Queda pequena e tardia

A queda de um ponto na taxa Selic veio tarde e apenas comprova a falta que faz um Copom (Comitê de Política Monetária) profissional.

Os cenários, indicadores, estatísticas são apenas parte do ferramental para se prever comportamento de preços e do nível de atividade. Em momentos de inflexão brusca – como o que ocorreu a partir de setembro – não se pode recorrer apenas a eles, por que refletem a realidade de forma defasada.

Quando a economia oscila pouco, os indicadores permitem levantar o passado e projetar o futuro. Quando ocorrem baques, não. Em geral só aparecem nos indicadores com dois, três meses de defasagem. E, aí, Inês é morta.

No meu livro “O Jornalismo dos anos 90” há um capítulo inteiro dedicado à política de juros de abril de 1995, em que a quebradeira do país estava nítida para quem viajava e conversava com gerentes de bancos de interior; e só apareceu no radar do BC em julho.

Para captar esses movimentos, os técnicos, a diretoria do BC, o pessoal do Copom, tem que manter contato permanente com o mundo real. A informação empírica é importante para se formar opinião.

Levei muita pancada aqui ao dizer que em outubro a economia parou. Leiam o relatório de inflação do BC para dezembro, falando em atividade robusta, em um momento em que se tinha um volume recorde de despensa de empregados, em que o NUCI (Nível de Utilização da Capacidade Instalada) caía e os estoques se avolumavam.

Ou seja, em pleno epicentro do terremoto, o BC falava em atividade econômica robusta. Mais que isso, diretores, em off, ameaçavam com demissão coletiva se fossem obrigados a baixar os juros. Propus Ministério Público em cima desses arrogantes.

Ontem baixaram apenas um ponto, tardiamente, com perda enorme de eficácia e pressionados por Lula. Ainda tiveram o desplante de anunciar que o corte representa “parte relevante” do movimento de queda dos juros. Como podem afirmar isso se o desaquecimento está em pleno andamento e não se sabe quando se baterá no fundo do poço?

Com a queda de juros internacionais, com a queda da inflação, a taxa real continuou a mesma ou superior à anterior.

Ainda se tem que ouvir o presidente do BC, Henrique Meirelles, na cara dura, alegar que o problema não é a Selic, mas o spread bancário, como se não fizesse parte das atribuições do Banco Central coibir abusos.

Já se disse aqui várias vezes que, quando Lula resolvesse intervir no BC, seria tarde. Há condições de reverter essa crise, mas com ajuda mínima do BC.

Luis Nassif

74 Comentários

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  1. “… e pressionados por
    “… e pressionados por Lula”.

    A política do Banco Central do Brazil (escrevi com z? estão escrevi bem) É a política do Lul*a.

    Pô Nassif, sem essa de querer livrar a “cara” do presidente eleito dos brasileiros.

    Repetindo: A política de juros do BC, digo bc, faz parte da política do governo Lul*a!

    Quem está livrando? É evidente que a palavra final é do Lula.

  2. Foi divulgado que três
    Foi divulgado que três componentes do COPOM queriam uma redução de apenas 0,75%. Quem são eles ? A sociedade tem o direito de saber quem são e quais são os fundamentos em que se baseiam para tentar preservar os juros extratosféricos.

  3. Além disso, você também disse
    Além disso, você também disse que o presidente só acordaria para a realidade depois que a sua popularidade começasse a cair. Mas, por outro lado, não tenho saudade do tempo em que o FHC aparecia pilotando o avião na campanha eleitoral de 1998 dizendo ser o “mais preparado para enfrentar a crise”. Acho que o presidente está fazendo o que é possível para garantir os empregos e incentivar o consumo, mas a sensação é que o governo pode muito mais.

  4. Nassif, na véspera da
    Nassif, na véspera da divulgação da reunião do BC, o Bradesco e a Tendências soltaram uma nota defendendo(sic) uma redução de 1 ponto na taxa Selic. De início digo que pelo que li, discordei em dois pontos, primeiro porque consultorias não defendem ponto de vista, mas nesse caso supõem haver o corte dessa magnitude. O segundo ponto é por que uma nota divulgada em véspera de reunião, quando o normal é divulgá-la antes. Mas quando veio a redução do BC, fiquei desconfiado de que alguém já sabia o que ia acontecer….e isso é grave

  5. Tem uma frase que diz que
    Tem uma frase que diz que liberalismo prega que todas as galinhas do puleiro devem ser livres para fazerem o que querem.

    … mas as raposas também…

  6. Nassif o leitor Flics disse
    Nassif o leitor Flics disse que a posição do BC é do governo Lula,vc diz que a palavra final é sim de Lula.
    Então eu pergunto: Até onde o BC é independente?É tudo de mentirinha?É ou não é independente? É ,pero no mucho ???

    O Lula é responsável por ter deixado o BC tomar a rédea nos dentes, por excesso de independência, por ter usurpado do Executivo o papel de definir a política econômica.

  7. Qq instituição com as funções
    Qq instituição com as funções do BC agiria de forma pró ativa diante da crise, o BC reage mal, os membros do copom passaram um atestado de pouca visão e conhecimento sobre economia, a situação é patética. Não viram ( ou não quiseram ver) a desaceleração da atividade econ., não viram o aumento no desemprego ( lembrando q nosso crescimento se deve tb ao mercado interno e a melhora na renda), não analisaram corretamente o impacto da crise. E no final só reduzem o juros quando o estrago já foi feito! É simples assim? vamos esperar o cenário piorar para agir? Vão falar q a função do BC é manter a meta de inflação, só q esquecem q a variável monetária (juros) influencia na variável real( produção). Agem assim pq eles não estão entre os q perderam emprego nesses meses…

  8. Logo Lula perceberá o quanto
    Logo Lula perceberá o quanto lhe custará essa omissão. Por enquanto, as repercussões negativas recaem apenas sobre nós, o povo brasileiro. Sua popularidade será afetada, e muito, assim como seu desempenho como Presidente. Não merece mais do que isso.

  9. Luis,sou de formação
    Luis,sou de formação profissional na área de saúde,mas vivo nop Brasil e tenho minhas relaçoes profissionais e financeirais como qualquer Brasileiro;minha dúvida é a seguinte,até que ponto,considerando uma certa independencia do BC,e consequentemente da “figura” que gerencia e toma decisões pode errar á frente do banco?pelas suas consideraçoes, ainda resta uma possibilidade de recverter o quadro que se prenuncia( Há condições de reverter essa crise, mas com ajuda mínima do BC).Seria legitima uma intervenção mais positiva e direta do presidente Lula?.Porque não dão crédito ao nosso vice presidente,que sempre que pode pede para”mexer nos juros”?, me parece que no Brasil virou moda ir contra a razão(vide Gilmar Mendes(segundo Noblat).abraços

  10. A impressão que dá é que é
    A impressão que dá é que é mais um “feudo”( o BC)nas mãos de grupos que se beneficiam com os juros altos e ninguem sabe sequer o que ta acontecendo no tempo “real”,quanto mais prever o que vai acontecer na economia mais á frente.

  11. Usando uma imagem que o
    Usando uma imagem que o Nassif gosta “o pendulo virou”, Meireles entendeu o recado.

    Acredito que a grande midia esta percebendo o gravidade do negócio e talvez comece a agir com um pouquinho mais de responsabilidade.

    Não acho que seja tarde demais, acredito que podemos passar por esta crise sem muitos ferimentos.

    Em tempo – o Estadão para mostrar a repercussão da decisão do Copom, entrevistou:

    Fiesp (tudo bem que o Paulo Skaf quer ser candidato a governador)

    Associação Comercial (Afif idem)
    CUT

    etc.

    Fazia tempo que eles não davam destaque para as entidades não bancárias

  12. Então vamos lá Nassif.Sem
    Então vamos lá Nassif.Sem querer tirar a responsabilidade do Lula,já que ele é o mandatário do País,como enfrentar uma pessoa com a bagagem de H Meirelles,que em vários momentos foi festejado como “o cara”?
    Tem um monte de gente que considera que ele é que “salvou o país do PT” !!!
    Hoje vemos claramente que ele ou errou feio ou “errou”……

  13. Nassif,
    Quais as verdadeiras
    Nassif,
    Quais as verdadeiras razões para que o BC não intervenha no Sistema Bancário, coibindo os abusos existentes?
    Porque o Ministério Público não toma nenhuma das providências?

  14. O mais interessante é que os
    O mais interessante é que os bancos baixaram seus juros também em 1% (anual), o que segundo eles dá um desconto imenso de 0,08% mensal no que vamos pagar para eles. Ou seja, se a taxa anual de um certo empréstimo era de 70%, agora pagaremos 69% ao banco.

  15. Sr. Nassif, muito bom dia.
    Sr. Nassif, muito bom dia. Como entendo pouco ou quase nada de economia, mas procuro acompanhar, pelo que entendi a Selic serve apenas como elemento norteador, uma referência na economia. Assim, pouco, bem pouco representa em termos de acesso a crédito para nós, pobres mortais. Os “bancões” tem mantido taxas, todas acima de 100% anuais.
    É errado pensar que acima da Selic, o que vier , descontados os custos e a taxa do risco, para banco é lucro?
    Se é assim, errado pensar que estamos diante de juros bancários draconianos e urge uma regulamentação forte pelo governo, talvez delimitando juros bancários máximos ao consumidor?
    Obrigado.

  16. Esses componenetes do BC
    Esses componenetes do BC devem estar levando “alguma”. Só Lula não vê. Demita-se a turma toda, senhor Presidente ! E, não bote nenhum “tucano” no lugar. Eles querem lhe “ferrar” senhor Presidente. Por favor atenda aos anseios da Nação, senhor Presidente ! Serrágio deve estar por trás disso, senhor Presidente ! Abra os olhos, senhor Presidente, desse jeito Dilma se ferra antes mesmo de concorrer com Pedágio.

  17. Nassif,

    Será que os
    Nassif,

    Será que os TEMPLARIOS do BC já visualizaram uma queda da arrecadação e sendo assim baixairam os juros para a proporção Divida/PIB continuar igual e “eles” continuarem ganhando com a maior taxa de juros do mundo.
    Pois se não baixar, e como sabemos, o BC no Brasil pela Constituição Vingente não é independente, haveria uma clara intervenção. E o mundo está revendo a independencia do Mercado inclusive de alguns BC´s pleo mundo.

  18. Já que a onda é desemprego,
    Já que a onda é desemprego, desempregue-mos os membros do BC, para o bem da nação. A Deus o que é de Deus, à nação o que é da nação e ao Meireles o que é do Meireles. RUA !

  19. Nassif, se o spread é tão
    Nassif, se o spread é tão alto o efeito da baixa da Selic é quase nulo, isso não seria mais um motivo para baixar ainda mais a taxa já que assim pelo menos o governo gastaria menos com juros?

    Óbvio.

  20. Nassif, vi uma análise que o
    Nassif, vi uma análise que o BC está a reboque do mercado,e que com esta baixa de 1 ponto,acima da curva de 075 esperada, ele estaria tentando retomar as rédeas pra ele.
    Então estamos perdidos, o rabo está abanando o cachorro !!!

  21. Quanto foi mesmo a queda
    Quanto foi mesmo a queda média das taxas de Bradesco “et caterva”?
    0,08%?
    E comemoraram sua gentil decisão dizendo que repassaram integralmente a diminuição da taxa selic?
    A culpa é do Lula?
    Parece que está tentando fazer o que é possível, usando os bancos públicos. Mas a grita será geral:”e os acionistas”?
    Falando em competência: e FHC e a Fundação OSESP?
    Será que ele conseguiria administrar a Furiosa do Coreto?

  22. Infelizmente sou obrigado a
    Infelizmente sou obrigado a concordar com o PHA numa questão central e determinante para qualquer estadista: o Lula realmente parece que tem muito medo. Acho que este ponto ele é idêntico ao FHC. O medo paralisa, intimida, faz a pessoa no mínimo se omitir de várias questões para evitar bater de frente. E gera explicações que sempre jogam a culpa nos outros….

  23. Caros senhores. Caso alguém
    Caros senhores. Caso alguém por aí saiba me explicar algo que comentei às 10:01h, agradeceria. Pode parecer alguma piada, mas, acreditem, não é. Gostaria de entender a lógica por trás do que escrevi lá.
    Obrigado.

  24. Ah, pera aí, Nassif!!!
    Nesse
    Ah, pera aí, Nassif!!!
    Nesse assunto de Copom, você está com a mesma psicose do Diogo Mainardi, que bateu, bateu e bateu em Lula e no PT durante anos e acabou ficando sem o que mais dizer — desgastou-se.
    Está certo que a Selic é muito elevada. Igual a você pensam também José Dirceu, José Alencar e mais um montão de gente de igual calibre, “cabeças de planilha” ou não, mas há também outro montão que pensa diferente.
    Lula foi hábil desde a sua posse ( primeiro mandato), quando o dólar disparava a mais de R$ 4,00. Ao contrário do que era esperado, manteve a política econômica do governo anterior, que fazia água sim, mas que, apesar dos erros de varejo, era correta no geral.
    O BC poderia ter baixado a taxa Selic há mais tempo? Poderia, claro! Por que não o fez, então? Ora, porque fez uma opção – sempre haveria prós e contras.
    E tem mais: a crise, que é geral, em quase nada mudaria seus efeitos no Brasil em função de taxa Selic.
    Cordialmente.

    “O BC não baixou os juros por que fez a opção de elevá-los”, foi análise de craque. Vou ajudá-lo a aprimorar a análise para os próximos comentários. Use esta aqui: “Se os juros não caíram, é por que subiram”. Tem uma melhor: “O BC decidiu manter os juros elevados e você está com inveja”. Que tal essa? “O BC manda nos juros e você não tem nada com isso”. Certamente ajudará a dar mais consistência ainda (se é que é possível) às suas conclusões.

  25. Tudo começou, conforme
    Tudo começou, conforme escreveu FC Leite Filho, no livro EL CAUDILLO, quando Lula, antes de empossado foi ter com George W. Bush, e este o apresentou ao Meireles, na Casa Branca, como o novo presidente do BC. Daí pra frente não se podia esperar nada diferente do que vemos agora.

  26. Prezados colegas
    Prezados colegas bloguistas:
    Vamos instituir aqui um tribunal de julgamento para os crimes cometidos contra a nação por esta cambada de incompetente e defensor de rentista que está na cabine de comando do BC!
    O Nassif, por motivos éticos e profissionais, está sendo muito módico e econômico nos adjetivos corretos que deveriam ser dados a esta gente.
    E ele (LN) está se omitindo em não nos informar todos os nomes desta diretoria ( e se possível, os endereços…de E-mail). Se ele não der, vou pedir ao Alencar!!!
    Por isso, façamos nós, as acusações perante o tribunal do povo:
    Lista de acusações:
    1- Crime lesa-pátria contra o desenvolvimento da nação: Este país não poderia ter crescido 2,5% por tantos anos!
    2- Prevaricação: Uso de informações privilegiadas para defender a corja de vagabundos que não gostam de trabalhar neste país: 13,75% é um absurdo!!
    3-É com vocês…..

  27. Nassif. vou mais longe um
    Nassif. vou mais longe um pouquinho… Acho que o LULA é responsável por ter mantido o Meirelles na presidência do BC, o resto é decorrência disso. O Meirelles já tinha o controle da própria rédea no governo do FHC, que aliás tinha como praxe distribuir rédeas e sacudir fora do lombo os arreios, ou seja, implantar a política neoliberal e preparar o Brasil para ser privatizado. Sorte nossa que o PSDB perdeu a eleição para o LULA, senão hoje não teríamos os Bancos públicos para suportar a crise. Porque os bancos privados, como primeira ação diante da crise, limitaram drasticamente a concessão de crédito, o que sufocou várias empresas que dependiam desse crédito para financiar sua folha de pagamento de final de ano, em decorrência de necessidades especiais como o pagamento do decimo-tericeiro salário. Hoje percebe-se a necessidade do controle governamental sobre as instituições financeiras, percebe-se que a raposa não consegue tomar conta do galinheiro sem comer as galinhas. Creio ser mister que o LULA tomo nas mãos as rédias do BC, trocando sua presidência, seus diretores e afastando a sanha neoliberal que ainda remanesce.

  28. porque o pessoal do banco
    porque o pessoal do banco central não vai perguntar para o pessoal das fabricas de moveis do sul como vai a produção, tem fabrica que voltou de ferias coletivas semana passada e esta semana já deixaram de produzir 2 vezes essa semana por falta de pedido.

  29. “Queda pequena e
    “Queda pequena e tardia”
    Praticamente todos os segmentos sociais clamavam por uma queda da Selic,na ordem de 0,75 a 1%,e a CNI ameaçava um início de demissões em massa naqueles setores responsáveis pela manutenção dos empregos,se menos que 1% fosse baixado. Agora que isto aconteceu,o que dirão aqueles profetas do apocalipse,e aquelas eternas vivandeiras que davam como certa a demissão do Pres.do B.C,e pediam ao Pres.da República a interferencia nas decisões soberanas(pois constitucionais) do Banco Central ? Quase fui linchado,na semana passada,quando afirmei veementemente que a Carta Capital estava “blefando”quando jogou a bola pra cima,a respeito da propalada queda do Meireles,e até o bem informado dono do blog,”bateu-me duro”quando cobrei mais responsabilidade da parte de quem divulga uma notícia daquela relevancia,sem ter as fontes dignas de crédito,para abalisa-las.

  30. Temos pouco menos de dois
    Temos pouco menos de dois anos até as eleições de 2010. O que Meireles e Lula fazem agora pode significar vitória ou derrota para o PT neste sufrágio. Por outro lado, pode representar para o país emergir da crise melhor ou pior do que entrou. O nosso problema é que Lula está olhando mais para o primeiro axioma. Quem se preocupa com o segundo, somos nós: a minoria neste deserto de homens públicos que é o Brasil.
    E explico: Lula não está mexendo no controle do gasto público. Deveria estar desfazendo algumas das medidas que tomou quando as burras estavam enchendo e apontando para o zênite da arrecadação – como garantir aumento real de até 1,5% ao ano para o funcionalismo e adiar aqueles aumentos encomendados até 2011, por exemplo. Agora que as contas apontam para o nadir da arrecadação, tudo está ficando como antes no quartel de Abrantes.
    Mesmo assim (ou seja, nada fazendo para a redução mais forte do déficit público), e tendo em vista a situação fiscal atual, seria possível baixar a Selic para algo em torno de 8% ou 7%. Até Delfim Netto acha este patamar para os juros básicos o mais natural para nossa conjuntura fiscal. E é justamente neste particular que Lula mostra que não é aquele estadista que muitos neste blog, inclusive Nassif, defenderam em passado recente. Afinal, ele não peita esse complexo de interesses que impede a prevalência do segundo axioma acima comentado. O que prevalece é a lógica dos grupos de interesses que financiam campanhas eleitorais: bancos, empreiteras, grandes empresas etc. – Basta olhar para o negócio que fizeram Votorantim, Aracruz e BNDES, tudo com o dinheiro público, claro.
    Em outros comentários eu já manifestei minha tese sobre os vícios adjacentes ao processo de financiamento do déficit público. Se considerarmos o patamar natural para a Selic acima indicado, temos hoje, para uma taxa básica de 12,75%, uma porção de cerca de 5% embutida que representa o excesso. É a “sobra”, a “beirada” que depois vai ser, em parte, distribuída a título de contribuição para campanhas eleitorais para aqueles escolhidos que aceitam manter esse “sistema” intacto caso ganhe as eleições. Posso estar errado em tudo isso. Mas que alguma coisa deste gênero é engendrada, não tenho dúvidas. O que vc acha Nassif? Tem ou não algo a ver?

  31. E a reportagem da Carta
    E a reportagem da Carta Capital?

    Foi barriga?
    (Qualquer publicação pode errar. Não pode é fazer de conta que não disse nada, como certa revistinha…).

    Alguém do governo deu a informação para assustar o Meirelles?

    A saída do presidente do BC ainda pode ocorrer?

  32. É preciso analisar que o BC
    É preciso analisar que o BC atua de acordo com a conjuntura. O BC é mais cauteloso?Sim. Mas faz parte de quem administra a política monetária de um grande país ser cauteloso. Logo após a penúltima reunião do Copom,muitos acreditavam em um corte de 0,25%,alguns já apontavam que o BC poderia surpreender e,a redução de 1% surpreendeu boa parte do mercado.
    O BC sinalizou uma redução futura e isto é o que importa para o mercado.
    O BC não poderia reduzir drasticamente a taxa neste momento ,isto seria impossível e demonstraria uma fragilidade muito grande da economia,que não é o caso.
    Quanto aos spreads bancários,não dá para falar que o BC poderia evitar tais abusos.Vivemos em uma economia de mercado onde ninguém vai colocar seu capital em risco se não houver o respctivo prêmio para este risco.Assim,se o risco é alto,os spreads bancários continuarão altos.
    Entre outros fatores,a morosidade do judiciário sempre colabora com este risco sistêmico ,não fosse assim,os próprios bancos estatais teriam um juro bem menor e isto não acontece apesar dos apelos do presidente e de toda a sociedade.
    De qualquer forma,o resultado da redução da Selic em um ponto percentual dá novo rumo à politica monetária e possibilita ao mercado uma visão futura da economia,o resto é discussão de timing e,aí,é preciso muito mais desdobramentos para uma avaliação mais precisa.

  33. Espera-se de altos membros
    Espera-se de altos membros das instituições da república a capacidade de enxergar os problemas antes deles acontecerem e agirem pro-ativamente para evitar o mal maior. Para quem vive no mundo real era visível a parada da economia no final do ano passado mas o BC falava em “atividade robusta. O dicionário define como miopia uma “anormalidade visual que só permite ver os objetos a pequena distância”.
    Finalmente os diretores do BC conseguiram enxergar a crise. Mas muito tarde. E a pergunta que não quer calar é até quando o presidente Lula manterá pessoas míopes cuidando de um assunto tão importante principalmente num momento de crise. Seria o presidente também míope? Ou, por comodismo e/ou covardia lhe caberia o ditado “o pior cego é aquele que não quer ver?”

  34. “Ainda tiveram o desplante de
    “Ainda tiveram o desplante de anunciar que o corte representa “parte relevante” do movimento de queda dos juros. Como podem afirmar isso se o desaquecimento está em pleno andamento e não se sabe quando se baterá no fundo do poço?”

    Para mim, essa afirmação de que já estavam fazendo “parte relevante” do corte, era apenas para acalmar o seus verdadeiros patrões, o tal do “mercado financeiro”.

    De fato eles poderiam ficar assustados com uma “audácia” dessas, de causar tamanho prejuízo ao negócio deles. Deveriam resistir mais, afinal isso sempre deu certo…

    Para que o “deus mercado” não ficasse muito irado era preciso explicar que se tratava de uma “emergência” e que eles poderiam ficar tranquilos pois não tornariam a fazer isso. Teria sido aquela história de entregar os anéis para não ter de entregar os dedos. E ainda teve três heróis da resistência que tentaram preservar parte dos anéis…

    Essa turma não tem nenhum compromisso com a sociedade brasileira ou com o governo. Querem mais é garantirem o espaço deles no “culto” ao “deus mercado” sendo gentis ao mercado financeiro com o chapéu alheio.

    A crise é também uma oportunidade. O Lula é um cara de sorte. Tá na hora de mostrar que é mais do que apenas um administrador mediano. Que é um Estadista. Essa crise pegou o Brasil numa situação muito melhor que as anteriores e do que os países centrais. Com um pouco de coragem o Lula faria desse limão uma limonada. Será que terá coragem para isso ou já chegou no seu limite?

  35. Caro Nassif

    O Brasil tem
    Caro Nassif

    O Brasil tem dono!
    Lula foi posto na presidência com uma condição. Não se meter no BC. Ele aceitou, e age como se não fosse responsável pelas ações no BC. Em síntese: Não cumpre suas obrigações constitucionais. É covarde! A crise internacional está posta na mesa, de forma clara, há aproximadamente 6 meses. É gravíssima. E esta quadrilha, chamada COPOM, só se reúne de 45 em 45 dias. E Você ainda quer encontrar alguma lógica em suas ações? Cruz! Se eu fosse presidente, eles estariam reunidos na minha sala, 8 horas, todos os dias, com o restante do MF, para que fossem tomadas decisões, diariamente, visando atenuar os efeitos da crise. Provavelmente passaram os últimos 45 dias em férias, como nosso empaturrado presidente, em Fernando de Noronha. Dane-se o trabalhador, dane-se o empresário, dane-se o brasileiro, danem-se todos!

  36. Nassif, o site do ‘Estadão’
    Nassif, o site do ‘Estadão’ publicou que Lula exigiu uma queda na taxa Selic de, no mínimo, 0,75 p.p., dizendo que uma queda inferior à esta seria inaceitável.

    Isso não comprovaria que a capa da ‘Carta Capital’, mostrando que o Meirelles deixaria o BC, foi uma forma do governo Lula pressionar publicamente pela redução dos juros?

    Além da capa, tivemos também manifestações de trabalhadores, organizadas pelas Centrais Sindicais, que também se reuniram com o Presidente Lula exigindo a redução dos juros.

    E estas manifestações contaram com o apoio público de Lula e do Ministro do Trabalho, Carlos Lupi.

    Então, Nassif, estou convencido de que o Meirelles estava na ‘marca do pênalti’ e seria demitido se o BC não reduzisse os juros da maneira que o fez.

    Aliás, entendo que o Meirelles somente não foi demitido, até agora, porque Lula teme que isso pudesse agravar a crise no país, gerando mais turbulência na economia.

    Outra coisa, Nassif: o IBGE divulgou que a taxa de Dezembro foi de 6,8%, a menor da série histórica iniciada em 2002.

    Mas, não tivemos a perda de 654 mil empregos formais em Dezembro? então, como o desemprego pode ter caído tanto?

    Eu sei que as metodologias do Caged e do IBGE são totalmente diferentes, pois o Caged não inclui os empregos informais em seus cálculos e o IBGE, sim.

    Mas, os dados são totalmente contraditórios. O Caged aponta para o aumento do desemprego e o IBGE para a redução do mesmo.

    Então, será que o que o Caged mostrou em Dezembro é que um grande número de trabalhadores formais não teria sido informalizado, mas sem que perdessem o emprego? Esta seria uma forma que as empresas encontraram de manter os seus trabalhadores e, ao mesmo tempo, cortar os seus custos para enfrentar os efeitos da crise. Além disso, a própria Fiesp defendeu isso, certo?

    Então, talvez muitos empresários tenham se antecipado a qualquer acordo com os sindicatos ou com o governo e promovido uma redução dos empregos formais por conta própria. Sabemos que existe uma grande parcela de trabalhadores que não são sindicalizados e que, portanto, não têm força para negociar a defesa dos seus direitos. E nestes segmentos pode ter ocorrido algo deste tipo.

    É claro que precisaríamos ter dados mais detalhados e precisos a respeito disso, mas creio que deveremos acompanhar a situação nos próximos meses para ver se é isso mesmo que está acontecendo.

    Talvez os trabalhadores estejam, em grande parte, mantendo os seus empregos, mas perdendo a condição de formalizados e isso estaria ocorrendo nos setores onde a organização dos trabalhadores é muito fraca ou inexistente.

    E isso explicaria porque o Caged aponta numa direção e a taxa de desemprego do IBGE aponta em outra.

    http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2009/01/22/populacao+desocupada+tem+a+menor+taxa+desde+2002+diz+ibge+3539969.html

    http://www.estadao.com.br/economia/not_eco311119,0.htm

  37. Hehehe logo que soube da
    Hehehe logo que soube da queda de 1ponto tinha certeza que vc ia dizer que era insuficiente e tardia, pelo pouco que te conheço.
    Mas vc viu que não houve consenso na reunião, isto é a queda podia ser menor, de 0,75….

  38. Essa coisa de falar que 1% é
    Essa coisa de falar que 1% é parte relevante do corte foi das coisas mais petulantes que eu já ouvi. A queda da inflação no período posterior à crise já justificaria um corte dessa magnitude. O IPCA-15 chegou a 6,54% em novembro. Agora, ele está a caminho de 5,5%. Se considerarmos que em 2008 houve um significativo aumento da taxa de juros reais no Brasil (ao contrário do que ocorreu no resto do mundo), um corte de 3% pontos percentuais não seria nada demais. Esse corte compensaria apenas o aumento desnecessário dos juros reais no ano passado. Para combater a crise teríamos que reduzir os juros mais do que 3%. Muitos BCs estão reduzindo os juros pela metade. Alias o Armínio fez isso em meados de 1999. Mas, o pior de tudo é o Lula e seus apoiadores fanáticos acharem que não podem trocar o Meirelles, porque o mercado não aceita. Não só podem demitir o Meirelles como deve. Senão o bicho vai pegar. E outra numa situação dessas ter que esperar até março, é querer brincar com fogo. O governo amputou com a Fazenda de fazer política fiscal expansionista. E com o BC de fazer uma polític monetária minimamente com bom senso. E com o BB reduzindo minimamente a taxa de juros de 152% a.a. para 149% a.a., tá para concluir que o Brasil não precisa de crise externa nenhuma para gerar estagnação da demanda.

  39. O Sardeberg, ontém de noite
    O Sardeberg, ontém de noite no jornal da Globo, meio triste, começa dizendo que a queda da taxa de juros não veio tarde não. Falou que faltava uma variável fundamental ser esclarecido, para se baixar os juros A Desvalização do Real. Ele alega que das duas últimas vezes que houve desvalorização do Real (1999 e 2002) houve aumento de inflação. Ué, esperava-se que a houvesse inflação igual as vezes anteriores e não estavam sabendo da queda de demanda internacional?? O COPOM estava vivendo onde que não estava a par da crise mundial?? Até eu, técnico em agropecuária consigo fazer este raciocínio lógico.
    A é, o COPOM não conhece mesmo é lógica, razão. conhecem outra. Lógico que ao sair do COPOM vou trabalhar em uma instituição que adora juros altos.
    Abraços e não chore não Sardeberg, vai demorar muito ainda pro juros caírem até onde deveriam estar faz tempo.
    FUI!!!!!!

  40. A redução TARDIA e PEQUENA da
    A redução TARDIA e PEQUENA da SELIC repete o equívoco econômico de grande porte de toda a gestão Lula, desde seu princípio em 2003. O colega comentarista que pretende defender o Presidente Lula ao invés do povo brasileiro não conseguiu captar ainda o que deveria e o que se propunha a representar um governo petista.

    Esse conflito entre a construção de um projeto de nação articulado desde uma lógica democrático-popular e a manutenção da governabilidade via “consenso de classes” permeou toda a gestão, que inegavelmente produziu melhorias no país. O problema é que olhando de um ponto de comparação baseado no desmonte neoliberal parte de um patamar muito baixo: qualquer coisa seria melhoria excepcional. O ideário que mobilizou a construção dos movimentos sociais e deu representatividade e simbolismo ao PT e ao Lula, particularmente, estava muito além de uma comparação com o neoliberalismo e sua herança “maldita”.

    É evidente que o primeiro governo Lula ressentiu-se desse conflito. As rupturas no PT (a formação do PSOL), o descaso com o Fome Zero e de sua estratégia mobilizadora (que levou à saída do Frei Betto, por ex.), as mazelas no que se refere à ética no contexto do relacionamento com os parlamentares e com as contas eleitorais são emblemáticos desse conflito.

    O governo começou a funcionar melhor e a produzir efeitos mais alentadores quando iniciou-se a redução das taxas SELIC e quando, dada a campanha eleitoral de 2006, Lula foi obrigado a politizar um pouco mais a discussão trazendo de volta o tema do enfrentamento do neoliberalismo, tratado naquele momento como rejeição da privatização.

    O que se seguiu? A proposta de implantação do PAC, do PDP – Plano de Desenvolvimento Produtivo, dentre outros. Assumiu-se que o Estado deveria efetivamente exercer o papel de indutor da atividade econômica. Os índices de crescimento se intensificaram, as melhorias na massa salarial passaram a ser sentidas, a esperança parecia voltar a encontrar lugar.

    Entretanto, perduravam os bastiões do medo no BC resistindo ao impulso que o país queria tomar. Não bastasse seus movimento de freio, acentuado com a gradual nova elevação dos juros durante o ano de 2008, explodiram os bancos americanos e o cenário internacional tornou-se pavoroso.

    Apesar de toda nossa torcida e de toda a simpatia que possamos ter para com o PT e o governo Lula a manutenção do BC colonizado pelos colonialistas não pode ser desculpado. Trata-se de uma questão de honestidade diante dos fatos e de compromisso com o “Brasil de todos”.

  41. O que se espera é que NÃO
    O que se espera é que NÃO SEJA TARDE DEMAIS.
    Só o porta voz dos Bancos – o BANCO CENTRAL – é que não vê a crise e não coopera com o Governo.
    Ora, senão cortar pelo menos menos mais 3,0% nas duas próximas reuniões – e ainda ficaremos com o juro nominal de quase dois dígitos.
    O presidente Lula terá o apoio de todo o Brasil para TIRAR o presidente do Banco Central, do comando da política monetária. Os 190 milhões de brasileiros, com certeza, são mais importantes do que meia dúzia de banqueiros e suas arapucas para tomar dinheiro de quem produz no Brasil.
    Só contaram para o Meirelles que o spread é exorbitante. É falar de corda na casa do enforcado; É muito cinismo desse Meirelles, que só agora vem falar de spread bancário, quando deveria ser o primeiro pressionar os bancos para baixá-lo. Mas ô cara de pau vá cuidar do seu ofício que é BAIXAR OS JUROS, sob pena do povo brasileiro colocá-lo na mira, como INIMIGO PÚBLICO NUMERO UM.

  42. ‘Mas, o pior de tudo é o Lula
    ‘Mas, o pior de tudo é o Lula e seus apoiadores fanáticos acharem que não podem trocar o Meirelles, porque o mercado não aceita.’.

    Quer dizer que quem defende o governo Lula, agora, é um ‘apoiador fanático’?

    É sempre assim: na falta de argumentos, parte-se para a tentativa de desqualificar quem pensa diferente. Ridículo!!

    Além disso, ficou claro nesta redução de juros feita pelo BC, que a mesma somente aconteceu porque Lula colocou Meirelles na ‘marca do pênalti’, informação essa que foi confirmada pelo site do ‘Estadão’.

    E quanto a trocar presidentes do BC em meio à crise, me parece que nem mesmo nos países ricos isso aconteceu. Alguém ficou sabendo de algum país rico que mudou o presidente do BC neste momento de crise? qual?

  43. Caro Nassif: Eis os
    Caro Nassif: Eis os fatos:
    PIB do governo Lula:
    2003 – 1,1%
    2004 – 5,7%
    2005 – 3,2%
    2006 – 4,0%
    2007 – 5,4%
    2008 – >4,5%
    Média de cerca de 4% ao ano!
    Inflação sobre contrôle, desemprego menor, Programa de Crescimento consistente que ainda não atingiu a potência máxima, divída externa equacionada, reservas muitos boas….Pô, é claro que temos que está atentos a mais essa crise do capitalismo. Mas, convenhamos, as evidências colidem com a cantinela pessimista que temos lido desde que Lula assumiu o governo em 2003!…A verdade é que os resultados do Brasil são muitos bons!

  44. Nassif,hoje em reunião com os
    Nassif,hoje em reunião com os Presidentes do Banco do Brasil e da Caixa,o Pres.Lula “exigiu”que estas instituições entrem de cabeça no mercado do crédito direto ao consumidor,para obrigar aos demais bancos particulares,a baixarem seus spreads,o mais rápido possível,poie acha ele que a parte do governo,no que concerne à taxa Selic,já começou a fazer efeito,mesmo que este efeito,não seja visto na ponta de cá(consumidores)tão rapidamente,porem a tendencia é manter este viez,e mostrar ao mercado,que o governo está vigilante e não deixará que os bancos se beneficiem das nova taxas,e não repassem-nas aos seus clientes e interessados no crédito.
    E para quem acha que o Copom poderia baixar esta taxa sem nenhum critério que não o austero,e não o político,afastaria os compradores dos títulos da dívida pública do governo,que sem oferecer taxas compensadoras,veria uma fuga destes investidores dos títulos públicos,e são estes recursos que financiam o caixa do governo federal,e os seus maiores compradores são os bancos,pois de lá tiram os seus lucros,e sem o menor risco.
    Agora a pergunta ao analista: Esta atitude do Presidente,aos bancos Estatais,fará efetivamente,com que os juros ao consumidor,e às pequenas empresas,baixe e seja interessante,para suas finalidades?

  45. Essa história d Bco Central
    Essa história d Bco Central “independente” a la FED já começou vazar agua feio lá fora, só mesmo cabeças d planilha ou mal intencionados pra defender certas falácias.
    E olha q não foi por falta d aviso, o dono deste Blog por ex., cansou d gastar saliva advertindo.

  46. Acho que aquela capa da Carta
    Acho que aquela capa da Carta Capital, que ninguém entendeu, foi uma “conspiração do bem”. A revista tem como analistas econômicos, o Delfim e o Belluzzo, que são conselheiros do Lula. Ou o BC baixava os juros, ou sua diretoria rodava mesmo. Acho que o Lula demorou para enquadrar os caras porque estava acomodado nos índices de popularidade. Mesmo assim, como os caras são folgados! O placar foi só 5 a 3 a favor dos 1 %

  47. Huuuummmm…

    Vamos mais
    Huuuummmm…

    Vamos mais devagar. Pode-se criticar a política de metas por ser limitada ao escopo da inflação. Deveria-se incorporar outros tipos de meta, como desemprego e crescimento do PIB (taxa anualizada aferida trimestralmente, por exemplo). Outros países (civilizados) fazem isso. Por que não podemos? Mas o regime, em si, não é intrínsicamente mal. E Nassif sabe disso…

    Pode-se criticar a uniformidade do pensamento dos membros do COPOM (poderia haver maior heterogeneidade no grupo). E até o “poder delegado em excesso” para quem não foi eleito pelo povo para tal.

    Entretanto, é bom lembrar:
    a) Quem define o spread é o mercado, não o BACEN. Se o governo quer ser proativo no setor, force (na condição de maior acionista, através do Tesouro), CEF e BB a baixarem os seus. Pela efeito da concorrência, os demais seguem.

    b) Os spreads estavam bem baixos no fim de 2007 e começo de 2008: estava captando dinheiro para giro a CDI + 1,21% ano. Economia indo bem, estável; agentes com confiança e tals… O pesado desse tipo de pacote era o CDI, cujo benchmark implícito é a SELIC.

    c) Meireles fez e faz um bom trabalho para o que lhe propõe o mandato: manter a inflação baixa (dentro de nossos patamares históricos). O governo deveria ter redefinido isso faz tempo (vide começo do texto). Mas a péssima imagem institucional brasileira (histórica) para os agentes econômicos só permite viranda numa mudança de governo (no meio, seria visto como pacotão estilo UNICAMP, ou seja: potencial trapalhada). Então é trabalho para Dilma ou Serra (dois governistas de centro-esquerda. Uma de fato; outro na moita. E Nassif sabe disso).

    d) Acho legal quando heterodoxos falam mal do regime de metas (explícita ou implícitamente, como faz Nassif). Só esquecem que, quando criticavam isso mui fortemente já nos anos 1970/1980 (vide Galbraith e Bresser), propunham uma política de controle de preços estilo “plano cruzado”. Planificação global de preços, como planificação global de uma economia (socialismo real) é algo digno de piada, mas não vejo nego cobrando Bresser, Beluzzo e friends por essas pataquadas…

    E nos anos 1980, o Brasil não crescia e tinha inflação. Agora crescemos (alternando moderadamente com fortemente) sem inflação. No longo prazo, quem estava certo (sem alguém citar Keynes agora, eu pulo da janela…)?

    Abraços!

  48. Apesar do excessivo
    Apesar do excessivo conservadorismo do BC, não dá para negar que o governo Lula obteve uma combinação de resultados inédita na história moderna do Brasil:

    1) crescimento econômico (média superior a 4% ao ano);

    2) inflação baixa, dentro das metas estabelecidas de 2,5% a 6,5% ao ano;

    3) redução da dívida pública de 55,5% para 36,6% do PIB;

    4) diminuição da dívida externa líquida para o menor patamar da história;

    5) aceleração do processo de redução da concentração de renda;

    6) redução das desigualdades sociais, com a renda dos mais pobres crescendo muito mais do que a dos mais ricos;

    7) geração de cerca de 8,5 milhões de empregos formais;

    8) redução da taxa de desemprego para o menor nível histórico desde que a nova metodologia passou a ser empregada;

    9) ampliação do mercado consumidor interno, que incorporou 20 milhões de pessoas originárias das classes D e E;

    10) aumento do poder de compra do salário mínimo para o seu maior patamar dos últimos 30 anos, pelo menos;

    11) redução do déficit público nominal de 4% para 2% do PIB;

    12) aumento das exportações em 230% em 6 anos;

    13) superávit comercial acumulado superior a US$ 210 Bilhões em 6 anos.

    Não me lembro de nenhum outro momento da História do país em que tenhamos alcançado tais feitos e tudo ao mesmo tempo.

    Fala-se muito que, antigamente, o Brasil crescia 7% ao ano, em média.

    Mas tais pessoas não dizem que isso era alcançado graças a um endividamento brutal, interno e externo, a uma inflação elevada, ao aumento da concentração de renda e das desigualdades sociais, ao arrocho salarial, enfim, a um maior grau de exploração da força de trabalho do país.

    Fazer um país crescer é fácil. Qualquer um faz isso… Agora, fazê-lo crescer e combinar isso com redução da inflação, diminuição da dívida pública, aumento real dos salários, entre outros avanços, e como fez o governo Lula, isso não é fácil, não. Tanto que nunca tivemos isso antes do governo Lula.

    O governo Lula é perfeito? Claro que não. E governos perfeitos não existem. Mas, negar os seus avanços e conquistas é um absurdo total.

  49. Marcos, sucesso passado nao
    Marcos, sucesso passado nao garante resultados futuros, como dizem os fundos de investimentos. Nos momentos das vacas gordas tem-se que guardar para os da vacas magras (acho que a biblia previu que o capitalismo tem suas crises ciclicas – rsss). Nas vacas gordas a Selic estava +- em 10%. Hora naquele momento – 2007 (antes da inflãção/pretroleo) teria que ter reduzido pra 6-8%. Agora com um baita recessão na porta ela está em 12,75% ? Que mérito é esse ?
    Faltou coragem ao Lula. Com a faca e queija não manteve um tucano da velha guarda favorecendo bancos. Ele foi muito bom até 2004. Depois ele tinha que mudar seu foco, mas não, continuou a torturar a sociedade com juros alegra-banqueiros.

  50. Do alto da minha ignorancia
    Do alto da minha ignorancia em muitas coisas (que se dira em economia?!), posso repetir quantas vezes quiser, porque isto ja e um mote para mim: se o Governo atual nao retirar o comando do Banco Central de Henrique Meirelles, para entrega-lo a alguem que nao seja banqueiro de berco – apenas conhecedor do negocio – o Governo Lula nao podera nunca desenvolver sua visao de Economia. Jamais ira deixar sua marca pessoal (e tao esperada por muitos dos que o elegeram) na Economia do Pais. Todo o sucesso obtido ate agora em acoes governamentais paralelas as do BC sera esmagado e esquecido la adiante. A ultima impressao – qualquer tolo sabe disso – e a que fica.

  51. A queda já era esperada, não
    A queda já era esperada, não porque o COPM quisesse, mas porque o Presidente Lula exigiu.
    Então fica provado que a taxa SELIC , está alta articicialmente e que o COPOM é uma Bos… A quem interessa os juros altos, eu preciso saber.

  52. Nassif,
    Temos que melhorar
    Nassif,
    Temos que melhorar muito este país e o povo brasileiro, claro me incluo aqui.
    Crise é crise e temos que lidar com ela de qualquer forma, porque está fora do nosso círculo de influência.
    Depois que li o livro do Dr Saulo Ramos – Código da Vida, que só confima tudo o que vemos na mídia em relação a corrupção, falta de capacidade dos governantes, deputados, senadores, funcionalismo público, etc, assistencialismo (mensalinho para ganhar os votos dos pobres, porque não há contra-partidas), falta de investimento em educação e infra-estrutura, etc, etc…
    Estou me sentindo mais um miserável desta corja que comanda o país e mais ainda, envergonhado com as instituições, mídias, ONG e pessoas que finjem nada acontecer…
    O problema não é a SELIC, desculpe o atrevimento, mas a falência ética e moral do Brasil, junto com a ignorância do povo, o que traduz em privilégios para poucos que ganham com isto…
    Talvez este regime seja pior do que o militar, porque lá sabiamos contra o que lutar e tínhamos união de ideais… Hoje só o vazio!!!

  53. nassif, me responda por
    nassif, me responda por favor, por que sendo à l0″ economia do mundo , por que pagamos a maior taxa de juros do mundo, será que esta estória de segurar à inflação não è àlibi, ou “incompetênçia “dos dirigentes da àrea financeira? se o Sr. J. Alencar fosse o presidente ele o faria?

  54. Essa turma aí que choraminga
    Essa turma aí que choraminga e reclama devem ser os que se ferraram na Bolsa!…Caros senhores, reclamem dos cardeais do capitalismo norte americano e europeu. Foram eles que vos meteram nessa fria!…Do jeito que vocês falam até parece que o país vai desabar. Estou vendo a hora de alguém ( e para mim não seria supresa) aventar que a culpa da atual crise do capitalismo e do governo Lula!…Bem, alguns comentários só vem confirmar a sábia máxima de que “a burrice é invencível!”.

    Tem aí o email dos cardeais?

  55. Marcos Doniseti,

    Você bem
    Marcos Doniseti,

    Você bem sabe que este período a que vc se refere é o período do boom internacional, da “irracional exuberância”. Qualquer um que estivesse lá e abraçasse as reformas que já haviam sido realizada – mesmo abandonando qualquer reforma ainda por fazer – colheria os resultados que vc indica. É agora, na hora da onça beber água, é que vamos ver quanto deste “pogresso” será mantido e quanto será perdido.

    Roberto Rodrigues,
    o mesmo vale para o seu comentário. By the way , qual é a fonte dos seus números? Sugiro que faça um comparativo com o cresimento global nos mesmos períodos e acrescente, também, a comparação com dois ou três países emergentes dos BRICs – de sua preferência -, só para termos parâmetros. Será que seu ufanismo se sustenta?

    O Brasil não está tão bem assim quanto vc quer fazer entender. Claro que aqui não é o fim do mundo. Mas sem bater nas mazelas e nos problemas, não vamos terminar de pavimentar nossa estrada para o desenvolvimento. Ou apontamos os problemas e continuamos pressionando para melhorar sempre; ou ficamos no ufanismo, achando que estamos com a vida ganha. Que está tudo uma maravilha só porque é o Lula que está lá.

  56. O Banco Central não rege a
    O Banco Central não rege a economia.
    O Banco Central não conduz a política econômica.
    O Banco Central não tem influência predominante sobre tendências econômicas.
    O Banco Central não decide sobre princípios e metas de política monetária.
    O Banco Central não tem poderes empíricos, práticos ou legais para moldar a economia.
    O Banco Central foi um excelente instrumento de doutrinação usado pelos liberais.
    O Banco Central foi um mito conveniente para que os liberais dominassem a economia.
    O Banco Central foi usado como símbolo das falsas-verdades liberais.
    O Banco Central foi o instrumento ideal para a criação dos mitos sobre poder monetário.
    O Banco Central foi à verdade ilusória do monetarismo como condutor do sucesso liberal.
    O Banco Central, como princípio e fim do pensamento liberal, construiu o discurso que tenta resistir à verdade dos fatos. A verdade é que o Banco Central não é capaz de realizar ou impedir o progresso econômico. A verdade é que o Banco Central e a Política Monetária não passam de um e apenas um tópico da Política Econômica. É preciso destruir o mito dos princípios liberais que nortearam e constituíram discursos no sentido de sobre-valorizar a contribuição da política monetária ou do Banco Central nos resultados e encaminhamentos de ações econômicas para o desenvolvimento de uma economia. Continuar com o discurso de que o Banco Central é o indutor ou a negação de uma economia próspera é participar e militar na manutenção e aprofundamento dos ideais do pensamento liberal.

  57. Concordo com quem aí disse
    Concordo com quem aí disse que a sociedade deveria conhecer, detalhadamente, os votos dos membros do Copom. Por que não?
    Outra opinião: o Meirelles não deve ser criticado por ser “tucano”. Em um BC do tucano Bresser-Pereira os juros seriam beeeeem menores. Por outro lado, num BC do petista Palocci os juros estariam provavelmente como estão… O Meirelles mostrou várias vezes despreparo para o cargo, e isso basta. As razões têm muito mais a ver com o livro “Cabeça de Planilha” do que com o livro de filiados do PSDB, PT, PMDB e quetais…

  58. Tenho muita dificuldade para
    Tenho muita dificuldade para entender a economia, mas uma coisa sei: Tenho metade do capital para a compra de um carro. Acontece que com os juros que os financionamentos propõem, prefiro economizar. O BB quer me cobrar 2,99 a/mês. Pode?
    Só um tapado dá o dinheiro suado para um banqueiro.

  59. Caros Colegas
    Caros Colegas petistas,
    Cuidado com números, eles nem sempre são absolutos. Se o presidente da republica, em vez do Lula, fosse o Tiririca, ou melhor, fosse ninguém (desculpe Tiririca), os números provavelmente seriam esses. Vivemos nos últimos anos uma grande mentira mundial. Uma grande pirâmide financeira. Os números trazidos à coluna são medíocres se comparados aos dos grandes bancos internacionais que quebraram. E de que valeram? Nada! Eram falsos. A grande crítica que faço ao Lula é a inércia com que governou o País até hoje. Não alterou uma vígula na herança maldita recebida de FHC. Todo resultado que vocês trazem à coluna são frutos do modelo econômico implantado por FHC. Um modelo que não atende aos interesses do povo brasileiro. O Sr. Lula é apenas um surfista. Surfou 6 anos nas benesses da pirâmide financeira internacional. Agora chegou a hora de pagar a conta. Pagaremos todos.

  60. O BC ostenta uma soberania
    O BC ostenta uma soberania inexistente. Todos economistas deste país estão errados, somente os prepotentes do BC estão com a verdade. Não sou economista e nem preciso. Basta acompanhar o que vem acontecendo nas principais economias do mundo. Juros quase no chãol para alavancar a economia. A verdade é que no Brasil se trabalha na contramão da realidade. Alguém deve dizer ao Lula que a economia mais sólida da America Latina está em queda.

  61. Acredito que é perfeitamente
    Acredito que é perfeitamente possível um programa de computador substituir o atual Copom. Da forma como este atua, incapaz de avaliar mudanças de conjuntura enquanto ocorrem e atendo-se apenas à indices estatísticos e metas pré-definidas, um bom software daria conta do recado com facilidade.

  62. Esta foi a nota que comentei.
    Esta foi a nota que comentei. Saiu no Blog do Sademberg, no dia 20/01, na véspera da divulgação. Posso estar vendo pelo em ovo, mas pelo tom da nota, acho que o que houve foi vazamento de informação mesmo.

    Juros podem cair mais
    Postado por Carlos Alberto Sardenberg em 20 de Janeiro de 2009 às 09:57

    Duas importantes indicações para os juros: o Depec (Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco) e a consultoria Tendências divulgaram notas técnicas dizendo que o Comitê de Política Monetária do BC (Copom) deve reduzir a taxa básica de juros de 13,75% para 12,75% ao ano, na reunião que termina amanhã.

    No mercado, o entendimento dominante é de um corte de 0,75 ponto percentual.

    Depec, dirigido pelo economista Octávio de Barros, e Tendências, de Mailson da Nóbrega, Gustavo Loyola e Nathan Blanche, têm enorme e merecido respeito na praça.

    Ambos apontam os mesmos argumentos para uma redução mais forte dos juros: a queda forte da atividade econômica (menos produção, consumo e, sobretudo, empregos) e a diminuição acentuada nos índices de inflação. Além disso, a desvalorização do real, ameaça citada pelo Copom na última reunião, não está provocando inflação. Esse efeito é contrabalançado pela queda dos preços de comodities e matérias primas.

    Resumo geral: como há uma recessão nos países desenvolvidos e desaceleração forte nos emergentes, com queda global da inflação e, pois, dos juros, tudo isso refletindo sobre o Brasil, o Copom brasileiro está diante de uma oportunidade de ouro para trazer a taxa básica de juros a níveis cada vez mais parecidos aos internacionais.

    E isso não seria uma mudança de rumos do Banco Central, mas uma continuidade. Desde a introdução do regime de metas de inflação, a taxa real de juros, descontada a inflação, mostra nítido movimento de queda, em meio aos momentos de pico e vale.

    Por exemplo: no último ciclo de queda, a taxa básica de juros foi a 11,25%, recorde de baixa. Neste ano, certamente ficará abaixo disso.

  63. Finalmente algum jornalista
    Finalmente algum jornalista para escrever sobre as verdades tangíveis e reais. O BC não passa de um simples fantoche dos interesses do setor bancário. Não exerce a política monetária de acordo com os interesses reais do País, nem como fiscalizador sobre os abusos cometidos pelo setor bancário. Se o BC tivesse real interesse tudo seria diferente. Basta olhar para o passado histórico e ver quais eram as reais atribuições comerciais dos Bancos.
    Além disso, sugiro ao ilustre jornalista que também desmistifique o monopólio da Petrobrás que na realidade é muito prejudicial ao país, ao contrário do que a maioria deslumbrada pensa.

  64. Nassif, tudo isso, acho que
    Nassif, tudo isso, acho que comentei, é fruto daquela época da célebre frase “estou com medo”.
    Em consequência, e para acalmar o “mercado”, nomeou-se um “inimigo” para dirigir e dar “independência” ao BC, contra as “trapalhadas” do governo.
    O BC ficou tão independente, que resolveu trocar de chefe. Trocou o governo pelo mercado.
    O resto, é o que se viu, fazer tudo que o mercado quiser. O Brasil que se vire para lá.
    Agora o problema, é que o chefe novo,está precisando do chefe antigo.
    Como ficará isso, intermediado pelo BC? Até que ponto o governo vai aceitar essa promiscuidade de interesses? Vamos ver. Sdc

  65. Idéias para reflexão
    Idéias para reflexão (possiblidades):

    i) os diretores do BC não são uns malvados que querem roubar do povo e entregar para as elites
    ii) os diretores do BC não são uns incompetentes que ignoram informações que gente esperta e bacana como o Nassif já sabe há meses
    iii) os diretores do BC não são umas criancinhas em busca de auto-afirmação

    Alternativa (quem sabe?): a diretoria do BC tem por objetivo respeitar a meta de inflação e sabe dessas coisas que o Nassif sabe, MAS AS ESCOLHAS NÃO SÃO TÃO ÓBVIAS QUANTO O NASSIF GOSTA DE FAZER PARECER. Talvez errem, talvez acertem, mas certamente não é tão trivial quanto se faz parecer.

    “Das últimas dez recessões, os analistas previram onze” – gosto muito dessa. Se for ouvir cada um que acha que sabe que ‘agora o caso é grave porque eu conversei com vários empresários’ é dose…

    Falta humildade neste blog.

  66. Creio que a atitude do COPOM
    Creio que a atitude do COPOM de limitar os impactos da redução de 1% nominal nos juros da Selic ao colocar no comunicado que estava realizando de imediato parte relevante do movimento da taxa básica de juros, limitando a queda dos juros futuros, pelo menos nos próximos dias.

    Assim que dados de inflação confirmarem a magnitude da ruptura provocada pela quebra de um importante instituição americana, o COPOM será obrigada a recuar ainda mais os juros da Selic e o mercado também.
    Não precisaria ser assim, o ambiente econômico permitiria uma ação ativa do COPOM, mas a fragilidade teórica dos membros do COPOM, que a cada dia vai ficando mais evidente, não deixa outra alternativa.

    Quando mais o COPOM ficar indeciso maior vai ser a recessão no Brasil e maior a pressão por um cortes dos juros da Selic.

    De qualquer maneira o maior problema está em o COPOM se recusar a utilizar as outras ferramentas da Política Monetária e reduzir os juros da Selic para média dos juros internacionais, mesmo que a economia brasileira consiga se reduzir rapidamente.

    O fato é que o COPOM ainda insiste em continuar usando apenas a manipulação dos juros para controlar a inflação no Brasil, mas no momento este não é nenhum problema, pois os juros terão que cair de qualquer maneira.

    Esta situação se deve em grande ao Ministro Guido Mantega que conseguiu fazer o Brasil crescer acima de 6% ao, impondo ao COPOM um patamar mínimo de crescimento do PIB, bem acima da média 2,5% ao ano.

    Não tenho dúvida de que o COPOM, foi obrigado a reduzir os juros em 1% por pressóes de todos os lados, principalmente pelos dados da economia que praticamente jogaram no lixo o relatório de inflação de 22/12/2008,

    O relatório que deveria guiar o COPOM até março de 2009, agora de nada serve.

  67. Da Agência Estado
    Da Agência Estado sexta-feira, 23 de janeiro de 2009, 05:42
    http://www.estadao.com.br/noticias/economia,japao-ministro-sugere-que-pode-intervir-no-cambio,311715,0.htm

    Japão: ministro sugere que pode intervir no câmbio
    HÉLIO BARBOZA – Agencia Estado

    TÓQUIO – O ministro das Finanças do Japão, Shoichi Nakagawa, manifestou preocupação sobre a recente valorização do iene e a queda das ações no país, e sugeriu que está disposto a tomar as medidas necessárias para corrigir as oscilações excessivas dos mercados. “Os últimos movimentos da bolsa e do câmbio estão refletindo vários sintomas da crise econômica dos EUA e da Europa”, afirmou o ministro. “Então, não é um problema apenas do Japão e eu quero que os EUA e a Europa tomem medidas econômicas apropriadas”, declarou.

    “De resto, vou monitorar esses mercados financeiros de perto e tomar as medidas apropriadas, dependendo de seus movimentos”, acrescentou o ministro. As declarações de Nakagawa vieram depois de o dólar ter caído, na quarta-feira em Nova York, para o menor valor diante do iene em 13 anos e meio, a US$ 87,10. O ministro não especificou que medidas o governo japonês poderia implementar no caso de rápidas movimentações cambiais.

    Ao deixar essa questão em aberto, porém, Nakagawa aparentemente quis sugerir que a intervenção com a compra de dólares é uma de suas opções, como forma de invocar pedir cautela aos operadores de câmbio. A última vez em que o Japão interveio no câmbio foi em março de 2004, ao final de uma campanha de 15 meses de compra de dólares, num total de 35 trilhões de ienes. As informações são da Dow Jones.

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