Fora de Pauta

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Redação

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  1. MP investiga Aécio por defasagem de R$14,2 bilhões na saúde

     

    aécio neves saúde minas gerais 

    Aécio Neves e Antonio Anastasia deixaram de repassar R$ 14,2 bilhões à Saúde em Minas Gerais, revela ação movida pelo Ministério Público. Gastos com saúde foram maquiados até com pagamentos a canil da PM, acusam procuradores

    MP investiga Aécio por defasagem de R$14,2 bilhões na saúde de Minas Gerais

    Os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Antonio Anastasia (PSDB-MG) são alvos de ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal em Minas Gerais cobrando que o estado repasse R$ 14,2 bilhões para o setor da saúde pública. A Procuradoria da República em Minas diz que os tucanos descumpriram a Emenda Constitucional 29, que determina aplicação mínima de 12% do orçamento para a área, ao não executar os devidos investimentos quando foram governadores, entre 2003 e 2012. 

    As informações constam no website da Procuradoria da República de Minas Gerais.

    Além do não repasse, procuradores dizem na ação que houve, em um período de dez anos, seguidas manobras contábeis para forjar o cumprimento da emenda, “em total e absurda indiferença ao Estado de Direito”. Os autores da ação denunciam que “R$ 9,5 bilhões deixaram de ser aplicados no Sistema Único de Saúde (SUS) pelo governo mineiro, quantia que, em valores atualizados, corresponde a um desfalque de R$ 14,2 bilhões”.

    Na acusação, os procuradores dizem que os tucanos inflaram dados incluindo gastos estranhos ao setor de saúde com o objetivo de simular o cumprimento da determinação constitucional. “Despesas com animais e vegetais” estão entre os exemplos de deturpação no investimento mínimo, diz a ação, uma vez que foram incluídas na rubrica orçamentária verbas destinadas ao Instituto Mineiro de Agropecuária e à Fundação Estadual do Meio Ambiente.

    A ação civil diz ainda que o governo mineiro, no período mencionado, “chegou ao absurdo de incluir” em sua prestação de contas o custeio de serviços veterinários prestados a um canil da Polícia Militar como se fosse investimento em saúde pública. Nesse caso, também foram incluídos na rubrica gastos referentes à compra de medicamentos para uso veterinário.

    Aécio e Anastasia foram procurados e não se posicionaram sobre a ação. Por meio de nota, o PSDB alegou que o cálculo feito pelos governos tucanos para atendimento à Emenda 29 é o mesmo do governo federal, e que as contas de ambos os governadores foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais. A atual gestão mineira, do petista Fernando Pimentel, também não se pronunciou sobre a acusação contra os tucanos.

  2. O perigo das rodas piratas.

    Range Rover em que morreu Cristiano Araújo foi adaptado com rodas iguais às do Porsche Cayenne

     

     

     

    Há diferenças de furação entre os dois modelos, além de falsificações. Perícia investiga se acidente se deu pela quebra do aro

    Por Jason Vogel

      

    A morte do cantor sertanejo Cristiano Araújo e de sua namorada, Allana Moraes, em um acidente, na quarta-feira, levanta questões automobilísticas. Uma delas é sobre a adaptação de rodas sem qualquer outro critério senão o de “enfeitar” o carro.

    Sabe-se que o carro capotou em uma reta e que a perícia agora investiga se o problema foi a quebra de uma das rodas de liga leve.

     

     

    Pelas fotos, é fácil perceber que as rodas do carro acidentado não são as originais do Range Rover Sport – o utilitário de luxo estava equipado com aros iguais aos do Porsche Cayenne.

        

    “Aros de Porsche” vendidos hoje no Brasil geralmente são réplicas chinesas de 18 a 22 polegadas de diâmetro. Enquanto um jogo original custa na casa dos R$ 18 mil, as cópias custam cerca de R$ 6 mil e não têm a mesma qualidade de construção.

      

    Essas réplicas, em geral, são feitas no método mais barato possível de fundição (por gravidade) e usam materiais inferiores e mais porosos. Basta um impacto ou um esforço maior no uso para que se quebrem. Em baixa velocidade, o motorista às vezes sente uma trepidação como se um pneu tivesse furado. Em alta velocidade, as consequências podem ser trágicas.

     

    Nos destroços do carro do cantor, nota-se que uma das rodas se partiu em dois: só o miolo ficou preso ao disco de freio – o resto voou longe. Se o aro quebrou antes ou durante o acidente, só a perícia poderá dizer.

    Ainda em relação às rodas, vale fazer uma observação: os aros dos Range Rover Sport têm furação 5×120 – ou seja: são cinco parafusos de fixação com 120 milímetros de distância dos furos ao centro. Já os Porsche Cayenne têm rodas com furação 5×130.

    Para pôr uma roda no lugar da outra, as lojas de acessórios geralmente usam adaptadores. Há ainda a prática de “escariar”, ou seja: fechar os furos da nova roda e fazer outros para o encaixe original do carro, o que pode reduzir de maneira perigosa a resistência dos materiais.

      [video:https://youtu.be/BJeFB6SRslk%5D

    USE CINTO DE SEGURANÇA TAMBÉM NO BANCO DE TRÁS

    A outra questão é bem mais óbvia: deve-se usar cinto de segurança mesmo quando se viaja no banco de trás. Acidentes como os que mataram a Lady Di (em 1997) e o dramaturgo Dias Gomes (em 1999) já deixaram isso bem claro.

    Pelo que se vê nas fotos do Range Rover Sport que levava o cantor sertanejo, o monobloco resistiu muito bem ao capotamento – e, além disso, os airbags tipo cortina se abriram com o impacto.

    Pelas fotos, pode-se afirmar que, se estivessem bem presos, Cristiano e Allana teriam saído ilesos ou com ferimentos de pouca gravidade. Sem o cinto, foram arremessados através das janelas e morreram.

    De 20 anos para cá, os brasileiros se acostumaram a atar o cinto nos bancos da frente – e já o fazem de forma automática. No banco traseiro, contudo, não foi criado tal hábito (apesar de estar previsto por lei).

    Se isso ainda não convence, sugerimos ver esta simulação de capotagem em que osdummies não estão presos por cintos de segurança:

     [video:https://youtu.be/XHFsmsGPDVc%5D

    (Colaborou Ricardo Mancebo)

     http://oglobo.globo.com/economia/carros/range-rover-em-que-morreu-cristiano-araujo-foi-adaptado-com-rodas-iguais-as-do-porsche-cayenne-16568538

     

  3. Agamenon: Volume Brocha
    Assim

    Agamenon: Volume Brocha

    Assim como o Lula, a Dilma e o PT, eu também cheguei no meu “volume morto”. É o que a Isaura, a minha patroa, não se cansa de me acusar diariamente. A insaciável criatura não consegue entender que o Brasil está em crise, vivemos uma época de Dilmas magras. Além do mais, com a inflação e o desemprego galopantes, os negócios se retraem e encolhem, principalmente o meu próprio negócio que nunca foi tão grande assim.

    E quem resolver sair da toca foi o ex-presidente em exercício Luísque Inácio Lula da Silva que, num encontro com religiosos, desandou a falar mal do PT, da Dilma e da novela Babilônia. Numa de suas típicas manifestações de diarréia verbal, Luís Picaretácio Lula da Silva acusou o seu partido, o PT (Papuda dos Trabalhadores) de só pensar em cargos e eleição. Em seguida, Lula distribui vários santinhos com o slogan da sua campanha para presidente em 2018: Lula – A Volta dos Que Não Foram! Aliás, santinho, não, porque na campanha do Lula não tem nenhum santo.

    Lula também reclamou do garçom, disse que seu copo de cachaça estava no volume morto e que ele queria mais uma dose. Uma dose do seu governo. Lula fez questão de atacar ferozmente a sua merdeira, quer dizer, herdeira política, a presidenta Dilma Roskoff. Logo a Dilma, que foi inventada pelo próprio Lula, que, assim como o Dr. Frankenstein, deu vida a uma criatura que apavora a população e espalha o terror no Brasil. Bem fez esse rapaz sertanejo, o Cristiano Ronaldo, que morreu antes de ver a merda que isso aqui vai ficar ….

    As burrices que presidenta Dilma Roskoff vive falando, continuam bombando na internet. Desta vez, a presidenta resolveu puxar o saco da mandioca. E eu que achava que a Dilma não apreciava esse avantajado tubérculo de duplo sentido.

    Agamenon Mendes Pedreira é volume morto da imprensa brasileira

     

  4. Estranho, muito entranho !

    Estranho, muito estranho a volta repentina do Léo Moura do USA.

    O jogador foi levado há pouco mais de 3 meses com toda pompa e circunstância para o time do Ronaldo gordo na Flórida, o Fort Lauderdale Strikers, na NASL, liga secundária dos Estados Unidos.

    E já voltou ?

    Logo depois que o FBI resolveu “dá uma dura” nas artimanhas do futebol ?

    Estranho, muito estranho !

    Léo Moura era ídolo do Flamengo, por que quis sair para voltar logo em seguida para o Brasil.

    Sei não …

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    Coritiba não desiste de Léo Moura e garante que já sabia das dificuldades

    Léo Moura, Fort Lauderdale Strikers (Foto: Heitor Esmeriz)

    http://globoesporte.globo.com/futebol/times/coritiba/noticia/2015/06/coritiba-nao-desiste-de-leo-moura-e-garante-que-ja-sabia-das-dificuldades.html

    O Coritiba ainda não desistiu de contar com o lateral-direito Léo Moura para a temporada de 2015. Cientes desde o início sobre a situação jurídica do jogador, que pode ter sua transferência vetada pela FIFA por já ter atuado em dois clubes na mesma temporada, a diretoria alviverde explicou que também vê uma brecha na regra da entidade.

    Segundo o parágrafo 3 do artigo 5 do Regulamento de Transferências da FIFA, um atleta tem o limite de atuar em dois clubes durante uma mesma temporada, que já foi atingido pelo jogador no Flamengo, na Copa do Brasil, e pelo Fort Lauderdale Strikers, na NASL, liga secundária dos Estados Unidos.

    O empresário de Léo Moura segue tentando a transferência do lateral junto à FIFA. E com viagem programada para Miami, o jogador não vai mais e segue direto no Brasil durante suas férias. Diante da polêmica, o Fort Lauderdale Strikers não tem esperança de que o jogador vá retornar aos Estados Unidos para a sequência da temporada da NASL. A assessoria de imprensa da equipe baseada na Flórida afirmou que o lateral-direito ainda está sob contrato, mas admitiu que o clube tem dúvidas sobre sua volta. 

  5. Bancada evangélica prega

    The piauí Herald

    Bancada evangélica prega boicote aos Estados Unidos

    Bancada evangélica prega boicote aos Estados Unidos

    Justiça americana permitirá que pastores evangélicos saiam do armário

    IDADE MÉDIA – Estupefatos com a legalização do casamento gay nos Estados Unidos, a ala radical da bancada evangélica interrompeu todos os trabalhos nesta manhã. “Paramos a atividade legislativa para elaborar uma extensa lista de tudo o que temos que boicotar daqui pra frente. Vamos varar a madrugada e o final de semana”, anunciou o pastor deputado João Campos. A lista já inclui, além dos Estados Unidos, Brasil, Espanha, Argentina, Canadá e Uruguai, empresas como o Facebook, Coca-Cola, Pepsi, Google, Apple e Atobá. “Conversaremos com nossos irmãos do Cazaquistão, país desenvolvido e contemporâneo, e vamos entrar com uma representação na ONU”, completou Marco Feliciano.

    “Eu levei minha família para a Disney!!”, lamentou Magno Malta, com os olhos marejados. “Já joguei fora toda minha coleção do Elvis Presley”, balbuciou um desapontado Eduardo Cunha. Em seguida, a bancada evangélica se reuniu para anunciar que ressuscitará o projeto de lei de Aldo Rebelo para acabar com os estrangeirismos na língua portuguesa. “É o mínimo que podemos fazer para retaliar esses vândalos”, retrucou Bolsonaro, soltando uma pomba-rola.

    Brasileiros de bem, que pagam seus impostos em dia, anunciaram que voltarão imediatamente de Miami. “Os Estados Unidos aderiram de vez ao comunismo”, lamentou Laurinha Albuquerque Figueiroa. Ao ser informada de que, no Brasil, o casamento gay é legalizado desde 2011 pelo STF, Laurinha rumou para Cuba.

     

      

     

  6. Economistas avaliam se Brasil

    Economistas avaliam se Brasil ainda vai existir em 2016

      

    Pior índice de desemprego no Brasil nos últimos cinco anos. Pior resultado nas contas públicas nos últimos 17 anos. Inflação crescente. Diante do cenário, economistas brasileiros de renome estarão reunidos neste fim de semana para avaliar se o Brasil continua em 2016 ou será descontinuado. “Tá tudo muito complicado, os números da economia não estão se recuperando. Somando isso à seleção brasileira mais caída das últimas copas América e a novela das nove com audiência ruim, é praticamente o apocalipse”, diz o analista econômico Ferdinando Lemos.

     

    Caso o Brasil seja descontinuado para o ano que vem, porém, algumas coisas devem ser mantidas, na visão dos economistas: o Cristo Redentor, o Maracanã e a bunda da Paolla Oliveira.

     

     

  7. Para o Dunga nós negros gostamos de apanhar.

    Ato falho ou racismo ?

    “Acho que eu sou afrodescendente, de tanto que gosto de apanhar”, diz Dunga.

    http://www.revistaforum.com.br/blog/2015/06/acho-que-eu-sou-afrodescendente-de-tanto-que-gosto-de-apanhar-diz-dunga/

    Em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira (26), treinador da seleção brasileira foi racista ao comparar as críticas que recebe ao sofrimento do povo negro no Brasil 

    Em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira (26), o técnico Dunga, da seleção brasileira, fez um comentário racista que causou protestos tanto por parte da imprensa, como nas redes. Questionado sobre a diferença de pressão sobre a geração de 1994 – quando, como capitão do time, alcançou o tetracampeonato mundial do Brasil – e a atual, respondeu: “Eu até acho que eu sou afrodescendente de tanto que apanhei e gosto de apanhar”.

    “Simples. Nós éramos ruins com sorte, os outros eram bons com azar. Aquela seleção tinha uma cobrança de 40 anos sem Copa América e 24 anos sem uma Copa do Mundo. Eu até acho que eu sou afrodescendente de tanto que apanhei e gosto de apanhar. Os caras olham para mim: ‘Vamos bater nesse aí’. E começam a me bater, sem noção, sem nada. ‘Não gosto dele’ e começam a me bater”, afirmou o treinador, a um dia da partida contra o Paraguai, válida pelas quartas de final da Copa América, realizada no Chile.

    Os jornalistas presentes na entrevista chegaram a procurar a assessoria da CBF para pedir esclarecimentos sobre o comentário, mas não conseguiram resposta.

     

     

    1. Dunga não foi preconceituoso

      Dunga não foi preconceituoso e respondeu à pergunta. É justo dar o contexto

      3

      PVC

      27/06/2015 01:14

      A pergunta foi clara e Dunga respondeu a ela. Referia-se à afirmação de Taffarel, dois dias atrás, de sua geração, a de Mauro Silva e de Dunga, terem sofrido com frases semelhantes às atuais. Hoje dizem que a geração é a pior das últimas décadas, que se trata de uma seleção de desconhecidos. Sem carisma. Taffarel deixou claro que aconteceu o mesmo 25 anos atrás. Romário, não, mas Mazinho, Aldair, Dunga, Márcio Santos, Mauro Silva, sofreram com o rótulo de não haver mais jogadores como nas gerações anteriores. Não havia mais Zico, Júnior, Sócrates, Falcão.

      Taffarel relatou o que sofreu nas Copas Américas de 1989 e 1991, a que ganhou e a outra em que foi vice-campeão. E tem razão. A questão a Dunga era sobre qual pressão era maior, a de hoje ou a que sua equipe viveu no seu passado de jogador. Dunga respondeu.

      Deixou claro que a única maneira de superar esta pressão é vencer, como a sua geração venceu. Esta frase não foi dita, assim. Mas está clara, para quem quiser ouvir o que ele disse.

      Mas no meio da resposta houve uma frase, uma única frase, que retirada de contexto dá problema. Ele diz que apanhou como afro-descendente.

      Se dissesse que apanhou tanto que se sentiu como escravo no século XIX estaria mais justo. Não por ter apanhado, mas por manifestar sua sensação de uma maneira isenta de qualquer preconceito.

      Mas nem todas as vezes todo mundo usa as palavras da maneira mais justa. Nem todas as pessoas aprenderam a usá-las da maneira certa — mesmo as treinadas para usá-las corretamente.

      Dunga fez uma salada de letras e construiu uma metáfora péssima. Horrível! Não quer dizer que tenha sido preconceituoso. Não foi.

      O xis da questão é saber como a geração atual, apontada como fraca, a pior das últimas décadas, vai reagir às críticas. É possível que não vença a Copa América e terá de conviver com o fracasso.

      A de Dunga, também. Em 1987, o Brasil caiu na fase de grupos da Copa América perdendo de 4 x 0 para o Chile. Dunga e Romário faziam parte do grupo. Semanas depois, a revista francesa France Football publicou a capa, com a foto de Josimar: “Qual é o seu futuro, Brasil?” Sete anos depois, apesar do fracasso em 1990  e na Copa América de 1991, a seleção foi campeã do mundo.

      Dunga respondeu sobre isso e sobre as pancadas que sua geração recebeu. Este contexto é mais importante do que o tropeço que ele sofreu com as palavras, para as quais nunca foi treinado. Mesmo que tenha tropeçado terrivelmente na frase que construiu.

  8. Em carta, Marilena Chaui defende Cátedra Michel Foucault na PUC

    do Portal Forum – 25/06/2015

     

    “Como interpretar a proibição da instalação da Cátedra Michel Foucault senão como um gesto de censura e intolerância? E isto com relação a um pensador que lutou contra elas com todas as suas forças?”, escreveu a filósofa

     

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    Para vetar cátedra em homenagem ao grande pensador, PUC-SP alega divergência de pensamento. Ora, desde quando filosofia e ciência se definem pela unanimidade e pelo consenso?

    Por Redação

    A filósofa Marilena Chaui, professora da Universidade de São Paulo, escreveu carta aberta ao cardeal Dom Odilo Scherer, grão-chanceler da PUC-SP, em defesa da Cátedra Michel Foucault, recusada no início do ano pelo Conselho Superior da Fundação São Paulo, mantenedora da instituição (leia mais aqui).

    A PUC-SP é a primeira universidade do mundo fora da França a receber coletânea de áudios do filósofo francês, que pode ser devolvida caso a decisão do Conselho não seja revertida. A cátedra é uma instância acadêmica cujo objetivo é incentivar a discussão sobre determinado pensador ou teórico e, assim, preservar e atualizar sua obra. A resistência em torno do nome de Foucault pode estar relacionada a suas críticas à Igreja Católica, ou ao fato de ter sido homossexual e morrido por complicações causadas pelo vírus HIV.

    Confira, abaixo, a íntegra da carta de Chaui:

    São Paulo, 16 de junho de 2015.

    Carta Aberta de Marilena Chaui ao Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer

    Nos anos recentes da história brasileira, a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo tornou-se um dos grandes exemplos do verdadeiro sentido da instituição universitária: recebeu em seu corpo docente professores das universidades públicas que haviam sido cassados por governos da ditadura civil-militar por suas idéias filosóficas, científicas, políticas e pedagógicas; afrontou o Estado abrigando a Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), proibida por esses mesmos governos; abriu suas portas para grupos de pesquisa nas mais variadas áreas do saber, sem jamais questionar os princípios teóricos e práticos que os orientavam; defendeu seus estudantes quando, em luta pela democracia, foram violentamente agredidos pelas forças policiais; recebeu movimentos sociais e populares de lutas por direitos, integrando a universidade às aspirações sociais e políticas dos excluídos e espoliados; ampliou suas publicações sem nunca exigir dos autores credenciais confessionais, mas exclusivamente a qualidade acadêmica de seus trabalhos, no mesmo espírito com que instituiu intercâmbios nacionais e internacionais com universidades públicas e centros de pesquisa. Em suma, a PUC de São Paulo, fundada na tolerância intelectual, social e política, assegurou para o Brasil o espírito da universidade como instituição social livre e autônoma, ou seja, como uma ação fundada no reconhecimento público de sua legitimidade e de suas atribuições, centrada num princípio de diferenciação que lhe confere autonomia perante outras instituições sociais e estruturada por ordenamentos, regras, normas e valores de reconhecimento e legitimidade internos a ela, isto é, pela idéia do conhecimento guiado por sua própria lógica, por necessidades imanentes a ele, tanto do ponto de vista de sua invenção ou descoberta como de sua transmissão, portanto, inseparável das idéias de formação, reflexão, criação e crítica.

    Se recordo as posições academicamente impecáveis, socialmente comprometidas com a justiça e politicamente corajosas que definiram a PUC de São Paulo é por que, entre perplexa e espantada, tive a notícia de uma posição tomada pela direção da universidade que nega sua história, aqui brevemente relatada. De fato, como interpretar a proibição da instalação da Cátedra Michel Foucault senão como um gesto de censura e intolerância? E isto com relação a um pensador que lutou contra elas com todas as suas forças? Não deu ele provas disso não apenas em sua obra, mas também em suas viagens ao Brasil durante a ditadura para apoiar todos os movimentos, universitários ou não, de resistência ao terror de Estado?

    Alegou-se divergência de pensamento. Ora, desde quando filosofia e ciência se definem pela unanimidade e pelo consenso? Entre os grandes pensadores do Século XX, Michel Foucault pautou-se, em sua vida e em seu pensamento, pela ousadia de conceber o novo, polemizando contra a inércia e a auto-satisfação das idéias recebidas e repetidas, divergindo dos saberes instituídos e combatendo normas, regras e valores por eles sustentadas. Universidades e centros de pesquisa do mundo inteiro proibiram sua atividade como professor, seus trabalhos de pesquisa e suas publicações por que divergentes, polêmicas, inovadoras? Foi ele submetido ao vigiar e punir? Pelo contrário, foi e é reconhecido em toda parte como um dos maiores pensadores do Século XX, cuja herança percorrerá a filosofia, as ciências humanas, a ética e a política durante o Século XXI por que sua obra, como toda obra que é grande, ao pensar, dá a pensar, ao dizer, dá a dizer, fazendo-nos pensar e dizer o quem sem ela não poderíamos pensar nem dizer. Divergir de Foucault? Ninguém mais do ele aplaudiria a divergência e a consideraria bem vinda, momento em que um pensamento e uma ação novos, no contato recíproco e benfazejo com seus opostos, podem colher os frutos de um combate generoso e criador.

    E visto que falo em divergência e generosidade, não é descabido que eu lembre a Vossa Reverendíssima o dito daquele que a Igreja reconhece como um divergente maior, Voltaire: “discordo de tudo quanto dizeis, mas defenderei até à morte vosso direito de dize-lo”. Eppur si muove…

  9. RUY CASTRO
    Primeiro a

    RUY CASTRO

    Primeiro a morrer

    RIO DE JANEIRO – Raul Seixas, o roqueiro, faria 70 anos amanhã. Esperam-se comemorações em todos os níveis, terráqueo, cósmico e ectoplásmico, pelos quais sua jurisdição se espalhou desde sua morte em agosto de 1989, aos 44 anos. Um ano e meio antes, em fevereiro de 1988, ele era apenas um entre 15 sujeitos recém-saídos de clínicas de dependência química, em São Paulo, que passaram a se reunir semanalmente na casa de um deles. Eu era outro.

    Raul e eu fomos vizinhos e contemporâneos de internação em duas clínicas de Cotia, a 30 km de São Paulo. Por coincidência, entramos e saímos na mesma época. Um dos nossos, Reinaldo, conhecia alguns da outra turma e resolveu promover encontros em que pudéssemos trocar experiências e nos ajudarmos na coisa mais difícil quando se deixa de beber –que é continuar sem beber.

    Entre os que nos reuníamos na casa de Reinaldo, recordo-me de um fazendeiro, um industrial, um executivo da Philip Morris, um operário, um boa-pinta sem profissão, um diretor de teatro e Raul. Todos entre 30 e 50 anos, casados e alcoólatras, alguns com uma segunda droga na história: cocaína, ácido, bolinhas. A de Raul era éter.

    Em comum entre nós, antes da internação, a vida indo para o buraco: profissão, carreira, casamento, saúde e amigos –vivíamos intoxicados, anêmicos, inchados, apáticos e imundos. Mas, naquelas reuniões, já parecíamos outros: saudáveis, corados, barbeados, tomando litros de Coca-Cola e confiantes em que iríamos recuperar tudo que havíamos perdido.

    Menos um. Raul ficava pelos cantos, acabrunhado, múrmure, alheio à atmosfera de esperança e otimismo. Quase todos ali recaíram; a maioria conseguiu se recuperar, outros morreram. Apenas dois nunca mais beberam, eu e o diretor de teatro. Raul foi o primeiro a retomar as substâncias, entregar os pontos e morrer.

  10. EDITORIAIS
    [email protected]

    EDITORIAIS

    [email protected]

    Nem mãe nem rainha

    A presidente se queixa, mas estereótipos sexistas mais beneficiaram do que prejudicaram a trajetória política de Dilma Rousseff

    Queixa-se a presidente Dilma Rousseff (PT), em entrevista ao jornal americano “The Washington Post”, de haver “um pouco de preconceito sexual” na forma com que é descrito seu modo de governar.

    Seria essa a razão, prosseguiu, de tantas críticas a seu detalhismo administrativo e a seu hábito de interferir em escalões decisórios inferiores. Inexiste, diz ela, quem fale mal de “presidente do sexo masculino [que] coloca o dedo em tudo”.

    Dilma estaria sendo vítima, portanto, das construções sexistas em torno da “mulher metida”, da “patroa implicante”, ou de qualquer das incontáveis formulações que, dos contos de fada às comédias de Molière, exigem modéstia e subserviência do sexo feminino.

    Pode ser. A variedade dos estereótipos femininos negativos é tão grande que dificilmente alguma liderança ou mulher de destaque estará livre de grosseria ou injustiça.

    Beleza ou feiura, cabelos brancos ou tingidos, sexualidade forte ou ausente, plástica ou rugas, roupas assim ou assado: é como se quase nada fosse perdoado à mulher em postos de comando –que o digam Luiza Erundina, Marta Suplicy e Graça Foster, por exemplo.

    E Dilma? Preservado que seja seu direito de reclamar, o fato é que por muito tempo o “viés sexista” contou, na verdade, a seu favor. Em 2008, o então presidente Lula (PT) foi o primeiro a lançar sua candidatura valendo-se de tal ótica. A então ministra da Casa Civil seria “a mãe do PAC”.

    Nos primeiros meses de governo, Dilma beneficiou-se de outra ficção mercadológica inspirada na sua identidade de gênero. Era a “faxineira”, capaz de varrer do governo os acusados de corrupção.

    Em voo bem mais ousado, o publicitário João Santana já tinha atribuído a Dilma, em 2010, o lugar imaginário da “rainha”, dentro do que chamou de “mitologia política e sentimental” dos brasileiros.

    Vê-se, atualmente, que não houve rainha, nem faxineira, nem mãe, nem qualquer outra imagem fantasiosa capaz de corresponder à atuação de Dilma como presidente.

    Diferenças ideológicas à parte, Dilma Rousseff poderia ter obtido o respeito que cerca mulheres como Margaret Thatcher ou Angela Merkel; hoje o risco é que, num cenário econômico desastroso, pelo qual em grande parte foi responsável, sua figura esteja mais próxima da de Cristina Kirchner.

    Pois a questão principal não é, e nunca foi, de “preconceito de gênero”: teimosa, detalhista ou rude, características desse tipo seriam vistas com outros olhos se seu governo mostrasse responsabilidade, rigor e competência.

    Espantoso, na verdade, é que tenha aparentado possuir tais virtudes sem que a farsa, como num conto de fadas, se desfizesse rapidamente no ar

  11. O que era desejo da família

    O que era desejo da família de Marin virou promessa: vai contar o que sabe

     

    Perrone

     

    27/06/2015 06:46

     

    Há um mês, José Maria Marin se preparava para deixar seu quarto num nababesco hotel na Suíça quando recebeu de policiais suíços e agentes do FBI voz de prisão. As cenas seguintes foram tragicômicas. O ex-presidente da CBF, sem falar inglês, queria levar para a cadeia a mala grande que trouxera do Brasil, enquanto os tiras exigiam que carregasse apenas uma maleta. No desespero, o cartola pediu pra Neusa, sua mulher chamar Marco Polo Del Nero, que não chegou até que o amigo fosse levado para o cárcere.

    Neusa, então, ficou sozinha. Precisou da ajuda da Conmebol para voltar para casa. Del Nero retornou antes. Nos dias que se seguiram, o sentimento de abandono da família do ex-presidente da Confederação Brasileira cresceu. A CBF não disponibilizou advogado para o cartola, retirou Marin da vice-presidência e sumiu com o nome dele da fachada da sede da entidade.

    Nesse cenário, familiares de Marin deixaram transparecer mágoa com Del Nero. Contaram a amigos que confiavam na inocência do ex-presidente da CBF, mas que desejavam que ele contasse tudo que soubesse, mesmo que isso pudesse prejudicar outros dirigentes brasileiros.

    O tempo passou. Neusa, ainda sem ver o marido desde a detenção, voltou para a Suíça, com uma advogada, cerca de aproximadamente 15 dias após a detenção. A sensação de que a cúpula do futebol virou as costas para Marin aumentou. O nome dele não aparece também na composição da diretoria da CBF no guia do Campeonato Brasileiro entregue para clubes e federações.

    Então, o que era um desejo da família passou a ser uma promessa feita a amigos. “Marin vai falar o que sabe aos policiais”, dizem parentes do cartola, mantendo o raciocínio de confiar na inocência dele e sem explicar se essa sabedoria pode incriminar alguém.

    As palavras dos familiares, com peso de ameaça, aumentam a ansiedade de presidentes de federações, que curiosamente se queixam do fato de a imprensa não trazer novidades sobre as investigações. Principalmente, a respeito de quem são os outros dois dirigentes brasileiros suspeitos de receber propina na venda de direitos de transmissão de campeonatos.

    Enquanto o mistério não for desvendado, eles seguirão mergulhados na incerteza que domina a cartolagem nacional desde que Marin foi preso. Ou na certeza de que muita coisa pode mudar, se o ex-presidente tiver algo relevante para contar e cumprir a promessa feita por seus parentes.

  12. Trecho de ‘Enfermaria nº 6″, de Tchekhov

    – Não, eu quero saber por que o senhor se considera competente em matéria de apreensão racional, desprezo pelos sofrimentos e o mais. O senhor acaso sofreu um dia? Tem alguma noção do que seja sofrimento? Permita-me perguntar: surrara-no em criança?

    – Não, os meus pais tinham repugnância pelos castigos corporais.

    – Eu fui espancado cruelmente por meu pai. Era um funcionário de gênio abrupto, sofria de hemoroides, tinha nariz comprido e pescoço amarelo. Mas falemos do senhor. Em toda a sua existência, ninguém o tocou com o dedo, ninguém o assustou nem espancou; tem saúde como um touro. Cresceu sob a asa paterna, estudou por conta do pai, e depois logo abocanhou uma sinecura. Viveu mais de vinte anos sem pagar aluguel, com aquecimento, iluminação e criada, tendo ao mesmo tempo o direito de trabalhar na medida em que quisesse, ou mesmo não fazer nada. O senhor é, por natureza, um homem mole, indolente, e por isso procurou arranjar a sua vida de tal maneira que nada o inquietasse ou tirasse do lugar. Confiou o serviço ao enfermeiro e aos demais canalhas, e ficou sentado em um lugar aquecido e quieto, juntando dinheiro, lendo livros e adoçando a vida com reflexões sobre toda espécie de baboseiras elevadas e (Ivan Dmítritch olhou o nariz vermelho do médico) com a bebedeira. Numa palavra, o senhor não viu a vida, não a conhece absolutamente, e está a par da realidade apenas em teoria. O senhor despreza os sofrimentos e não se espanta com nada, devido a uma razão muito simples: a vaidade das vaidades, o exterior e o interior, o desprezo pela vida, pelos sofrimentos e pela morte, a apreensão racional, o bem autêntico – tudo isso constitui a filosofia mais apropriada para um indolente russo. O senhor vê, por exemplo, um mujique batendo na mulher. Para que interceder? Deixemos bater, de qualquer maneira ambos morrerão cedo ou tarde; e, além disso, o que bate não ofende com isso o espancado, mas a si mesmo. Cair na bebedeira é estúpido, indecente, mas quer se beba, quer não se beba, o que nos espera é a morte. Vem consultar-se uma mulher com dor de dente… Bem, e então? A dor constitui uma representação da dor, e, além disso, não se pode viver sem doenças, todos nós havemos de morrer, e, por isso, vai embora, mulher, não me impeças de pensar e tomar vodca. Um jovem pede conselho, quer saber o que fazer, como levar a vida; um outro pensaria um pouco antes de responder, mas aqui já se tem pronta uma resposta: procure alcançar a apreensão racional ou o bem autêntico. Mas o que é esses fantástico “bem autêntico”? Naturalmente, não há respostas. Somos mantidos aqui, apodrecendo atrás das grades, somos torturados, mas isso é belo e racional, pois não há nenhuma diferença entre *esta enfermaria e um escritório aquecido, aconchegado. Uma filosofia cômoda: não há o que fazer, tem-se a consciência tranqüila e a pessoa ainda se sente um sábio… Não, meu senhor, isso não é filosofia, não é pensamento, não é largueza de visão, mas preguiça, faquirismo, parvoíce sonolenta… Sim! – zangou-se mais uma vez Ivan Dmítritch. – Despreze o sofrimento, mas, se alguém lhe comprimir o dedo numa porta, vai gritar com todos os bofes! 

     

     

    Tradução de Boris Schnaiderman – Tchekhov, A. P.”O beijo e outras histórias”.São Paulo: Ed. 34, 2006.

  13. Evolucionismo Cultural

    Evolucionismo Cultural em Hayek

    Posted on25/06/2015by

    F.A.-Hayek Eleutério Prado em Economia, Complexidade e Dialética (São Paulo: Plêiade, 2009) afirma que, na compreensão do desenvolvimento social e histórico, o pensamento de Hayek se move dentro de visão individualista e evolucionista. Entretanto, não adere ao paradigma atomista e reducionista característico da teoria econômica neoclássica, dentro do qual se busca explicar todos os fenômenos macrossociais como resultados que se derivam de mera agregação e coordenação de comportamentos individuais.

    O indivíduo, para Hayek, não vem a ser um átomo social. Ele privilegia as instituições sociais criadas não intencionalmente, na prática, que atuam a despeito de qualquer direcionamento explícito de alguma autoridade e que têm existência intersubjetiva, além dos indivíduos em particular que compõem a sociedade.

    A visão de sociedade de Hayek é também sistêmica. Todos os fenômenos da vida, da sociedade e da mente têm de ser compreendidos como manifestações de sistemas complexos. São “todos” formados por interações de muitos elementos que funcionam organizadamente. Apresentam, por isso, certos padrões ou regularidades de comportamento, os quais podem apreendidos de modo abstrato, inclusive matemático, pela Ciência.

    No entanto, as fórmulas matemáticas dos modelos sociais:

    cobrem apenas parte das relações de causas e efeitos,mostram-se imprecisas quantitativamente,contêm elementos estocásticos, que dependem ou resultam de uma variável aleatória,são incapazes de especificar instâncias particulares dos fenômenos que descrevem.

    Logo, para Hayek, os sistemas complexos não podem ser conhecidos em suas determinações concretas particulares. Em consequência, não se submetem ao saber que se baliza pelo critério científico da previsão e do controle.

    Compreende a explanação causal como apreensão teórica da conjunção de eventos observáveis. Ao apresentar o sistema econômico como sistema complexo se mantém nos limites da concepção dedutivista de complexidade, pois é praticamente impossível circunscrever e isolar conjunções de fenômenos nessa esfera de formulação de Leis de Movimento.

    Dada a dificuldade de formular tais Leis de Movimento em Ciência Econômica, o saber científico aí deve se contentar em descobrir padrões de regularidades, mesmo que sejam inexatas. Daí, os limites para o reducionismo nessa área de conhecimento.

    Segundo Hayek, os sistemas complexos têm autoorganização própria e apresentam regularidades de funcionamento porque têm estruturas relativamente estáveis. Essas estruturas sociais são formadas por conjuntos articulados de regras instintivas, habituais, morais, etc., que regulam os comportamentos. Atuantes no condicionamento das ações em geral, algumas dessas normas reguladoras são explícitas, mas muitas delas permanecem implícitas ou latentes. É impossível formular todas as regras que governam nossas ações.

    Tais regras são as unidades elementares que se encontram entretecidas de tal modo que, no conjunto, formam uma configuração institucional de regulação do processo de desenvolvimento social. Porém, sua inferência decisiva é: como existem limitações inerentes ao conhecimento explícito da mente e da sociedade,

    a vida mental não pode ser explicada, a vida social não pode ser predita e, em consequência, nenhuma das duas pode ser regulada conscientemente.

    Todo o processo de evolução da sociedade envolve três elementos:

    criação de variabilidade,seleção eherança.

    Como as regras reguladoras das atividades sociais são criadas, selecionadas e herdadas na Teoria do Desenvolvimento Histórico elaborada por Friedrich Hayek?

    Ele distingue:

    o sistema de regras individuais: aquilo que governa o comportamento individual dos membros de dado grupo social. a ordem social propriamente dita: aquilo que resulta dos comportamentos individuais para o grupo como um todo.

    Essa distinção lhe permite conceber sua Teoria da Evolução Social em dois níveis:

    no primeiro, ocorre a geração e a transmissão por herança das regras individuais;no segundo, dá-se a seleção das regras que se mostram melhor adequadas à sobrevivência do grupo.

    A criação de variabilidade e a passagem da herança dependem das interações dos indivíduos que compõem a ordem social, mas a seleção de regras depende da eficiência do grupo que essa ordem faz existir. Na sociedade, a variabilidade é criada na experiência prática em múltiplas esferas por meio da ação e da comunicação, as quais são dependentes de contexto e contém elementos tácitos.

    Com base nessa concepção evolucionária da geração de normas de conduta socialmente válidas emerge, por exemplo, a hipótese pela qual a competição no mercado é um processo de descoberta.

    A herança dá-se por meio de observação, imitação, ensinamento e treinamento por meio da cultura.

    O processo evolutivo como um todo independe do conhecimento consciente das regras por parte dos indivíduos. Basta que eles se comportem de acordo com elas na prática social.

    Não há uma relação de determinação simples entre o sistema de regras individuais e a ordem social gerada por ele. Esta pode ser criada por diferentes conjuntos de regras individuais. E as ordens sociais se alteram de acordo com as circunstâncias variáveis.

    A ordem social é resultado da auto-organização: umas regras dependem das outras e todas elas em conjunto dependem das circunstâncias em que se tornam eficazes. A ordem social se revela no fato de que ações em seu interior coordenam-se adequadamente sem que isto seja buscado intencionalmente. A regularidade da ordem social como um todo é compatível com o fato de que as ações apresentam comportamentos bem irregulares umas em relação às outras.

    A relação entre os comportamentos individuais e a ordem social em que eles estão inseridos é chave na teoria de Hayek. Os indivíduos atuam intencionalmente em busca de objetivos próprios, sejam estes egoístas ou altruístas, de múltiplas formas e com imensa variabilidade. A produção da ordem global, entretanto, não decorre dos objetivos conscientes das ações individuais.

    A produção da ordem, em consequência das práticas sociais cedas, ocorre espontaneamente com resultado não intencional de ações intencionais de escopo limitado. Os indivíduos não têm conhecimento da ordem global e não sabem como preservá-la – para a própria preservação do grupo social.

    Instituições como a linguagem e o dinheiro são respostas adaptativas dos grupos humanos às circunstâncias que enfrentaram historicamente. As regras que guiam as relações mútuas dos indivíduos não são inatas, mas sim apreendidas na própria interação social.

    Hayek resume tudo isso na tese polêmica de que a ordem social é amplamente espontânea, ou seja, sem intenção. Adota, então, a metáfora da “mão invisível”, elaborada por Adam Smith. Em outras palavras, a coordenação em processo das ações ocorre cegamente e o faz de um modo que é, em última instância, benéfico para todos os que nela se abrigam, ainda que assimetricamente.

    A providência não tem procedência divina, mas sim mercantil. É capaz de conciliar os interesses econômicos em conflito. A “mão invisível” ordena uma sociedade harmoniosa!

    Portanto, a argumentação de Hayek se baseia na hipótese de que há fortes limitações ao conhecimento do funcionamento e da estrutura do sistema econômico e da sociedade como um todo. Daí, é bem restrita a capacidade humana de reformar ou revolucionar as instituições. Não é prudente tentar fazê-lo a não ser para aperfeiçoá-las muito pontualmente.

    Prado lança, por fim, uma questão-chave: que papel fica reservado à razão nessa ordem espontânea?

  14. PROJETO: CARROCINHA DO BEM
    Rio de Janeiro 26 de junho de 2015
    PROJETO: CARROCINHA DO BEM  Caros amigos (as) no Rio de Janeiro, o banco Itau tem um projeto de aluguel de bicicletas, mas pergunto: por que nenhum grande banco como a Caixa ou o Banco do Brasil, não arruma as carrocinhas da turma da reciclagem? Eles poderiam bancar (padronizar) e melhorar essas carrocinhas dessa turma,  que trabalha para o bem do planeta, aproveitando o nosso material de descarte. Amigos (as) seria uma boa forma de reconhecer o belo trabalho feito, por essa turma de guerreiros do bem.  Atenciosamente:
    Cláudio José, um amigo do povo e da paz. 

  15. Evolucionismo e

    Evolucionismo e Conservadorismo

    Posted on27/06/2015by

    Hayek e a IgualitarismoEleutério Prado, em Economia, Complexidade e Dialética (São Paulo: Plêiade, 2009), destaca que a Teoria Evolucionista atribui papel importante ao randômico, ao aleatório, às forças cegas, seja na criação da variabilidade, seja na seleção e seja na herança. Abandona o determinismo. O evolucionismo social, no entanto, apresenta-se, invariavelmente, como discurso da reprodução amplamente cega do sistema social existente, mesmo quando prevê que isto pode, eventualmente, não ocorrer.

    Pode-se atribuir, indo além de Hayek, algum papel à razão científica na mudança social? Será apenas um papel instrumental, porque visa apenas corrigir eventuais falhas de processos, assim como produzir pequenas reformas institucionais, no desenvolvimento da sociedade?

    O evolucionismo, contra o reformismo, adota um discurso científico que toma o mundo existente para apresenta-lo como processo automático de transformação, tipo “laissez-faire”. Esta é, hoje, a expressão-símbolo do liberalismo econômico, na versão mais pura de capitalismo de que o mercado deve funcionar livremente, sem interferência, apenas com regulamentos suficientes para proteger os direitos de propriedade. Esta Filosofia tornou-se dominante nos Estados Unidos e nos países da Europa durante o final do século XIX até o início do século XX. É parte da expressão, em língua francesa, Laissez faire, laissez passer, le monde va de lui même [“Deixe fazer, deixe passar, o mundo vai por si mesmo.”]

    Evolução biológica é processo espontâneo objetivo que vai produzindo sem télos – ponto ou estado de caráter atrativo ou concludente para o qual se move uma realidade – suas diferenciações. Evolução social, diferentemente, sendo histórica, vem a ser processo que nunca ocorre sem a intervenção da consciência e da vontade do Homem.

    Contra Hayek, Prado diz que a evolução social, mesmo quando é cega, não pode ser tomada como processo indiferente à compreensão do Homem, já que, ao contrário, implica sempre seu comprometimento. As instituições nunca são inteiramente desconhecidas e nem completamente transparentes. Elas se originam na prática e são cognoscíveis e criticáveis por meio da reflexão prática.

    O desenvolvimento da sociedade ocorre sob formas sociais instituídas que suscitam permanentemente a luta para mantê-las, reformá-las, transformá-las ou revolucioná-las. Enfim, a evolução humana não é simples eclosão, sem propósito e sem reflexão, tal como ocorre na vida orgânica, mas interação por meio do trabalho, da linguagem e da ação, que vai da ignorância à compreensão, do debate ao embate, da política à guerra.

    A Teoria da Evolução, como discurso do entendimento correlacionado à prática de sujeição do mundo, requer que o sujeito do conhecimento se posicione como observador externo à natureza e à sociedade. A Dialética marxista, ao contrário, exige desse sujeito que se coloque conscientemente no interior da sociedade e da história como expressão da classe oprimida e participante ativo nas lutas sociais. A teoria, nesse sentido dialético, vem a ser reflexivamente prática.

    Para apreender a transformação, em geral, é preciso pensar dialeticamente. A Dialética só tem sentido como pensamento praticamente reflexivo, isto é, como pensamento que busca compreender não apenas a realidade social e historicamente criada, mas também a si próprio como momento da prática criativa e criadora do Homem.

    Na Dialética, assume importância a categoria de necessidade histórica ou possibilidade real, distinta do determinismo histórico. Trata-se sim de o que pode ou deve ser e não o que forçosamente virá.

    A Dialética busca guiar a atuação humana e, para tanto, procura desenvolver um juízo existencial sobre a ordem social vigente para mostrar porque e como ela deve ser transformada. A Teoria Evolucionista exige pensar os processos históricos como fortemente espontâneos, enquanto que a Dialética os vê como produtos das lutas econômicas, sociais e políticas em que as deliberações e ações coletivas, melhor ou pior informadas, têm um papel fundamental.

    Para a Dialética, se este mundo existe, não deve ser acolhido como naturalidade ou como processo espontâneo ou ainda como objeto de manipulação, mas sim como totalidade que os próprios Homens repõem, transformam ou revolucionam, cega ou conscientemente.

    Outro mundo é possível. Os conservadores não acreditam nisso. Estão felizes com a desigualdade social — ou são conformistas

  16. Mas no congresso querem é reduzir a maioridade penal…

    É uma mácula para o país que ocorram desaparecimentos da natureza do que se viu no caso Amarildo, em plena vigência do regime democrático. A polícia do país segue caindo aos pedaços, praticando métodos oriundos do regime ditatorial. Mas não se fala em aprimorá-la, consertá-la, em dar-lhe considerável atenção. Não no congresso nacional. Este anda muito preocupado com soluções mirabolantes para o problema da segurança pública.

    Vejamos. Parece ser inevitável que reduzam a maioridade penal. Quero ver onde colocarão um monte de traficante de drogas (art. 33 da lei 11343) e ladrão (art. 157 do Código Penal). Não existem os tais novos presídios que abrigarão os maiores de 16 e menores de 18. Das duas uma: ou estes criminosos mirins irão para presídios comuns, onde fornecerão mais mão de obra para organizações criminosas tipo PCC, ou construir-se-ão novos presídios, nos quais o governos estaduais e o federal enterrarão dezenas, centenas de milhões de reais, talvez mesmo bilhões, que correrão céleres para o ralo da corrupção das parcerias público-privadas do estado patrimonialista brasileiro — as empreiteiras estão aí para isso mesmo, afinal de contas. Quanto à segurança pública, em tal quadro, nada mudará para melhor. Viveremos no mesmo banho de sangue de sempre, só que piorado. Talvez bastante piorado.

    Pois além da redução da maioridade penal há em andamento a tentativa de assegurar que cada cidadão tenha direito de portar sua arma de fogo. Com a qual matará seu vizinho ou coisa pior — essas tragédias dos EUA, à guiza de exemplo, muito tem a ver com a facilidade de obtenção de armas de fogo. Nas coisas que interessam de fato à melhoria da segurança pública, entretanto, ninguém propõe nada.

    Não há uma discussão séria sobre a profissionalização da polícia. Para não dizerem que sou um esquerdista anti-yankee desses que só veem problemas no EUA: a polícia norte-americana resolve muitos crimes, não passando pelo vexame investigativo das nossas polícias civis. Já aqui… As polícias dos EUA são bem treinadas, remuneradas e capacitadas. Nosso contraponto brasileiro: alguém aqui já foi a uma delegacia de polícia civil, para ter uma noção de como nosso país toca para frente a investigação dos crimes que ocorrem?

    Outro dia precisei ir a uma delegacia de polícia, num dos estados aqui do nordeste, registrar uma ocorrência de extravio de documento pessoal. Cheguei na recepção da delegacia. Olhei para um lado, para o outro, nada. Não havia uma viva alma na recepção. Depois de uns quinze minutos aparece uma escrivã e me encaminha para o atendimento. Afirma que em mais uns quinze minutos serei atendido. Dentro deste lapso temporal, aparecem vários policiais conduzindo três criminosos algemados. Seguem para o xadrez da delegacia. Ora, pensei eu com meus botões, e se eu fosse membro de uma quadrilha que quisesse promover um resgate? Naqueles quinze minutos iniciais de minha estadia na delegacia poderia ter feito o que quisesse. Fui além nos meus devaneios: se os policiais estão cuidando de presos, quem estará a cuidar dos inquéritos?

    Os policiais que fazem o trabalho investigativo são desmotivados pelos baixos salários e impossibilitados de trabalhar pela falta de condições de trabalho. A polícia científica praticamente inexiste. A polícia militar tenta, digamos, “resolver as deficiências” do trabalho investigativo, que geram impunidade, promovendo vergonhosas execuções extrajudiciais. E por aí vão as falhas. Sem mudança nisso, o resto, o que mais propuserem, não passa de pirotecnia que sairá caríssima nos próximos 15, 20, 30 anos. O país piorará muito em termos de segurança pública, a se tornar verdade o que quer realizar o congresso nacional.

  17. POR UM MUNDO MELHOR, SEM GUERRAS ( OREMOS) PELA PAZ

    Carta das Nações Unidas: Organização comemora 70 anos de assinatura do seu documento de fundação

    Publicado em 26/06/2015 Atualizado em 26/06/2015   AUMENTAR LETRA DIMINUIR LETRA  

    Secretário-geral da ONU celebra a fundação da ONU e apela à comunidade internacional que renove seu compromisso com um futuro melhor para todos.

    O Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Pedro Leão Velloso, assina a Carta das Nações Unidas, na Conferência de São Francisco, que criou a Organização. 26 de junho de 1945. Foto: ONU/McLain

    O Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Pedro Leão Velloso, assina a Carta das Nações Unidas, na Conferência de São Francisco, que criou a Organização. 26 de junho de 1945. Foto: ONU/McLain

    Em 26 de junho de 1945, as Nações Unidas nasciam das cinzas e escombros da Segunda Guerra Mundial, quando delegados de 50 nações – incluindo o Brasil – se uniram para assinar a Carta das Nações Unidas – documento fundador da Organização e os alicerces da paz e do desenvolvimento global.

    Setenta anos mais tarde, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, celebra a fundação da ONU e apela à comunidade internacional que renove seu compromisso com um futuro melhor para todos.

    “À medida que as diferenças entre nacional e internacional continuam desaparecendo, os desafios enfrentados por um se transformam nos desafios enfrentados por todos, às vezes gradualmente, mas muitas vezes de forma repentina”,  disse o secretário-geral em um artigo publicado nesta sexta-feira (26). “Com nossos destinos cada vez mais entrelaçados, nosso futuro deve ser de cooperação – nações unidas por um espírito de cidadania global, que faça jus à promessa do nome da Organização”.

    Ban reiterou sua esperança de que a família humana “se reúna com maior determinação para trabalhar para um futuro mais seguro e sustentável para ‘nós os povos’, em nome dos quais a Carta foi escrita”. E acrescentou que o “objetivo é a transformação: somos a primeira geração que pode acabar com a pobreza na Terra – e a última para agir para evitar os piores impactos de um mundo em aquecimento.”

    O secretário-geral recordou o seu primeiro encontro com a ONU, que remonta a sua infância durante a Guerra da Coreia, quando, como uma pessoa deslocada fugindo de sua aldeia em chamas, ele e sua família contaram com a Organização para resgatá-los. Sua família, ele disse, foi salva da fome por operações humanitárias da ONU e, quando surgiram dúvidas sobre se o mundo estava preocupado com o seu sofrimento, “tropas de muitos países sacrificaram suas vidas para restabelecer a paz e a segurança”.

    Apesar do trauma indelével que o conflito teve em sua infância, Ban lembrou que sua primeira experiência com a Organização lhe transmitiu a plena convicção da imensa diferença que as Nações Unidas podem fazer na vida das pessoas do mundo.

    Leia o artigo do secretário-geral A Carta da ONU aos 70 anos: Rumo a um futuro mais seguro e sustentável para “nós os povos”.

     

     

  18. Fuga de detento não é notícia em nosso país

    “Dois réus fogem de prisão de segurança máxima em Nova York”, noticiam os nossos jornais no dia 7 de junho. Comoção nos EUA. Uma disjunção muito grande para quem conhece nossa realidade. Aqui no Brasil, quando um preso foge, não se fala nada. Não é nenhuma novidade que presos fujam. Faz parte da rotina da nossa “segurança” pública. Hoje me deparo com nova manchete: “Polícia mata um dos assassinos foragidos de Nova York”. Não é surpresa que criminosos sejam assassinados pela polícia, diferente do que ocorre nos EUA. A polícia de lá mata? Sim. E mata errado, às vezes, principalmente quando estamos a falar da população negra. Mas a truculência e o banho de sangue promovido pelas polícias americanas não têm como se comparar com o massacre que promovem nossas forças policiais. O prefeito de Nova York mesmo topou entrar em confronto com a própria polícia de sua cidade para esclarecer as circunstâncias em que certas mortes provocadas por policiais ocorreram. Lá as coisas relacionadas à segurança pública funcionam um pouco melhor, afinal de contas. Os presídios não são tão esculhambados — daí destaque dado à fuga — e as investigações chegam a algum lugar, a tal ponto que localizaram o cidadão, conforme a última manchete que transcrevi.

    Aqui no Brasil, alguém chuta a quantidade de mandados de prisão expedidos pela justiça que aguardam cumprimento pela polícia civil? Olhei rapidamente na internet e localizei os seguintes números: “Levantamento feito pela Corregedoria Nacional de Justiça a partir de informações contidas no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP) mostra que, de um total de 268.358 mandados de prisão expedidos de junho de 2011 a 31 de janeiro de 2013, 192.611 ainda aguardam cumprimento.”

    Por isso que uma fuga de detento sequer chega a ser notícia no Brasil. Nós não damos conta nem de colocar na cadeia quem nela deveria estar. Não damos conta de manter presos os presos que temos. E num quadro destes ainda há quem pense que reduzir a maioridade penal e eliminar o desarmamento em voga no país resolverá a situação. A coisa real é muito contrária àquilo com que querem nos enganar, mais uma vez, nossos ilustres parlamentares. Apenas estamos, via congresso nacional, a ponto de jogar mais gasolina nas labaredas da violência que campeia em nosso país.

    1. A notícia não é a fuga deles.

      A notícia não é a fuga deles. É como foi.

      Só pra encurtar o papo: O cara era ”bem dotado” e transou com a carcereira, que era casada com um cara que tbm trabalhava na prisão.

                Os fugitivos ainda deixaram um bilhete tirando sarro.

                   A carcereira está presa, o marido dela desaparecido e os banddos livres( por enquanto)

                    The and !

  19. mariliz pereira jorge 
    É

    mariliz pereira jorge

     mariliz pereira jorge

    É jornalista e roteirista. Apresenta o programa “Sem Mimimi com Mariliz”, no YouTube. 
    Escreve às quintas e sábados.

    Se ela não gozar, relaxe

    Não há nada melhor do que coroar a primeira noite de sexo do que um belo orgasmo bilateral. Fazer uma mulher gozar eleva a autoestima de qualquer homem à lua. E a gente fica bem feliz de ver nosso parceiro extasiado. O que talvez vocês não saibam é que para muitas mulheres não há nada pior do que a obrigação do orgasmo num primeiro, segundo ou centésimo encontro. Sim, há outras coisas piores, como chulé, mau hálito, falta de educação, pinto meia bomba, Crocs ao lado da cama, mas nenhuma delas depende de nós.

    Gozar é difícil. E gozar com um novo parceiro é uma tarefa árdua. E se a gente gosta do cara de verdade a probabilidade de ver estrelinhas no teto do quarto despenca. E, então, você já sabe o que acontece: a gente finge, grita, encrava as unhas nas suas costas, tudo de mentirinha. Pra deixar você feliz e pra gente não se sentir fracassada.

    Calma, meninas, estou falando de algumas. Não de você, deusa do gozo feminino, ser superior e bem resolvido. Eu nem sempre fui e já tive que lidar muito com a mazela do orgasmo não alcançado.

    Os homens têm medo de broxar, as mulheres do meu tipo têm pavor de não conseguir gozar, porque parece que não estamos curtindo ou que somos meio frígidas. Não é a toa. Apenas 11% conseguem chegar lá com um parceiro novo. O percentual aumenta um pouco nas vezes seguintes, mas fica em 34% na terceira ou na quarta vez. Se você é um dos felizardos, ou acha que é um dos felizardos, não se anime. O mérito, na maioria das vezes, é dessas poucas afortunadas, que conseguem relaxar e gozar.

    Gostaria que você entendesse: a culpa não é sua. A culpa tem mil donos e vem dessa vida que deixa cheia nossa cabecinha doente e cheia de neuras. Mesmo com experiência, eu me sentia um pouco insegura em meus primeiros encontros. A gente sempre acha que a bunda está caída, o peito, murcho, que deveríamos ter tomado mais um banho antes de sair, que a calcinha não está boa.

    O orgasmo para a mulher também demora mais para chegar, não é novidade. E justamente por levar mais tempo é que algumas ficam meio encucadas de estar dando muito trabalho. Porque dá trabalho.

    Não disse, cabeça doente?! Você já deve ter passado por isso. Está lá, suando em bicas, fazendo o quadradinho de oito, com cãibra na língua, tendinite no dedo e a moça nem treme. Acredite, pode estar uma delícia, mas enquanto você se lasca, ela está preocupada se você reparou na axila peluda ou se você gostou do jeito que ela se desvencilha da sua mata nativa.

    Acontece com as mais bem resolvidas. Que nem sempre são bem resolvidas. Não há tesão sem expectativa. E a expectativa às vezes broxa o tesão.

    As mulheres também querem agradar, deixar uma boa impressão. Tem que ser bom pra todo mundo. E sem conhecer bem esse fulano nem sempre ela vai dizer o que mais gosta, e o que a ajudaria a chegar ao orgasmo. Por exemplo, você tentaria fazer sexo anal num primeiro encontro? OK, não há regra, mas a chance de a moça ficar incomodada com a rapidez da sua investida é enorme.

    Pois bem, digamos que ela goste, e muitas gostam, de ser chamada de cachorra e safada e que isso seja uma forma de carimbar o passaporte do gozo. Nem sempre ela se sentirá à vontade de pedir isso sem conhecê-lo melhor. Ou de ficar de quatro ou de propor uma bizarrice qualquer.

    Quer ajudar a mudar essa estatística de 11%? Tem jeito, claro. Mulher precisa e gosta de se sentir segura nessas situações. Talvez o melhor começo seja: não seja ogro. Esqueça as posições mirabolantes, ‘papai e mamãe’ é uma boa alternativa para começar porque o olho no olho aumenta a intimidade. Guarde seu repertório acrobático. Precisamos ficar mais tempo em cada posição para evoluir e chegar ao orgasmo. Cada vez que você muda, voltamos a estaca zero.

    Só mais uma coisa: mesmo que o orgasmo seja apenas a cereja do bolo de uma noite bacana, não significa que você não precisa se esforçar. A gente gosta, agradece e, com sua paciência e compreensão, acabamos relaxando e gozando. De verdade.

    E, pelamordedeus, não pergunte se foi bom. Se foi bom, você vai saber. Se não foi, vai saber também

     

  20. PROJETO: CARROCINHA DO BEM
    Rio de Janeiro 26 de junho de 2015
    PROJETO: CARROCINHA DO BEM  Caros amigos (as) no Rio de Janeiro, o banco Itau tem um projeto de aluguel de bicicletas, mas pergunto: por que nenhum grande banco como a Caixa ou o Banco do Brasil, não arruma as carrocinhas da turma da reciclagem? Eles poderiam bancar (padronizar) e melhorar essas carrocinhas dessa turma,  que trabalha para o bem do planeta, aproveitando o nosso material de descarte. Amigos (as) seria uma boa forma de reconhecer o belo trabalho feito, por essa turma de guerreiros do bem.  Atenciosamente:
    Cláudio José, um amigo do povo e da paz. 

  21. Lava Jato

     

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    Até quando vamos aceitar calados as omissões do Judiciário?

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    A Polícia Federal faz busca na residência do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, do PT. Pela segunda vez, a PF parece errar de endereço e vai fazer busca no lugar errado.

    Seria lógico e previsível que a PF fizesse “buscas” na casa do senador e ex-governador de Minas Aécio Neves e do seu sucessor no Palácio da Liberdade, Antonio Anastasia, ambos do PSDB. Enquanto o primeiro teria construído um aeroporto em terras da própria família, com dinheiro público; Anastasia foi citado em delação premiada, na operação Lava Jato, pelo policial federal Jayme de Oliveira Filho, conhecido como “careca”, por ter recebido propina.

    Essas são apenas algumas das graves suspeições que pesam sobre os ex-governadores tucanos, no entanto não têm sido objeto de tanta preocupação nem de investigação.

    Estranhamente é na casa do governador do PT, Fernando Pimentel, que a PF “põe o pé na porta”, a pretexto de investigar financiamento de campanha. Se sobre o governador do PT em Minas pairam dúvidas, sobre Aécio Neves e Anastasia restam certezas. 
    Não é a primeira vez que a “justiça” age de forma seletiva. A Operação Lava Jato mandou prender o tesoureiro do PT, por ter sido citado em delação premiada. O surpreendente é que não tenham sido presos os tesoureiros de outros partidos, igualmente citados. É o caso do PMDB, do PP e do PSDB.

    Marcio Fortes, do PSDB, foi tesoureiro dos candidatos à presidência da República Fernando Henrique Cardoso e José Serra, campanhas que também foram alvo de denúncias. Acumula o título de principal doador individual das duas campanhas. Seu nome aparece na lista do HSBC, na Suíça, em contas para lavagem de dinheiro. Mas só o tesoureiro do PT foi preso.

    Omissões como essas levam a justiça ao descrédito. Fazem com que a sociedade já comece a suspeitar das autoridades envolvidas na Operação Lava Jato. Há quem diga que as ações da Lava Jato são direcionadas e visam a desgastar o governo Dilma, o PT e a Petrobrás.

    As suspeitas tendem a aumentar quando se constata que o chefe da operação, juiz Sérgio Moro, é casado com uma senhora que trabalha para o vice-governador do Paraná, coincidentemente do PSDB, além de advogar para empresas de petróleo estrangeiras, concorrentes da Petrobrás. Aliás, o juiz Moro, quando assistente da ministra Rosa Weber na AP 470 ( mensalão) foi autor da célebre frase, muito discutida nos meios jurídicos: “Não tenho prova cabal contra Dirceu – mas vou condená-lo, porque a literatura jurídica me permite”.

    Como se não bastasse corre nas redes sociais que o juiz Sergio Moro é da família de Joel Malucelli, dono da repetidora da TV Globo, no Paraná. Malucelli é suplente do Senador Álvaro Dias, do PSDB, além de informante do juiz Moro na Lava Jato.

    É muita coincidência para ser só coincidência! O representante da Globo, ligado ao PSDB, informante de uma operação que investiga a Petrobrás, ataca o governo Dilma, prende o tesoureiro do PT e livra cara do PSDB!

    Aliás, o juiz Sérgio Moro recebeu da TV Globo o título de personalidade do ano. A mesma emissora que levou ao ar, no Jornal Nacional, na véspera da eleição de 2014, a denúncia falaciosa de que Lula e Dilma sabiam da corrupção na Petrobrás.

    Mas, tratando-se da Globo, nenhuma surpresa. Na campanha de 1989, a edição do último debate, entre Lula e Collor, virou tema de estudo nas faculdades de Comunicação, como um exemplo de manipulação da informação que teria mudado os rumos da História do Brasil, influindo no resultado das eleições e facilitando a ascensão das políticas neoliberais. Nos anos de 1990 – período Collor/FHC – a emissora fez uma campanha sórdida pela privatização da Petrobrás. Na época, comparava a Petrobrás a um paquiderme e chamava os petroleiros de marajás.

    Há evidências de que a Lava Jato pretende paralisar a Petrobrás. Toda a sociedade apoia o combate à corrupção. Estamos assistindo à prisão dos executivos das principais empresas que prestam serviços à Petrobrás: que prendam os dirigentes corruptos dessas empresas, mas permitam que as obras tenham continuidade!

    Não podemos assistir impassíveis que milhares de trabalhadores percam seus empregos. O pedido de acordo de leniência na justiça, previsto na lei, é justamente para manter as obras e evitar o desemprego em massa. Como se explica que os juízes da Lava Jato sejam contra esses acordos?

    Mais grave é chamar os EUA para ajudar na investigação de corrupção na Petrobrás, como faz Moro. Isso é botar a raposa para tomar conta do galinheiro. Os americanos estão de olho no pré-sal. Em 2009, o Wikiliks interceptou telegrama onde o então candidato à presidência José Serra, do PSDB, prometia à petroleira americana Chevron mudar a lei do pré-sal, para favorecê-la, caso eleito. A Folha de São Paulo divulgou a denúncia.

    Serra perdeu as eleições, mas não desistiu dos seus propósitos. Em sua saga entreguista, o agora senador José Serra apresenta ao Congresso Nacional emenda à lei do petróleo com o mesmo conteúdo prometido à Chevron. É preciso, ainda, levar em conta que os EUA não reconhecem o mar territorial brasileiro (200 milhas), onde se situa grande parte do nosso pré-sal.

    Estamos diante de erros grosseiros das nossas autoridades judiciais ou tudo faz parte de um plano criminoso para destruir o PT, desestabilizar o governo Dilma, destruir a Petrobrás e entregar o pré-sal às petrolíferas estrangeiras?

    *Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).

     

  22. Depois de um buzão, um trem

    Depois de um buzão, um trem com baldeaçãol, um metô, mais um buzão e uns 1500 metros andando a pé, finalmente vc chega no Fora de Pauta.

          Arf….

        Até quando,NaSSA?

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