Sobre a possível candidatura de Eduardo Campos

Comentário ao post “O jogo de xadrez da oposição para 2014“

A análise de Nassif está perfeita. Particularmente sobre a candidatura de Eduardo Campos, eu continuo afirmando o que já fiz meses atrás e fui redondamente contestado por estas bandas, inclusive levando tiro de fogo-amigo:

1- Eduardo Campos é candidato e somente um grave acidente de percurso o fará retroceder em sua candidatura o que, por sinal, é um direito justo e legítimo dele.

2- Ele é um grande quadro político, um dos melhores forjados nos últimos 20 anos no Brasil e de uma escola séria, liderada por um dos políticos mais íntegros que já conheci em minha vida: Dr. Miguel Arraes de Alencar.

3- Todas as articulações e encenações em torno de seu nome, seja na imprensa, seja nos meios políticos, não passam de miolo de pote. A principal pessoa com densidade no dialógo sobre a sua candidatura, fora da periferia política íntima de Eduardo e dentro da esquerda de peso no país, é Luiz Inácio Lula da Silva. Eduardo Campos sabe o que quer e tem seu plano A e B. As especulações não determinam seu procedimento e sim ele que determina as especulações.

4- Todas as tendências político-ideológicas no Brasil, inclusive o PT, que possua qualquer aspiração política executiva, precisa da direita para se por em pé. Com Eduardo não é diferente. A questão é qual a direita que saberá melhor cavar o espaço em torno de sua candidatura. O resto é falso purismo.

5- Um papel importantíssimo na desenvoltura e evolução da candidatura de Eduardo está nas mão de sua assessoria e ele sabe disso. Sem um grupo mais próximo, uma célula-mãe da candidatura, ninguém é candidato. É neste grupo que está a forma e o conteúdo de campanha e de governo. Se não houverem erros grosseiros até o dia da votação, ele poderá surpreender nas urnas.

6- Por fim, engana-se quem pensa que Eduardo é mais uma Marina.

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