Fora de Pauta

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Lourdes Nassif

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  1. Debate Balanço do Governo Dilma com André Singer e Marcos Nobre.

    Olá, Nassif.

     

    Primeiro gostaria de agradecer por você ter ajudado a divulgar, em outras ocasiões, eventos organizados pelo PET-Capes Filsofia nesse espaço. Subimos hoje no Youtube o vídeo de um outro debate, realizado em parceria com alunos do curso de Ciências Sociais da USP, sobre o governo Dilma com os professores Marcos Nobre da Unicamp e André Singer da USP.

    Acho que deve interessar aos seus leitores.

    Abraço.

  2. Homenagem a Pablo Neruda nos 41 anos de sua morte

                                                       

    Pablo Neruda (Neftali Ricardo Reyes Basoalto) – 12 de julho de 1904, Parral, Chile – 23 de setembro de 1973, Santiago, Chile

    Retirado de O Canto Geral de Pablo Neruda, o poeta do mundo, por Maria Célia Barbosa Reis da Silva

    “Meu caminho junta-se ao caminho de todos. E em seguida vejo que desde o sul da solidão fui para o norte que é o povo, o povo ao qual minha humilde poesia quisera servir de espada e de lenço para secar o suor de suas grandes dores e para dar-lhes uma arma na luta pelo pão”. Pablo Neruda

    Em 12 de julho de 1904 nasce Neftali Ricardo Reys Basoalto. No pequeno lugarejo em que nasceu, Parral, a 340 quilômetros de Santiago, ou em qualquer outro lugar, os nascimentos fazem parte do cotidiano. Nada há de especial. Seus pais são personagens comuns: ele é José del Carmen Reys Morales, maquinista de um trem lastreiro; ela, Rosa Basoalto Reys, professora, morta de tuberculose um mês depois de o menino nascer. Outra personagem entra no enredo de Neftali — Trinidad Candia Marverde — a segunda esposa de seu pai a quem ele acha incrível ter de chamar de madrasta já que ela é o anjo tutelar de sua infância, diligente e doce, com senso de humor camponês, e a bondade ativa e infatigável. Rodolfo e Laura — seus irmãos, filhos de seu pai e de Trinidad — são mais dois personagens do enredo nerudiano.

    Nos primeiros cinco anos, Neftali corre sua infância pelas veredas de Parral ao sabor da chuva, do vento e do frio. Ternos anos, pouco registrados pela memória do garoto. Temuco — cidade pioneira, dessas sem passado, com grandes lojas de ferragem ostentando desenhos dos produtos à venda porque muitos compradores são índios e não sabem ler. Aliás, os araucanos, que lá vivem, são acossados primeiro pelos espanhóis; depois, pelos próprios chilenos. Neste mesmo ano, 1910, Neftali é matriculado no Liceu, cuja diretora, mais tarde, seria a escritora Gabriela Mistral — Prêmio Nobel de Literatura em 1945. Gabriela Mistral e seu tio Orlando Masson, poeta e fundador do Diário de Temuco, estimulam suas incursões poéticas.

    O pai, no entanto, opõe-se à vocação literária do filho, deseja vê-lo formado com vistas a um futuro promissor.  A vida encarrega-se de mostrar o quanto o prognóstico paterno falha. O próprio autor dos versos de A barcarola anula com a sua versão as várias existentes sobre o nascimento e a origem de Pablo Neruda.

    “Quando eu tinha catorze anos de idade, meu pai perseguia denodadamente minha atividade literária. Não concordava em ter um filho poeta. Para encobrir a publicação de meus primeiros versos busquei um sobrenome que o despistasse totalmente. Encontrei numa revista esse nome tcheco, sem saber sequer que se tratava de um escritor, venerado por todo um povo, autor de belíssimas baladas e romances e com monumento erigido no bairro Mala Strana de Praga”. (Confesso que vivi, p. 165).

    Os tempos do Liceu em Temuco cedem lugar a novos tempos em Santiago, na Universidade do Chile, onde o Instituto de Pedagogia e os novos companheiros universitários o esperam. Na mala está a peça mais importante do seu vestuário: a capa negra de seu pai. Esse traje lhe empresta certo ar dos poetas do século passado e, com ele, tem a impressão de não estar tão mal de aspecto. Na cabeça, há muitos livros, sonhos e poemas que zumbem como abelhas.

    A pensão da Rua Maruri, 513 é seu primeiro abrigo em Santiago. Lá, inspirado pelo pôr-do-sol defronte à sacada, escreve de dois a cinco poemas por dia e termina, em 1923, seu primeiro livro: Crepusculario, cuja edição é custeada por ele e por alguns amigos. Pablo escreve mais de trinta livros depois desse, no entanto a singularidade do momento é relatada por ele, assim:

    “Meu primeiro livro! Sempre sustentei que a tarefa do escritor não é misteriosa nem mágica, mas que, pelo menos a do poeta é uma tarefa pessoal, de benefício público. O que mais se parece com a poesia é um pão ou um prato de cerâmica ou uma madeira delicadamente lavrada, ainda que por mãos rudes. No entanto creio que nenhum artesão pode ter, como o poeta tem, por uma única vez durante a vida, esta sensação embriagadora do primeiro objeto criado por suas mãos, com a desorientação ainda palpitante de seus sonhos. È um momento que não voltará nunca mais. Virão muitas edições mais cuidadas e belas. Chegaram suas palavras vertidas na taça de outros idiomas como um vinho que cante e perfume em outros lugares da terra. Mas esse minuto de arrebatamento e embriaguez, com som de asas que revoluteiam e de primeira flor que se abre na altura conquistada, esse minuto é único na vida do poeta”. (Confesso que vivi, p. 53).

    A vida pulsante da capital vai sendo aos poucos incorporada pelo jovem. Crepusculario patrocina a aproximação de estudantes, boêmios, poetas e loucos. Certa loucura anda muitas vezes de braço dado com a poesia. É tão difícil as pessoas razoáveis se tornarem poetas quanto os poetas se tornarem razoáveis. Conhece muitos escritores: uns morrem no anonimato; outros se tornam famosos. Alberto Rojas Gimenez pertence ao primeiro grupo, é um dos mais queridos companheiros de geração, é diretor da revista Claridad para qual Pablo começa a colaborar como militante político e literário. O ambiente dentro e, principalmente, fora da Universidade já não lhe parece estranho. Mulheres, bares, boemia nutrem o futuro autor de Espanha no coração, mas debilitam quem, como ele, está literalmente com fome.

    Outros versos pululam. A juventude é rápida, Crepusculario já é passado. O próximo livro já corre pelas páginas e, em 1924, é entregue aos leitores o livro Vinte poemas de amor e uma canção desesperada. Por falar em amor, uma jovem inaugura em Pablo o amor. Ela é Albertina Azócar, musa de seus livros inaugurais, universitária inteligente e tímida que não aceita os ardentes convites do vate chileno. Ela é a junção de Marisol e Marisombra, personagens criadas por Neruda para saciar a curiosidade dos leitores que tanto queriam saber a identidade da mulher de Vinte poemas de amor.

    Três grandes amores, depois de Albertina, navegaram pelas águas líricas de sua vida. Conhece Maria Antonieta Haagenar, em Java, Batávia, com ela se casa em dezembro de 1930 e dela se separa em 1936. No final da década de 30, inicia um relacionamento com a pintora argentina Delia del Carril com quem vive até 1955 e a quem evita magoar quando publica anonimamente, em 1952, em Nápoles, Os versos do capitão, dedicados à Matilde Urrutia, sua paixão clandestina.

    “A verdade é que eu não quis, durante muito tempo, que esses poemas ferissem Delia, de quem me separava. Delia del Carril, passageira suavíssima, cordão de aço e de mel que atou minhas mãos nos anos sonoros, foi para mim durante dezoito anos uma companheira exemplar. Este livro, de paixão brusca e ardente, ia chegar como uma pedra lançada sobre sua delicada estrutura”. (Confesso que vivi, p. 226).

    Por volta de 1946, é apresentado à cantora Matilde, e ambos vão se enovelando gradativamente. Dos encontros fortuitos ou marcados, ao casamento simbólico, em Capri, sob o testemunho da lua e, finalmente, ao casamento oficial em 1966, com muitos convivas, a vida de Pablo e Matilde é regada sempre de paixão. Tudo lhes é aprazível: os passeios ao mercado Vega, as viagens ao exterior ou aos recônditos lugarejos chilenos, a construção e decoração das casas, as reuniões em Isla Negra. Essa paixão continua viva em Matilde mesmo após a morte de Pablo, como ela mesma registra em Minha vida com Pablo Neruda.

    “Depois de sua morte, restou-me muito tempo disponível. Partira aquele menino grande, tão exuberante, que ocupava todas as horas de minha vida. Então, com imensa avidez, comecei a freqüentar a Biblioteca Nacional à procura de suas primeiras colaborações, enviadas para jornais e revistas da época”. (Minha vida com Pablo Neruda, p.230).

    Os filhos perdidos deixam uma lacuna na vida do poeta. Com Maria Antonieta, tem uma filha, Malva Marina Trinidad, morta aos oito anos vítima de uma doença congênita; com Matilde, duas gravidezes interrompidas por uma fada má, invejosa de tanta felicidade. Tudo foi inútil; perdeu dois filhos tão amados, tão desejados, que já tinham uma infinidade de nomes lindos. Essas perdas prematuras assinalam o papel efêmero de pai ensaiado por Pablo.

    Um prêmio literário estudantil, alguma popularidade advinda dos novos livros e a capa preta outorgam-lhe certa respeitabilidade fora dos círculos literários. Pablo, porém, almeja ultrapassar os limites do Chile, cantar seus versos, sua pátria, seu povo; observar a América sob todos os lados; descobrir outras culturas e revelar a de seu povo. Seus feitos literários e, principalmente, a influência do amigo Bianchi, membro do clã nobre chileno, transformaram-no cônsul. Rangun, na Birmânia, é o destino por ele escolhido, em função do desconhecimento dos demais países mencionados e da sonoridade da palavra.

    Neruda, como representante oficial do Chile, exerce função diplomática em vários países: Birmânia (hoje, Myanmar), Cingapura, Ceilão (atual Sri Lanka), Argentina, Espanha, França e México. Não cabem, neste roteiro, todas as intempéries nem todos os acontecimentos grandiosos, mas cabem aqueles que mais influenciam o poeta e, por conseguinte, seus escritos. Pablo é um cronista de sua época. Registra, em seus versos, os momentos relevantes do século XX, sob a ótica dos que estão no centro e dos que estão na periferia.

    Também, não é admissível constar deste relato, a lista de todos os grandes artífices e/ou arautos da cultura e da política que, num ponto do planeta, estabelecem contatos, rápidos ou eternos, com o poeta andarilho. Algumas dessas figuras suscitam êxtase e entusiasmo; outros, repulsa e raiva. Muitos nomes são citados em dois dos mais de trinta livros publicados: Canto geral e Confesso que vivi.

    De 1934 a 1936, o autor de Canto geral é cônsul na pátria de Lorca. A escuridão do franquismo tolda sobre a Espanha. Assiste a desgraças que deixam marcas indeléveis em sua poética e mudam-lhe o rumo. Lorca é assassinado. O povo, espicaçado na agonia, perde seu poeta e sua liberdade.

    Texto completo aqui

    Neruda – página oficial

    Fundación Pablo Neruda

    Museu La Chascona

    A 110 anos após seu nascimento, Neruda voltou às ruas

    Bibliografia básica de Neruda

    Canto Geral, de Neruda

    Clarice Lispector entrevista Pablo Neruda

    Descobertos poemas inéditos de Pablo Neruda

    Galeria de fotos

    O poeta Neruda e as dores do mundo

    40 anos da morte de Pablo Neruda

    A relação entre Pablo Neruda e a Espanha, por Terumi Villalba

    Soneto a Pablo Neruda, por Vinícius de Moraes. O homem que Vinícius amou 

    Vinte poemas de amor e uma canção desesperada e outros poemas

    Videos:

    O carteiro e o poeta, direção de Michael Radford 

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=17AIqMN4EAY%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=cSZJ6jYse-Y%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=yPwQw-cfGvc%5D

    Jorge Amado e  Neruda (1952)

    Salvador Allende e Neruda

    Fidel Castro e Neruda

  3. Politica e humanidade versus o exercício do ódio.

    Politica é para ser feita com debate de ideias e não com manifestações de ódio.

    A cada dia, a grande imprensa (segundo sua própria concepção – o maior partido de oposição)  para referenciar seus candidatos, divulga em suas páginas, um discurso do mais brutal e letal ódio ao Partido dos Trabalhadores.

    Neste espetáculo, todo dia elegem como seus heróis, políticos ou comunicadores, com discursos vazios de conteúdo, mas cheios de ódio, que com o dedo em riste, à semelhança dos imperadores no Coliseu de Roma, indicam os cristãos a serem atirados às feras, isso, pelo simples fato de serem cristãos (adversários) e impedirem seu acesso ao poder.

    Este discurso, dirigido às pessoas simples do povo, suscetíveis a tais influencias e instigações, e para nós, sociedade civil em seu mais amplo aspecto, é algo mais que lamentável, é terrível, significa que, nossa humanidade (coletiva), florescerá num período mais distante na história.

    Pão e circo.

    Eles (os mercadores do ódio) não são responsáveis pela distribuição do pão – nem de seu irmão gêmeo em dignidade – o emprego, e, talvez por isso, estes já não faltem na mesa da maioria dos brasileiros (vide a noticia que o Brasil foi retirado do quadro da fome pela ONU).

    Entretanto, como donos dos meios de comunicação, se esmeram em oferecer um dos circos mais cruéis – pouco diferente das arenas e coliseus em que os cristãos eram atirados às feras.

    De suas iniciativas emergem atos inomináveis, linchamentos, discursos do ódio (preconceitos de classe social, contra minorias, racistas, homofóbicos), ou simplesmente tendentes a destruição dos contrários na politica (Partido dos Trabalhadores) – não remetem para um debate de ideias, aonde se identificaria a origem do pão e de sua subtração por tanto tempo à grande população pobre deste país.

    Triste conduta de nossa grande imprensa.

    Neste cenário, muitas vezes como meros assistentes, torcemos de forma quase desesperançada (mas logo  nos erguemos, cada vez com mais força e determinação), para que nunca falte o pão, pois, o discurso do ódio, encontra terreno fértil nestes períodos de escassez de alimentos, e libera os instintos mais baixos e que levam a desumanização dos “homens”.

    O debate sério e politizado (embate de ideias e propostas)  eleva a sociedade de patamar civilizatório, entrega, para ser exercido de forma consciente,  nas mãos do povo, seu destino.

    Por isso toda forma de ódio deve ser condenada, pois revela o não humano, configura-se em sua negação.

    É preciso combater esta politica traduzida e divulgada na grande mídia,  que em seu discurso, traz a semente da violência, da desconstrução do outro pelo ódio, e gera apenas mais violência, permitindo que a generosidade seja atacada como ingênua e exaltando o poder coercitivo, alijado de qualquer razão, como sendo o caminho da pacificação.

    Não entendem que violência gera violência, e, os exemplos de torturas inomináveis no período da Ditadura Militar e em linchamentos ocorridos recentemente, comprovam as consequências de tais discursos, libera o que tem de mais abjeto e primitivo em indivíduos, indivíduos estes, que se ressentem da falta dos atributos de humanidade, ou seja, solidariedade, respeito, dignidade, amor,  que deveriam ser inerentes a todos, para assim serem chamados de homens.

    Infelizmente, nesse teatro, ao contrário dos dramas literários, não há catarse, não nasceremos limpos após estes embates irem ao fundo de nossas almas, isso porque a mentira e ódio que emanam destes ditos “órgãos de comunicação”, envenenam o ambiente e retiram a capacidade dos indivíduos nela imersos, de poderem ter a necessária compreensão de sua própria e intrínseca humanidade e assim exercerem seu livre arbítrio na direção do bem e do amor ao próximo (algo que considero acima de religiões, e que, juntamente com a razão , forma a figura do homem – no plano religioso, considerado como cunhado a imagem e semelhança de Deus).

    Mas, ainda que não de forma  hegemônica, aos poucos se vislumbra, neste cenário, uma claridade cada vez mais intensa.

    Ainda há muita raiva e ódio.

    Porém, graças ao contraponto da internet (isso sim um verdadeiro Davi contra Golias – pequenos blogs lutando incessantemente contra o poder imenso da grande mídia), as pessoas, aos poucos, estão compreendendo que, ao contrário do que se dizia, até mesmo estes políticos do PT (considerados culpados, em processos muitas vezes totalmente imersos no referido discurso do ódio, o que não permite aferir a extensão de sua culpabilidade) não carregavam toda a maldade do país nas costas, mesmo que se tente diuturnamente impingir essa imagem. 

    A realidade é dura, e totalmente diversa da mostrada nas telas das tVs, logo ali ela cobra seu preço, recém saídos das ruas, dos protestos, das passeatas, muitos  dos que eram apresentados como portadores dos atributos das vestais (puras), tiveram retirados seus mantos midiáticos, e o que se viu nos deixou cheios de espanto e repulsa, revelaram-se, desnudaram-se,  e assim foram vistos, com as mãos cheias da mentira que diziam combater*.

    É isso, não busquemos, neste teatro, respostas claras, muito menos esclarecimentos ou caminhos,  a verdade real não se encontra exposta na grande mídia,  ainda esta por ser desvendada e, certamente não o será por meio destes candidatos dos grandes conglomerados de comunicação, que se mostram a frente destes projetos de poder.

    E isso tudo, por um singelo motivo,  porque a mídia os escolheu…eles não foram escolhidos, não ungidos,…  não são homens de Deus, escolhidos (no sentido de que todas as pessoas que respeitam e tratam os outros com dignidade podem ser assim chamados), só são escolhas do poder, para exercê-lo paras seus pares (parceiros econômicos),  não para democratizá-lo e dirigi-lo ao povo.

    Portanto, olhem ao seu redor, procurem todas as informações possíveis e escolham, sem ódio e de forma cuidadosa, seus destinos.

    * A resposta de Luciana Genro a Aécio Neves, por sua contundência, revela o retrato desta distorção abjeta da mídia que protege seus candidatos e seus partidos de todas as informações capazes de revelarem o verdadeiro caráter de sua pretensões eleitorais, os quais nutrem contra seus adversários um discurso de ódio. (Demóstenes Torres, mensalão do DEM, mensalão Tucano, Privataria Tucana, Compra da reeleição, Cartel dos Trens em São Paulo, Aeroporto em proveito próprio, etc.).

     

  4. Uma interrupção a cada 16s:

    Uma interrupção a cada 16s: eles não deixam Dilma falar

    Se as constantes interrupções de Bonner e Poeta na entrevista de Dilma ao Jornal Nacional, no mês passado, já foram preocupantes, a Rede Globo conseguiu bater o recorde hoje pela manhã. Na entrevista ao Bom Dia Brasil, Miriam Leitão, Ana Paula Araújo e Chico Pinheiro fizeram OITENTA E DUAS interrupções à fala de Dilma durante os 30 minutos e meio de entrevista. Se considerarmos que por mais de 8 minutos desse total a palavra foi dos jornalistas, Dilma foi interrompida, nos pouco mais de 22 minutos restantes, em média, uma vez a cada 16 segundos. É quase o dobro do que ocorrera no Jornal Nacional, quando havia uma interrupção a cada 29 segundos.

    A campeã de interrupções é Miriam Leitão, que responde por quase metade das 82. As intervenções dos três jornalistas chamaram tanto a atenção e atrapalharam tanto o andamento da entrevista que Dilma teve que avisar: “Deixa eu acabar de responder, pelo amor de Deus? O debate é comigo, não é?”. Era quase impossível a presidenta concluir seu pensamento, poucas falas não eram interrompidas.

    Foi tanta vontade de interromper a presidenta que cenas bizarras chegaram a acontecer,  como a sincronizada interrupção tripla a 18 minutos de entrevista e a interrupção da interrupção, quando a 23min30s, Miriam Leitão pede licença para Ana Paula para poder falar mais um pouco.

    A cena é recorrente. Dilma é a entrevistada, mas nenhum jornalista quer ouvir o que ela tem a dizer. Preferem ficar perguntando em círculos, sem ouvir as respostas e ignorando os dados que apresentam os avanços do país. Quase deixam de lado o papel de entrevistadores; viram debatedores.

    http://www.mudamais.com/ruas-e-redes/uma-interrupcao-cada-16s-eles-nao-deixam-dilma-falar

  5. O mito do inchaço e aparelhamento

    Nem “inchaço” nem “aparelhamento”: Dilma valoriza serviços públicos para o estado cumprir sua função junto ao povo

     

    Como já mostramos, o Brasil possui menos funcionários públicos, proporcionalmente, que Finlândia, Alemanha e Reino Unido, entre outros países tidos como exemplo de desenvolvimento por muitos. Vale destacar que, para prestar bons serviços ao povo, seja na educação, na saúde ou qualquer área, o estado precisa de um bom quadro de funcionários e investimentos. Como Dilma Rousseff sempre afirma, não existe educação sem professor ou saúde sem médico.

    Após o retrocesso dos anos 90, quando FHC pôs em prática o “enxugamento” da máquina pública e precarizou os serviços públicos no Brasil, Lula e Dilma correram atrás do prejuízo e voltaram a investir em pessoal e equipamentos para que a população recebesse um bom atendimento em todas as áreas de atuação do estado. Graças a esses esforços, 120 mil profissionais foram contratados desde 2003, sendo que 80% deles na educação. Assim, as mais de 400 novas escolas técnicas construídas por Lula e Dilma (mais que o triplo do número de unidades existentes até 2002), as 18 novas universidades federais e os 152 novos campi receberam profissionais qualificados em seus quadros e aprofundaram a democratização no acesso à educação no Brasil.

    Estranhamente, por valorizar serviços e servidores públicos, Lula e Dilma são acusados de “inchar” a máquina pública e “aparelhar” o estado, “colocando apenas pessoas ligadas ao partido” e “sem nenhuma qualificação” em cargos governamentais. Isso é mentira. Como mostra um estudo do Instituto Alvorada (link is external), os gastos do governo com pessoal em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) caíram entre 2002 e 2014, de 4,8% para 4,3%.

    O número de cargos em comissão, aqueles destinados à direção e assessoramento, que serão os responsáveis por dar o norte para que o projeto político vencedor nas eleições seja posto em prática, também é menor hoje que em 2002, no que se refere ao número total de servidores. Além disso, 74% desses cargos são ocupados por servidores concursados (a regra para que exista um percentual mínimo de servidores concursados nessas posições, aliás, foi criada em 2005, no governo Lula). E para quem duvida da qualificação desses profissionais, a pesquisa esclarece: quase 80% possuem ensino superior – em cargos de chefia, o percentual é ainda maior, de 96%.

    Todos esses números foram coletados pelo Instituo Alvorada no Boletim Estatístico de Pessoal e Informações Organizacionais (link is external), do Ministério do Planejamento. Isso porque a transparência também é valorizada por quem não tem nada a esconder. Então, quando ouvir por aí que há muitos servidores no governo, lembre que não são muitos, são do tamanho do Estado brasileiro, e os que existem servem à você, ao país. São pessoas atuando para que os serviços públicos de educação, saúde, assistência social, segurança e todas as áreas onde há presença do Estado sejam de qualidade para o povo brasileiro.

    http://www.mudamais.com/divulgue-verdade/nem-inchaco-nem-aparelhamento-dilma-valoriza-servicos-publicos-para-o-estado

     

  6. Marina Silva diz que

    Marina Silva diz que militares ajudaram na transição democrática

    Rio – A candidata do PSB à presidência da República, Marina Silva, afirmou nesta sexta-feira em sabatina “Visões de Futuro” na Federação de Indústrias do Rio de Janeiro que os militares ajudaram na transição democrática da ditadura para a democracia.”Existem pessoas boas e corretas em todos os lugares”, disse Marina.

    Na semana passada, o Clube Militar anunciou apoio à Marina, chamando sua candidatura de “Fio de Esperança”. Na segunda-feira, porém, o clube retirou o apoio anunciando voto em Aécio Neves (PSDB) por ser o “menos pior”.

    Marina também voltou a dizer que Chico Mendes fez parte da elite brasileira. “Elite não é quem tem dinheiro, é quem tem visão estratégica”, disse.

    Ao dizer que está sendo caluniada, a candidata citou o ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela. “Mandela ficou 25 anos na prisão. Vocês se lembram do nome de seus algozes?”, perguntou ela à plateia. Em seguida, a candidata disse que os adversários de Mandela também o trataram como “mal supremo”.

    Marina está acompanhada do candidato a vice na chapa, Beto Albuquerque. O vice disse que os dois vieram ao Rio para “dizer em alto bom e som que são a favor da exploração do pré-sal”.

     

     http://odia.ig.com.br/eleicoes2014/2014-09-12/marina-silva-diz-que-militares-ajudaram-na-transicao-democratica.html

     

     

  7. Mario Soares sobre o Brasil

    Do Diário de Notícias de Lisboa

    Meu Brasil brasileiro

    por MÁRIO SOARES   Hoje

    Fui ao Brasil pela primeira vez para assistir ao Carnaval do Rio. Era o tempo de Salazar em Portugal e em que se falava ainda de Getúlio Vargas no Brasil. Tempos difíceis esses – mas a alegria do povo brasileiro fascinou-me. Nessa altura viviam lá bastantes exilados portugueses, no Rio e também do outro lado da baía de Guanabara, em Niterói, de que o meu pai falava e que fui visitar após o Carnaval.

    Fui também a São Paulo, onde um amigo português, o coronel Manuel Pedroso Marques, me apresentou a Fernando Henrique Cardoso e a alguns dos seus amigos.

    Curiosamente, Fernando Henrique Cardoso convidou-me a fazer uma breve e discreta conferência sobre Portugal, na sua universidade, cujo teor foi considerado ser um grande exagero da minha parte. Depois do 25 de Abril vieram a Portugal visitar-me, reconhecendo que afinal tinha alguma razão.

    Antes de partir nessa viagem para outras terras, que visitei então pela primeira vez, fui a Brasília para conhecer a capital do enorme país que é o Brasil.

    Fui, depois, à Venezuela, ao México e, finalmente, aos Estados Unidos, onde encontrei sempre vários portugueses antifascistas, entre os quais Palma Inácio. O Governo português, após uma conferência que fiz, chamou-me “traidor” por ter assinalado a necessidade de dar a independência às colónias portuguesas. E, então, por não poder permanecer em Lisboa, tive de me refugiar em França e depois em Itália, onde terminei o meu livro Portugal Amordaçado.

    Mas voltando ao Brasil. Trata-se do quinto maior país do mundo e da sétima maior economia. Com uma enorme população, ainda com bastantes pobres.

    Muito mais tarde, voltei ao Brasil, tendo descido o Amazonas, a partir de Manaus, num barco oficial com helicóptero, avistando cidades sempre com nomes portugueses, o que me deu uma enorme satisfação. Mas não foi possível chegar à célebre pororoca, no encontro entre o rio e o mar, porque o tempo estava mau e era perigoso.

    Fiz também ao longo dos anos muitas outras visitas ao Brasil, não tendo, no entanto, visitado nem metade dos seus estados. Conheci então ilustres brasileiros: políticos, intelectuais, cientistas, artistas. Alguns já faleceram, como o meu querido Leonel Brizola e José Aparecido de Oliveira, que foi embaixador em Portugal. Foi com o auxílio deste que pude reabilitar a figura do Tiradentes, cuja escultura está à entrada da minha fundação e que foi considerado como um traidor pelos portugueses sem o ser. Foi um grande português que ajudou à independência do Brasil. A maioria dessas figuras está ainda viva e muito bem, como José Sarney, presidente do Senado e antigo presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva e o meu querido professor Cândido Mendes, reitor da Universidade com o seu nome, no Rio de Janeiro, com quem fiz tantas viagens. Escrevi também um livro com Fernando Henrique Cardoso, quando ele era ainda presidente da República.

    Fiz grandes amizades com personalidades como Jânio Quadros e outros ex–presidentes. E, obviamente, Lula da Silva quando se tornou presidente e que é tão amigo de Portugal. Dilma, atual Presidente da República, está agora a ser contestada (ao que parece sem êxito) por Marina Silva, que não conheço bem, e por Aécio Neves, neto do meu saudoso amigo Tancredo Neves – que levei a Coimbra, onde foi doutorado honoris causa -, falecido logo após a tomada de posse como presidente da República do Brasil, quando o aguardava para jantarmos, na Embaixada de Portugal em Brasília.

    O Brasil é um grande país com 26 estados e uma população de cerca de 202 milhões de habitantes. Dos 26 estados do Brasil apenas conheço sete ou oito, entre os quais Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Baía, Ceará e uma parte do Amazonas e quase só as respetivas capitais.

    O crescimento do Brasil foi durante longos anos muito grande. Mas nos últimos tempos não tem sido assim. Pelo contrário. Alguns estudiosos indicam que o Brasil deixou de crescer. Donde resultam dificuldades sociais e políticas e grandes protestos de rua. E não só em São Paulo. O facto de agora haver uma disputa para as presidenciais não facilita a situação.

    Como português, num Estado em crise grave, no quadro europeu, percebo bem a situação do Brasil. E tenciono tudo fazer para impulsionar o Brasil e, assim, alimentar o Atlântico Sul que pertence à lusofonia: Brasil, Angola, Cabo Verde e Portugal.

    Os embaixadores brasileiros em Portugal e os portugueses no Brasil foram quase sempre excelentes. Neste momento temos dois grandes embaixadores, o português Francisco Ribeiro Teles e o brasileiro Mário Vilalva. Dois grandes amigos meus que tanto me honram.

    Não quero deixar de agradecer ao meu amigo já citado Cândido Mendes, que também tanto me fala sempre do Brasil e que tanto me incita sobre a defesa do Brasil atual.

     

  8. Jornalismo

    Jornalismo Paralelo

     

     

     Hoje em 9:01 [email protected] [email protected]  A Gustavo Patu repute-se, em futuro próximo, a elevação do jornalismo a um patamar superior. O Jornalismo Puro. Aquele que não depende dos fatos ou que não contenta-se em simplesmente embaralhá-los. A manchete esportiva da semana, po exemplo seria: ” Palmeiras empata sem gols com o Goiás”. Já o corpo da matéria: “O Palmeiras manteve-se rigorosamente empatado em zero a zero com o Goiás nos seis minutos iniciais da partida….” Pedro dos Anjos

     

  9. Dilma abre Assembleia Geral da ONU

    Dilma Rousseff durante o discurso de abertura da
    edição do ano passado da Assembleia Geral da
    ONU  (Foto: Mike Segar/Reuters)

    Dilma participa de cúpula do clima e abre Assembleia Geral da ONU

    Presidente do Brasil fala na cúpula nesta terça em Nova York.
    Na quarta, faz o discurso de abertura da Assembleia Geral.

    A presidente Dilma Rousseff participa nesta terça-feira (23) em Nova York da Cúpula do Clima, que discutirá mudanças climáticas, e na quarta faz a abertura do debate geral da 69ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

    Segundo o Palácio do Planalto, a presidente discursará nesta terça para os representantes dos demais países integrantes da Cúpula do Clima. É esperado que os presidentes digam o que seus países têm feito para a proteção do meio ambiente e o que ainda podem fazer para protegê-lo.

    Na quarta, a presidente fará o discurso de abertura da 69ª Assembleia Geral, tradicionamente reservado ao presidente brasileiro. Antes, Dilma terá encontro com o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon. Em setembro do ano passado, na abertura da 68ª Assembleia, a presidente concentrou o discurso, de 23 minutos, na segurança de dados na internet e afirmou que casos de espionagem “ferem” o direito internacional e “afrontam” os princípios que regem a relação entre os países – Dilma chegou a cancelar a visita de Estado que faria aos EUA após denúncias de que teria sido alvo de espionagem do governo norte-americano.

    O discurso de Dilma na abertura da assembleia se iniciará por volta das 9h (horário local; 10h no horário de Brasília) e terá duração de 20 a 30 minutos. Há expectativa de que a presidente apresente à ONU o que o Brasil fez nos últimos anos para reduzir a desigualdade social e erradicar a fome. Além disso, a presidente pode reforçar a defesa pela segurança na internet e enaltecer a criação do Banco de Desenvolvimento do Brics –  grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

    Em seguida, o presidente dos EUA, Barack Obama, discursará. A volta de Dilma ao Brasil deverá ocorrer após o almoço.

    Adversária de Dilma na corrida presidencial, a candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, foi convidada para participar da Cúpula do Clima, mas, conforme a assessoria, Marina Silva decidiu não ir.

    Presidência
    Em razão das viagens internacionais de Dilma aos Estados Unidos e do vice-presidente Michel Temer para o Uruguai. o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, assumirá até esta quarta (24) a Presidência da República,

    Quarto na linha de sucessão, o presidente do Supremo ocupará a Presidência da República 13 dias após assumir o comando do STF porque os presidentes da Câmara e do Senado têm impossibilidades eleitorais.

    saiba mais

    Dilma diz na ONU que espionagem fere soberania e direito internacionalDilma critica na assembleia da ONU políticas dos países ricos contra crise

  10. Há tempos em debate com um

    Há tempos em debate com um grupo de militares de alta patente sobre o problema da Amazônia e das reservas indígenas eles demonstraram grande preocupação com a atuação da ONG’s na nossa floresta e o contrabando de riquezas estratégicas, sobretudo o de Nióbio. Naquela oportunidade opinei que as reservas nossas riquezas estariam mais protegidas com as reservas pelas várias restrições de exploração do solo e subsolo do que se aquelas terras estivessem liberadas no direito jurídico de domínio que favoreceria as formas legais de transferência de propriedades e extração e exportação fraudulentas das nossas riquezas.

    Na realidade o problema está também muito mais perto de nosso nariz:
     

    Ação bilionária envolve Aécio e Anastasia na exploração de Nióbio em Araxá

    Nióbio entregue

    O Nióbio, riqueza que poderia significar a redenção da economia mineira e nacional, foi entregue, através de operação bilionária e ilegal, a empresa estatal japonesa, Japan Oil, Gas and Metals National Corporation, em parceria com um fundo de investimento coreano que representa os interesses da China. Este é o final de um ruidoso conflito instalado no centro do Poder de Minas Gerais que vem sendo, nos últimos dois anos, de maneira omissa e silenciosa, testemunhado pelo governador Antônio Anastásia.

    Aécio e a Codemig

    Desde 2002 o então governador e atual senador Aécio Neves entregou a condução das principais decisões e atividades econômicas do Estado de Minas a Oswaldo Borges da Costa, que assumiu a função estratégica de presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (CODEMIG). Criou um governo paralelo, onde as principais decisões sobre obras e investimentos das estatais CEMIG, COPASA, DER/MG, DEOP e das autarquias de MG ficaram a cargo de “Oswaldinho”.

    Palácio da Liberdade e os milionários

    Para sede da CODEMIG, caminharam nos últimos 10 anos investidores internacionais que tinham interesse no Estado. O Palácio da Liberdade transformou-se apenas em cartão postal e símbolo de marketing publicitário de milionárias campanhas veiculadas na mídia. Por trás deste cenário artificial operou um esquema de corrupção, que contou com a cumplicidade até mesmo da Procuradoria Geral de Justiça, que impedia a atuação do Ministério Público Estadual.

    Disputa entre família Neves fortuna duvidosa

    Foi necessária esta longa introdução, uma vez que à imprensa mineira jamais foi permitido tocar neste assunto para que se entenda o que agora, uma década depois, está ocorrendo. Após a morte do banqueiro Gilberto Faria, casado em segunda núpcias com Inês Maria, mãe de Aécio, iniciou uma disputa entre a família Faria e a mãe de Aécio, sob a divisão do patrimônio deixado. Oswaldo Borges da Costa, casado com uma das herdeiras de Gilberto Faria, passou a comandar inclusive judicialmente esta disputa. Diante deste quadro beligerante, as relações entre Aécio Neves e Oswaldo Borges da Costa acabaram, o que seria natural, pois Aécio fatalmente ficaria solidário com sua mãe. Mais entre Aécio Neves e Oswaldo Borges da Costa é público que existia muito mais, desta forma deu-se início a divisão do que avaliam ser uma fortuna incalculável.

    Origem da fortuna…

    No meio desta divisão estaria “a renda” conseguida e a conseguir através da diferença entre a venda subfaturada e o valor real no exterior do Nióbio. Peça chave neste esquema, a CBMM pertencente ao Grupo Moreira Salles, que sem qualquer licitação ou custo renovou o contrato de arrendamento para exploração da mina de Nióbio de Araxá pertencente ao Governo de Minas Gerais por mais 30 anos.

    Investidores não identificáveis?

    Meses depois venderia parte de seu capital a um fundo Coreano, que representa investidores, não identificáveis.

     

     Para se ter idéia do que significou, em matéria de ganho, a renovação para Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), que tem com atividade exclusiva a exploração da mina de Nióbio de Araxá – sem a mina cessa sua atividade – depois da renovação a empresa vendeu 15% de suas ações por R$ 2 bilhões, ou seja, levando em conta apenas o valor de suas ações a empresa valeria hoje R$ 28 bilhões, R$ 4 bilhões a menos que o Estado de Minas Gerais arrecada através de todos os impostos e taxas em um ano. Mas esta operação já havia causado desconfiança principalmente nas forças nacionalistas que acompanhavam de perto a movimentação. Acrescentando: “Circula por aí versão segundo a qual só as jazidas de nióbio dos “Seis Lagos” valem em torno de 1 trilhão de dólares. Necessário esclarecer que por sua localização e facilidade de exploração a jazida de Araxá vale muito mais que a “Seis Lagos”. CADE – Ministério da Justiça omisso, favorece as classes internacionais Evidente que o Ministério Público mineiro já está investigando esta renovação do arrendamento celebrado pela CODEMIG, porém, ela nada significa perto do crime praticado contra a soberania nacional que foi a venda de parte das ações da CBMM, dando poder de veto a uma empresa estatal japonesa. Foi uma operação cheia de irregularidades com a questionável participação de órgãos que deveriam fiscalizar este tipo de operação como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), subordinado ao Ministério da Justiça.

    A operação foi aprovada em prazo recorde e com base em um parecer de folha única, que desrespeitou toda legislação existente no País. A menor das irregularidades cometidas foi conceder “Confidencialidade” aos termos da operação aprovada. Foi desrespeitada a determinação legal para que não ocorra a cassação da autorização da sociedade estrangeira funcionar no País; esta deverá tornar público todos os seus dados econômicos, societários e administrativos, inclusive de suas sucursais (art. 1.140, CC). Sociedades estrangeiras funcionando no território brasileiro contrárias a ordem pública do Brasil E mais, conforme constante do artigo 1.134 do Código Civil, se faz necessária para que a sociedade estrangeira possa funcionar no território brasileiro prévio exame da legitimidade de sua constituição no exterior e a verificação de que suas atividades não sejam contrárias a ordem pública no Brasil.

    O Poder Executivo poderá, ou não, conceder a autorização para uma sociedade estrangeira funcionar no Brasil, estabelecendo condições que considerar convenientes à defesa dos interesses nacionais (art. 1.135, CC). Segundo a assessoria de imprensa do CADE, na tramitação da analise foi-se observado o regimento, evidente que um regimento não pode se sobrepor a lei. Por que o CADE não analisou a critério? Nada disto foi observado e agora, a exemplo da briga instaurada entre as famílias Faria e Neves, o divorcio entre Aécio Neves e Oswaldo Borges da Costa fatalmente se transformará num dos maiores escândalos da historia recente do País e poderá levar Minas Gerais a perder a propriedade sobre a jazida de Nióbio.

    Principalmente as Forças Armadas veem promovendo gestões para federalizar, a exemplo da Petrobras, a exploração de Nióbio.

    Relatórios comprovam esquema criminoso de subfaturamento do nióbio Relatórios confidenciais da Abim e da área de inteligência do Exército demonstram como operou o esquema criminoso de subfaturamento montado pela CODEMIG/ CBMM, através da Cia de Pirocloro de Araxá. A assessoria de imprensa da CBMM, da CODEMIG e do senador Aécio Neves foram procuradas e não quiseram comentar o assunto.

    O assunto “Nióbio” é amplo, não tendo como esgotá-lo em apenas uma matéria, desta forma Novojornal publicará uma série de reportagens ouvindo as diversas áreas envolvidas no tema.

     

    O valor da venda de 15% da CBMM, ao contrário dos R$ 2 bilhões de reais, constante na matéria, foi de US$ 2 bilhões de dólares. Desta forma, 100% das ações da CBMM equivalem a US$ 28 bilhões de dólares, levando em conta que a arrecadação total anual do Estado de Minas Gerais é de R$ 32 bilhões de reais, o valor das ações da CBMM representa quase o dobro do arrecadado. (US$ 28 bilhões de dólares x R$ 2 reais = R$ 56 bilhões de reais).

    http://pocos10.com.br/?p=10511

  11. Alguém tinha de fazer alguma coisa!

    Crise da água em SP faz Haddad abrir poços artesianos para “emergência”

     

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    Estadão ConteúdoEm São Paulo

    23/09/201407p1Compartilhe5859 Imprimir Comunicar erro

    Diante do agravamento da crise da água em São Paulo, a gestão Fernando Haddad (PT) vai contratar uma empresa para perfurar poços artesianos na cidade em caso de “emergência”. A ideia é construir uma fonte alternativa de abastecimento por cada uma das 32 subprefeituras da capital para suprir uma possível falta de água em equipamentos públicos essenciais, como creches e hospitais.

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    Falta de chuvas afeta abastecimento de água em São Paulo151 fotos

    147 / 15119.set.2014 – Imagem mostra a represa de Jaguari-Jacareí, na cidade de Joanópolis, no interior de São Paulo, afetada pela falta de chuvas na região sudeste. O sistema Cantareira registra 8,4% de sua capacidade nesta sexta-feira (19). Segundo os meteorologistas, a tendência é que as chuvas comecem a regularizar no final do mês de setembro e primeira quinzena de outubro, mas de forma mal distribuída Leia mais Luis Moura/Estadão Conteúdo

    Diante da falta de água, você acha que o governo deve implantar racionamento em SP?

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    A Secretaria de Coordenação das Subprefeituras pretende concluir a licitação por ata de registro de preço em um mês, para ter o serviço à disposição por um ano e perfurar os poços em um prazo mais curto. “São para casos de emergência. Com esse modelo, conseguimos fazer um poço em 20 dias”, explica o engenheiro José Carlos Masi, assessor técnico de obras e serviços da secretaria. Em média, uma contratação por concorrência leva mais de 60 dias.

    Segundo ele, a licitação prevê a construção de quatro tipos de poços semiartesianos, com profundidade média de 120 metros, dependendo da condição geológica do solo. A capital paulista está predominantemente sobre os Aquíferos São Paulo e Cristalino. De acordo com um fornecedor consultado pelo Estado, cada poço desse tipo custa, em média, R$ 15 mil.

    Após uma consulta feita em maio, a secretaria recebeu de 24 subprefeituras a indicação de 60 endereços onde os poços podem ser construídos. Segundo Masi, os locais são hospitais e as próprias sedes das administrações regionais. Agora, técnicos da prefeitura estão visitando as áreas apontadas para uma avaliação hidrogeológica.

    “Foi o prefeito quem nos pediu esse levantamento em função dessa crise de estiagem. A ideia é não precisar usar, mas precisamos ter uma alternativa nas mãos caso seja necessário”, afirmou Masi. “Assim que a subprefeitura comprovar a necessidade de um poço, acionamos a empresa contratada, que ficará encarregada de obter a licença ambiental, a outorga e construir o poço”, completou.

    Para construir um poço, é preciso obter outorga de uso de água subterrânea do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) e licença da Companhia Ambiental de São Paulo (Cetesb), ambos do governo estadual. Segundo Masi, em casos de emergência, essas autorizações podem ser emitidas em poucos dias. Em 2013, o Estado tinha 17.822 poços cadastrados, dos quais 30% eram para uso industrial ou doméstico. Apenas 11% são destinados ao abastecimento público. Muitos poços, contudo, são feitos de forma clandestina e não entram no levantamento oficial.

    Abastecimento. Segundo o DAEE, 52% dos 646 municípios paulistas usam exclusivamente água subterrânea em seu abastecimento público e 19% utilizam sistema misto, com água subterrânea e superficial. Não é o caso da capital paulista, que é abastecida pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) com água dos mananciais.

    Neste ano, porém, a crise de estiagem que acometeu o Sistema Cantareira, o maior fornecedor de água para os cerca de 11 milhões de paulistanos, em especial das zonas norte, oeste e central, colocou em risco o abastecimento da capital. O Sistema Alto Tietê, o segundo maior da Grande São Paulo e que abastece a zona leste, também está em nível crítico, apenas 12,6% da capacidade, e o Guarapiranga tem alcance limitado.

    Conforme o Estado revelou em agosto, a Sabesp planejou em janeiro a criação de rodízio de água na parte atendida pelo Cantareira, no qual dividia a região em três blocos e livrava do racionamento as áreas onde ficam escolas e hospitais. O plano foi descartado e considerado inadequado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), que garante o abastecimento sem rodízio oficial de água até março de 2015. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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    Veja 26 dicas para reduzir o consumo de água em sua casa27 fotos

    1 / 27Conheça algumas ações simples que podem ajudar a reduzir o desperdício da água em casa. [Por Juliana Nakamura, do UOL, em São Paulo. Fontes: Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo); Green Building Council Brasil; Instituto Akatu pelo Consumo Consciente; Anapp (Associação Nacional dos Fabricantes de Piscinas e Produtos Afins); e Agenersa (Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro)] Getty Images

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  12. Claudio Aragonez de Faria e o cinema

    Aquela cultura da mídia/elite brasileira de nunca valorizar os feitos do país e/ou de brasileiros não começou agora. Não é por causa de Dilma, Lula ou o PT. É sobre aquele velho ranço de achar que no Brasil tudo é pior e que nosso povo é completamente ignorante. Um viralatismo que nos acossa desde os primórdios deste país.

     

    Mais um brasileiro, semi-desconhecido por aqui, ganha belíssima homenagem em Paris

    Do blog Semióticas

    Cândido Aragonez de Faria e o Cinema

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

       Um brasileiro é o grande destaque na exposição de inauguração da primeira fundação dedicada aos primórdios do cinema. A Fundação Jerôme Seydoux-Pathé, aberta ao público a partir desta semana em Paris, França, traz um nome brasileiro como artista principal em meio a um a dos mais importantes acervos mundiais de filmes desde a invenção do cinema, no final do século 19, incluindo câmeras, fotografias, cartazes, maquetes e milhares de documentos sobre a história da indústria cinematográfica. O brasileiro em destaque é Cândido Aragonez de Faria (1849-1911), nascido em Sergipe e considerado internacionalmente como um dos mais representativos artistas da charge e dos cartazes dos primeiros tempos do cinema. Na exposição inaugural da Fundação Jerôme Seydoux-Pathé – que está sendo chamada pela imprensa internacional de “templo dos filmes mudos” – Cândido Aragonez de Faria é o nome em primeiro plano, com as centenas de belíssimas ilustrações e cartazes que ele criou para filmes produzidos no final do século 19 e começo do século 20. O artista sergipano, que a exposição em Paris apresenta como “referência fundamental do Primeiro Cinema”, deixou sua cidade-natal, Laranjeira, e seguiu com a família em meados do século 19 para o Rio de Janeiro, onde estudou na Academia Imperial de Belas Artes. Em 1882, decidiu tentar a sorte na França e, em Paris, tornou-se o principal ilustrador da Pathé, na época em que a exibição dos filmes passava das feiras populares e circos para os primeiros prédios de teatros dedicados exclusivamente às sessões de cinema.        O brasileiro Cândido Aragonez de Faria e o Cinema:no alto, saguão de entrada da exposição que abre aopúblico a Fundação Jerôme Seydoux-Pathé em Paris.Acima, retrato do artista, datado de 1890, e dois pôsteresde divulgação da exposição. Abaixo, uma amostra doscartazes publicitários em litografia e policromia que o brasileiro produziu, do final do século 19até 1911, sob encomenda da Pathé     A maior parte das ilustrações e cartazes criados por Cândido Aragonez de Faria, agora apresentados na exposição que inaugura a Fundação Jerôme Seydoux-Pathé, foi produzida de forma artesanal, em litografias sobre pedra e em surpreendentes nuances de policromia. Dos últimos anos do século 19 até o ano de sua morte, em 1911, o artista sergipano foi o principal artista plástico ligado ao cinema e o principal ilustrador contratado pela Pathé – considerada a mais importante empresa cinematográfica do mundo, com produção de mais de 10 mil filmes de 1896 aos dias de hoje.

    A Pathé, mais antigas das empresas de produção de filmes e equipamentos de cinema ainda em atividade, com todo o seu acervo de mais de 120 anos, foram comprados na década de 1990 pela família Seydoux. O acervo foi transformado na fundação que, a partir desta semana, estará aberta à visitação, com direito a uma sala de cinema para projeção de filmes mudos e acompanhamento permanente, ao vivo, de um pianista, da mesma forma como aconteciam as projeções nas primeiras décadas do século 20.    Um artista na trajetória da imprensa    Pouco conhecido no Brasil, Cândido Aragonez de Faria foi também um nome fundamental para a trajetória da imprensa – no Brasil, na Argentina e na França. Antes de seguir para Paris, Cândido e o irmão, Adolfo (que também seguiria para Paris, trilhando uma carreira bem-sucedida com um estúdio de fotografia), investiram em um ousado empreendimento jornalístico: no Rio de Janeiro, fundaram uma revista de caricatura e sátira que marcou época na década de 1870 – “O Mosquito”. Em 1878, Cândido deixa “O Mosquito” aos cuidados do irmão e vai para Porto Alegre, onde também funda outros dois importantes jornais ilustrados: “Diabrete” e “Fígaro”.   

     

     

     

         

     

     

     

       

     

     

     

            Nos três empreendimentos, Cândido Aragonez de Faria conquistou sucesso de público, mas também muitas dívidas e muitos desafetos políticos. Por conta das dívidas e dos desafetos, depois de um ano no Rio Grande do Sul, Cândido vai para a Argentina e, em Buenos Aires, trabalha como ilustrador e técnico de artes gráficas em vários jornais e revistas. Em 1882, aos 33 anos, ele toma uma decisão radical: deixar Buenos Aires para tentar a sorte na Europa, fixando residência na França e abrindo seu próprio estúdio de mestre de ofício em Paris – o Ateliê Faria, que conseguiu enfrentar e superar a forte concorrência de outros artistas e seus tradicionais estúdios de produção, entre eles, alguns dos grandes pioneiros da Arte Moderna como Henri de Toulouse-Lautrec (1864–1901), mestre da pintura, da litografia e das técnicas mais avançadas para o design gráfico dos cartazes publicitários.   

     

     

     

     

     

     

       Das artes gráficas ao Cinema   Com seu ateliê em Paris, Cândido Aragonez de Faria passou a conquistar uma clientela fiel e, gradativamente, estabelece seu prestígio com a prestação de serviços em desenho, ilustrações e artes gráficas. Sua clientela em Paris vai incluir charges e caricaturas sob encomenda para jornais e revistas, ilustrações para livros, impressão de partituras e de programas para óperas, concertos e peças de teatro, criação e impressão de cartazes publicitários em geral e, finalmente, ilustrações e cartazes surpreendentes para os espetáculos de cinema dos irmãos Auguste e Louis Lumière.
    Menos de um ano depois da invenção do Cinematógrafo e das primeiras projeções dos filmes pelos irmãos Lumière, em 1895, nos cafés parisienses, começaram a surgir em Paris e em outras grandes cidades de vários países os concorrentes que arriscavam-se no promissor negócio da produção e exibição de filmes. Entre a clientela de Cândido Aragonez de Faria, nesta época, também estavam os vários artistas que trocaram os palcos de teatro e de shows de variedades pela novidade do Cinematógrafo, como Georges Méliès (1861-1938), e empresários como os irmãos Pathé – Charles, Émile, Theóphile e Jacques.    

     

     

     

     

     

     

     


     

     

      Admirador do trabalho em artes gráficas do brasileiro, Charles Pathé passa a ser um dos mais assíduos clientes do Atelier Faria. Para não perder o artista para a concorrência que proliferava, o empresário decide então oferecer um contrato de exclusividade para que o atelier do brasileiro passe a atender apenas às encomendas de ilustrações e impressão para os investimentos de sua companhia, a Société Pathé Frères, que concentrava todos os esforços e recursos financeiros na produção e exibição dos espetáculos de cinema. 
     
    A partir de 1902, quando a Pathé se torna a principal indústria de produção cinematográfica da Europa, assim como a maior produtora fonográfica do mundo, Cândido Aragonez de Faria é contratado com exclusividade por Charles Pathé para criar todos os cartazes, folhetos e material publicitário que acompanharia os filmes e equipamentos produzidos pela companhia. É este acervo criado pelo artista brasileiro, com centenas de belas ilustrações e cartazes adotados como modelo para a divulgação dos filmes no mundo inteiro, que está atualmente em destaque em Paris na exposição de inauguração da Fundação Jerôme Seydoux-Pathé.
      por José Antônio Orlando.    Para visitar a exposição da Fundação Jerôme Seydoux-Pathé, clique aqui. 
     Para comprar o livro “História da Caricatura Brasileira”, clique aqui.       

     

      Acima, cartazes originais de Cândido Aragonez de Faria e o prédio da Fundação Jérôme Seydoux-Pathé, em Paris, restaurada com projeto na fachada e interiores por Renzo Piano

     

     

  13. Determinantes do Voto:

    Determinantes do Voto: Regionalismo, Bairrismo ou “Curral Eleitoral”?

    Posted on22/09/2014by

    Currais Eleitorais 2014

    O desempenho de Marina Silva em São Paulo é a principal base de apoio eleitoral como candidata à Presidência, do mesmo modo que os redutos do PT estão arraigados no Nordeste. O peso do eleitorado paulista – 22% do total brasileiro – equivale ao dos oito Estados nordestinos em que Dilma Rousseff lidera.

    No entanto, a importância do Nordeste para o índice de intenção de voto da petista é um pouco maior do que a de São Paulo para Marina. De todos os virtuais votos de Dilma, 32% vêm dos Estados nordestinos à exceção de Pernambuco, onde as duas estão tecnicamente empatadas Do total da pessebista/redista, 28% vêm de São Paulo.

    Marina fincou sua bandeira da “terceira via” (sic) em São Paulo, justamente o Estado que é o berço da polarização nacional entre PT e PSDB. Uma explicação para isso é o bairrismo paulista. Bairrista é que ou aquele que devota afeição especial ou exagerada à sua cidade ou ao seu estado e tem sentimentos e/ou atitudes de hostilidade ou de menosprezo para com as demais cidades ou os demais estados. Marina se aproveita do fato de que pela primeira vez, desde 1955, uma corrida presidencial não conta com um candidato competitivo oriundo de São Paulo.

    A combinação de um eleitorado bairrista órfão, associado à alta rejeição de Dilma — porque os paulistas ignoram como constituem interesse estratégico, para o Estado de S.Paulo, os investimentos no petróleo do pré-sal da Bacia de Santos — e ao fato de Aécio Neves também ser mineiro, abriram caminho para a acreana Marina no Estado: é a chance do antipetismo ser vitorioso. Caso isso ocorra, os paulistas “rasgarão o bilhete premiado” que propiciaria a economia paulista se tornar a maior produtora de petróleo no país e se beneficiar mais dos royalties!

    Antes, a polarização entre tucanos e petistas, entre 1994 e 2006, se baseou em dois personagens paulistas – os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva – que não se reproduz em vários Estados.

    Outra explicação para esse “curral eleitoral” é o conservadorismo da elite paulistana, formadora de opinião na capital paulista, o tal do “espírito paulistano“. No interior de São Paulo, Aécio e Marina estão empatados. O “tucanistão” é território dividido entre esnobes e alienados…

    Pior é o mimetismo dos esnobes de Brasília: a principal razão para um desempenho razoável da Marina em região do agro-negócio é a localização do Distrito Federal na região Centro-Oeste. Em 2010, a ex-senadora venceu no DF com quase 42% dos votos.

    Cristian Klein (Valor, 22/09/14) informa que, de acordo com levantamento feito pelo Valor baseado nas últimas pesquisas dos institutos Ibope e Datafolha, Marina avançou sobre territórios tucanos. Sua liderança em São Paulo – Estado governado pelo PSDB há 20 anos e maior colégio eleitoral do país – é o principal responsável isolado pelo desempenho da pessebista. No primeiro turno de 2010, o então candidato tucano, José Serra, amealhou 40,7% dos votos paulistas, sua oitava maior votação percentual entre as 27 unidades da Federação. Hoje, no Estado, Aécio tem seu 13º melhor índice de intenções de voto, 15%. Os tucanos paulistas não fazem campanha para o tucano mineiro! Vingança…

     Apesar disso, o senador mineiro mantém a geografia eleitoral básica dos concorrentes tucanos ao Planalto. Entre seus redutos mais fortes estão o Sul, o Centro-Oeste, Minas e Espírito Santo, no Sudeste; e dois Estados do Norte afeitos ao PSDB: Rondônia e Roraima. Seus piores resultados são no Rio de Janeiro – assim também foi para Serra em 2010 – e na maior parte do Norte e Nordeste.

    Essas duas regiões permanecem como os grandes bastiões do petismo, embora Dilma deva sair das urnas com votações mais modestas. No Amazonas, por exemplo, onde conseguiu o quarto melhor resultado há quatro anos, com 65% dos votos, a presidente aparece com 43% das preferências, seu 11º melhor índice. O núcleo duro de apoio continua sendo o trio Maranhão, Piauí e Ceará, nos quais a petista lidera com percentuais entre 56% e 61%. No primeiro deles, Dilma obteve seu recorde estadual em 2010, com 70,6%, o que dificilmente será repetido.

    Isso porque, além de avançar em territórios tucanos, Marina também se espraia com mais desenvoltura que o PSDB em eleições anteriores sobre os tradicionalmente petistas Estados do Norte e Nordeste. As duas regiões formam o cinturão intermediário de apoio à ex-senadora. Os pontos fora dessa tendência situam-se nos extremos. De um lado está Pernambuco, terra de Eduardo Campos, a quem Marina sucedeu, após a morte dele, na cabeça de chapa do PSB, e que lhe dá o segundo melhor índice nas pesquisas (40%), atrás apenas de seu próprio Estado de origem, o Acre, onde arrebanha 49% das preferências. De outro lado, está o Rio Grande do Norte, onde Marina tem seu pior desempenho (22%), ao lado de Minas Gerais, único em que está isolada em terceiro lugar.

    Dois Estados do Sul também se destacam pelo patamar mais baixo de apoio à candidata do PSB: Santa Catarina (24%) e Rio Grande do Sul (23%). Nestes dois colégios eleitorais, chama atenção uma melhora relativa da preferência por Dilma em relação a 2010. Mesmo acossada pelo crescimento da terceira via de Marina e em Estados geralmente de inclinação tucana, a petista avança ali, principalmente em Santa Catarina, onde desta vez é apoiada pelo governador, Raimundo Colombo (PSD), também candidato à reeleição.

    Isso deve contribuir para que Dilma – apesar de enfrentar uma eleição mais difícil que em 2010 – vença em mais Estados. Há quatro anos, a petista terminou à frente dos adversários em 18. Agora, lidera com folga em 15 e aparece empatada em outros oito (sete com Marina e um com Aécio), sendo que em cinco deles está numericamente à frente. Por esses resultados, chegaria a 20 vitórias nas 27 unidades da Federação.

    Marina lidera, fora da margem de erro, em quatro Estados – Acre, Distrito Federal, São Paulo e Espírito Santo – e empata com Dilma em sete. Em três deles aparece numericamente à frente: Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Goiás. Ou seja, o mais provável seria que a candidata do PSB vencesse sete ao todo, contra apenas um, o DF, conquistado em 2010. Dos seis a mais, Marina toma três territórios azuis, vencidos por Serra (SP, MS e AC) e três “vermelhos”, onde Dilma ganhou há quatro anos (PE, GO e ES). Estes três são estados agora com governadores hostis – dois do PSB (PE e ES) e um do PSDB (GO).

    Se a presidenta Dilma pode perder Pernambuco, Goiás, Espírito Santo, e ainda Minas, para Aécio, por outro lado, pode vencer em seis Estados onde ficou em segundo lugar em 2010: SC, MT, RO, MS, PR, RR. Desse modo, é Dilma quem deve avançar mais sobre o espólio dos oito territórios que foram de Serra: em cinco está à frente, com folga ou numericamente, em situação de empate técnico, e nos demais três é Marina que lidera.

  14. Não deveria fazer esse

    Não deveria fazer esse comentário grátis, mas acabaram com o Blog do Noblat, o melhor blog é o do Nassif, depois o Conversa Afiiada do PHA, e Blog da Cidadania, faceis de ler e comentar. 

  15.  
    Politólogo Moniz Bandeira

     

    Politólogo Moniz Bandeira associa Marina às “shadow wars”

     

     

    Politólogo Moniz Bandeira associa Marina às “shadow wars”

    O Politólogo brasileiro Luiz Alberto Moniz Bandeira, residente na Alemanha, enviou a seguinte carta ao presidente nacional do PSB, professor Roberto Amaral:

    Estimado colega, Prof. Dr. Roberto Amaral
    Presidente do PSB,

    A Sra. Marina Silva tinha um percentual de intenções de voto bem maior do que o do governador Eduardo Campos, mas não conseguiu registrar seu partido – Rede Sustentabilidade – e sair com sua própria candidatura à presidência da República.

    O governador Eduardo Campos permitiu que ela entrasse no PSB e se tornasse candidata a vice na sua chapa. Imaginou que seu percentual de intenções votos lhe seria transferido.

    Nada lhe transferiu e ele não saiu de um percentual entre 8% e 10%. Trágico equívoco.

    Para mim era evidente que Sra. Marina Silva não entrou no PSB, com maior percentual de intenções de voto que o candidato à presidência, para ser apenas vice.

    A cabeça de chapa teria de ser ela própria. Era certamente seu objetivo e dos interesses que representa, como o demonstram as declarações que fez, contrárias às diretrizes ideológicas do PSB e às linhas da soberana política exterior do Brasil.

    Agourei que algum revés poderia ocorrer e levá-la à cabeça da chapa, como candidata do PSB à Presidência.

    Antes de que ela fosse admitida no PSB e se tornasse a candidata a vice, comentei essa premonição com grande advogado Durval de Noronha Goyos, meu querido amigo, e ele transmitiu ao governador Eduardo Campos minha advertência.

    Seria um perigo se a Sra. Marina Silva, com percentual de intenções de voto bem maior do que o dele, fosse candidata a vice. Ela jamais se conformaria, nem os interesses que a produziram e lhe promoveram o nome, através da mídia, com uma posição subalterna, secundária, na chapa de um candidato com menor peso nas pesquisas.

    O governador Eduardo Campos não acreditou. Mas infelizmente minha premonição se realizou, sob a forma de um desastre de avião. Pode, por favor, confirmar o que escrevo com o Dr. Durval de Noronha Goyos, que era amigo do governador Eduardo Campos.

    Uma vez que há muitos anos estou a pesquisar sobre as shadow wars e seus métodos e técnicas de regime change, de nada duvido. E o fato foi que conveio um acidente e apagou a vida do governador Eduardo Campos. E assim se abriu o caminho para a Sra. Marina Silva tornar-se a candidata à presidência do Brasil.

    Afigura-me bastante estranho que ela se recuse a revelar, como noticiou a Folha de São Paulo, o nome das entidades que pagaram conferências, num total (que foi, declarado) R$1,6 milhão (um milhão e seiscentos mil reais), desde 2011, durante três anos em que não trabalhou. Alegou a exigência de confidencialidade. Por que a confidencialidade? É compreensível porque talvez sejam fontes escusas. O segredo pode significar confirmação.

    Fui membro do PSB, antes de 1964, ao tempo do notável jurista João Mangabeira. Porém, agora, é triste assistir que a Sra. Marina Silva joga e afunda na lixeira a tradicional sigla, cuja história escrevi tanto em um prólogo à 8a. edição do meu livro O Governo João Goulart, publicado pela Editora UNESP, quanto em O Ano Vermelho, a ser reeditado (4a edição), pela Civilização Brasileira, no próximo ano.

    As declarações da Sra. Marina Silva contra o Mercosul, a favor do subordinação e alinhamento com os Estados Unidos, contra o direito de Cuba à autodeterminação, e outras, feitas em vários lugares e na entrevista ao Latin Post, de 18 de setembro, enxovalham ainda mais a sigla do PSB, um respeitado partido que foi, mas do qual, desastrosamente, agora ela é candidata à presidência do Brasil.

    Lamento muitíssimo expressar-lhe, aberta e francamente, o que sinto e penso a respeito da posição do PSB, ao aceitar e manter a Sra. Marina Silva como candidata à Presidência do Brasil.

    Aos 78 anos, não estou filiado ao PSB nem a qualquer outro partido. Sou apenas cientista político e historiador, um livre pensador, independente. Mas por ser o senhor um homem digno e honrado, e em função do respeito que lhe tenho, permita-me recomendar-lhe que renuncie à presidência do PSB, antes da reunião da Executiva, convocada para sexta-feira, 27 de setembro. Se não o fizer – mais uma vez, por favor, me perdoe dizer-lhe – estará imolando seu próprio nome juntamente com a sigla.

    As declarações da Sra. Marina Silva são radicalmente incompatíveis com as linhas tradicionais do PSB. Revelam, desde já, que ela pretende voltar aos tempos da ditadura do general Humberto Castelo Branco e proclamar a dependência do Brasil, como o general Juracy Magalhães, embaixador em Washington, que declarou: “O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil.”

    Cordialmente,

    Prof. Dr. Dres. h.c. Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira
    Reilinger Str. 19
    68789 St. Leon-Rot – Deutschland
    Tel.: 0049-6227/880533
    Fax: 0049-6227/880534

    Latin Post
    Sep 18, 2014 12:36 PM EDT

    Marina Silva to Push Cuba Toward Democracy, Work on Relationship With US if She Wins 2014 Brazil Presidential Race

    By Scharon Harding

    marina-silva-brazil-2014
    A month ago, Marina Silva entered the race to become the president of Brazil, after the candidate from her Socialist Party was killed in a plane crash. Now the candidate, who is in a head-to-head race against the incumbent, has given her first foreign interview since joining the race.
    Silva is in a “dead-heat” race with Dilma Rousseff, the incumbent, The Associated Press reports. The incumbent is the candidate for the Workers Party, which Silva helped found.
    In her interview, Silva explained how she plans to assuage concerns of Brazilians who lament an ineffective and corrupt political system.
    “It’s neither the parties nor the political leaders who will bring about change,” she said. “It’s the movements who are changing us.”
    Silva has gained popularity thanks to her past work as an activist for the Amazon rainforest and as an environment minister. During her time as environment minister, she helped her country deter deforestation of its jungles.
    “Brazil has a great opportunity to become a global leader by leading by example,” Silva said in reference to environmental and human rights issues. “Our values cannot be modified because of ideological or political reasons, or because of pure economic interest.”
    Because of her dedication to human rights, Brazil’s approach toward countries like Cuba, China, Iran and Venezuela may see a different focus if Silva becomes president.
    “The best way to help the Cuban people is by understanding that they can make a transition from the current regime to democracy, and that we don’t need to cut any type of relations,” Silva explained. “It’s enough that we help through the diplomatic process, so that these [human rights] values are pursued.”
    If elected, Silva also plans to fix the relationship between the U.S. and Brazil. The countries’ relationship has been strained ever since the National Security Agency was found to have targeted Brazilian officials like Rousseff via espionage programs more than a year ago.
    “Both nations need to improve this situation, to repair the ties of cooperation,” Silva said. “The Brazilian government has the absolute right to not accept any such interference, but we also cannot simply remain frozen with this problem.”
    Brazilians will cast their vote for president on Oct. 5, but the vote is expected to go into a second-round ballot three weeks later.
    If she wins, Silva will be the country’s first black president, AP reports.
    “If elected, she has such a remarkable personal story that she’d come to the presidency with a lot of legitimacy, tremendous excitement and high expectations,” Michael Shifter, president of the Washington-based Inter-American Dialogue, said.

    Follow Scharon Harding on Twitter: @ScharHar.

     

    http://www.cafenapolitica.com/politologo-moniz-bandeira-associa-marina-as-shadow-wars/

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