado da votação na Câmara, o presidente Barack Obama já arriscava um comentário calçado no acordo firmado entre democratas e republicanos que possibilitou a aprovação no Senado “da lei que desanuvia a incerteza e a intranquilidade sobre os negócios e a população americana”.

    A economia mundial gira em torno da economia dos EUA, onde o mercado financeiro se tornou tão importante que os produtores de bens e serviços aguardam para ver em que direção ela caminha. O fato é que o dólar continua a condicionar a economia mundial, apesar de um sistema que dá poderes exagerados a um grande devedor como os Estados Unidos não poder funcionar. Vamos ter de caminhar para uma solução mais razoável, com as economias em busca de se organizar em torno de uma moeda internacional, como previa Keynes, que insistiu nisso desde Bretton Woods, no meio do século passado. Ele foi vencido, mas cada vez fica mais claro não ser possível deixar a moeda internacional nas mãos de um poder soberano.

    Ao mesmo tempo a disfuncionalidade que atingiu o sistema político americano é um fenômeno assustador: os republicanos são prisioneiros de uma minoria extravagante, os integrantes do tal Tea Party e seu comportamento é absolutamente irracional. Em uma situação delicada, Obama conseguiu colocar os republicanos num corner ao fingir não se importar ou mostrar que deixaria a situação piorar até as últimas consequências, na crença de isso produzir tal desastre no Partido Republicano, pelo menos a curto prazo, que eles teriam de recuar, como aconteceu.

    Aproveitando-se da irracionalidade dominante no partido opositor, Obama se prepara para reconstruir uma maioria democrata, contando que sejam retomados os debates sobre a reforma do sistema de imigração e os trabalhos para apressar a votação da Farm Bill, a lei agrícola americana, normalmente sem nenhuma boa promessa para o restante do mundo. Ele está com o discurso pronto, a exortar o Congresso a se debruçar “sobre os problemas mais amplos, como as mudanças no sistema fiscal americano, para evitar que o país continue a oscilar de crise em crise, sem deixar para a última hora (7 de fevereiro de 2014) a aprovação do próximo acordo sobre o teto do endividamento”.

    Recentemente, Barack Obama deu uma prévia sobre a correção de rumos na política econômica, ao manobrar com alguma sutileza na substituição de Ben Bernanke na presidência do banco central americano, o Fed. A indicação da economista Janet Yellen, notória defensora da prioridade do combate ao desemprego e dos estímulos à recuperação da atividade econômica, serviu de importante sinalização ao mercado, que não deve sonhar com o retorno aos “bons tempos” da desregulação.

    Ao assistir impassível à “fritura” do candidato preferido do sistema financeiro, Lawrence Summers, um típico representante dos defensores da liberação dos mercados financeiros, o presidente americano deixou livre o caminho para a ascensão de Yellen, na vice-presidência do Fed desde 2010 e com forte influência na recente decisão de manter o afrouxamento monetário até que o nível do emprego comece a reagir de forma consistente.

    http://www.cartacapital.com.br/revista/771/a-insolvencia-americana-9047.html

     

  17. Folha: PSDB tem corrupção,

    Folha: PSDB tem corrupção, mas falta ação para apurar
     

    Jornal de Otávio Frias Filho publica, nesta sexta-feira, um editorial importante; ele destaca reportagem do concorrente Estadão, revelando documentos que aproximam o escândalo da Alsom da alta cúpula tucana; “documentos vindos da Suíça acentuam suspeitas de corrupção nas licitações de metrô e trens de São Paulo durante gestões do PSDB”, diz o texto; no entanto, jornal reconhece a falta de empenho para apurar o caso, a não ser na Suíça; “não deixa de ser curioso que, por enquanto, o maior empenho venha de um país que pouco tem a ver com a história”; mea culpa?

    Nesta sexta-feira, a Folha de S. Paulo publica um editorial importante. Ponto 1: há corrupção nas gestões do PSDB em São Paulo. Ponto 2: o escândalo do metrô se aproxima da alta cúpula tucana, depois que José Luiz Alquéres, ex-presidente da Alstom, citou seus “amigos” no PSDB, referindo-se a Geraldo Alckmin e José Serra, entre outros (leia mais aqui). No entanto, o jornal de Otávio Frias Filho reconhece a falta de empenho no Brasil para investigar o caso. Será um mea culpa?

    As trilhas do cartel

    Documentos vindos da Suíça acentuam suspeitas de corrupção nas licitações de metrô e trens de São Paulo durante gestões do PSDB

    Vêm da Suíça, e não pela primeira vez, documentos capazes de acentuar as suspeitas que recaem sobre sucessivas administrações do PSDB em São Paulo. O Estado, governado pelos tucanos desde 1995, teria hospedado um esquema milionário para burlar licitações de metrô e trens da CPTM.

    O escândalo foi reavivado pela empresa alemã Siemens, uma das partícipes da fraude. Conforme esta Folha noticiou em 14 de julho, a companhia, em troca de imunidade, delatou às autoridades brasileiras a existência do cartel –criado, como sempre, para eliminar a concorrência e, assim, aumentar os preços cobrados pelos serviços.

    Entre as multinacionais envolvidas estaria a francesa Alstom, ela própria alvo de investigações pelo alegado pagamento de propinas em diversos países.

    Até aqui sem provas do envolvimento de políticos no caso paulista, as apurações avançam em torno de personagens que, obscuras para o grande público, têm sua importância cada vez mais reconhecida pelos investigadores.

    Uma das peças centrais parece ser o lobista Arthur Teixeira. Em agosto, soube-se que seu nome aparecia em documentos da Siemens como participante das negociações de contratos de manutenção de trens.

    Na semana passada, Teixeira voltou ao noticiário. Dessa vez, implicado no pagamento de US$ 836 mil (cerca de R$ 1,8 milhão) que, segundo o Ministério Público, foi feito pela Alstom ao ex-diretor da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) João Roberto Zaniboni. Tal afirmação baseou-se em documentos enviados ao Brasil por autoridades suíças.

    Há mais na papelada helvética. Como informou o jornal “O Estado de S. Paulo”, entre os documentos está um e-mail, de 18 de novembro de 2004, no qual o então presidente da Alstom no Brasil, José Luiz Alquéres, recomendou “enfaticamente” a diretores da empresa que buscassem Teixeira para desenvolver negócios em São Paulo.

    Alquéres também teria afirmado que tinha “longo histórico de cooperação com as autoridades do Estado” e que apoiou pessoalmente “amigos políticos no governo”. À época, Geraldo Alckmin era o governador, e José Serra acabara de eleger-se prefeito da capital.

    Ao ser questionado, Alckmin afirmou ontem que a corregedoria e a controladoria do Estado têm a recomendação de investigar o caso, “doa a quem doer”.

    É o mínimo que se espera, dado o tamanho do prejuízo que a corrupção pode ter causado aos cofres públicos. Mas não deixa de ser curioso que, por enquanto, o maior empenho venha de um país que pouco tem a ver com a história.

    http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/118801/Folha-PSDB-tem-corrup%C3%A7%C3%A3o-mas-falta-a%C3%A7%C3%A3o-para-apurar.htm

  18. Perto do fim, comissão da

    Perto do fim, comissão da reforma política expõe rachas e insatisfação com trabalho

    Erundina diz que sociedade civil foi ignorada, e Vaccarezza reage dizendo que balanço é positivo. Grupo aprova proposta que prevê financiamento privado e público de campanha ao mesmo tempo

    Os deputados que compõem Grupo Técnico da Reforma Política realizaram, hoje (24), uma reunião tumultuada que resultou em lavagem de roupa suja. Ao longo de quatro horas, foram feitas queixas sobre a utilidade dos itens debatidos, a falta de comprometimento do Congresso com o tema, o descaso de integrantes da equipe com as reuniões e o fato de serem apresentados recursos de última hora como tentativa de modificar itens que já tinham sido acordados. A reunião conseguiu aprovar, apesar disso, a sugestão de sistema misto de financiamento de campanhas, cujos termos precisam ser definidos.

    Mesmo assim, o sistema aprovado pelo grupo já foi visto por muitos analistas como paliativo. O modelo, acordado entre os deputados por sugestão do coordenador, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), prevê o financiamento público e privado, dando aos partidos o direito de optar pelo que melhor escolherem (ou pela escolha dos dois tipos de patrocínio para as campanhas). Também ficou decidido que o limite de financiamento privado será estabelecido posteriormente, após discussão sobre quem terá de fazer esse cálculo: o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou o Congresso, por meio de lei.

    O deputado Miro Teixeira (PROS-RJ) protestou afirmando que a Lei Eleitoral (9.504/97) já estabelece essas normas.

    Alfredo Sirkis (PSB-RJ) apresentou proposta que estabelece que a doação de pessoas físicas possa ser feita apenas para candidatos e, no caso de pessoas jurídicas, para os partidos.

    Inutilidade e desmotivação

    “Pergunto aqui qual a utilidade deste trabalho, qual a motivação que temos e até mesmo o comprometimento do Congresso com o assunto, se os trabalhos deste grupo estão sendo concluídos na próxima semana e não abordamos com profundidade nada sobre a reforma política. Acho muito grave o fato de um projeto sobre o tema, elaborado pela Coalizão pelas Eleições Limpas, que conta com o apoio de 91 entidades da sociedade civil, estar buscando assinaturas para ser apresentado à Câmara e este grupo não se manifestar em nada a respeito”, bradou a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) durante a reunião.

    Erundina destacou o fato de o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ter prometido em setembro aos coordenadores desse movimento que organizaria audiências públicas para que participassem das discussões no grupo técnico. “Isso não aconteceu, sequer o presidente participou de uma única reunião e não podemos dizer que os representantes de tais entidades conseguiram defender uma opinião neste grupo. Dessa forma, a Câmara descumpre com tudo o que tinha sido acordado atrás e que corresponde a uma manifestação da sociedade”, ressaltou.

    Diante do impasse, o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) sugeriu que os parlamentares do grupo técnico acompanhassem a reunião realizada hoje, na sede da OAB, pelos integrantes da coalizão com o intuito de intensificar a busca por assinaturas e que ajudassem a protocolar o projeto na Casa assim que possível.

    Voto facultativo e financiamento

    Na reunião, o grupo de trabalho aprovou a inclusão no anteprojeto de que o voto passe a ser facultativo no país. Também ficou definido que o valor das contribuições a serem feitas nas campanhas terão de ser comunicadas e declaradas pelos partidos até 72 horas depois da entrada do montante nas respectivas contas partidárias (ou contas de campanha) – o que hoje em dia só é feito no ano posterior à realização das eleições.

    A questão suscitou novos debates sobre os deputados que se manifestam contra ou a favor do financiamento público. O deputado Leonardo Gadelha (PSC-PB) aproveitou para afirmar que, para que o tema financiamento público exclusivo seja “melhor absorvido pela população” é interessante a aprovação de um sistema misto, antes. “É preciso que a sociedade se familiarize com a ideia do financiamento público para que possamos avançar com a discussão daqui a quatro ou oito anos”, pregou. “A sociedade já demonstrou e tem demonstrado que quer isso desde 2002 ou muito antes”, rebateu a deputada Luiza Erundina.

    Também Cândido Vaccarezza (PT-SP) repetiu que, a seu ver, o trabalho realizado pela equipe já avançou muito e chegou, inclusive, ao ponto de discutir uma sugestão sobre financiamento de campanha para o anteprojeto, o que ele não esperava que viesse a acontecer. “Tivemos avanços, sim, agora não posso falar sobre compromissos que tenham sido assumidos pelos que estão no Comando da Casa. Acho que quem não estiver satisfeito precisa marcar uma audiência com o presidente para expor suas colocações”, ressaltou, numa resposta às críticas de Erundina.

    Em outra discussão, os deputados optaram por manter em quatro anos a duração dos mandatos eletivos. O tema provocou transtornos porque foi provocado por um recurso apresentado pelo deputado Espiridião Amin (PP-SC) pedindo a mudança – quando já tinha sido decidido, semanas atrás, ampliar a duração dos mandatos para cinco anos e pelo fim da reeleição (Amin também pediu a continuidade das eleições). Como provocou grande irritação por parte do deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), que resolveu se retirar da reunião em protesto, o assunto ficou de ser discutido melhor na próxima quinta-feira. Passou a ser chamado de “embargo infringente da reforma política”. “Não dá para ser assim. O pessoal discute, decide e depois vem outro parlamentar e muda tudo. Dessa forma o trabalho não pode andar”, frisou Castro.

    O argumento foi aproveitado por vários deputados para reclamar sobre a participação dos integrantes do grupo ao longo do trabalho, uma vez que muitos se ausentaram diversas vezes durante as reuniões. “Acho, e repito, que estamos dando um grande avanço na discussão da reforma política”, disse Vaccarezza, ao final. “Estou aqui cumprindo com o meu papel. Sigo a orientação do meu partido e não concordo com o financiamento privado de campanha. Mas sigo, porque estou atuando ao lado dos colegas e acho importante participar dessa discussão, inclusive para impedir que coisas ainda piores venham a ser aprovadas”, deixou claro Ricardo Berzoini (PT-SP).

    Nesse clima em que poucos demonstraram se entender, ficou acertado que na próxima terça-feira (29) será distribuída a todos os deputados a minuta do anteprojeto a ser discutido, em sua versão final, na última reunião, programada para acontecer na quinta-feira (31). Logo depois, o texto será entregue oficialmente ao presidente da Câmara.

    http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2013/10/perto-do-fim-comissao-da-reforma-politica-expoe-rachas-e-insatisfacao-9900.html

  19. Governo aumenta limite de

    Governo aumenta limite de participação de capital estrangeiro no Banco do Brasil

    Kelly Oliveira
    Repórter da Agência Brasil

    Brasília – O Banco do Brasil poderá ter maior participação de capital estrangeiro. Um decreto presidencial publicado hoje (25) no Diário Oficial da União estabelece que essa participação pode chegar a 30%. Atualmente, o limite é 20%.

    Segundo o decreto, é do interesse do governo brasileiro a participação estrangeira no capital ordinário do Banco do Brasil.

    O governo também informa que o Banco Central adotará as providências para execução do decreto. O novo limite entra em vigor hoje.

    http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-10-25/governo-aumenta-limite-de-participacao-de-capital-estrangeiro-no-banco-do-brasil

  20.  Paulo Nogueira: um novo

     Paulo Nogueira: um novo slogan para a Folha de S.Paulo

    São reveladoras do conceito de pluralismo da Folha de S. Paulo as novas aquisições anunciadas pelo jornal para sua cobertura de política.

    São reveladoras do “pluralismo” da Folha as novas aquisições anunciadas pelo jornal para sua cobertura de política. São elas: Reinaldo Azevedo, Demétrio Magnolli e Ricardo Melo. Os três terão uma coluna semanal na Folha.

    Faça uma conta simples. É um pluralismo em que dois terços são de direita e um de centro. Reinaldo Azevedo é de extrema direita, Magnolli é de direita e para dourar Melo a Folha, em seu anúncio, buscou no passado remoto a informação de que ele foi da Libelu.

    Já sugeri uma vez, e sugiro de novo: a Folha poderia trocar seu slogan em nome da verdade. Sai “um jornal a serviço do Brasil” e entra “um jornal a serviço de si mesmo e seus amigos”.

    Entre os amigos figura a Globo. Algum tempo atrás, diante do escândalo documentado da sonegação bilionária da Globo na compra dos direitos da Copa de 2002, perguntei pelo Facebook ao editor executivo da Folha, Sérgio Dávila, se aquilo não era notícia.

    A Folha não tinha dado nada. Ponderei a Dávila que o UOL, da própria Folha, tinha dado uma matéria na qual a Globo admitia sua encrenca com a Receita Federal e reconhecia haver recebido uma multa.

    Dávila ficou tocado com meu argumento, imagino. No dia seguinte, ou um depois, apareceu no site da Folha uma matéria (raquítica) sobre o caso. Em outros países, seria manchete: a Globo não apenas sonegou como trapaceou ao, contabilmente, dizer que estava fazendo um investimento no exterior, e não comprando os direitos da Copa.

    Mas pelo menos a informação veio. Em meu inexpugnável otimismo, imaginei que seria o início de uma investigação profunda de um assunto de colossal interesse público pelo “jornal a serviço do Brasil”.

    Foi o triunfo da esperança. Não saiu mais nada. Repito: nada. Novos vazamentos mostraram que a Globo, ao contrário do que afirmara em nota, não pagou multa nenhuma. Na internet, onde se pratica o verdadeiro jornalismo livre no Brasil, se propagou uma conclamação bem-humorada à Globo: “Mostra o Darf”.

    Não mostrou.

    Bem, passados alguns dias, voltei a falar com Dávila. Ele tergiversou. E sumiu. Se conheço a vida nas redações, ele pediu a matéria no calor de nossa conversa e, depois, recebeu um calaboca da família Frias, sócia da Globo no Valor.

    Se conheço os barões, um telefonema partido do Jardim Botânico para a Barão de Limeira resolveu e encerrou a questão. Não bastasse a solidariedade fraternal de classe, alguém do Jardim Botânico poderia ter lembrado ao interlocutor na Barão de Limeira que ninguém ali tem exatamente um comportamento de freira no quesito pagamento de impostos devidos.

    Esta é a nossa brava “mídia livre”. Que em dez anos de PT não tenha sido feito nada para moralizar – esta a palavra melhor: moralizar – a mídia mostra quanto o partido tem sido tímido, medroso até, para enfrentar privilégios do chamado 1%. (A senhora Kirchner é bem mais combativa.)

    Há um território enorme, decisivo vital na grande mídia vedado a quem não seja acionista. Reinaldo Azevedo disse que o combinado é que ele poderá escrever sobre o que queira na Folha, mas quem acredita nisso acredita em tudo, para usar a máxima de Wellington.

    Nada ilustra melhor este movimento da Folha do que o comentário postado no blog de Azevedo por um leitor. Transcrevo tal como está escrito: “Única mídia que confio e sigo é VEJA ABRIL! A folha em um tempo atrás era ligado com grupos Comunistas! Espero que não seja uma armadilha Reinaldo! Cuidado!”

    Nelson Rodrigues certa vez escreveu que mídia obtusa e leitores obtusos se justificam e mutuamente se absolvem.

    Pois é.

    http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Paulo-Nogueira-um-novo-slogan-para-a-Folha-de-S-Paulo/4/29323

    1. O jornalista so’ esqueceu de

      O jornalista so’ esqueceu de avisar a seus admiradores que o mesmo espaco “Poder” da Folha ocupado por Azevedo, Magnoli e Melo e’ ocupado nos outros quatro dias da semana por Janio de Freitas (tres) e Elio Gaspari , dois notorios esquerdistas..

      Alias, o que e’ cartamaior? E’ cubana? Paulo Noqueira quem? E’  aquele que mora em Londinio?

    2. O MEU JORNAL
      Rio de Janeiro, 16 de junho de 2012 O MEU JORNAL, O VERDADEIRO ( Cláudio José )

      O meu jornal não tem partido
      O meu jornal não comete injustiças
      O meu jornal não fabrica notícias
      O meu jornal é imparcial e atual
      O meu jornal não é tribunal
      O meu jornal não faz acordos
      O meu jornal tem um só dono, o leitor
      O meu jornal tem uma bandeira, a verdade
      O meu jornal tem parceiros, o jornaleiro e o povo brasileiro
      O meu jornal tem uma missão, informar buscando sempre, o bem do nosso povo e nação
      O meu jornal tem objetivos, conquistar e surpreender o leitor diariamente e positivamente
      O meu jornal é um sonho, de um cara do bem, de uma andorinha solidária, solitária
      Mas com muita esperança de dias melhores, para todos.

      Observação; esse poema também serve para quem trabalha, com o jornalismo em outros meios de comunicação.  

  21. Economist e FT desdenham

    Economist e FT desdenham Libra: “medíocre”, “barato”

    Em campanha permanente contra a política econômica brasileira e o governo Dilma, mídia britânica volta a bater; desta vez, o alvo é o leilão de Libra; para a revista The Economist, a reserva do pré-sal, adquirida por um consórcio formado por Petrobras, Shell, Total e chineses, saiu “barato”; Financial Times ironiza que o governo tenha comemorado o leilão de um só consórcio; quem desdenha quer comprar?

    Os dois principais expoentes da mídia britânica, o jornal Financial Times e a revista The Economist, voltaram a bater duro na política econômica e no governo Dilma. Para o FT, o resultado, comemorado pela presidente Dilma Rousseff, foi “medíocre”. Para a Economist, a venda de Libra saiu “barato”. As duas publicações questionaram o fato de o leilão ter atraído um único consórcio, formado por Petrobras, Shell, Total e duas companhias chinesas.

    Há mais de um ano, tanto a Economist como o Financial Times não têm desperdiçado oportunidades para criticar a política econômica e o governo Dilma. No Palácio do Planalto, foi até identificado o homem que faria a ponte entre a oposição e a mídia global: ninguém menos que o ex-ministro da Fazenda, Pedro Malan (leia aqui), que é também um dos conselheiros do presidenciável tucano Aécio Neves.

    No Financial Times, a reportagem sobre Libra foi assinada por Joe Leahy, chefe da sucursal brasileira do diário britânico. “Algo está errado com a formulação das políticas no Brasil”, diz o texto, que classifica o resultado da oferta como “medíocre”. “O entusiasmo do governo com o leilão que não foi um leilão pode ter sido, em parte, para esconder sua decepção”, diz o texto. “Mas a explicação mais preocupante é que o governo está realmente satisfeito com o leilão que não conseguiu atrair concorrência. O governo pode estar aliviado com o resultado medíocre.”

    Na Economist, o título foi “Cheap at the price”, ou seja, Libra teria sido barato. Uma analista do Itaú é ouvida na reportagem e defende o modelo de concessão – não de partilha, em que parte do óleo é revertido à União.

    Será que quem desdenha quer comprar?

    Abaixo a reportagem original da revista britânica:

    Cheap at the price

    A single bid for a vast field shows the weakness of Brazil’s state-led approach to developing its oil reserves

    Sxi years after discovering giant offshore“pré-sal” oil deposits, so called because they lie beneath a thick layer of salt under the ocean bed, Brazil has finally auctioned the rights to develop some of its deeply buried wealth. On October 21st the Libra field, off Rio de Janeiro’s coast (see map), was sold to a consortium led by Petrobras, Brazil’s state-controlled oil firm, and including France’s Total, Anglo-Dutch Shell and China’s state-owned CNOOC and CNPC. Libra’s estimated 8 billion-12 billion barrels of recoverable oil make it the biggest oil prospect in the world to be auctioned this year. Once it reaches peak production, sometime in the next decade, it should increase Brazil’s output from 2.1m to about 3.5m barrels per day.

    At times simply holding the auction seemed an achievement. A flurry of unsuccessful legal challenges marked the run-up. As it was under way in a Rio beachside hotel, soldiers outside used rubber bullets and tear gas to hold back striking oil workers, masked anarchists and union activists opposed to private-sector participation in the oil business. Hundreds of troops formed a human chain to the water’s edge, pushing bemused sunbathers and surfers aside. Warned that trouble was likely, Dilma Rousseff, who had planned to attend, instead watched by video-link from the presidential palace in Brasília.

    The presence of Shell and Total in the winning consortium allowed the government to declare the auction a success. But whereas it had expected more than 40 firms to register to take part, only 11 did. And although it had expected at least six consortia to bid, the winning offer—of the minimum eligible amount—was the only one made. The lack of competition was a let-down after the euphoria of six years ago, when the president of the day, Luiz Inácio Lula da Silva, described thepré-sal finds as a “winning lottery ticket”. During the long wait while auction rules were rewritten and federal and local governments squabbled over how to share the eventual proceeds, shale oil and gas displaced pré-sal as the world’s most exciting energy prospect. Most private-sector interest evaporated. BG, BP, Chevron and Exxon, which have spent heavily in Brazil, did not register to bid.The wrong sort of gas

    Even so, the auction’s outcome came as a relief to Petrobras. A spurt of resource nationalism unleashed by the pré-sal finds led the government to redraft auction rules that had been in force since the firm was part-privatised and lost its national monopoly at the end of the 1990s. Instead of all firms bidding on equal terms, Petrobras must now operate all pré-sal blocks, with other firms taking at most a 70% financial stake. Once a consortium has sold enough oil to recoup its costs, profits are split with the government. The bidder that offers to hand over the biggest share of this “profit oil” wins.

    The government’s aim was to avoid sellingpré-sal rights too cheaply. Drilling through thick layers of shifting, corrosive salt is hugely expensive—developing Libra will cost around 400 billion reais ($184 billion) over the next 35 years—but the pré-sal deposits are so vast that exploration risks are thought to be very low, meaning firms should be ready to pay handsomely for development rights. Yet it might have been simpler merely to raise taxes on production: Credit Suisse, a bank, says that the winning Libra bid to pay 41.65% in “profit oil” will result in three-quarters of the field’s value going to government coffers when taxes are included, little more than the 70% total take under the previous rules. Offering Libra as an old-style concession would have attracted more bidders, pushing up the price paid, reckons Paula Kovarsky of Itaú BBA bank.

    Worse, the new rules have set a hidden trap for Petrobras. By putting it in charge of all operations in pré-sal areas and forcing it to buy at least a 30% stake in all winning bids, the government has turned pré-sal auctions into nail-biting waits for Petrobras to learn the terms to which other bidders have committed it. The fear this time was that Chinese state-owned firms, more interested in a stable long-term energy supply than in negotiating a low price, would bid aggressively for Libra, committing Petrobras to terms it found unreasonable.

    That such an outcome did not happen comforted Petrobras’s long-suffering investors, who have seen the firm’s share price plummet since a record-breaking $70 billion stock offering in 2010, intended to prepare it for the pré-sal era. Since then the government’s insistence on capping petrol prices to tackle inflation has caused the firm to haemorrhage cash. Brazil is a big importer of oil derivatives, so not only does Petrobras get below the world price for its own oil; it must also top up abroad, and sell at a loss. Strict requirements to buy local equipment have further burdened its balance-sheet and slowed down its investment programme.

    The Libra auction was not the disaster it could have been for Petrobras, says Ms Kovarsky. But developing the field will mean the company has to delay or drop other projects that would have had higher returns. And a rise in the price of fuel is now essential. “Petrobras needs not just a one-off price rise, but international price-parity,” she says. On top of all this, unless the bidding rules are changed the next pré-salauction, pencilled in for 2015, may see the firm committed to a pricey deal that it would not have chosen itself.

    http://www.brasil247.com/pt/247/economia/118815/Economist-e-FT-desdenham-Libra-med%C3%ADocre-barato.htm

    1. “Para o FT, o resultado,

      “Para o FT, o resultado, comemorado pela presidente Dilma Rousseff, foi “medíocre”. Para a Economist, a venda de Libra saiu “barato””:

      Eh, ambos estao preocupadissimos com qualquer governo “vendendo” qualquer coisa “barato”.

      Que dia eles ja disseram isso de uma privatizacao e a qual governo eles ja deram esse aviso?  Nunca aconteceu por mais que qualquer governo tenha perdido nas privatizacoes -e nao foi pouco.

  22. Portugal paga por um erro do FMI

    Portugal paga por um erro do FMI

     

    Li no Expresso, num texto do jornalista Jorge Nascimento Rodrigues, “o Fundo Monetário Internacional é criticado por uma ex-diretora no Departamento Europeu. O erro foi ter alterado as suas próprias regras relativas à sustentabilidade da dívida pública dos países resgatados. “A crise do euro levanta profundas dúvidas sobre a independência do Fundo Monetário Internacional (FMI)”, diz Susan Schadler, ex-diretora-adjunta do Departamento Europeu do Fundo entre 1999 e 2007, num artigo sugestivamente intitulado “Unsustainable Debt and the Political Economy of Lending: Constraining the IMF’s role in Sovereign Debt Crisis” (“Dívida insustentável e Economia Política dos Empréstimos: Restringindo o papel do FMI na crise da dívida soberana”, CIGI Papers, Outubro 2013). Schadler trabalhou no FMI desde 1976. O principal pecado da organização foi ter alterado uma das regras fundamentais da sua atuação quando se envolveu com a União Europeia e o Banco Central Europeu na gestão da crise das dívidas soberanas de alguns países periféricos da zona euro. E cometeu o pecado por ter sucumbido às pressões dos parceiros europeus. A “mudança fundamental” nas regras que afeta uma “perspetiva sistémica” sobre a atuação futura do FMI tem a ver com “a decisão de emprestar à Grécia, Irlanda e Portugal sem ter acordado num caminho convincente para um nível de dívida que se possa gerir”, diz Schadler, que trabalha atualmente no Center for International Governance Innovation em Waterloo, no Canadá, e no Atlantic Council, em Washington DC, nos EUA. O erro já foi apontado em trabalhos dos próprios técnicos do FMI a propósito do balanço da gestão do resgate à Grécia. “Debaixo de pressão por parte dos parceiros europeus, no quadro da troika, um arranjo muito pouco comum, o FMI introduziu a possibilidade de renúncia ao segundo dos seus quatro critérios: no caso de haver o risco de impactos internacionais, não é necessário garantir que há uma alta probabilidade de sustentabilidade da dívida”, diz a especialista, na sequência do que técnicos do FMI disseram recentemente. A revisão da norma foi invocada subsequentemente, diz Schadler, para os casos da Irlanda e de Portugal. O que isto significou é que a reestruturação da dívida grega foi afastada no início e só dois anos depois da primeira tranche de empréstimo concedido pelo FMI, já numa situação limite, foi concretizada. “Portugal até pode passar sem uma reestruturação, mas pagará por uma incerteza prolongada com uma retoma muito mais longa do que seria necessário. A Irlanda parece estar a recuperar, mas, uma vez mais, com custos severos para a atividade económica do que se o problema do sobre-endividamento tivesse sido analisado no início”, diz a especialista que foi economista do Departamento do Tesouro norte-americano. Susan Schadler insiste que a regra deve ser reposta e que o FMI deverá abrir uma possibilidade de uma facilidade financeira de muito curto prazo, de preferência financiada pelos bancos centrais, em circunstâncias de emergência”.http://ultraperiferias.blogspot.com.br/2013/10/portugal-paga-por-um-erro-do-fmi.html

     

  23.  
     
    Carta de Noemia

     

     

    Carta de Noemia Barbosa

    24. outubro 2013 

     

    Noemia Barbosa é filha do escritor Alaor Barbosa, cuja obra biográfica sobre Guimarães Rosa foi proibida de ser publicada pelas herdeiras de Rosa.

     

    CARTA A SRA. VILMA GUIMARÃES
    O QUE OS PAIS DEIXAM AOS FILHOS

    De Noemia Barbosa para Vilma Rosa

    Vilma,

    Nasci filha de escritor. Doei para o meu pai, desde o meu nascimento, longas horas da minha infância e da minha adolescência. Meus irmãos doaram outras tantas horas. Minha mãe dividiu o marido, durante décadas, com sua amante, a literatura. Mas meu ciúme de criança foi se atenuando, ao longo dos anos, e mais ainda com o chegar da maturidade. Passei a admirá-lo, respeitá-lo, reverenciá-lo. Principalmente, passei a compreendê-lo. Literatura, para o meu pai, o escritor Alaor Barbosa, é e sempre foi devoção. Triste do filho ou da filha que não respeita e nem compreende as devoções paternas.
    Assim como você, também sou herdeira de uma obra literária. Grande, extensa, profunda, séria. Fruto de muito trabalho, pesquisa e esforço, feita com paixão e talento. Obra reconhecida e tantas vezes premiada. Falo de quase meio século de produção literária, tempo bem maior do que eu mesma tenho de vida. Meu pai, Vilma, já era escritor antes de eu nascer.
    Tenho a sorte de ter meu pai comigo, avô carinhoso das minhas filhas, em almoços de domingo. Vivo, feliz e produtivo. Mas já estou de posse da herança que ele me legou. Foi uma partilha sem desavenças, entre a família e os amigos. Não a herança material, mensurável, quantitativa, que se deposita em conta bancária. Desta, basta-nos o óbolo de Caronte. O que recebi de meu pai foi um norte, um rumo, um equilíbrio, um eterno buscar da verdade. O amor e o respeito por tudo de bom que o ser humano já produziu.
    Você, Vilma, também recebeu uma herança. Magnífica herança, portentosa, imensurável. A herança de um gigante. A herança de um gênio, primus interparis. Temos, portanto, responsabilidades. Eu e você. A minha, talvez mais leve, é a de impedir que a herança de meu pai seja aviltada, desqualificada, vilipendiada. Isso, tenha certeza, não acontecerá. As inverdades, calúnias e difamações são muito fugazes e, uma vez reveladas, deixam despida aquela que as inventou. Aliás, é assim que eu vejo você: despida, nua, pelada. Porque mais marcado será sempre o caluniador do que o caluniado. Já a sua responsabilidade, Vilma, é a de não abastardar, não apequenar, não diminuir a sua herança, o seu legado. A obra do seu pai é universal. Não a amesquinhe, não a reduza a herança à estatura da herdeira.
    Num país como o nosso, Vilma, tão carente de cultura, tão necessitado de modelos, tão merecedor de exemplos, resta-me recordar as palavras de outro ídolo de meu pai, Monteiro Lobato, cuja biografia para crianças também saiu da máquina de escrever Olivetti que havia na biblioteca lá de casa. Lobato disse que Um país se faz com homens e livros. Você, portanto, quando tenta impedir a existência de um livro, de uma obra literária, espanca a inteligência nacional, ofende a tantos que tombaram em nome da liberdade e do direito de expressão e do livre pensamento! Talvez, Vilma, seu tempo tenha passado. Imagino você mais feliz vivendo uma outra época – mais escura do que a de agora. Talvez sob o Estado Novo ou abrigada pelo AI-5. Imagino você, Vilma, com um carimbo de censura na mão, – arma formidável! – detentora exclusiva da faculdade de permitir ou não que alguém leia, fale ou pense. Para nossa sorte e infelicidade sua, vivemos tempos mais claros. E você, faça o que fizer, diga o que disser, jamais impedirá meu pai de ler, escrever, falar ou pensar. Nem meu pai nem ninguém.
    Portanto, Vilma Rosa, não acenda fogueiras com livros. O fumo do livro incinerado escurece uma Nação.
    Cada um de nós tem seus próprios ídolos. Sorte do meu pai, que fez boas escolhas. Os seus, parecem ser o Index Librorum Prohibitorum, o Santo Ofício, Savonarola e Torquemada. Talvez, até Herr Goebbels… Eu, que também tenho os meus, cito um deles: você vai amargar vendo o dia raiar sem lhe pedir licença…
    Lembre-se, Vilma, você é apenas uma filha. Você é apenas uma herdeira que avilta a herança magnífica que recebeu. Pena constatar que nem tudo que Guimarães Rosa nos deixou é tão bom quanto a sua obra literária.

    Noemia Barbosa Boianovsky

    http://www.peloburacodafechadura.com.br/carta-de-noemia-barbosa/

  24. ABSURDO

    Rio

     Hoje às 06h00

    Porto Maravilha corre o risco de ficar deserto à noite e nos finais de semana

    Região promete ser uma extensão do Centro da Cidade

    Jornal do BrasilGabriella Azevedo*+A-AImprimirPUBLICIDADE

    Apesar de supostos projetos de incentivo realizados pela Prefeitura, que prometem garantir mais atratividade para construções habitacionais na Zona Portuária do Rio, o número de empreendimentos comerciais já se mostra claramente esmagador em comparação ao número de residências que serão construídas. De acordo com documento do Porto Maravilha, apenas sete “lotes” estão destinados à construção de novos complexos residenciais em toda a região do Porto. Em comparação, o número de terrenos onde serão construídos edifícios e conglomerados comerciais ou institucionais já supera 20, mais que o triplo. Além disso, a área destinada para esse tipo de edificação é visivelmente superior. Quanto às edificações de uso cultural, apenas o Museu do Amanhã, além do Museu de Arte do Rio – já funcionando – está previsto para ser inaugurado na região.

    Zona Portuária: empreendimentos "loteados" já são, na maioria esmagadora, comerciais e institucionais. Zona Portuária: empreendimentos “loteados” já são, na maioria esmagadora, comerciais e institucionais. 

    Os outros trechos grifados em vermelho no documento, destinados ao uso residencial, são reformas que serão realizadas pela Secretaria Municipal de Habitação (SMH). O mesmo se dá com as edificações voltadas para utilização cultural. Os espaços grifados em verde também se resumem a restaurações. De todos os novos empreendimentos voltados para o setor residencial, apenas um foi comprado por imobiliária. As seis novas construções também são da SMH, parte para a realocação dos moradores desapropriados para a realização das obras. Isso apenas ressalta o pouco compromisso com a população, que continuará sem atrativos para frequentar a região Portuária.

    Na gestão imobiliária da região, a Prefeitura faz uso dos Cepac (Certificados de Potencial Adicional de Construção) na região portuária, que são títulos usados para financiar Operações Urbanas Consorciadas, ações de recuperação de áreas degradadas nas cidades. Os Cepacs são um instrumento de captação de recursos dos imóveis que utilizam o potencial adicional de construção, isto é, que construam andares além da área original concedida em determinado terreno. Para a construção de imóveis residenciais, são necessários menos Cepacs, ou seja, seu custo é menor.

    Em visita aos túneis do Porto Maravilha aberta à imprensa realizada nesta sexta-feira (25), o presidente da concessionária Porto Novo, responsável pela realização das obras e pela gestão da região portuária nos próximos 15 anos, José Renato Pontes respondeu não acreditar que os empreendimentos que serão construídos na área serão majoritariamente comerciais ou institucionais.

    “Não será pelo seguinte motivo: se só houvesse empreendimentos comerciais, a equação não ia bater, não sobrariam Cepacs. O prefeito lançou uma lei complementar para incentivar a compra de imóveis na região”, afirmou o presidente da concessionária Porto Novo.

    Apesar da declaração de José Renato Pontes e das ações de incentivo, as críticas ao projeto continuam e o documento corrobora as condenações. A confirmação dessa tendência transformará a Região Portuária em uma extensão do centro da cidade: funcionamento intenso em horário comercial, mas local de abandono à noite e nos fins de semana. A presença massiva desse tipo de complexo, que prioriza a presença de empresas e instituições à população e com retorno financeiro mais atraente, vai de encontro com o próprio conceito de revitalização e põe em xeque o projeto da Prefeitura. Especialistas, moradores e políticos reprimem esse modelo de edificação.

    O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (CREA-RJ), Agostinho Guerreiro, critica a postura da Prefeitura e não acredita em uma verdadeira revitalização que desconsidera a construção de moradias. “Não é o ideal porque quando se falou em revitalização, a ideia é revitalizar o porto e com isso, incluir a população. Qual o conceito de revitalização? É não ter uma cidade morta em nenhum momento do dia. E o que acontece com a cidade do Rio na parte da noite é que uma grande parte da cidade é morta, exatamente pela prioridade que foi se dando à parte de edificações institucionais, voltadas para serviços e comércio. São atividades que transcorrem fundamentalmente durante o dia”, explica Agostinho.

    A única forma de humanizar aquilo é com políticas habitacionais

    O deputado estadual Luiz Paulo do PSDB concorda com o presidente do CREA, apontando que o foco tem sido a construção de edifícios comerciais e que esse movimento vai afastar, ao invés de atrair, o restante da população. “A questão das construções do projeto imobiliário do Porto está débil no sentido de importar moradias. É um projeto frágil no tocante de implantação de projetos residenciais, mas forte em empreendimentos comerciais. O que está faltando naquele projeto é habitação. Se você andar na rua à noite em local só com empreendimento comercial vai ver que é uma área deserta, de passeios estreitos, o que não é convidativo para a frequência popular. A única forma de humanizar aquilo é com políticas habitacionais”, explica.

    O engenheiro Agostinho Guerreiro ainda comenta sobre o modelo de gestão urbana adotado em outras grandes cidades, que incentivaram a união entre complexos comerciais e residenciais. “As grandes metrópoles do mundo, quando fizeram projeto de revitalização, trataram exatamente de mesclar áreas mortas, por esse tipo de situação, com habitação. Mesmo em áreas que já eram destinadas a instituições, eles incluíram edifícios habitacionais. E nos próprios edifícios institucionais foram mesclados andares voltados para o trabalho [comercial e de serviço], com residências. Isso proporciona um bairro com vida 24 h por dia. Com esse projeto, vamos ficar com a região do porto sem ser revitalizada e o Centro permanece esvaziado”, alerta.

    Os impactos no trânsito também são debatidos. Apesar da melhoria de mobilidade, que também tem sido questionada, os especialistas comentam que unir muitos complexos empresariais na região trará consequências negativas no tráfego do local, que ficará mais intenso. “Empreendimentos são fortes geradores de tráfego e se continuar nessa ‘batida’, estará incentivando a saturação do entorno, com uma via binária de duas faixas, com passeio estreitíssimo e rampas descendentes”, explica Luiz Paulo.

    Não conversaram [a Prefeitura] nada, não falaram nada com ninguém, simplesmente avisaram que vai ser prédio comercial e ponto

    Os moradores da região reclamam que o governo impôs um projeto de edificação na região portuária, sem incluir um debate com a população. Um morador, que não quis ser identificado, critica, junto com os demais moradores, a postura da Prefeitura. “Não conversaram [a Prefeitura] nada, não falaram nada com ninguém, simplesmente avisaram que vai ser prédio comercial e ponto. Está todo mundo reclamando, queremos chamar o Prefeito pra abordar a situação e ver se conseguimos conversar sobre o assunto”, reprova.

    A presidente da Associação dos Moradores do Morro da Conceição, Márcia Regina, afirma que nenhum tipo de investimento foi realizado na localidade e que a chegada de empreendimentos comerciais tem sido intensa. “Aqui no Morro da Conceição nada foi feito, a Prefeitura deixou muito a desejar aqui. Fizeram uma obra ‘para gringo ver’, abriram a rua toda porque iam fazer fiação subterrânea e a obra não foi finalizada. Tem uns postes aqui no meio da calçada, e as pessoas são obrigadas a andar no meio da rua. Tem dez dias que uma criança foi atropelada”, reclama Márcia.

    A moradora ainda reclama do processo de desapropriação realizado no local, que retirou alguns dos moradores antigos para criação de estabelecimentos de comércio. Segundo Márcia, nenhum dos moradores retirados recebeu qualquer tipo de indenização ou realocação. Denúncias como essa já haviam sido feitas por outros moradores. A ação do governo municipal, que desapropriou mais de cem mil pessoas, teria violado o direito à posse, feito propostas inadequadas de reassentamento e/ou de indenização, ignorado realização de aviso prévio adequado, e ainda feito intimidação e ameaças. 

    No mês passado, a Prefeitura criou um projeto de lei que promete estimular a construção de imóveis residenciais na região portuária do Rio. A prefeitura pretende incentivar a construção de imóveis residenciais na região que compreende os bairros da Saúde, Gamboa e Santo Cristo.

    De acordo com o prefeito Eduardo Paes, o objetivo seria garantir a permanência dos moradores atuais da área e incentivar a vinda de novos residentes. A prefeitura anunciou a construção de, pelo menos, 2.200 imóveis do programa Minha casa Minha Vida.

    O prefeito também afirmou que metade da área do Porto estaria voltada para construção de habitações. Apesar disso, os trechos edificáveis da região já estão sendo direcionados para abrigar salas comerciais, empresas e instituições, e a tendência parece se manter. Com isso, moradores e especialistas seguem com motivos para reclamar, questionar e colocar em dúvida a real revitalização do entorno da Zona Portuária.

    *Do programa de estágio do Jornal do Brasil

     

    1. “O prefeito também afirmou

      “O prefeito também afirmou que metade da área do Porto estaria voltada para construção de habitações”:

      Mentira.  Tanto eh mentira que o amarelo nao especifica quanta area vai ser usada para ESTACIONAMENTOS.

      Nao vai ser com “habitacoes” que ele vai se preocupar…

  25. E ninguém fica indignado, nem o

    Onde estão os homens probos que não demonstram indignação com mais essa excrescência? O que está acontecendo com o país? Não se vê um magistrado, uma associação em defesa do cidadão se manifestar. Onde está a OAB?

     

    247

     

    PROCURADOR FALHA E SUIÇA ARQUIVA CASO ALSTON

    Edição 247/Divulgação:

     

    Procuradores suíços arquivaram o caso de três acusados de pagar propina a funcionários públicos e políticos do PSDB em negócios que envolvem a multinacional francesa no Brasil; motivo: falta de colaboração do Ministério Público, que não atendeu a pedidos da Suíça para investigar quatro suspeitos, entre eles o ex-diretor da CPTM João Roberto Zaniboni, acusado de receber R$ 1,84 milhão da Alstom; a justificativa do procurador da República Rodrigo de Grandis (foto), responsável pela ação: pedido arquivado na pasta errada; que vexame

     

    26 DE OUTUBRO DE 2013 ÀS 07:33

     

    247 – Por falta de colaboração do Ministério Público brasileiro, procuradores da Suíça responsáveis por investigar os negócios da empresa Alstom arquivaram o caso de três suspeitos de ter feito pagamento de propina a funcionários de órgãos públicos no País e a políticos do PSDB.

    As autoridades suíças pediram para que os colegas brasileiros interrogassem e investigassem a vida financeira de quatro pessoas, entre eles o ex-diretor da CPTM João Roberto Zaniboni, acusado de ter recebido US$ 836 mil, cerca de R$ 1,84 milhão, informa reportagem da Folha de S.Paulo.

    Os procuradores suíços pediram que outros três suspeitos de trabalhar como intermediários no pagamento de propina, inclusive a Zaniboni, fossem interrogados: Arthur Teixeira, Sérgio Teixeira e José Amaro Pinto Ramos. Mas nenhum pedido foi atendido pelos procuradores brasileiros.

    Justificativa

    A resposta do procurador da República Rodrigo de Grandis, responsável pelo caso da multinacional francesa no Brasil, foi a de que houve uma “falha administrativa” no gabinete da Procuradoria da República em São Paulo. Simples: arquivaram o pedido da procuradoria suíça numa pasta errada.

    De acordo com informações do gabinete de Grandis, o pedido dos procuradores suíços só foi encontrado na última quinta-feira. Sendo guardado numa pasta de arquivo, o pedido ficou esquecido por dois anos e oito meses. As autoridades brasileiras souberam das solicitações esquecidas apenas nesta semana.

    http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/10/1362510-suica-arquiva-investigacao-de-tres-suspeitos-no-caso-alstom.shtml

     

    1. E o que foi feito depois?

      Algum procurador vai ser preso por não ter colaborado?

      Alguém vai fechar a procuradoria da república em SP?

      O trem-bala que a Alstom intenta vender aos entusiasmados de agora, ficará mais aconchegante?

  26. FAZER O BEM,, FAZ BEM
    Rio de Janeiro, 26 de outubro de 2013    FAZER O BEM, FAZ BEM   Caros amigos (as) só com a união de todos e que podemos fazer um Brasil, mais justo é solidário. Hoje no SBT tem o Teleton, estou tentando fazer a minha doação, mas o meu telefone está mudo, a OI é uma operadora que vira e mexe, me deixa na mão. O governo tem que fiscalizar melhor essas operadoras de telefone, que ganham bilhões e oferecem um serviço péssimo. Vamos doar para ajudar as criancinhas da AACD, pois não custa nada ajudar, quem precisa de ajuda.    Atenciosamente:  Cláudio José, um amigo do povo e da paz. 

  27.  JANTARES DE JOAQUIM
     JANTARES DE JOAQUIM BARBOSA 

    Como acontece com a biografia de todo mundo, existe uma diferença notável entre aquilo que a pessoa diz e aquilo que faz. Não por acaso, nos dias de hoje o Brasil debate a postura de biografados de prestígio que se acham no direito de romper a garantia constitucional que protege a liberdade de expressão para garantir o privilégio de proibir a divulgação de narrativas que não consideram convenientes.

    Em seu esforço para firmar autoridade como um magistrado acima de toda suspeita, o presidente do STF Joaquim Barbosa é um crítico permanente do que chama de “conluio” entre juízes e advogados. É uma crítica que tem fundamento. 

    Nós sabemos que a Justiça brasileira é alvo frequente de escritórios de advogados poderosos, capazes de obter, em contatos diretos com o Judiciário, sentenças favoráveis que costumam ser negadas ao cidadão comum. Evitar esses contatos pode ser uma postura prudente e até razoável. 

    O fato é que, no último fim de semana, o presidente do STF compareceu a um jantar, no Rio de Janeiro, promovido pelo advogado Carlos Siqueira Castro, um dos mais prestigiados da República, com várias causas no STF e grandes empresas em sua carteira de clientes. Não era um evento qualquer. Siqueira Castro homenageava Jean Louis Debré, presidente do Conselho Constitucional da República Francesa. 

    Consultada pela coluna Painel, da Folha de S. Paulo, a assessoria do ministro admitiu o encontro mas ressalvou que o presidente do STF não julga casos de interesse de Siqueira Castro. Era informação de biografia autorizada, na verdade. 

    Como demonstrou o site Brasil247, há dezenas de casos do escritório de Siqueira Castro que foram examinados pelo presidente do STF. Há outra novidade — e essa informação está sendo divulgada por aqui pela primeira vez. 

    Pelo menos num desses casos, o recurso extraordinário de número 703.889 Rio de Janeiro, Siqueira Castro recebeu uma sentença favorável de Joaquim. Não é um caso antigo. Joaquim Barbosa assinou a sentença em 16 de novembro de 2012. 

    Naquela época, o julgamento da ação penal 470 já era história. Os réus estavam condenados e os ministros debatiam se o STF teria o direito de determinar a cassação imediata dos parlamentares condenados – ou se era preciso respeitar o artigo 55 da Constituição, que define que a última palavra cabe ao Congresso. 

    Não tenho a menor condição de avaliar se a sentença de Joaquim para o recurso 703.889 Rio de Janeiro foi correta ou não. Nem é o caso.
    Tampouco me cabe especular sobre a influência que sua relação próxima com Siqueira Castro, que vem dos tempos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, teria algo a ver com isso. Seria absurdo. 

    Mas pode-se discutir algumas questões. Primeiro, é curioso saber por que a assessoria de Joaquim disse a Folha que o presidente do STF não tinha casos de Siqueira Castro em seu gabinete. É um pouco mais grave quando se descobre que há menos de ano dali saiu uma sentença favorável ao advogado. 
    Não custa lembrar outro aspecto. Casos da história STF ensinam que, em qualquer época, sob qualquer gestão, as relações entre advogados e um presidente do STF também tem uma relevância particular. Além de dar ou não uma sentença favorável, o presidente da corte tem o poder de pautar um caso, definir a agenda e definir quando será levado a voto. 

    Se o advogado tem interesse em manter tudo como está, o assunto não entra em debate e a sentença pode levar anos. Se há interesse em abrir uma discussão que pode ter desfecho favorável, cabe ao presidente colocar o tema no plenário. Neste caso, a interferência do presidente é muito eficaz mas nem um pouco visível. 

    É possível também discutir o papel dos jantares na ação penal 470, que transformou Joaquim Barbosa na personalidade pública que é hoje. 

    Quem se recorda do julgamento da ação penal 470 sabe da importância adquirida por um jantar num hotel de Belo Horizonte, que reuniu o então ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu e Kátia Rabello, presidente do Banco Rural. 
    No esforço para sustentar que Dirceu estava envolvido diretamente em tratativas de interesse de Marcos Valério e do Banco Rural, dado importante para sustentar a tese de que era o “chefe de quadrilha”, este jantar serviu como um momento-chave da denuncia do ministério público. 
    Jamais surgiram testemunhas de primeira mão do encontro. Nunca se esclareceu o que foi dito ou discutido naquela noite. Ficaram suspeitas, insinuações, diálogos imaginados mas jamais explicados nem confirmados. Ainda assim, o jantar foi um elemento importante para acusar e condenar Dirceu. Referindo-se ao encontro dos dois, 
    Joaquim Barbosa declarou: “Embora Kátia Rabello e José Dirceu admitiram não ter tratado do esquema, é imprescindível atentar para que não se trata de fato isolado, de meras reuniões entre dirigentes do banco e ministro da Casa Civil, mas de encontros ocorridos no mesmo contexto a que se dedicava a lavagem de dinheiro o grupo criminoso apontado na denúncia, com utilização de mecanismos fraudulentos para encobrir o caráter desses mútuos [empréstimos] fictícios”, disse o relator. 
    Resumindo: não havia provas contra Dirceu nem contra Katia Kabello. Mas Joaquim Barbosa disse que era preciso colocar o jantar no “contexto.” 

    Curioso, não?  Paulo Moreira Leite no Facebook

     

  28. Não sei se esse artigo rolou

    Não sei se esse artigo rolou por aqui mas vale a pena a leitura pois, ao final do artigo, menciona uma informação que poucos estão  atentando.  

    Grifo meu.

     

     

    Lejeune Mirhan: Leilão do Campo de Libra; uma vitória do Brasil

     

    Ocorreu nesta segunda, 21 de outubro, no Rio de Janeiro, o primeiro leilão de um campo de petróleo do chamado pré-sal sob os novos marcos da exploração de óleo que se chama de “partilha”. Não pretendo neste artigo nem explicar o que é “partilha” e sua diferença com o modelo de concessão anterior, nem menos comentar a estranha aliança de um partido como o Pátria Livre e partidos trotsquistas como o PSTU, Psol, PCO e o minúsculo PCB. 

    Por Lejeune Mirhan *

    Quero apenas mostrar alguns números que tentam explicar, de forma didática, o quanto o brasil ganhou com o leilão.

    Em um primeiro momento quero falar do consórcio liderado pela Petrobrás. Além dela ser detentora de 40% de toda a renda, fez uma aliança inusitada. Duas estatais chinesas participam (CNPN e a CNOOC). A China, como sabemos, precisa demais de petróleo. E tem três trilhões de dólares em caixa para investir no mundo inteiro, de preferência em energia. No entanto, de última hora, duas petroleiras europeias aliaram-se à nossa Petrobrás. São elas a Shell (anglo-holandesa) e a Total (francesa, empresa mista com forte participação do governo francês).

    As quatro grandes estadunidenses haviam desistido do leilão. Muito se especulou sobre isso, mas a questão central foi exatamente que o modelo que nós adotamos no Brasil não é entreguista. Ao contrário, é soberano. O óleo é da União, que concede uma pequena parcela para empresas explorarem. Aliás, registre-se que esse modelo foi formulado quando era diretor geral da ANP o nosso camarada Haroldo Lima, junto com Dilma Roussef, à época ministra das Minas e Energia e atual diretora, Magda Chambriand. E nesse modelo, não havia interesse das irmãs do petróleo dos Estados Unidos. Esse país reativou a sua 4ª Frota Naval em 2008 para o cone Sul, na esperança de tomar nossas reservas, mas deu-se mal. Ficaram fora da partilha.

    Como disse, não pretendo discorrer sobre o sistema de partilha, infinitamente melhor que o de concessão da época de FHC, enfaticamente defendido pelos entreguistas do PSDB. Quero aproveitar este espaço, para tentar explicar didaticamente, os números referentes aos valores dos ganhos da União. E registro que todos os três jornais que acabo de ler hoje cedo (Folha, Estado e Valor), nenhum deles mostram os números que vou mostrar. Falam apenas e genericamente nos 41,65% que a União vai ficar. Na verdade, é quase o dobro disso.

    Minha formação como sociólogo é em Ciências Sociais. Mas, sou aficionado por números, matemática e estatística são peças fundamentais em meu trabalho. Vamos a eles agora.

    Preço do barril = US$100.00

    Custos de Produção = US$30.00

    Royalties da União (15%) = US$15.00

    Parte da União na Partilha (41,65%) = US$22.9 (sobre US$55.00 que sobram depois de retirar os custos de produção e os royalties)

    Parte das Empresas do Consórcio = US$32.1 (restante da diferença dos US$55.00)

    Imposto de Renda = US$8.02 (25% sobre o ganho das empresas)

    CSLL (Contribuição sobre Lucro Líquido) = US$2.89 (9% sobre ganho das empresas)

    Lucro Final do Consórcio = US$21.18

    Lucro da Petrobrás = US$8.47 (Ela tem 40% sobre o lucro final)

    Dividendos do Governo sobre a Petrobras = US$4.06 (Lembremo-nos que a União tem 48% das ações da Petrobrás que repartem lucros e esse percentual é aplicado sobre US$8.47)

    Fatia Final da União = US$52.88 (Essa soma leva em conta os royalties, mais os 41,65%, mais IR, CSLL e lucro da Petrobras).

    Ganhos para a Educação = R$245,9 bilhões (75% dos royalties sobre um total estimado de 10 bilhões de barris; tomando-se por base os US$52.88 da União, convertidos em reais em valores de hoje).

    Ganhos para a Saúde = RS81,9 bilhões (25% dos royalties).

    No entanto, o que significa ganhar US$52.88 para cada barril extraído, levando-se em conta um custo de US$70.00? Significa que a União ficará com 75,55% de todos os dividendos auferidos nesse processo exploratório. Esse número mágico não aparece em nenhum jornalão da burguesia. E o fazem, claro, de propósito, para tentar manipular as pessoas e leitores. E lamento que parte da esquerda caia nesse conto, acusando a presidente de privatista, entreguista e outras bobagens que tenho lido nas redes sociais e artigos.

    Façamos agora, por fim, uma continha simples, sobre o potencial para o Brasil em trinta anos. E estamos falando apenas do primeiro campo posto em leilão. Digamos que possamos extrair do fundo do mar 10 bilhões de barris. 

    Como o governo lucra, no geral US$52.88 para cada barril tirado do fundo do oceano, o potencial de lucratividade será da ordem de US$528,000,000,000.00 ou 528 bilhões de dólares. A cotação do dólar hoje (22/10/13) está na casa dos 2,1858 reais. Estamos falando em termos de US$1.154.102.400,00! Ou 1,1 trilhão de reais. Nosso PIB está na casa de cinco trilhões de reais. Ora, um único poço renderá ao Estado brasileiro 20% da riqueza produzida pela Nação em um ano inteiro! Imaginemos então vários desses poços produzindo a todo vapor em alguns anos. Poderemos viver uma arrancada de desenvolvimento jamais visto em nossa história.

    Por fim, os ganhos colaterais, talvez até mais importantes. Toda a tecnologia a ser utilizada na extração desse petróleo deve ter elevados componentes nacionais. Praticamente tudo será produzido em território nacional, usando empresas brasileiras. Mas, mais do que isso. Fala-se só para o campo de Libra da necessidade de 18 navios plataformas imensos, além de 90 barcos grandes. Isso vai gerar, como bem disse a presidente em cadeia nacional de rádio e TV, milhões de empregos, além dos 20 milhões criados em 10 anos de governos de Lula e Dilma.

    Uma grande jogada. Um grande acerto de nosso governo. Mesmo sem considerar o aspecto da geopolítica da aliança com empresas chinesas da Ásia e duas petroleiras europeias – o que não é pouca coisa – essa parceria do Estado nacional com o setor privado vai alavancar o crescimento do PIB. Precisamos sair dos atuais 18% de investimento em infraestrutura para pelo menos 25% (a China investe 40%). A Petrobrás ganhará nesse mesmo período US$84,7 bilhões e deverá se situar na quarta posição de maior petroleira do planeta e o Brasil em 4º lugar como o maior produtor de petróleo do mundo.

    Falou-se muito, tentando usar um saudosismo da década de 1950, que O Petróleo é Nosso! Um petróleo no fundo da crosta terrestre, abaixo do oceano não é e nunca seria nosso. Só será nosso verdadeiramente da forma como agora, por decisão soberana, corajosa e estratégica da presidente Dilma, ela decidiu torna-lo nosso. 

    Com todo respeito às organizações, partidos que foram para às ruas “barrar o leilão entreguista” (sic), como chamar um acordo dessa magnitude de errado? A Petrobrás jamais tiraria todo esse óleo do fundo do oceano sozinha. Não que não tenha tecnologia. Não tem nem caixa nem estrutura para isso. Talvez no máximo 30%. 

    O Brasil precisa de cem por cento desse óleo. E para agora e não para daqui a sabe-se lá quantos anos ou décadas. Sabemos que as pesquisas nos EUA estão aceleradas sobre a redução de custo da extração do xisto betuminoso. Que pode fazer desabar os preços do barril de petróleo. Tanto que até ensaia deixar o Oriente Médio. Temos que usar essa riqueza enquanto ela tem valor agora. Se caírem os preços, a Nação sairá perdendo. Ai sim, poderíamos acusar o governo de alta traição.

    Parabéns presidente Dilma pela corajosa e soberana decisão.

    * Lejeune Mirhan é sociólogo e colaborador do Vermelho

    http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=227473&id_secao=1

  29. Dominio da pasta protege o do fato

    Sem apoio do Brasil, Suíça arquiva parte do caso Alstom

    Após 2 anos de espera, procuradores suíços desistiram de investigar 3 suspeitos

    ‘Falha administrativa’ impediu buscas na casa de acusado de receber propinas em SP, diz Procuradoria brasileira

    FLÁVIO FERREIRAMARIO CESAR CARVALHOJOSÉ ERNESTO CREDENDIODE SÃO PAULO

    Cansados de esperar pela cooperação de seus colegas brasileiros, procuradores da Suíça que investigam negócios feitos pela multinacional francesa Alstom com o governo do Estado de São Paulo arquivaram as investigações sobre três acusados de distribuir propina a funcionários públicos e políticos do PSDB.

    Em fevereiro de 2011, a Suíça pediu que o Ministério Público Federal brasileiro interrogasse quatro suspeitos do caso, analisasse sua movimentação financeira no país e fizesse buscas na casa de João Roberto Zaniboni, que foi diretor da estatal CPTM entre 1999 e 2003, nos governos dos tucanos Mário Covas e Geraldo Alckmin.

    Como nenhum pedido foi atendido, nesta semana autoridades brasileiras foram informadas de que o Ministério Público da Suíça desistiu de contar com a colaboração do Brasil e decidiu arquivar parte das suas investigações.

    Segundo a Procuradoria da República em São Paulo, o gabinete do procurador Rodrigo de Grandis, responsável pelas investigações sobre os negócios da Alstom no Brasil, cometeu uma “falha administrativa”: o pedido da Suíça foi arquivado numa pasta errada e isso só foi descoberto anteontem.

    O Ministério Público da Suíça havia pedido que Grandis fizesse buscas na casa de Zaniboni porque ele é acusado de receber US$ 836 mil (equivalentes a R$ 1,84 milhão) da Alstom na Suíça para assinar contratos do Estado que beneficiaram a multinacional francesa.

    A procuradoria suíça também pediu que fossem interrogados os consultores Arthur Teixeira, Sérgio Teixeira e José Amaro Pinto Ramos, suspeitos de atuar como intermediários de pagamento de propina pela Alstom.

    Segundo os procuradores da Suíça, Arthur Teixeira e Sérgio Teixeira foram os responsáveis pelos repasses ao ex-diretor da CPTM.

    O Ministério Público estadual paulista, que também investiga negócios da Alstom, soube do pedido da Suíça e pediu cópias da documentação ao órgão federal responsável pela cooperação com autoridades estrangeiras, o DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional).

    Indagado sobre a situação, o gabinete de Grandis afirmou só ter encontrado o pedido suíço anteontem.

    A Procuradoria informou que o gabinete falhou ao deixar de anexar a solicitação a outro pedido de cooperação da Suíça, e o documento acabou indo para uma pasta de arquivo. O pedido ficou sem qualquer providência por dois anos e oito meses.

    A Procuradoria disse que já avisou o DRCI sobre o problema e que as autoridades suíças serão indagadas se ainda querem adotar medidas quanto aos suspeitos.

    Porém, nesta semana autoridades brasileiras receberam a informação de que os suíços cansaram de esperar e arquivaram as investigações sobre Zaniboni, Ramos e Sérgio Teixeira, morto em 2011.

    Eles haviam sido indiciados pelas autoridades suíças por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro.

    O único que continua sendo investigado é Arthur Teixeira, controlador da empresa Gantown, sediada no Uruguai, que teria feito repasses da Alstom para Zaniboni entre 1999 e 2002.

    Zaniboni afirma que o dinheiro se referia a serviços de consultoria prestados antes de sua chegada à CPTM.

  30. O duro é ter que ler , ainda,

    O duro é ter que ler , ainda, uma notícia dessas

    A presidente Dilma Rousseff fechou ontem um acordo com o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) sobre a eleição no Pará. Força expressiva no diretório do PMDB, Jader era um dos maiores obstáculos à reprodução em 2014 da aliança entre seu partido e o PT para a campanha de reeleição da presidente Dilma. Ele estava aborrecido com a intenção do PT paraense de lançar candidato ao governo do estado. Se isso ocorresse, o petista disputaria a eleição contra o filho de Jader, Helder Barbalho, que é candidato a governador. Ontem, em jantar no Alvorada com o vice-presidente Michel Temer e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Dilma garantiu a Jader que o PT do Pará apoiará Helder em 2014. Em compensação, a vaga de senador na chapa será reservada ao PT. O favorito a ocupá-la é o deputado Paulo Rocha. O jantar de ontem foi uma cena incomum. A presidente não costuma receber políticos no Alvorada e nem falar pelo PT. Há dúvidas sobre os palanques comuns de PT e PMDB no Ceará, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, entre outros estados.

  31. Demétrio Magnoli é chamado de racista

    Demétrio Magnoli é chamado de racista em protesto durante mesa na Flica

    Manifestantes acusam Magnoli de racismo e reivindicam saída do sociólogo do evento

    26.10.2013 | Atualizado em 26.10.2013 – 12:10

    Da Redação 

    Na manhã deste sábado (26), enquanto o geógrafo e sociólogo Demétrio Magnoli debatia na Flica, um grupo de estudantes deu início a um protesto sob brados de ‘racista’ e ‘fora, Magnoli!’. O ato foi pautado pelas opiniões desfavoráveis de Magnoli com relação às cotas raciais.

    Dois estudantes, seminus, se pintaram na frente do professor, causando tumulto e interrompendo o debate. Uma faixa a favor das cotas também foi estendida.

    “Estamos aqui fazendo este ato por contra esse cara que é racista, é contra as cotas. E Cachoeira é terra de preto, remanescente de quilombo”, diz Amanda, estudante de jornalismo da UFRB.


    Demétrio Magnoli é chamado de racista em protesto durante mesa na Flica (Foto: Divulgação/Flica)

    A professora da UFBA, Maria Hilda Baqueiro Paraíso, que também compunha a mesa, tentou negociar com os estudantes, mas não obteve sucesso. Os seguranças presentes no evento não conseguiram conter o tumulto, que só se dispersou quando a produção do evento propôs uma reunião com representantes do movimento. A pauta será uma possível mudança do tema da mesa, de preferência para um que contemple a questão racial no Brasil.

    Magnoli comparou os manifestantes aos fascistas de Mussolini e arrematou: “No poder, esse grupo fuzilaria os seus opositores”. Encerrada, a mesa deve retornar às 13p0, a portas fechadas. 

     

    Reportagem iBahia
    Demétrio Magnoli é chamado de racista e esquenta debate na Flica

    http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/demetrio-magnoli-e-chamado-de-racista-e-esquenta-debate-na-flica/#.Umv-6pt9-ys.facebook

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