Da Reuters
Ativistas são condenados a 10 anos de prisão na Arábia Saudita
Mohammed Fahd al-Qahtani e Abdullah Hamad são membros fundadores da banida Associação Saudita de Direitos Civis e Políticos, conhecida como Acpra, a qual documenta abusos de direitos humanos e fez pedidos por eleições e por uma monarquia constitucional.
Riad, o principal aliado de Washington na região do Golfo, não permite protestos, partidos políticos ou sindicatos comerciais. A maior parte do poder vem dos membros da família dominante e de clérigos da escola ultraconservadora Wahhabi.
O caso atraiu atenção de grupos internacionais de direitos, que acusam o reino islâmico de utilizar sua campanha contra militantes religiosos para suprimir dissidências políticas.
A Arábia Saudita negou essa acusação e diz que não pratica tortura e não tem prisioneiros políticos.
Em uma entrevista à Reuters em janeiro, Qahtani disse prever que iria para a prisão e descreveu a sentença de cinco anos ou mais como “pesada”.
No ano passado, a Acpra emitiu uma declaração exigindo que o Rei Abdullah removesse seu herdeiro e ministro do interior, o príncipe Nayef, o qual consideram responsável por abusos de direitos no país. Nayef morreu logo após a acusação.
Qahtani foi sentenciado a 10 anos de prisão. Já Hamad terá que completar os seis anos remanescentes de uma sentença anterior de prisão por suas atividades políticas e servir mais cinco anos.
Eles permanecerão detidos até um juiz decidir sobre suas apelações no mês que vem.
A Acpra também será desativado e seus fundos, confiscados, de acordo com determinação judicial. No ano passado, a corte em Jeddah sentenciou o membro do Acpra Mohammad al-Bajadi a quatro anos de prisão. Outro dos fundadores do grupo, Abdulkarim al-Khathar, também está em julgamento.
(Por Angus McDowall)
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