Fora de Pauta

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Redação

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  1. Teste rápido: Você faz papel de idiota nas redes sociais?

    Do Blog do Sakamoto:

    Escolha apenas uma alternativa:

    1) Após ler o título de um texto sobre um assunto que te interessa, você:

    a) Parte para esculhambar e xingar o autor
    b) Começa a elogiar e endeusar o autor
    c) Diz que aquela postagem é a prova que os Illuminati estão dominando o mundo
    d) Avisa que aquilo não tem importância alguma porque Cristo vai voltar em breve
    e) Lê o texto

    2) Você recebeu uma mensagem no WhatsApp com uma denúncia séria, mas com autoria desconhecida e sem fontes de dados confiáveis. Então:

    a) Encaminha a postagem para 50 amigos no WhatsApp
    b) Encaminha a postagem para 50 amigos no WhatsApp e replica no Twitter
    c) Encaminha a postagem para 50 amigos no WhatsApp, replica no Twitter e bomba no Facebook
    d) Encaminha a postagem para 50 amigos no WhatsApp, replica no Twitter, bomba no Facebook e mita falando dele no Snapchat
    e) Dá um google para checar e, caso haja uma dúvida razoável, avisa a quem te mandou a fim de que evite espalhar conteúdo que pode ser falso

    3) Quando percebe que não manja muito de um assunto em um debate nas redes sociais, você:

    a) Inventa dados para ganhar o debate
    b) Cria histórias para sustentar seus argumentos
    c) Enfia palavras na boca de terceiros
    d) Distorce o que não é favorável a você
    e) Não tem vergonha de dizer “não sei”, “não faço ideia” e “me explica”

    4) Quem xinga alguém durante uma discussão nas redes sociais está:

    a) Colocando a pessoa no seu devido lugar
    b) Mostrando a ela quem manda por aqui
    c) Deixando claro a todo mundo quem é o pica das galáxias
    d) Dando uma lição em quem se atreveu a questioná-lo
    e) Sendo um babaca

    5) Alguém que discorda educadamente do seu post é:

    a) Um petralha imundo que mama nas tetas do governo
    b) Um tucanalha nojento e insensível à dor do semelhante
    c) Uma feminazi maldita que quer destruir os homens de bem
    d) Um gayzista que quer transformar meus filhos em sodomitas
    e) Alguém que discorda educadamente do meu post

    A quem respondeu qualquer coisa que não fosse a alternativa “e”: Há pessoas preocupadas em ganhar debates e ignoram as dores do outro. E ofendem, xingam, maltratam, espantam. E há aquelas que querem construir algo através de conversas nas redes sociais. E ouvem, entendem, toleram, absorvem. Qual desses grupos de pessoas você acha que vai deixar saudades se partir? Qual desses grupos de pessoas você acha que são fundamentais para o futuro do país?

    Meteoro. Se bobear, um dia ele aparece.

  2. ‘Há uma operação de enfeitiçamento em curso’, diz sociólogo

    Em seminário do Fórum 21, professor denuncia que as versões da velha mídia reverberadas pelas redes sociais abalaram a relação entre verdade e ficção

    Najla Passos

      reprodução

     

     

    “A mídia não cobre mais os acontecimentos. Ela gera versões e tenta transformá-las em verdade”, alertou o sociólogo Laymert Garcia dos Santos, professor titular do Departamento de Sociologia da Unicamp e membro do Centro de Estudos dos Direitos da Cidadania da USP, que participou da mesa Comunicação e Novas Tecnologias, durante os “Seminários para o avanço social”, promovido pelo Fórum 21, em São Paulo de 9 a 13 de novembro.
     
    De acordo com ele, mesmo após o advento das redes sociais e dos 13 anos de governos petistas, o sistema da comunicação no Brasil é ainda extremamente concentrador e preocupante porque, historicamente, o PT não soube avaliar o real poder da mídia e a esquerda não conseguiu formular uma análise crítica do seu potencial de formação de consensos.
     
    Santos afirma que, desde a década de 80, o PT já contava que, quando chegasse ao poder, teria a velha mídia brasileira ao seu lado, devido à postura dos oligopólios, como as Organizações Globo, de sempre se posicionarem a serviço dos governos de plantão. Mas não foi o que aconteceu. Para agravar, as redes sociais amplificaram o potencial da mídia de repetir versões para transformar fatos em verdade, o que gerou o quadro atual.
     
    “A esquerda não tem uma visão crítica em relação aos meios de comunicação. E se ela não consegue ter essa relação em relação à velha mídia – se o máximo que consegue é propor a democratização e ponto – imagina com as novas mídias”, criticou.
     
    Para o professor, o quadro é de tamanha gravidade que a relação entre verdade e mentira, entre verdade e ficção, está completamente abalada. “Nós chegamos a um ponto em que os ladrões gritam ‘pega ladrão’ para os não-ladrões. E isso cola! É uma inversão de valores gigantesca”, ironizou.
     
    Linguagens totalitárias
     
    O sociólogo sustenta que a dimensão totalitária que a linguagem da velha mídia, reverberada pelas redes sociais, adquiriu no país só encontra precedentes no período pré-nazista e na Guerra Fria. “A mídia é uma parte não só ativa na definição do que acontece, mas é parte ativa na criação de ficções, de versões do que ocorre”, ressaltou.
     
    Para piorar o quadro, a esquerda não consegue sequer reagir aos sucessivos ataques, porque seus instrumentos são poucos e de curto alcance, enquanto os dos oligopólios que dominam a mídia no país vão longe e promovem uma espécie de “enfeitiçamento” contínuo. “Se você coloca só um pouquinho de voz de um lado, não é suficiente para fazer contraponto. A assimetria é enorme”, destacou.
     
    O resultado, conforme ele, portanto, é um campo de versões e mentiras deliberadas, programadas por uma máquina poderosa, que tem uma capacidade de mobilização das mentes das pessoas bastante importante. “Não só a classe média já foi ganha, como também existe a uma capilaridade em setores beneficiados pelas políticas desse governo que começam a se submeter a este enfeitiçamento. Há uma operação de enfeitiçamento em curso”, denunciou.
     
    Como exemplo, Santos cita as pequenas manifestações por impeachment ou a favor de “intervenção militar” que reúnem meia dúzia de manifestantes e um boneco, mas ganham um espaço enorme no noticiário e na agenda política do país, em detrimento de outras muito maiores organizadas pelos movimentos sociais. “Há todo um encadeamento de redes de transmissão que fazem com que não-acontecimentos se tornem acontecimentos, com o objetivo de manter no ar permanentemente a perspectiva de golpe”, alertou.
     
    O não-diálogo
     
    Para o professor, este enfeitiçamento está na base da falta de diálogo que domina o país. “Todo mundo aqui já tentou argumentar com uma dessas pessoas de direita, no sentido de demonstrar os absurdos que ela está dizendo, e bateu em um muro. O esclarecimento não resolve. Não há possibilidade de diálogo nem de discussão, porque o irracional surge. Elas não querem ser esclarecidas. São movidas pelo ódio e o ódio é visceral. E esse ódio é alimentado o tempo todo pela mídia e pelas redes sociais”, argumentou.
     
    Para o professor, o mais grave é que o governo sequer reage a essa ofensiva, tratando essa explosão da linguagem totalitária no país como natural ou próprio da democracia. “Nem corte de grana para emissoras houve. A reação do governo é de submissão e isso estimula o avanço conservador”, acrescentou. Santos sustenta que as forças de esquerda precisam compreender os sinais de perigo e agir. “A linguagem não é só sentido e produção de conteúdo. A linguagem também é ação. E a ação da linguagem totalitária é mobilizar o negativo das pessoas”, denunciou.
     
    O mercado da atenção
     
    Professor de Sistemas de Informação da USP, Mário Moreto Ribeiro, fez uma comparação entre o ambiente do mundo do trabalho e o das redes sociais, que hoje exigem a atenção total do trabalhador/internauta, em uma desgastante briga por sua atenção. “Na internet hoje, o que está em disputa é essa atenção total. Não só o tempo [do internauta], mas a atenção”, afirmou.
     
    Segundo ele, o capital se apropriou do que deveria ser espaço de interação e lazer para os trabalhadores e o transformou em mais uma mercadoria. É por isso que ele classifica o esforço exercido por milhares de usuários das redes sociais para formularem comentários e disputar a atenção de seus seguidores, gratuitamente, é um tipo de trabalho voluntário que contribui para valorizar a marca da empresa, e gerar lucro para o capital.  
     
    “Escrever no facebook também é um trabalho. Você gasta tempo, valoriza a empresa. E disputa a atenção dos colegas. Existe um mercado da atenção nas redes sociais. E a gente está disputando esse mercado quando escreve no Facebook. Mas não é um mercado aberto. Ele é controlado por uma empresa”, alertou.

     

    http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Midia/-Ha-uma-operacao-de-enfeiticamento-em-curso-diz-sociologo/12/34994

  3. Polímero de Acácia Negra

    Produto desenvolvido no RS acelera limpeza da água do Rio Doce

    Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Governador Valadares, Minas Gerais, usa o polímero de acácia negra produzido no Estado para separar a água da lama

    Por: Bruna Scirea | 17/11/2015

    Produto desenvolvido no RS acelera limpeza da água do Rio Doce Fred Loureiro/Secom ES

    A contaminação do Rio Doce impediu o abastecimento de água em Governador Valadares por mais de uma semana | Foto: Fred Loureiro / Secom ES

    Uma tecnologia produzida no Rio Grande do Sul ajuda a acelerar o processo de purificação da água em Governador Valadares — município mineiro do Vale do Rio Doce que foi atingido pelos rejeitos das barragens de Fundão e Santarém. É o polímero de acácia negra, um coagulante líquido que acelera em até 40 segundos o processo de decantação da lama presente na água.

    A substância foi desenvolvida e aprimorada durante as últimas três décadas pela empresa gaúcha Tanac, com sede em Montenegro, no Vale do Caí. E está sendo utilizada pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Governador Valadares desde o início desta semana, possibilitando a retomada da captação da água com barro do Rio Doce.

    Zero Hora conversou com diretores da Tanac e com Antônio Mangrich, um dos químicos pesquisadores do polímero da acácia negra no país. Entenda, abaixo, como o produto separa a lama da água e que condições favoreceram para que ele fosse desenvolvido no Rio Grande do Sul.

    O que é um polímero?

    Polímeros são macromoléculas, formadas pela repetição de moléculas menores, os monômeros. O polímero empregado no tratamento de água é obtido a partir de monômeros naturais do extrato aquoso da casca da Acácia Negra. A planta tem origem australiana e, no Brasil, é cultivada principalmente no Rio Grande do Sul e também serve para a produção de carvão. A empresa gaúcha Tanac S. A. possui plantações em mais de 25 mil hectares (algo próximo a 30 mil campos de futebol) e trabalha com mais de 35 mil famílias produtoras em 200 municípios.

    FONTE : http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2015/11/produto-desenvolvido-no-rs-acelera-limpeza-da-agua-do-rio-doce-4905728.html

  4. Uma matéria para ser lida pelo menos duas vezes

            Atentado em Paris:
    as lágrimas de crocodilo dos dirigentes europeus e dos EUA

    Fonte: http://resistir.info/franca/atentado_paris_17nov15.html

    por Edmilson Costa [*]

    O terrorismo é um método de ação pequeno-burguês, eivado de niilismo e revolta cega, cujos autores imaginam que podem mudar alguma coisa mediante ações individuais, desligadas das massas. Além disso, quando o terrorismo é realizado indiscriminadamente, atingindo a população civil, esse tipo de ação se torna ainda mais condenável, pois mata pessoas inocentes e não serve à causa que os próprios terroristas defendem. Trata-se apenas do terror pelo terror, da barbárie pura e simples. Em algumas situações, em que se torna necessário ações específicas contra certos objetivos militares ou governamentais, no bojo de grandes lutas de massas ou dualidade de poder, essas ações podem até ser realizadas, desde que não atinjam civis ou inocentes.

    Esse atentado em Paris se enquadra nas ações de terrorismo puro e simples. Cerca de 130 pessoas foram assassinadas, nenhuma delas possuía relação com o governo ou tinha realizado qualquer ação contra o islamismo. Foram mortos simplesmente por estar no lugar errado, na hora errada. Tratou-se, evidentemente, de um ato bárbaro que ceifou a vida de inocentes, executado por fanáticos, sem nenhum critério político, ideológico ou militar. Na verdade, os executores desse massacre eram apenas peões guiados desde longe por interesses geopolíticos e econômicos do imperialismo, tanto europeu quanto norte-americano. O atentado deve ser duramente condenado e seus autores punidos severamente, mas é importante refletirmos: por que ocorrem tragédias tão bárbaras como esta em pleno século XXI?

    Os atentados realizados na França, como o das torres gêmeas nos Estados Unidos e em vários países se assemelham à lenda do feiticeiro que, ao desenvolver de maneira descontrolada o feitiço, terminou não controlando mais a alquimia e esta voltou-se contra o próprio feiticeiro. Os atentados contra as torres gêmeas foram realizados pela Al Qaeda, um grupo terrorista treinado e financiado pela CIA para lutar contra os soviéticos no Afeganistão. Enquanto lutou contra os soviéticos, Bin Laden era festejado como herói, saia em fotos ao lado de dirigentes dos Estados Unidos e era reverenciado no Ocidente. Quando a guerra acabou e os EUA tentaram descartá-lo porque este não servia mais aos seus interesses, recebeu o troco, com os atentados que resultaram em milhares de mortes no centro do império.

    Agora a França está sentindo na carne pela segunda vez a mesma dupla moral do imperialismo. O Estado Islâmico e outros grupos terroristas que atuam na Síria foram treinados e armados pelo Ocidente para derrubar o presidente Bashar Assad, porque a Síria representa no Oriente Médio um espinho na garganta do imperialismo, uma vez que não se dobra aos interesses do Ocidente na região. Os Estados Unidos e a Europa, especialmente a França, além da Arábia Saudita, Qatar e Turquia, organizaram milhares de mercenários, oriundos de dezenas de países, construíram rede logística, doaram equipamentos bélicos altamente sofisticados para invadir a Síria e depor seu presidente. Provocaram uma guerra civil e um banho de sangue no País, cujo resultado é a morte de 280 mil sírios, entre os quais milhares de crianças, o deslocamento de 11 milhões de habitantes e o êxodo de 800 mil refugiados que hoje perambulam famintos pela Europa.

    Poucos também ainda lembram de que há quatro anos, o Departamento Militar dos Estados Unidos na Europa, a OTAN, com o apoio decisivo da França e sem nenhum motivo plausível, a não ser o desejo de derrubar o presidente da Líbia, Muamar Kadafi, colocou toda a sua máquina de guerra para bombardear a Líbia e organizou milhares de mercenários para invadir o País e matar o presidente, num espetáculo dantesco divulgado pelas TVs do mundo inteiro. Essa guerra particular do imperialismo contra uma nação soberana custou milhares de vidas, desarticulou o Estado líbio e espalhou a anarquia institucional, onde cada região do País é governada por gangues mercenárias que espalham diariamente o terror entre a população.

    É educativo recordar ainda que a guerra dos mercenários contra a Síria tem o apoio também decisivo da França, que forneceu armamento aos mercenários, chamados eufemisticamente de “grupos moderados”. Ao admitir que estava entregando armas para esses grupos, o presidente “socialista” francês, François Hollande, disse que os equipamentos bélicos estavam dentro do compromisso europeu com o esforço para derrubar Assad. Esse mesmo argumento foi também expresso pelo presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, quando solicitou ao Congresso verbas para o financiamento dos “rebeldes sírios”. Qualquer observador sabe que esses mercenários são treinados em campos da Jordânia e da Turquia pela CIA e depois são enviados para a Síria. Ao chegar na Síria, as armas terminam caindo nas mãos do Estado Islâmico porque os mercenários não têm moral:   lutam ao lado de quem paga mais. E o Estado Islâmico, que controla regiões petrolíferas do Iraque, tem dinheiro suficiente para absorver os novos combatentes. Tudo isso é feito com o conhecimento da CIA, resultando no fato de que o Estado Islâmico se tornou o grupo mais forte entre os mercenários no interior do País.

    Estado Islâmico ganha vida própria

    Nessa conjuntura, o Estado Islâmico ganhou vida própria. Instalou um Califado na região, instituiu leis medievais nas cidades sob seu controle, destruiu monumentos históricos, realizou um conjunto de atrocidades contra os povos das áreas ocupadas e ainda tinha a prática de degolar os habitantes que não se convertiam ao islã. Enquanto acontecia com os povos da região, essa prática era tolerada pelo Ocidente e desconhecida do grande público. Só se tornou um fato internacional quando jornalistas ocidentais e estrangeiros em geral, europeus e norte-americanos, foram degolados publicamente, com grande estardalhaço e publicidade. A partir daí o mundo inteiro tomou conhecimento dos métodos do Estado Islâmico e sua imagem se deteriorou internacionalmente. Mesmo assim a CIA e os outros serviços de inteligência ocidental continuaram fornecendo, por baixo do pano, armas e material logístico para esses terroristas continuarem matando civis na Síria.

    Um dos elementos da conjuntura que mostra a hipocrisia do imperialismo norte-americano e europeu na guerra da Síria é fato de que, quando a imagem do Estado Islâmico se deteriorou definitivamente, o Estados Unidos e os países da Europa resolveram “combater” o Estado Islâmico. Era uma forma de dar alguma satisfação à opinião pública diante das atrocidades cometidas por esses terroristas. Após mais de um ano de bombardeios, o Estado Islâmico continuou mais ativo do que nunca, sofisticando suas ações, ampliando seu exército e conquistando novos territórios.

    Quando a Rússia decidiu, por solicitação da Síria, bombardear efetivamente os terroristas do Estado Islâmico, em coordenação em terra com o Exército Sírio, logo a opinião pública mundial tomou conhecimento do engodo que era a luta dos Estados Unidos e da Europa contra esses terroristas. Em menos de três semanas, os russos destruíram campos de treinamento, sua logística, depósitos de armas, bunkers, mudando assim o curso da guerra. A partir daí, com os terroristas em debandada, o Exército Sírio foi retomando as cidades ocupadas e demonstrando ao mundo a farsa dos bombardeios dos Estados Unidos. Ou seja, em um mês a Rússia fez mais do que os Estados Unidos e o Ocidente em mais de um ano.

    Diante desse fato insofismável, qual foi a reação do governo norte-americano e de seus aliados? Um cinismo risível. Quando os primeiros resultados dos certeiros bombardeios se tornaram públicos, em vez dos Estados Unidos elogiarem os russos pelos êxitos no combate aos terroristas que eles teoricamente estavam também combatendo, colocaram toda a máquina de propaganda para divulgar que os russos não estavam bombardeando o Estado Islâmico mas os “rebeldes” treinados pela CIA, que os russos erraram alvos e acertaram civis ou que bombardearam por engano território do Irã. Como essas informações eram fantasiosas e convenciam poucas pessoas, mudaram de tática e agora procuram se desvincular do jogo sujo, criando algum fato para salvar sua imagem.

    Recentemente, diante da inevitável derrota do Estado Islâmico pelos bombardeios russos, os Estados Unidos novamente buscam manipular a opinião pública através dos meios de comunicação a serviço de seus interesses. Agora, divulga-se que os EUA estão bombardeando efetivamente o Estado Islâmico e num desses bombardeios chegaram a matar o chefe dos terroristas que degolava os estrangeiros. Querem desesperadamente mudar a imagem, associando sua ação à morte de um terrorista “degolador de ocidentais”. Pura propaganda. Para quem estava há mais de um ano lutando contra esse grupo terrorista, matar um degolador é um feito não muito digno do exército mais bem equipado e sofisticado do mundo.

    Não se pode esquecer também que a França é um dos principais parceiros da Arábia Saudita, uma monarquia feudal e reacionária, principal baluarte do imperialismo no Oriente Médio. Fica muito difícil para a França dizer que todos devem se unir para combater o terrorismo, ao mesmo tempo em que é um dos principais países vendedores de armas para a Arábia Saudita, a principal financiadora dos grupos mais radicais do terrorismo internacional. Essas armas francesas terminam caindo nas mãos dos terroristas. Além disso, como país colonialista, a França não respeita a soberania dos países africanos, suas antigas colônias. Nos últimos anos, mesmo com um governo que se diz socialista, invadiu vários países para defender seus interesses. É contraditório e ridículo querer combater o terrorismo alimentando os terroristas ou os países que os financiam. Em outras palavras, a política francesa para o Oriente Médio contribuiu para o fortalecimento do terrorismo no mundo. Criaram um monstro e foram atacados por ele.

    Os mortos de segunda classe

    Neste momento, todos os dirigentes dos países ocidentais estão consternados com as mortes de Paris, mas nenhum deles se sensibiliza com as mortes que ocorrem diariamente nos países da periferia, fruto da política imperialista dos Estados Unidos e da Europa. No mesmo momento em que ocorreram os atentados em Paris também os terroristas do Estado Islâmico realizavam um atentado em Beirute no qual morreram 43 pessoas e mais de 280 ficaram feridas. Há algum tempo atrás os terroristas invadiram uma universidade no Quênia e mataram 147 estudantes, da mesma forma que mataram outras centenas na Nigéria.

    Todos os dias palestinos são mortos pelas tropas de ocupação de Israel, num espetáculo de brutalidade que já se tornou rotina na região. Milhares de pessoal morreram na invasão da Líbia pelos bombardeios da OTAN e pelas tropas mercenárias a serviço do imperialismo. Outros milhares também morreram ou estão ainda morrendo no Iraque e no Afeganistão. Na Síria, o número de mortes causadas pela guerra imperialista já pode ser considerado um genocídio. Todas estas mortes são da responsabilidade direta da política imperialista para o Oriente Médio e a África na sua insaciável busca por fontes de petróleo, gás e matérias-primas. Para atingir seus objetivos, o imperialismo não limites.

    Nenhum dirigente das potencias ocidentais veio a público condenar de forma tão indignada essas atrocidades como estão fazendo com os atentados de Paris. É a indignação seletiva do Ocidente. Parece que a vida dos árabes e africanos tem pouco valor, são mortes de segunda classe. Afinal, nenhum deles era branco de olhos azuis ou residente nas metrópoles imperialistas. Além da brutalidade como o imperialismo trata esses povos, existe também algo vinculado ao racismo, fenômeno típico das sociedades ocidentais, que cresceram e se desenvolveram explorando e humilhando esses povos.

    Isso pode ser visto claramente na cobertura realizada pelos meios de comunicações, também controlados pelas nações ocidentais. Nas mortes de segunda classe, eles praticamente silenciam. Tratam a carnificina no Oriente Médio e na África como uma coisa de pouco destaque. Mas quando os atentados são realizados nas vitrines do capital, nos Estados Unidos ou na Europa, os jornais realizam uma cobertura com grande estardalhaço. Passam dias e dias desdobrando o assunto. Transformam essas mortes de primeira classe numa calamidade mundial, incitam a população à solidariedade induzida e todos os dirigentes tratam esses episódios como uma guerra contra os valores ocidentais.

    Quem são os verdadeiros responsáveis?

    Na verdade, os principais responsáveis pelo terrorismo no mundo são o imperialismo norte-americano e europeu, além de Israel. São os seus governos que armam, treinam e constroem a logística e fornecem as coordenadas de inteligência para esses grupos atacarem países que não seguem o receituário imperialista. Armam terroristas contra Cuba, “contras” para desestabilizar a Nicarágua, Bin Laden e a Al Qaeda para atacar os soviéticos, mercenários para invadir a Líbia e outros grupos que estão direta ou indiretamente servindo aos seus interesses. Na Síria, todos os grupos terroristas, especialmente o Estado Islâmico, foram armados e treinados pelos serviços de inteligência ocidental.

    O Estado Islâmico e os outros grupos mercenários que atuam na Síria são criaturas do imperialismo, filhos legítimos ou bastardos da política externa do Ocidente imperial. Sem as armas, o treinamento, a logística e a inteligência e o financiamento do imperialismo estes grupos não teriam condições de operar da mesma forma que estão operando na Síria. Como se explica que um grupo como o Estado Islâmico, inexpressivo há cinco anos, construa num passe de mágica um exército com mais de 50 mil pessoas, com armamento pesado, artilharia, tanques, mísseis e toda a parafernália militar sofisticada que utilizam atualmente? Como explica os desfiles triunfais desse grupo terrorista, com centenas de pick-up novinhas, dezenas de tanques, armamento pesado e moderno, quando conquistam uma cidade ou território?

    Todo esse armamento é fornecido pelos países imperialistas e por seus satélites para desestabilizar governos legítimos. Por isso, as lágrimas de crocodilo derramadas pelos dirigentes franceses e ocidentais em geral é uma tremenda hipocrisia contra a opinião pública mundial e os franceses em particular. As balas que mataram os franceses inocentes nesses atentados provavelmente foram fabricadas nos Estados Unidos, na Inglaterra ou na França e os terroristas que executaram os atentados possivelmente foram treinados pelos serviços de inteligência ocidentais. Denunciar essa hipocrisia dos líderes ocidentais neste momento, esclarecer a população sobre os verdadeiros responsáveis por esses atentados é um dever de todos aqueles querem transformar o mundo e se livrar do imperialismo.

    A funcionalidade do terrorismo

    Vale ressaltar finalmente que o terrorismo é funcional para o capital e o imperialismo, especialmente neste período de crise sistêmica global. Alimentando e financiando o terrorismo contra governos legitimamente eleitos, mas contrários à política do império, desestabiliza-se essas nações, depõe-se seus dirigentes e implementa-se a política econômica imperialista, ampliando-se assim as fronteiras geopolíticas do capital. Pouco importa se para realizar essas ações sejam assassinados centenas de milhares de pessoas, como aconteceu na invasão do Iraque, da Líbia e na guerra mercenária contra o governo da Síria.

    Quando o terrorismo ganha vida própria, comete atrocidades nas regiões onde atua e esses fatos chegam à opinião pública internacional, os terroristas deixam de ser funcionais e são descartados por seus patrocinadores. Inverte-se então a equação:   para vingar-se da ingratidão, os terroristas punem severamente seus antigos patrocinadores com atrocidades selvagens, como ocorreu agora em Paris. Mas essas atrocidades são muito menores do que aquelas que praticam nas regiões onde aterrorizam as populações locais. Como são realizadas contra povos de segunda classe não ganharam manchetes nos jornais, rádio ou televisão. Mas quando ocorrem no centro do império, ganham dimensão mundial.

    No entanto, por incrível que pareça, esses atentados são também funcionais para o capital em época de crise. Sob o pretexto de combater o terrorismo, os governos ocidentais promulgam leis cada vez mais repressivas contra a população e os trabalhadores. Procuram criminalizar os movimentos sociais. Os partidos de extrema-direita, ganham novos argumentos para perseguir os imigrantes e crescerem eleitoralmente em seus países, tornando-se uma reserva de valor político muito importante que poderá ser utilizada nos momentos de agravamento da crise, como ocorreu no período anterior à Segunda Guerra. Portanto, as lágrimas de crocodilo dos dirigentes ocidentais representam não só a hipocrisia dos representantes de uma classe apodrecida e a dupla moral do imperialismo, mas principalmente a necessidade de superar o sistema imperialista.

    17/Novembro/2015

     

    [*] Doutorado em economia pela Universidade Estadual de Campinas e secretário de Relações Internacionais do Partido Comunista Brasileiro.        

  5. ” Meu marido me bate dentro do normal”- Do El País

    Meu marido me bate dentro do normal

     

    Começar a dizer “não” a essa barbárie é colocar a primeira pedra para construir uma sociedade de mulheres e homens livres

    O Brasil vive um momento importante de tomada de consciência a respeito de algumas atrocidades cometidas pela sua classe política que até ontem pareciam normais. Por exemplo, o repúdio, por parte dos cariocas, principalmente das mulheres, ao jovem pré-candidato à Prefeitura da cidade Pedro Paulo, que já bateu na sua mulher várias vezes, ato que inicialmente negou, mas que acabou confessando. E que justificou com um raciocínio espantoso: “Quem não tem alguma briga dentro de casa? Quem não tem um descontrole? Quem não exagera em uma discussão? Fomos um casal como outro qualquer. Quem não passa por isso? Quem às vezes não perde o controle?”.

    Afirmar que a maioria dos homens casados se descontrola a ponto de perder a cabeça e chegar a bater em sua mulher é uma ofensa aos bilhões de homens que respeitam sua mulher, uma achincalhação contra os homens pacíficos, aqueles que nunca praticam violência contra a a esposa nem contra mulher alguma. É um escárnio.

    Certos políticos, inclusive dentre os mais destacados, como Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, são tão convencidos de seu poder, que causou surpresa em muitas pessoas, e escandalizou outras, a sua afirmação de que a violência, quando perpetrada contra a própria mulher, pertence à esfera da vida privada do casal.

    Assim, o seu amigo e pupilo, Pedro Paulo, poderia aspirar, segundo ele, ao governo de uma cidade-símbolo como o Rio apesar de ter espancado sua esposa Alexandra várias vezes, já que isso seria normal.

    Como reagiu, acertadamente, Miriam Leitão, em O Globo, “a agressão contra a mulher não é um problema pessoal. É, de fato e de direito, um crime, e, portanto, algo de interesse coletivo”. E ela acrescenta que considerar a agressão à mulher por parte do marido como algo que deverias ficar entre quatro paredes “é uma atitude reveladora do desprezo pela mulher, sua causa e sua luta”.

    Se há algo positivo que tem surgido a partir deste caso, é que, em meio à crise de falta de confiança, no país, naqueles que dirigem o seu destino, é a força que a sociedade vem conquistando na hora de decidir sobre a vida pública.

    O que o jovem Pedro Paulo poderia fazer de melhor seria desistir de sua candidatura, por maior que seja o apoio que possa ter dentro de seu partido, pois eu li que os cariocas — a começar pelas cariocas — já traçaram a sua sentença. E são eles que votam.

    Se o novo movimento de tomada de consciência da própria dignidade e da liberdade que tem surgido entre as mulheres brasileiras continuar avançando, muitas coisas poderão, sem dúvida, começar a mudar.

    Os políticos habituados, por exemplo, a fazer chacota daqueles que lhes cobram decoro parlamentar sabendo que podem se eleger com base no peso de seus partidos, em dinheiro, muitas vezes fruto da corrupção, e com a compra de votos dos eleitores menos alfabetizados, poderiam começar a ter uma vida menos fácil.

    As mulheres, por sua vez, que estão despertando e tomando consciência de seus direitos e até do fato de serem maioria, e que se recusam a ser vistas como um objeto que os homens podem tratar como bem entendem, devem ser, hoje, as primeiras a dar um “basta” a afirmações como essa, que procura classificar como de ordem doméstica a violência perpetrada pelos maridos.

    Péssimo papel está desempenhando para a democracia política um prefeito que, como Paes, considera normal que um marido bata na sua mulher, desde que seja algo feito em privado. Da mesma forma, é uma ofensa às mulheres a afirmação feita pela esposa do candidato, Alexandra, de que seu marido a agrediu apenas duas vezes e que não se trata de um homem violento. Isso, apesar de ele lhe ter arrancado um dente com socos diante de sua filha Manuela, de 10 anos de idade.

    Esse caso me faz lembrar uma espanhola que, depois de ter sido agredida fisicamente pelo marido dentro de casa, ao ser interrogada pela polícia se ele lhe batia muito, respondeu: “Meu marido me bate dentro do normal”.

    Nesse “normal” se encaixam, como um tumor na alma, séculos de submissão da mulher ao marido, medos ancestrais, e uma convicção secreta, avalizada às vezes pela própria religião, que exige da mulher, diante do altar, “obediência em tudo ao seu marido”. Começar a dizer “não” a essa barbárie é colocar a primeira pedra para construir uma sociedade de mulheres e homens livres, com tudo o que isso implica de respeito às diferenças.

    http://brasil.elpais.com/brasil/2015/11/17/opinion/1447717929_384600.html

    1. Será que a direção nacional botará o PT carioca noutra furada?

      Na primeira foi o garotinho do Brizola, agora é o ‘garotinho’ da gangue do guardanapo

  6. Dilma anuncia plano de recuperação da Bacia do Rio Doce
    Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil

    A presidenta Dilma Rousseff anunciou hoje (17) um plano de recuperação da Bacia do Rio Doce, atingido pela onda de lama provocada pelo rompimento de uma barragem de rejeito da mineradora Samarco na região de Mariana, em Minas Gerais. Segundo Dilma, o programa de recuperação será elaborado pelo governo federal junto com os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo.

    Brasília - Presidenta Dilma Rousseff durante declaração a imprensa após receber Fernando Pimentel, governador do estado de Minas Gerais e Paulo Hartung, governador do estado do Espírito Santo (Roberto Stuckert Filho/PR)

    Presidenta Dilma Rousseff durante declaração a imprensa após receber Fernando Pimentel, governador do estado de Minas Gerais e Paulo Hartung, governador do estado do Espírito SantoRoberto Stuckert Filho/PR

    “Esse rio tem em torno dele uma das maiores concentrações de mineradoras e siderúrgicas do Brasil. Uma série de processos levou a essa situação. Se houve essa calamidade, temos que dar um exemplo e recuperar esse rio, revitalizá-lo. Uma parte muito expressiva [da recuperação] terá de ser feita por ressarcimento da empresa”.

    Dilma afirmou que o governo está definindo como esse plano será custeado. “Amanhã faremos reunião entre a Advocacia-Geral da União, os procuradores dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo. Eles vão avaliar a arquitetura jurídica de todos os problemas, os emergenciais e o do plano de recuperação do Rio Doce”.

    Continua a matéria em; http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2015-11/dilma-anuncia-plano-de-recuperacao-da-bacia-do-rio-doce

    Sobre a “arquitetura jurídica” mencionada, existe decisão recente do STJ, leia a matéria a seguir:

    STJ determina que mineradora é responsável por desastre ambiental de 2007

    01/09/2014

    Vladimir Platonow – Repórter da Agência Brasil

    O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que a Mineração Rio Pomba Cataguases deve recompor os danos materiais e morais que aconteceram após o vazamento de lama tóxica em 2007. O desastre ambiental atingiu cidades em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, deixando um grande número de famílias desabrigadas, principalmente nos municípios mineiros de Muriaé e Miraí. A decisão, em recurso repetitivo, foi publicada hoje (1º) na página do STJ (http://www.stj.jus.br).

    O acidente aconteceu em janeiro daquele ano, quando cerca de 2 bilhões de litros de resíduos contaminados por bauxita vazaram da barragem da empresa após uma forte chuva. A decisão do STJ vai orientar a solução de processos idênticos que tramitam nas instâncias inferiores. Foram propostas 3.938 ações envolvendo a mineradora no município de Muriaé e outras 500 em Miraí.

    No processo, segundo texto divulgado pelo STJ, “a mineradora sustentou que não haveria responsabilidade de sua parte, tendo em vista que não ficou comprovado o nexo de causalidade entre o rompimento da barragem e os danos sofridos pela vítima. Segundo ela, a ocorrência de duas fortes enchentes na região, em períodos anteriores, afastaria o nexo causal determinante, capaz de justificar a indenização”.

    Mas, segundo o STJ, “a responsabilidade por dano ambiental é objetiva, conforme a teoria do risco integral. Os ministros entenderam que é descabida a invocação, pela empresa, de excludentes de responsabilidade civil para afastar a sua obrigação de indenizar. A decisão condena a ré a reparar os danos materiais e morais causados às famílias que ingressaram na Justiça”.

    A mineradora foi procurada para se pronunciar sobre a decisão do STJ, mas não foi possível localizar um representante para falar a respeito. Em janeiro de 2007, logo após o acidente, o governo de Minas Gerais determinou o fechamento da Mineração Rio Pombas Cataguases. Um ano antes, em março de 2006, a mesma barragem já havia se rompido, com vazamento de resíduos tóxicos para o ambiente.

    Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-09/stj-determina-que-mineradora-e-responsavel-por-desastre-ambiental-de-2007

     

  7. liberação de circulação de moeda estrangeira

    Nassif,

    Gostaria de saber sua opinião sobre liberação de circulação de moedas estrangeiras. Se no Brasil tivéssemos validade e eficácia  jurídica para contratos em moeda estrangeira e se o real concorresse com outras moedas de livre circulação, teríamos vantagens significativas a curto, médio e longo prazos? Para haver tal realidade necessariamente o câmbio deveria ser livre e flexível?

    Se puder elaborar um artigo sobre esse assunto, ficaria muito grato.

    Abraço

  8. Samarco é premiada como a melhor mineradora do Brasil

    “Pela quinta vez e terceira consecutiva, a Samarco foi eleita a melhor mineradora do País, pelo anuário Melhores e Maiores da Revista Exame.”

    Poucos meses antes, em 2015.
    Por aí se tem uma ideia dos parâmetros que se utiliza em administração para se considerar uma boa gestão e um ‘case’ de sucesso.

    Samarco é premiada como a melhor mineradora do Brasil

    Por – http://www.portal27.com.br/samarco-e-premiada-como-a-melhor-mineradora-do-brasil/ jul 2, 2015 

    Pela quinta vez e terceira consecutiva, a Samarco foi eleita a melhor mineradora do País, pelo anuário Melhores e Maiores da Revista Exame. Além do título de melhor, a empresa também se destacou no ranking como a segunda maior do setor, ocupou a 28ª colocação entre as maiores indústrias e a 10ª colocação entre as principais exportadoras do País. A cerimônia de premiação foi realizada em São Paulo na última quarta-feira, dia 1° de julho.

    Minério de ferro.Empresa é tricampeã de seu setor no anuário Melhores e Maiores da Revista Exame, um dos mais respeitados rankings do País, que avalia mais de 3 mil companhias.

    Em sua 42ª edição, o ranking, um dos mais tradicionais e respeitados do País, avalia, anualmente, mais de 3 mil empresas brasileiras em critérios como vendas, rentabilidade do patrimônio, riqueza gerada e produtividade, entre outros. Com base nesses dados, a publicação classifica as maiores companhias do Brasil e as melhores em 18 setores da economia.

    DSC_6197_baixaO diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, representou a empresa.

    O diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, representou a empresa ao lado de outros empregados da mineradora, durante a solenidade de entrega dos troféus. Na avaliação do executivo, o tricampeonato no anuário Melhores e Maiores se traduz como um reconhecimento a um trabalho bem feito, que tem como base um planejamento criterioso e o envolvimento de diversos públicos e parceiros.

    “O ano de 2014 foi marcante para a Samarco. Inauguramos nossa maior expansão, um investimento de R$ 6,4 bilhões, concluído dentro do prazo e orçamento previstos, e que aumentará nossa produção em 37%. Somente em 2014, mesmo em período de ramp-up das novas plantas, alcançamos a produção de 25 milhões de toneladas de pelotas de minério de ferro, um aumento de 15,4% em relação a 2013. A entrega desse projeto e o prêmio de melhor mineradora certamente materializam nossa convicção na importância do planejamento bem feito e da execução precisa. Além de motivo de orgulho para todos nós, que construímos a Samarco diariamente – empregados, clientes, fornecedores, comunidades e demais parceiros -, essa premiação, pelo terceiro ano consecutivo, reconhece a mobilização para resultados, um valor que faz parte do DNA da Samarco e que nos mantém focados na busca da excelência em tudo o que fazemos”, afirma.

    Sobre o Melhores e Maiores

    O anuário Melhores e Maiores é uma das principais publicações de economia e negócios do País. Editado há mais de 40 anos pela revista Exame, traz um ranking com informações completas sobre as mil maiores empresas instaladas no Brasil, divididas em 18 setores dos ramos da indústria, comércio e serviços e outros 12 segmentos do agronegócio.

    DSC_6140_baixaEm sua 42ª edição, o ranking, um dos mais tradicionais e respeitados do País, avalia, anualmente, mais de 3 mil empresas brasileiras.

    A análise e a tabulação dos dados que compõem a edição são realizadas, de forma independente, por uma equipe da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), da Universidade de São Paulo. A partir dos dados de vendas, a revista aponta as maiores empresas de cada setor. Já as melhores são escolhidas a partir do cruzamento de diversas informações, incluindo crescimento de vendas, liderança de mercado, liquidez corrente, entre outros. Para chegar aos resultados apresentados, a publicação avaliou as informações de 2014 das companhias participantes.

  9. Fala, subúrbio!, por Luiz Antonio Simas
      

    Luiz Antonio Simas via Dá pra ir de trem?

    3 h · Editado ·  

    Entrevista para a série “Fala, subúrbio!”, parte do projeto “Dá pra ir de trem?”. Tento indicar, rapidamente, a necessidade de pensarmos a cidade como uma arena de confrontos de narrativas e falo da descontrução, que me parece urgente, de certos mitos identitários do “carioquismo” e dos mecanismos de adequação e domesticação do conceito de subúrbio a uma narrativa amenizadora de conflitos. Entrevista gravada no Bode Cheiroso.

     

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=PLK3K_5Is8M%5D

  10. Petrobrás

    Inimigos internos jogam valor da Petrobrás pra baixo

     

     

    A Petrobras já enfrentou e derrotou todo o tipo de inimigo, desde as lutas das décadas de 1940-50, passando por FHC e a Revisão Constitucional, nos anos de 1990. Mas os atuais parecem cada vez mais ferozes. Eles não se contentam apenas em vender e fatiar a empresa. Fazem de tudo para reduzir seu valor de mercado.

     

    No Brasil, os principais  inimigos da empresa estão representados pela mídia golpista, tendo à frente as Organizações Globo, o PSDB e os artífices da Operação Lava Jato. Esses agentes dos interesses privatistas usam a corrupção como mote para facilitar a entrega do pré-sal, que deveria ser o nosso passaporte para o futuro.

    Em matéria publicada no dia 3 de julho de 2015, o jornal O Globo afirma que a corrupção na Petrobrás envolve R$ 19 bilhões! Na mesma matéria do jornal, informa que Paulo Roberto Costa teria recebido mais de 1,7 milhão de dólares; Renato Duque, quase 1,9 milhão de dólares; e Pedro Barusco,  1,1 milhão. Na cotação atual, com o dólar em alta, seriam 5 milhões de dólares, arredondando a conta para cima.  Isso equivale a R$ 19 milhões (e não bilhões).

    O valor estimado pelo Globo, supostamente baseado em dados da Polícia Federal, exorbita. Mesmo que ainda não estejam computados os dólares surrupiados pelo diretor da área internacional, preso na 15ª fase da Operação Lava Jato, Jorge Luiz Zelada.

    Sem subestimar a gravidade da corrupção, é preciso que se diga que ela está sendo apurada e o montante desviado está voltando aos cofres da empresa. A investigação desse tipo de crime na Petrobrás, desde março de 2014, é algo inédito.

    Por outro lado, mesmo durante a investigação, os petroleiros e a Petrobrás melhoraram todos os indicadores da companhia. A capacidade de refino aumentou. A estatal brasileira chegou a ultrapassar a Americana Exxon Mobill, tornando-se a primeira do mundo na produção de óleo. Em meio as investigações, a Petrobrás ganhou, pela terceira vez, prêmio equivalente ao Nobel da indústria do petróleo.

    Mas as conquistas e realizações da empresa não interessam aos seus inimigos, que apenas ressaltam os fatos negativos. Mentem sem nenhum constrangimento. Chegaram a noticiar que o pré-sal era uma “farsa eleitoral”. Depois disseram que estava perdido no fundo do mar. No entanto, o pré-sal  já produz um milhão de barris por dia, o suficiente para abastecer todos países do Mercosul, juntos.   

    Na década de 1990, no governo tucano de Fernando Henrique Cardoso, aliado à mídia, principalmente a Globo, tentou de tudo para entregar a Petrobrás: mudança do nome para Petrobrax, privatização, quebra do monopólio ou venda fatiada. Conseguiu quebrar o monopólio e vender 30% da REFAP, recomprada pelo governo Lula. Em 2006, também no governo Lula, foi anunciado o pré-sal.

       

                Esse tesouro, cuja descoberta só foi possível com desenvolvimento de tecnologia inédita pelos petroleiros, contém reservas de, no mínimo, 100 bilhões de barris. A cada novo estudo essa estimativa aumenta. Além disso, a produção em larga escala reduz o custo de extração. Mas, se dependesse dos tucanos, a festa da descoberta do pré-sal seria no Texas ou em qualquer outro país da Europa.       

                O mundo conhece e respeita a Petrobrás. Em 2010, a Petrobras  fez a maior capitalização de todos os tempos.  Em 2015, foram vendidos em tempo recorde US$ 2,5 bilhões em títulos da empresa, na Bolsa de Nova York, a serem resgatados em 100 anos. Mas o que é bom, quando se trata da Petrobrás, a mídia brasileira prefere esconder da sociedade.

    Nós, petroleiros, queremos todos os corruptos da Petrobrás na cadeia e o dinheiro roubado devolvido aos cofres públicos. Nós, trabalhadores, nunca nos sentimos incomodados com a investigação, e nem permitimos que esses fatos prejudicassem o desempenho da companhia, que continuou batendo recordes.  

                No entanto, superestimar os valores da corrupção, para desvalorizar a empresa, já é demais. E ainda que os R$ 19 bilhões fossem um dado da realidade, representariam 0,13 %, do valor das reservas da Petrobrás no pré-sal. Elas estariam estimadas em  100 bilhões de barris, calculando-se o valor do barril  na baixa em 50 dólares, chegamos a US$ 5 trilhões. Não estão incluídos nesses cálculos as 15 refinarias, as mais de cem plataformas marítimas, os quase 50 navios petroleiros, os 14 mil quilômetros de dutos etc.

                Em síntese, usar o pretexto da corrupção para vender a Petrobrás é o cúmulo do oportunismo e da má fé. Seria como jogar fora a água suja da bacia, junto com o bebê.  

     

     Rio de Janeiro, 18 de novembro de 2015 

    OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

             

    Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). 

    http://emanuelcancella.blogspot.com.

     

     

     

  11. Globo para gravação quando morador denuncia a Samarco

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=vAwniVXT35A align:center]

     

    Reportagem da Globo interrompe gravação quando morador indignado com a situação do crime ambiental de Mariana, começa a denunciar a mineradora Samarco. Primeiro, o cinegrafista para de gravar e baixa a câmera. Em seguida, de forma desrespeitosa, também a repórter Isabela Scalabrini baixa o microfone enquanto o morador continua falando. Outra moradora ao ver a cena, indaga o motivo de terem parado a gravação. A repórter então começa a bater boca com a pessoa que a inqueriu se ela parou a reportagem porque o nome da Samarco foi citado. A repórter é casada com o diretor da Globo Minas Marcelo Matte. Vale lembrar (não resisti o trocadilho) que a Vale do Rio Doce, além de acionista da Sarmarco, é uma grande anunciante da TV Globo. Como se diz lá em Minas, a Globo foi pega “com a boca na botija”, ou seja, manipulando a reportagem ( desculpem pelo pleonasmo). Fonte: canal do Youtube da Agência Brasil de Fato.

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