Avoa – um pouco de poesia pra enfrentar a adversidade, por Matê da Luz

Avoa – um pouco de poesia pra enfrentar a adversidade

por Matê da Luz

o aviso no pé do peito

é alento, é atento: sai

porque (se) ainda não é a alma
a calma, a brisa,
a brasa
anunciada e já tão pedida
a ponta e o corpo firmes
maleável tempo de pensamento meu

sai

ou fecha os olhos e entrega a arma
o elmo, a lança do teu bem querer
renda os braços e faz fazenda, 
enlaço, laço, nós

traço o passo e aperto o peito
no compasso manso
descanso
aceito, deito, deixo
leito

vem
que esse lugar naonde alguns pintaram
bordado apeia pranto, ai, meu bem, enquanto
– e só por enquanto – 
não é teu manto de amor sem fim.

 

Mariana A. Nassif

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  1. Saudades do mensageiro

    Havia um mensageiro 

    Um mago talvez

    Um sorriso voando numa bicicleta 

    As pequenas janelas e portas se abriam

    Pois daquele bornal

    jamais saiu notícia ruim

    Havia  juras singelas de amor,

    Mas também explodiam em mensagens aqueles momentos

    Tórridos  profundos

    Que só quem escreveu compartilhou com quem leu

    Sempre de amor, sempre de amor

    Havia um mensageiro

    Um mago talvez

    Pois naquele bornal

    As palavras se moviam se mexiam

    e se tornavam poesia. 

    E jamais saiu notícia ruim, apenas a vida.

    E todos o esperavam

    Aquele sorriso, 

    E aquelas poesias mesmo sem rima,

    Mesmo que apenas uma notícia

    Mas jamais houve uma notícia ruim

    Mesmos os que se iam 

    Mandavam notícias apenas dizendo simplesmente que  se foram.

    E por onde ia tudo florescia 

    Havia um mensageiro.

     

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