O ovo da serpente II

Recebo o seguinte e-mail do leitor Ari A. Domingues. Seu e-mail, no iG, leva seu nome. Não deu para conferir se sua biografia confere com o que veio escrito. De qualquer modo, publico o e-mail com as devidas ressalvas.

Na condição de ex-presidiário e, portanto conhecedor do sistema prisional Paulista, venho tecer comentários ao seu referido artigo, o qual foi publicado dia 12.07.06 .

O MM. Juiz de Direito da cidade de Tupã, no trabalho com o referido Título, faz diagnóstico sobre o prisma de quem conhece o sistema apenas de longe ou seja, de dentro de seu gabinete. Quando se entra no sistema, não existe a referida adoção do “pequeno infrator”, mas sim uma verificação por parte das lideranças criminosa, se o recém chegado não pertence a outra facção. Não é cobrado desse recém chegado, que se filie ao partido.

As caravanas, se devem ao fato de que, os presídios em sua maioria ficam distantes, da residência do condenado, o que por si só fere o Direito de cumprir a pena em conformidade com a Lei de Execução Penal, as entradas de visitas se dão em conformidade com o
que dispõe a Lei, assim é sim, exigido a comprovação da relação marital entre a visitante e o reeducando. Quanto a entrada de aparelhos celulares, posso lhe afirmar que, em um ano e oito meses em que fiquei preso, nunca vi um, aparelho celuler entrar que não fosse dessa forma.
Desta aqui, sai do presídio à quase cinco anos, nunca pertenci ao partido, nunca fui obrigado a nada pela facção, hoje estou cursando o quarto ano do curso de Direito, espero concluir meu curso para poder entrar com representação contra o Estado, onde alegarei as torturas por mim sofridas, torturas praticadas pelos ditos representantes da Lei. Os mesmos que hoje estão desesperados com as mortes injustas de seus pares (agentes penitenciário).

Agentes que na surdina das muralhas, aplicam aos presos toda sorte de tortura, as quais quando você relata aos senhores juizes, obtem a resposta que tudo será apurado, mas nada se faz…. hoje esses agentes colhem o que plantarm ao longo do tempo.

Pena que o tempo é curto, estou num cyber e com pouco dinheiro,
assim espero que o sr. continue com seu relevante trabalho.

Luis Nassif

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