A Associação Nacional dos Procuradores da República opta pelo nome de Rodrigo Janot e Dilma referenda a escolha.
A opção pelo escolhido na associação de fato soa como eleição de entidade sindical, como apontam alguns críticos da prática.
E entidade sindical, legitimamente, defende interesses corporativos.
Ocorre que a Procuradoria Geral da República não é sindicato. Benefícios maiores, subsídios mais gordos etc, muitas vezes até mesmo desarrazoados, são excelentes para os procuradores da república, porém não se traduzem, necessariamente, em prestação de melhores serviços à sociedade.
Contudo, Rodrigo Janot ainda irá assumir o posto e começar a trabalhar. Aguardemos os resultados. Espero que venham em favor da sociedade, não se limitando a beneficiar os já tão privilegiados procuradores da república, elite da elite do funcionalismo público.
Importa lembrar que quebrar tradições, ainda que contraproducentes, não é um processo dos mais fáceis.
Será mesmo que, a essas alturas do campeonato, seria bom para o governo, ainda de ressaca pelos protestos de junho e pela vertiginosa queda de sua popularidade, comprar uma briga com os poderosos procuradores da república?
O processo de escolha parece não ser dos melhores. A PGR é entidade de estado, não sindicato. Mas como fazer diferente sem gerar uma crise midiático-corporativa?
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