O Centro Cultural Dragão do Mar, em Fortaleza

Por jns

Centro Cultural Dragao do Mar de Arte e Cultura

A capital do Ceará não é somente praias lindas: há muita cultura por aqui.

“Basta, no mês de maio, recolher um poema em cada flor brotada nas árvores do seu sertão”,

Patativa do Assaré.

 
Francisco José do Nascimento

O Dragão do Mar, inaugurado em 1998, é um diversificado espaço cultural que revitalizou o bairro de Iracema, em Fortaleza, abrigando teatros, cinema e ambientes para shows.

 Christian Brandão

Os casarões ao redor, em estilo neoclássico, foram restaurados e transformados em bares, casas noturnas e restaurantes para agradar a todos os gostos e tipos de público.

 

O Dragão do Mar conta com o Memorial da Cultura Cearense, que expõe obras de arte populares, e o Museu de Arte Contemporânea do Ceará, que abre o seu espaço para artistas locais, nacionais e estrangeiros exporem as suas obras.

 

O centro cultural foi batizado em homenagem Chico da Matilde ou Francisco José do Nascimento, um jangadeiro que exercia a função de Prático do Porto de Fortaleza, cargo muito importante naquela época. Em 1881, o ‘Dragão do Mar’, a alcunha que José do Patrocínio colocou em Francisco Nascimento, liderou o movimento de jangadeiros que se recusava a transportar escravos. Esse movimento pró-abolição ocorreu no norte do Ceará que tornou-se a primeira província a abolir legalmente a escravidão.

Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura em fortaleza ce Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura   Fortaleza CE

 

O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura gera empregos, impulsiona o turismo e facilit o acesso à cultura. A população de baixa renda também tem acesso às atrações, muitas delas com valores simbólicos ou gratuitas, disponibilizadas em cerca de 30 mil metros quadrados de área.

Ao visitar o local, não deixe de dar uma passadinha na Henriqueta Galeno pra conhecer o acervo musical do nosso Compadre Hortencio, saborear o seu fornido cafezinho e ouvir as histórias que ele, enlevado, conta sobre o Patatativa do Assaré (foto abaixo) que um dia, na sua imensa sabedoria, afirmou que para ser poeta não era preciso ser professor, e o declarava assim: “Basta, no mês de maio, recolher um poema em cada flor brotada nas árvores do seu sertão”.

© Tiago Santana/ Local Foto. Todos os direitos reservados.


Luis Nassif

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