Com Marina, menina bonita não paga, mas também não leva, por Paulo Emilio

Aquela brincadeira que nos acostumamos a ouvir desde criança (“Menina bonita não paga, mas também não leva”) parece descrever a candidatura de Marina Silva. Ao vê-la dizendo a que veio, tem-se a impressão de que ela (quase) nada poderia comprometer em termos de ética no trato da coisa pública.

Por outro lado, percebe-se com certa facilidade que, na eventualidade de uma vitória, Marina não faria qualquer diferença para o País. Sua prosa rarefeita, discurso errático e a postura de impertubabilidade professoral kindergarten, não disfarçam o óbvio: ela não tem a menor ideia do que está falando.

Pior que isso, não há projeto estratégico – por elementar que seja – para um país labiríntico como o Brasil. Além, é claro, do PSB (e da própria Marina, caso opte pela saída à francesa na troca de siglas) parecer uma das expedições de Amyr Klink: solitário, ocioso e dispensável.

Seduzidos pela retórica tão fluida quanto oca da acriana, em especial os jovens da classe média urbana mais bem escolarizada e os artistas moderninhos logo aderiram à sua empreitada política.

Apenas dois exemplos, dentre muitos, de posiões políticas duvidosas assumidas pela candidata ao longo dos anos: a pesquisa com células-tronco embrionárias e a descentralização da política ambiental brasileira.

A primeira posição possui desdobramentos práticos bastante ruins para o avanço científico no país, uma vez que as células-tronco embrionárias são dotadas de maior capacidade para se transformar em outros tipos de células.

A segunda perspectiva materializou-se em desastre com a criação do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) durante seu mandato junto ao Ministério do Meio Ambiente, proposta que golpeou de morte o importante IBAMA.

Por razões de economia de espaço abstenho-me aqui de discutir a matriz religiosa que embasa sua visão de mundo.

Recentemente, alçada à condição de fenômeno, Marina conquistou apoio mais amplo. Quero crer que são três as razões a explicar o protagonismo súbito na campanha de 2014: i) o dramalhão midiático – bem a gosto de um número infindo de brasileiros – montado por ocasião da trágica morte de Eduardo Campos; ii) um adversário pífio do PSDB; e iii) o indefectível e difuso “anseio de mudança”.

O último dos componentes é de longe o mais curioso. Bem ou mal, quer se questione ou não a razoabilidade dos seus efeitos colaterais perversos de longo prazo, o PT tem um projeto para o Brasil que está escancarado e já foi discutido à exaustão. Se se observa Aécio Neves e Marina Silva, a resposta é negativa. Aécio, por pura ausência de uma proposta; e Marina pelo messianismo voluntarioso e bem intencionado, mas que ignora por completo as implicações e o sentido daquilo que (não) propõe. Sendo assim, mudar com base em quê?

Como numa querela digna dos Universais, nada se tem a perder com Marina na Presidência da República, salvo o que há de mais precioso: o tempo para desenvolver-se sócio, econômico e institucionalmente enquanto nação. Vinicius de Morais eternizou em versos, de modo genial, algo que ilustra com perfeição a “alternativa Marina”: “Era uma casa/Muito engraçada/Não tinha teto/Não tinha nada/Ninguém podia/Entrar nela, não/Porque na casa/Não tinha chão”.

Redação

42 Comentários

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    1. Eu não sei

      se estás escrevendo sério ou de brincadeira. Só sei que esse conspiração mundial é um balaio de gatos, dei uma passada por lá e achei bem divertido.

    2. Ato falho

      Vc pode voltar ao passado votando no genérico ou na similiar. Tanto Aécio como Marina o levarão a tempos sombrios do estado mínimo para o povão e máximo para o banqueiro e CIA

    1. Vc pode “ter razão” em parte…

      Se há alguém mais útil ao país para se bater seria no eleitor de Marina.

      Pra ver se ele acorda do “transe”…

  1. Marina não passa de uma alpinista social

       O que está acontecendo agora com essa roleta russa de ideias só mostra que ela nunca teve conteúdo na cachola,  como água assume a forma do container,  se serviu do sindicalismo, do PT e do Campos pra subir, mas não contribuiu em nada por onde passou, se é amparada pelo itaú assume a forma do itaú, se chega o malafaia perto dela de novo muda de forma, é pra isso que serve o discurso água, não significa nada mas pode parecer qualquer coisa(doida dentro mexe).

    ô menina danada sô

  2. Claro, você não gostou…

    Claro, você não gostou da opinião do autor e, por isso mesmo, reagiu como se houvesse recebido um chute no testículo, rs, rs, rs. Mas, não trate a referida explanação com tamanha iracúndia, pois, segundo você, trata-se, apenas de um textículo, rs, rs, rs, e assim sendo, de algo indolor!  

    1. Mas foi o que ele quis dizer, o textículo é sofrível

      portanto sensível ao ser atingindo por qualquer coisa,

      mas se ela for eleita ele deve se preocupar é com a iracúnia

      marina em iracúnia própria não é refresco

    1. Resposta

      Prezado,

       

      Referente o texto escrito pelo cientista político Paulo Emílio, acredito fielmente que o mesmo não deva ser considerado como uma “conversa de buteco”, principalmente pela interpretação minuciosa a qual um leitor assíduo aos acontecimentos e discussões no âmbito da política com seu olhar clínico consegue distinguir a realidade do nosso país.

  3. Zero argumentos, milhões em reais do itaú

       A campanha de Marina precisa urgente de doações de argumentos A positivos mas parece que seus militantes aqui  não tem nenhum pra dar , pena!

    1. Não confunda alhos com bugalhos.

      Ótima canção. Poesia não tem nada a ver com falta de proposta política clara, ausência de base social popular, acordos escusos com setores da direita e o apelo fácil aos sonsos da sociedade.

      1. Não confundo e concordo totalmente

        “Poesia não tem nada a ver com falta de proposta política clara”

        eu tô só tirando uma onda com a conversa fiada da marina, você que levou muito a sério. como já disse o próprio autor “a letra não tem nenhum significado na lógica cartesiana”, mas queira ele ou não propostas políticas devem ter, o problema  é que marina usa poesia abstrata de péssima qualidade pra esconder que não tem nenhuma proposta clara.

  4. Putz

    Aí já é apelação. Esse texto é uma surubástica bobagem do início ao fim. Não faz nenhum sentido.

    Pelo visto, se é contra a Marina, tá valendo publicar qualquer coisa.

     

  5. Comparação

    O Leonardo Boff, que era um dos maiores apoiadores da Marina, já disse que vai votar na dilma porque a Marina mudou, agora ela apoia os bancos ao invés do povo.

    A própria Marina admitiu que o projeto econômico do governo dela é muito parecido com o de Aécio, que por sua vez é uma continuidade de FHC (para os que gostam do que o FHC fez, dou a sugestão de irem buscar emprego em Portuagal, que adotou o Banco Central independente). Se o projeto dela é igual o do Aécio, porque ela não se une ao aécio logo de uma vez e se assume?

    Estes dias ouvi uma pessoa dizendo que votava no pior mas não votava no PT. Esta frase define o pensamento doentio da direita oposicionista neste país. Foi com este pensamento que elegeram Collor, Jânio Quadros, e o brasileiro pagou a conta depois. Eles quebram o país para não terem de engulir o orgulho sem sentido.

    O meu pensamento é diferente. Voto no melhor, independentemente de quem quer que seja, incluindo o PT, se não houver outro melhor. E o meu critério é emprego e economia crescendo, que na comparação entre Dilma e FHC, Dilma ganha bonito.

  6. Comparação

    O Leonardo Boff, que era um dos maiores apoiadores da Marina, já disse que vai votar na dilma porque a Marina mudou, agora ela apoia os bancos ao invés do povo.

    A própria Marina admitiu que o projeto econômico do governo dela é muito parecido com o de Aécio, que por sua vez é uma continuidade de FHC (para os que gostam do que o FHC fez, dou a sugestão de irem buscar emprego em Portuagal, que adotou o Banco Central independente). Se o projeto dela é igual o do Aécio, porque ela não se une ao aécio logo de uma vez e se assume?

    Estes dias ouvi uma pessoa dizendo que votava no pior mas não votava no PT. Esta frase define o pensamento doentio da direita oposicionista neste país. Foi com este pensamento que elegeram Collor, Jânio Quadros, e o brasileiro pagou a conta depois. Eles quebram o país para não terem de engulir o orgulho sem sentido.

    O meu pensamento é diferente. Voto no melhor, independentemente de quem quer que seja, incluindo o PT, se não houver outro melhor. E o meu critério é emprego e economia crescendo, que na comparação entre Dilma e FHC, Dilma ganha bonito.

  7. gostei do post.
    sou daqueles

    gostei do post.

    sou daqueles que acho que não devemos

    sair da crítica essencial a marina,

    que é o seu programa economico,

    que irá desempregar,

    diminuir o ritmo economico.

    elevar os juros,

    dependentizar o brasil aos interesses estrangeiros

    (em portugues corrente: entregar

    o brasil a  estes interesses).

    mas concordei e ri muito  

    quando o autor criticou o tom

    professoral de

    jardim de infancia da marineca.

    é inacreditável, mas parece isso mesmo.    

    como é que alguém pode acreditar

    numa conversa mole desta e se ilude tanto?

    não pensa no seu bolso,

    no seu emprego,

    no emprego do seu pai,

    dos seus parentes, dos seus vizinhos, o emprego do outro.

    não pensa no outro?

     será tão pueril que não percebe a jogada que ocorre em volta de marina?

    os interesses dos bancos e da iniciativa privada

    se sobrepondo aos interesses da maioria,

    da população? 

    lupíscínio, diria, pobres moços,

    não sabem o que eu sei.

    não precisa citar marx para saber que o capitalismo é feroz, voraz, devora seus membros.

    esses moços têm estrutura para aguentar o rojão?

    estarão preparados social e

    economicamente para enfrentar 

    um  modelo neonliberal

    pior do que o da era fhc

    que exige que o cara saia

    esbofeteando os outros para sobreviver?

    dando rasteiras cotidianas nos outros

    para comer o pão que o diabo amassou?

     

     

  8. Já estou até chorando de pena

    Já estou até chorando de pena da menina Marina, a que se pintou para uma  Guerra Oportuna e, como não era o que esperava, vem com a história do ôvo diariamente, com finalidade única de não falar mais do seu programa. Cada vez que fala….. é de chorar a ingenuidade dela (?) acreditando  que se pode confiar em banqueiros e no mercado. Se eu não gostasse tanto do meu país, e  não sentisse uma pena imensa p/ perda do que foi conquistado pelo povo nos governos Lula/Dilma, eu não só votaria nela, como faria campanha por sua vitória. Quem sabe precisamos mesmo disso, para aprendermos de vez a não confiar nos aventureiros, mesmo que não tenham uma aparência clara.

     

     

  9. Marina fala, mas não explica, eu vou explicar

    A Marina que está aí não é a Marina, será que somente Leonard Boff e eu percebemos isto?  Quem pode nos garantir que a verdadeira Marina, a filha das florestas, não desapareceu juntamente com o Campos?  Será que não seria bom checar suas impressões digitais?  Ou, supondo que seja ela mesma, não estaria ela sendo vítima de um sequestro e obrigada a representar esta candidata da direita?  O que o Brasil todo está vendo é que esta nova Marina é exatamente o oposto da Marina sindicalista, da Marina do PT, do PSOL, do PV,  da Marina deputada estadual,  da Marina Senadora e da Marina Ministra.  Ou será que a morte do Campos a fez pirar?  Nesta Marina eu não voto até para livra-la de um mal maior.  

  10. Nessa Marina eu não voto. Ela

    Nessa Marina eu não voto. Ela muda de lado todos os dias, como uma metamorfose ambulante. O sintoma da guinada à direita da Marina pode ser visto na especulação finceira da Bolsa de Valores. Ela já provoca caos no país, com a especulação desenfreada dos ricos. Voto na presidente: não arrisco o certo pelo duvidoso. 

  11. Os marinados

    Os marinados ficaram revoltados com o texto do post, fazendo diversos ataques contra o seu autor, porém sem apresentar uma refutação dos argumentos apresentados no texto.

    Em resumo o texto apresenta os seguintes pontos principais:

    1 – Marina não tem projeto estratégico
    2 – Devido à afirmação 1, seu discurso é vazio e seduz uma parte da classe média apenas por se dizer novo
    3 – A posição de Marina contra as pesquisas com célula tronco indica uma preocupante tendência fundamentalista
    4 – Sua passagem pelo Ministério do Meio Ambiente foi desastrosa prejudicando o IBAMA.
    5 – Sua base eleitoral aumentou por influência de três fatores
        5.1 – O uso da comoção com a morte de Eduardo Campos
        5.2 – A fraqueza do principal candidato de oposição
        5.3 – A apropriação vazia de um desejo de mudança difuso e despolitizado
    6 – Marina não propõe nada de novo e ignora por completo as implicações dos interesses do setor financeiro que se apoderou de sua campanha.

    Seria interessante ver os marinados refutando esses pontos com argumentos, em vez de simplesmente atacar o autor do post ou o dono do blog (por ter publicado este post).

    Será que eles conseguem argumentar?

    Pessoalmente acho que não, mas gostaria de estar errado e vez a refutação das afirmações supracitadas.

  12.  
    Esse texto, de adjetivos,

     

    Esse texto, de adjetivos, só perde para os do Reinaldo Azevedo. Muita verborragia, palavras sem lastro, como aquelas de quem critica. Falto explicar o projeto do PT, aquele que nem o PT sabe qual é (cadé o programa, Dona Dilma)

    A verdade é que o papel aceita tudo

  13. Com Marina, menina bonita….

    Nos últimos dias falar sobre Marina é muito chato. Marina tornou-se uma criatura insípida. Quero parabenizar o autor do texto pela capacidade de produzir um texto gostoso, prazeiroso de se ler. O texto é politico, poético e  repleto de verdades. Voce bem que podia escrever livros didáticos e espalhar pelas escolas, assim ninguem ia ter preguiça de ler.

     

     

  14. Uma coisa é certa: Se a

    Uma coisa é certa: Se a Marina não está preparada para assumir o poder, o PT está bem menos para deixa-lo. Quanto desespero meu Deus!!

  15. “Menina boita não paga, mas

    “Menina boita não paga, mas também não leva”. Este foi um bordão ditao por um homem de cor negra, vendedor de Mate nas praias do Rio de Janeiro já nos anos 60. O homem irradiava simpatia por onde passava, e passava por todas as praias, do Leblon ao Leme. Jamais me esquecerei dele. 

    Quanto ao texto, sou favorável. O que Marina me inspira é muito medo; quase uma agonia aov er a possibilidade dela ganhar as eleições. Temo demais pelo futuro do nosso país com essa campanha, tanto ou mais perigosa que a de Collor, quando eu, simples mortal, sabia, como certo, que ele trairia a confiança do povo, e jamais seria capaz de governar bem. 

  16. Dilma está no caminho certo e

    Dilma está no caminho certo e é só continuar na mesma estratégia no segundo turno.

    Quanto a Marina, desconfio que quanto mais ela se expor mais as contradições aparecerão e mais ela cairá.

    O aumento do tempo de tv poderá ser ruim para ela.

  17. Texto de tertúlias a petistas deprimidos…

    Aliás, esse artigo é mais um, dos que pululam no nosso portal. A destilação de preconceitos satisfaz aos que babam pois tenta desqualificar o simbolismo da representação cívica da preferência eleitoral de quem com tão poucos recursos e estrutura mínima enfrenta a maior coalizão de poder econômico e político jamais visto em qualquer eleição em países ocidentais.

    Mesmo nos EUA, o tão odiado império do capitalismo, os recursos de campanhas eleitorais, são muito equilibrados e o candidato à reeleição não usa a máquina do estado para cooptar apoios e financiar as campanhas.

    Mas esse tipo de artigo postado deve servir de terapia a quem tem muito que explicar e a justificar e não tem nada de novo a apresentar aos interesses nacionais e estão apavorados com a deleção premiada prestes a deixar de ser sigilosa assim que o Ministério Público concluir a conferência das provas indicadas pelo delator. O segundo turno será muito ilustrativo de como o PT escolheu o pior caminho ao optar pela aliança subalternizada com os setores mais retrógrados da política: quem se associou aos Sarneys, Malufes, Valdemares, Collors, Lobãos, Renans, Cabrals, Barbalhos.

    Recorrente a alusão à sabedoria popular: “Diga com quem andas e saberei que sois”, embora não seja bíblica como muitos pensam é uma frase lapidar sempre empregada por nossos pais e por nós a nossos filhos e alunos quando recomendamos distância de más companhias que só nos trazem influências más. Quando o PT, em vez da disputa pelas reformas do ambiente político preferiu se associar ao retrógrado fisiologismo e patrimonialismo sabidamente corrupto, fez uma opção política. O homem comum sabe das confusões que entramos se seguimos as orientações de maus companheiros. Se, na política, se ignora tal sabedoria, os constrangimentos dos ´mensalões´, dos ´Correios´,  das ´Deltas´, dos ´Cachoeiras´,  de ´Pasadena´, de refinarias e tantas obras superfaturadas pelos ´companheiros´ de ocasião, serão inevitáveis. E de difícil explicação política.

    Enfim, a reforma desejada por MARINA propiciará a refundação do PT com sua parte melhor que ainda resta e que, por força da maioria do povo brasileiro, será convocada para as reformas estruturais lideradas por MARINA.

    Enquanto as baboseiras do post tateiam pelos preconceitos e soberba, desliza sem querer e indica a base social que sustenta as mudanças propostas por MARINA que se resume na busca de um consenso majoritário para um novo Pacto Republicano. Se em 1988, a constituinte foi controlada pelas forças de ´centro-direita´ liderada por Sarney – é dando que se recebe que nos persegue e infelicita até hoje e já levou à prisão dignatáros do PT e outros ainda serão confrontados pela Justiça – agora poderá ser reformada e controlada pela quase hegemonia de ´centro-esquerda´ que tem sido a vontade política dos brasileiros.

    Porém, o autor do post, pensando em desqualificar o poder da mensagem que os sonhos de MARINA representam, diz “Seduzidos pela retórica tão fluida quanto oca da acriana, em especial os jovens da classe média urbana mais bem escolarizada e os artistas moderninhos logo aderiram à sua empreitada política.”  .

    Tal deslize parece desconhecimento que, desde a revolução francesa foram, exatamente, os “jovens mais escolarizados e os artistas moderninhos” que se empenharam nas grandes revoluções. Desde o fim da escravidão, às lideranças marxistas e ao movimento estudantil dos anos 1960, foram eles os visionários utópicos da possibilidade de edificação de mudanças. Em 2014, no Brasil, tal mudança, pacífica e democrática poderá ser realizada através de um novo ´Contrato Social´, o que chamo de um novo Pacto Republicano.

    O seu detalhamento – conforme vários comentaristas insistem em exigir – não se trata de uma proposta pronta e autoritária, a ser imposta à nação, pois ele surgirá de um consenso majoritário como expressão da democracia brasileira e que, repito, é de centro-esquerda.

    Ninguém, nenhum partido, nenhuma força política isolada promoverá reforma da Constituição de forma autoritária, essa é uma constatação óbvia.

    Cabe ainda ponderar, e o governo Dilma, refém do atual sistema político comprova, que a história nos conduz a um momento de reformas institucionais, sendo ela, portanto, e na verdade o grande projeto estratégico para o Brasil – uma Constituinte Revisora – através da coalizão majoritária das forças políticas de centro esquerda – que destravará o país para um futuro social e economicamente justo, mais fraterno, mais solidário e com maior engajamento da população e dos movimentos sociais e de cidadania.

    O autor e os petistas em geral precisam compreender isso: não se faz uma omelete sem quebrar os ovos. Evidente que aqueles que separam parte dos ovos para o proveito próprio jamais concordarão com essa lógica e ficam destilando seus ódios e preconceitos.

    Embora não seja evangélico, pelo contexto, não posso deixar de citar a Bíblia, pelo valor filosófico das reflexões oriundas das milenares culturas grega e judaica, portanto, temos em Coríntios 15,33 que afirma: “33 – Não vos enganeis. As más companhias corrompem os bons costumes.”

    .

     

     

  18. Verdade

    Excelente texto! Incrível como o autor demonstra no decorrer do texto de maneira clara a realidade de um “suposto planejamento” que até então,  Marina não conseguiria realiza, pois como pôr em ordem algo que não é constituído (estabelecido até então segundo as leis) para o interesse comum de um Estado?

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