Depois de tanto modo vivido,
Eis-me aqui palavra força em polvorosa
Transpareço em sorvas tais sensiblidades
Em tantas vozes sou mulheres distorcidas
E se no canto silenciosa mais sincera e melindrosa.
Peço que a poesia tudo abrigue!
Resto-me nesta vida pela só efervescência vívida
Não entendo o fim de cada verso
Nem seu início de flor que assim incandesce
Se o tempo da florada é de grossas intempéries.
Depois de tanto tempo vivido,
Vejo-me fresca ao vento solta e grito
Espelhada em sois e luares
Em tantos vermelhos azuis fulgurais
Sou o dia fosse o dia cairia enfim libertina.
Peço que a poesia dê sustento!
Faço-me assim em corpo belo e trêmulo
Um animal tão fino e grotesco
A veia pronta da poética descarnada
Se alguém, quem?, estas mulheres defenestrou.
Aqui,
Quem sou!
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.